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10/05/12 TRT3 - Consulta Acórdãos

Detalhamento de Acórdão:

Processo: 27. 0112800-31.2008.5.03.0147 RO (01128-2008-


147-03-00-1 RO)
Órgão
Segunda Turma
Julgador:
Relator: Convocado Orlando Tadeu de Alcantara
Revisor: Jales Valadao Cardoso
Vara de
Vara do Trabalho de Tres Coracoes
Origem:
Publicação: 25/02/2011

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EMENTA: GARANTIA NO EMPREGO. MEMBRO DA CIPA.


EXAURIMENTO DO PERÍODO DE ESTABILIDADE. Não elide o
direito ao pagamento da indenização substitutiva, o simples fato do
reclamante não ter formulado pedido de reintegração no período em
que faria jus à estabilidade. Caso tenha sido ultrapassado o período
estabilidade, apenas a reintegração não é possível, mas o
pagamento da indenização substitutiva é garantido, a teor do
entendimento consignado na Súmula 396, I, do TST.

RECORRENTES: 1-CARLOS EDUARDO DE ANDRADE


2-TOTAL ALIMENTOS S.A.

RECORRIDOS: OS MESMOS

EMENTA: GARANTIA NO
EMPREGO. MEMBRO DA CIPA.
EXAURIMENTO DO PERÍODO DE
ESTABILIDADE. Não elide o direito

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ao pagamento da indenização
substitutiva, o simples fato do
reclamante não ter formulado
pedido de reintegração no período
em que faria jus à estabilidade.
Caso tenha sido ultrapassado o
período estabilidade, apenas a
reintegração não é possível, mas o
pagamento da indenização
substitutiva é garantido, a teor do
entendimento consignado na
Súmula 396, I, do TST.

Vistos, relatados e discutidos,

DECIDE-SE

RELATÓRIO

O MM.Juiz Leonardo Toledo de


Resende, da Vara do Trabalho de Três Corações, pela
sentença de fls. 489/508, cujo relatório adoto e a este
incorporo, julgou parcialmente procedentes os pedidos
contidos na inicial.

As partes recorrem às fls. 509/533 e


540/552 (adesivo).

Contrarrazões recíprocas às fls.


534/539 e 555/563.

Dispensada a remessa dos autos ao


Ministério Público do Trabalho, na
forma do art. 82 do Regimento
Interno deste Regional.

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É o relatório.

VOTO

ADMISSIBILIDADE

Conheço dos recursos, porque


presentes os pressupostos objetivos e subjetivos de
admissibilidade.
Registre-se que o recurso do
reclamante é tempestivo, tendo em vista o feriado de
12/10/2010.

MÉRITO

RECURSO DO RECLAMANTE

GARANTIA NO EMPREGO -
MEMBRO DA CIPA -
EXAURIMENTO DO PERÍODO DE
ESTABILIDADE

O reclamante pretende que seja


reconhecido o seu direito à reintegração ou ao pagamento da
indenização substitutiva, argumentando que era detentor de
garantia no emprego por ser membro eleito da CIPA, a teor
do disposto no art. 10, II, a, do ADCT e do art. 165 da CLT.
Diz que o período de estabilidade
findaria em 21/08/2008, contudo a reclamada lhe dispensou
sem justa causa em 14/04/2008.
Alega que não pode subsistir o
entendimento do juízo no sentido de que não faz jus à
reintegração ou a indenização, sob o fundamento utilizado de
que já havia passado o período de estabilidade.

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A reclamada, em sua defesa, não


negou o direito do reclamante à garantia no emprego o que
tornou incontroverso o direito do autor.
Note-se que a ré esclareceu que a
estabilidade se projetaria até 21/08/2008 (fl. 62, penúltimo
parágrafo), sendo certo que o autor foi dispensado sem justa
causa em 14/04/2008 (fl. 35), ou seja, quando ainda estava
em curso a sua garantia no emprego.
Ao contrário do que se entendeu na
primeira instância, não elide o direito ao pagamento da
indenização substitutiva, o simples fato do reclamante não ter
formulado pedido de reintegração no período em que faria jus
à estabilidade. Nessa hipótese, apenas a reintegração não
seria possível, mas o pagamento da indenização substitutiva
é garantido, a teor do entendimento consignado na Súmula
396, I, do TST.
Registre-se que o prazo prescricional
para o ajuizamento da reclamação trabalhista é de dois anos,
podendo-se discutir 5 anos do contrato, o que foi observado
neste caso concreto.
Ainda que o reclamante não tivesse
formulado o pedido de indenização substitutiva o seu
deferimento não configuraria em decisão extra petita, a teor
do entendimento do TST.
Nesse passo é valioso citar
Precedentes do TST em casos análogos:
“AGRAVO
DE INSTRUMENTO.
RECURSO DE REVISTA. ESTABILIDADE PROVISÓRIA.
MEMBRO DA CIPA. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO.
Demonstrado no agravo de instrumento que o recurso de
revista preenchia os requisitos do art. 896 da CLT, ante a
constatação de divergência jurisprudencial específica.
Agravo de instrumento provido. RECURSO DE REVISTA.

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ESTABILIDADE PROVISÓRIA. MEMBRO DA CIPA.


PEDIDO DE INDENIZAÇÃO. É possível ao empregado
membro da CIPA, em caso de dispensa imotivada, formular
na petição inicial pedido apenas da indenização estabilitária,
sem pedido de reintegração no emprego, porquanto o direito
à estabilidade previsto no ADCT e a subseqüente
indenização revestem-se de indisponibilidade absoluta, além
de estar nítida a recusa da Reclamada em tê-lo no emprego,
manifestada pela dispensa imotivada em pleno exercício do
mandato. Recurso de revista provido”.(RR - 1600040-
84.2004.5.09.0652 Data de Julgamento: 15/09/2010, Relator
Ministro: Maurício Godinho Delgado, 6ª Turma, Data de
Divulgação: DEJT 24/09/2010).
“AGRAVO
DE INSTRUMENTO.
MEMBRO DA CIPA. ESTABILIDADE. AUSÊNCIA DE
PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. Agravo a que se dá
provimento para determinar o processamento do Recurso de
Revista, em razão de possível ofensa ao art. 165 da CLT.
RECURSO DE REVISTA. MEMBRO
DA CIPA. ESTABILIDADE. AUSÊNCIA DE PEDIDO DE
REINTEGRAÇÃO. No caso em tela, houve o
reconhecimento da garantia de emprego a que aludem os
artigos 165 da CLT e 10, inciso II, alínea `a-, da Constituição
Federal. Diante disso, o desrespeito aos termos do artigo
165, parágrafo único, da CLT, atrai, a contrário senso, a
aplicação da dicção da Súmula 396 do TST, originando a
obrigação de pagamento das verbas decorrentes do período
estabilitário, sendo irrelevante a ausência de pedido de
reintegração na inicial, por se tratar de adequação do direito
à espécie. Recurso de Revista conhecido e provido” (TST-
RR-100/2004-093-15-40, 2ª Turma, Rel. Min. José
Simpliciano Fontes de F. Fernandes, DJ - 18/03/2008).
DE REVISTA. MEMBRO“RECURSO
SUPLENTE DA CIPA. ESTABILIDADE. AUSÊNCIA DE

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PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. O desrespeito ao artigo 165,


parágrafo único, da CLT implica necessariamente no
pagamento das verbas decorrentes do período estabilitário,
sendo irrelevante a ausência de pedido de reintegração na
inicial. Recurso conhecido e desprovido” (TST-RR -
298/2003-302-02-00, 3ª Turma, Rel. Min. Carlos Alberto Reis
de Paula, DJ – 16/03/2007).
Dou provimento para condenar a
reclamada ao pagamento da indenização substitutiva do
restante do período da estabilidade provisória prevista no
artigo 10, II, do ADCT (14/04/2008 a 21/08/2008), conforme
se apurar em liquidação.

DOENÇA OCUPACIONAL

O reclamante pretende que seja


reconhecido o nexo causal entre a doença que lhe acometeu
e o trabalho desempenhado na reclamada.
Afirma que não foi considerado na
sentença que, por nove anos, trabalhou com o carregamento
e descarregamento de cargas.
Concluindo que o problema lombar
que lhe acometeu guarda relação com a atividade que
desempenhava na reclamada.
É incontroverso que o reclamante não
foi afastado pelo INSS, pelo que era dele o ônus de
demonstrar a ocorrência da lesão, bem como o nexo causal
ou concausal entre a doença e o trabalho desempenhado.
No caso, não foi comprovado o dano,
tampouco o nexo causal entre a doença e o trabalho
desempenhado pelo autor, haja vista que o perito concluiu (fl.
418):
“Periciado admitido na reclamada em

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1999, onde trabalhou por nove anos, em atividade que


consistia em conferir cargas e carregamento de sacos de
ração, atividade “em tese” potencialmente geradora de
DORT. No seu caso:

apresenta patologia crônico degenerativa lombar,


comprovada por tomografia e ressonância magnética,
patologia esta que não tem causa ocupacional
no período de 1999 a abril de 2008 não apresentou
nenhum período de agudização desta patologia crônica,
nenhuma afastamento decorrente de lombalgia
incapacitante
demitido em abril, em julho de 2008, três meses após a
demissão apresentou um período de agudização de
patologia crônica, gerando uma incapacidade por dez
dias, com prescrição de fisioterapia. Este período de
agudização não está relacionada a atividade na
reclamada, as patologias lombares crônicas evoluem
com períodos de agudização e de acalmia, a
agudização decorrente de atividade ocupacional ocorre
durante o contrato de trabalho, durante a atividade e
não três meses após afastamento da atividade
hoje apresenta-se apto, sem nenhuma incapacidade
constatada.
não apresenta perda auditiva decorrente de ruído
ocupacional. (...) comparando sua audiometria
admissional e demissional, inexistem critérios legais
para enquadramento em perda ocupacional” (fls.
418/419).

O perito, em resposta aos quesitos


do juízo (b, fl. 419), esclareceu que “sua patologia pode ter
período de agudização ocasionado pelo trabalho mas não
foi o caso do periciado. Apresentou um quadro de

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agudização após três meses da demissão (demitido em


abril, em julho de 2008, três meses após a demissão
apresentou um período de agudização da patologia crônica,
gerando uma incapacidade por dez dias, com prescrição de
fisioterapia. Esse período de agudização não está
relacionado a atividade na reclamada, as patologias
lombares crônicas evoluem com períodos de agudização e
de acalmia, a agudização decorrente de atividade
ocupacional ocorre durante o contrato de trabalho, durante a
atividade e não três meses após afastamento da atividade.”
(fls. 419/420).
O perito concluiu, ainda, que nenhuma
incapacidade foi constatada durante a realização do ato
pericial, estando o periciado apto (fl. 420, e).
O próprio reclamante reconheceu, em
seu depoimento pessoal, que durante o período em que
trabalhou para a reclamada não teve qualquer afastamento
relacionado com a dor (fl. 487).
Sem a prova do nexo causal ou
concausal, bem como da incapacidade laboral não há como
reconhecer o acidente do trabalho.
Registre-se que o resultado de outro
processo, envolvendo outro reclamante não influencia no
resultado da presente demanda, haja vista que as situações
fáticas delineadas foram diversas.
Note-se que o reclamante do
processo mencionado foi dispensado inapto para o trabalho,
bem como que a patologia surgiu no decorrer de suas
atividades (fl. 521).
O carregamento do peso de 25 Kg,
mencionado pela testemunha do reclamante, não autoriza a
conclusão de que houve o descumprimento de normas
relacionadas a medicina e segurança do trabalho, mormente

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se tivermos em vista o disposto no art. 198 da CLT.


Além disso, o perito oficial, nomeado
para apurar a exposição a agentes perigosos e insalubres,
esclareceu, à fl. 362 (item IV), que as atividades do
reclamante consistiam em conferir cargas a serem
transportadas fazendo anotações em planilhas próprias,
anotando os produtos presentes na expedição a serem
carregados, volumes, quantitativos, tipos de produtos, outros;
atuava a maior parte da jornada diária de trabalho na
expedição, circulando entre paletes com sacos de razão a
serem transportados; colocava sacos de ração que estavam
incorretos em paleteira manual e transportava a paleteira
para o setor de estocagem; entregava as planilhas anotadas
a terceiros recomeçando em novas planilhas para expedição
de outros produtos (fl. 362).
As atividades desempenhadas
também demonstram que não há nexo concausal entre a
doença e o trabalho.
Nego provimento.

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

O reclamante alega fazer jus ao


adicional de insalubridade pelos seguintes motivos: em todas
as demandas propostas contra a reclamada restou
caracterizado níveis de ruído acima do limite de tolerância
permitido pela legislação; nos autos 01318-2008-147-03-00-9
foi constatado que em vários pontos da fábrica o ruído
ultrapassa os limites permitidos e de acordo com o próprio
laudo pericial o reclamante durante todo o período
imprescrito recebeu protetor auricular somente em 02 (duas)
oportunidades: 08/08/2003 e 08/06/2003.
O perito oficial, descreveu à fl. 362
(item IV), as atividades do reclamante que consistiam em
conferir cargas a serem transportadas fazendo anotações em

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planilhas próprias, anotando os produtos presentes na


expedição a serem carregados, volumes, quantitativos, tipos
de produtos, outros; atuava a maior parte da jornada diária
de trabalho na expedição, circulando entre paletes com sacos
de razão a serem transportados; colocava sacos de ração
que estavam incorretos em paleteira manual e transportava a
paleteira para o setor de estocagem; entregava as planilhas
anotadas a terceiros recomeçando em novas planilhas para
expedição de outros produtos (fl. 362).
O expert, ao analisar a exposição do
autor ao ruído esclareceu que “o valor apurado pelo
Leq=67,87 é arredondado para 68dB (...) não caracterizando
a atividade como insalubre, porque o resultado apurado é
inferior aos Limites de Tolerância previstos no Anexo n°1 da
NR15, Portaria 3.214/78.” (fl. 363).
No laudo, constou, ainda, que, a
despeito da reclamada apenas ter fornecido dois protetores
tipo plug (um em 08/08/03 e outro em 08/06/2005), “o obreiro
laborou em ambiente com presença de ruído inferior aos
Limites de Tolerância previstos no Anexo n°1 da NR15,
Portaria 3.214/78, Não laborando exposto a insalubridade,
devido ao agente ruído, em todo período reclamado” (fl. 364,
grifo e negrito no original foram retirados).
O perito concluiu que não foi
constatava a periculosidade e insalubridade (fls. 366/367).
Ainda que o juiz não esteja adstrito ao
laudo pericial, não há como desprezá-lo, porque se trata de
instrumento indispensável ao esclarecimento dos fatos.
A constatação da insalubridade, por
ruído, em outro processo não vincula este juízo, haja vista
que há especificidades em cada caso.
Além disso, sequer foram juntadas
cópias dos documentos colhidos nos processos indicados

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como modelos, para se aferir se se trata da mesma situação


fática.
Note-se que, nos autos 0355-2007,
juntado pelo autor, à fl. 323, o perito esclareceu que “no setor
onde o reclamante trabalhou (expedição-unidade “6”), não
havia presença de quaisquer dos agentes tidos por
insalubres pela NR 15 da Portaria 3.214/78.”
Desse modo, como não foi
comprovada a exposição do reclamante a agentes insalubres,
fora dos limites de tolerância não há como se reconhecer o
direito ao adicional de insalubridade.
O reclamante não se desincumbiu de
seu ônus de comprovar qualquer irregularidade no laudo, pelo
que não há falar em anulação deste.
Registre-se que a conclusão do perito
contrária aos interesses das partes, não caracteriza qualquer
vício no laudo produzido.
Nego provimento.

RECURSO ADESIVO DA
RECLAMADA

PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E


RESULTADOS

A reclamada afirma que a sua


condenação ao pagamento da PLR vai contra expressa
disposição de lei, além de violar o art. 5º, II, da Constituição
Federal.
Diz que não pode subsistir a
conclusão do juiz de que seria de seu conhecimento que
desde 1998 que a reclamada possui um PPLR, pois essa

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afirmação é inverídica.
Ressalta que, em todas as
reclamações em que tal assertiva compôs a fundamentação,
foi dado provimento ao seu recurso, com a exclusão da
parcela.
Não foi juntado aos autos nenhuma
norma interna, convenção coletiva, ajuste ou promessa do
pagamento da PLR, o que é imprescindível para o
reconhecimento do direito, a teor da Lei n. 10.101/00, que
assim dispõe:
“Art.
2º. A participação nos lucros ou
resultados será objeto de negociação entre a empresa e
seus empregados, mediante um dos procedimentos a seguir
descritos, escolhidos pelas partes de comum acordo:
I - comissão escolhida pelas partes,
integrada, também, por um representante indicado pelo
sindicato da respectiva categoria;
II - convenção ou acordo coletivo”
(grifou-se).
Sem a prova de que a reclamada
assumiu a obrigação de pagar a parcela não pode subsistir a
sua condenação.
Note-se que a cláusula 33ª das
convenções coletivas (fl. 231), não comprova que a
reclamada assumiu a obrigação quanto à parcela, haja vista
que, na cláusula, apenas foi ajustada a obrigação das
empresas de constituírem comissões ou definirem e
apresentarem ao sindicato “planos de PLR, que atendam ao
disposto na Lei 10.101”.
Assim, dou provimento para excluir da
condenação o pagamento de PLR.

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CONCLUSÃO

Em face do exposto, conheço dos


recursos e, no mérito, DOU PROVIMENTO PARCIAL ao
recurso do reclamante para condenar a reclamada ao
pagamento da indenização substitutiva do restante do
período da estabilidade provisória prevista no artigo 10, II, do
ADCT (14/04/2008 a 21/08/2008), conforme se apurar em
liquidação e DOU PROVIMENTO ao recurso adesivo da
reclamada para excluir da condenação o pagamento de PLR.
Declaro a natureza indenizatória da indenização substitutiva.
Mantenho o valor da condenação, por compatível.

Fundamentos pelos quais,


O Tribunal Regional do Trabalho da
3a Região, por sua Segunda Turma, unanimemente,
conheceu dos recursos; sem divergência, deu provimento
parcial ao do reclamante para condenar a reclamada ao
pagamento da indenização substitutiva do restante do
período da estabilidade provisória prevista no artigo 10, II, do
ADCT (14/04/2008 a 21/08/2008), conforme se apurar em
liquidação; à unanimidade, deu provimento ao apelo adesivo
da reclamada para excluir da condenação o pagamento de
PLR. Declarada a natureza indenizatória da indenização
substitutiva. Mantido o valor da condenação, por compatível.
Belo Horizonte, 22 de fevereiro de
2011.

ORLANDO TADEU DE ALCÂNTARA


Juiz Relator Convocado
OTAOTA/rsz

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