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AO MERETÍSSIMO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA
SUBSEÇÃO JUDICIARIA DE CAMPO MOURÃO- PARANÁ
I – DA CONTESTAÇÃO
II – DA IMPUGNAÇÃO
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Rua Pitanga, n.º 586, centro, Campo Mourão/PR – CEP 87.302-150.
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Portanto, a eventual perda de qualidade de segurado antes do
cumprimento do requisito etário não possui o condão de afastar o direito ao
benefício, consoante se depreende da análise do art. 3º, § 1º, da Lei 10.666/2003. Nesse
sentido:
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE
MISTA/HÍBRIDA. ART. 48, § 3º, DA LEI Nº 8.213/1991. BENEFÍCIO
EQUIPARADO À APOSENTADORIA POR IDADE URBANA.
CARÊNCIA E IDADE. CONCOMITÂNCIA. IRRELEVÂNCIA. PERDA
DA CONDIÇÃO DE SEGURADO. CIRCUNSTÂNCIA
DESCONSIDERADA À LUZ DO DISPOSTO NO § 1º DO ARTIGO 3º
DA LEI Nº 10.666/03. CORREÇÃO CORREÇÃO MONETÁRIA E
JUROS DE MORA. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
DIFERIMENTO. 1. Da leitura do artigo 48, § 3º, da Lei nº 8.213/91,
depreende-se que sua intenção foi a de possibilitar ao trabalhador rural
que não se enquadra na previsão do § 2º do aludido artigo à
aposentadoria por idade com o aproveitamento das contribuições sob
outra(s) categoria(s), porém com a elevação da idade mínima para 60
(sessenta) anos para mulher e 65 (sessenta e cinco) anos para homem. 2.
Em função das inovações trazidas pela Lei nº 11.718/08, já não tão
recentes, nem mais cabe indagar sobre a natureza jurídica da
denominada aposentadoria mista ou híbrida, pois se pode afirmar que
se trata de uma modalidade de aposentadoria urbana . 3. A reforçar sua
natureza de benefício urbano, o § 4º, para efeitos do § 3º, do aludido artigo,
dispõe que o cálculo da renda mensal do benefício será apurado em
conformidade com o disposto no inciso II do artigo 29 da mesma Lei. 4.
Conferindo-se o mesmo tratamento atribuído à aposentadoria por idade
urbana, não importa o preenchimento simultâneo da idade e carência.
Vale dizer, caso ocorra a implementação da carência exigida antes mesmo
do preenchimento do requisito etário, não constitui óbice para o seu
deferimento a eventual perda da condição de segurado (§ 1º do artigo 3º da
Lei nº 10.666/03). 5. Possuindo a parte autora tempo de contribuição
equivalente à carência exigida na data do requerimento administrativo,
faz jus à aposentadoria mista/híbrida. 6. Deliberação sobre índices de
correção monetária e taxas de juros diferida para a fase de cumprimento de
sentença, a iniciar-se com a observância dos critérios da Lei nº 11.960/2009,
de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedição
de precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo
Tribunal Federal, decisão sobre o tema com caráter geral e vinculante.
Precedentes do STJ e do TRF da 4ª Região. (TRF4, APELREEX
0000540-79.2017.404.9999, QUINTA TURMA, Relator ROGERIO
FAVRETO, D.E. 27/06/2017, grifos acrescidos).
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- Certidão de nascimento do filho da requerente o Sr.
Marcos José de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a
profissão do como LAVRADOR com data 25/11/1979.
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Com base no princípio constitucional da uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços as populações urbanas e rurais (art. 194, parágrafo único,
inciso II da CF), houve a possibilidade de concessão da aposentadoria por idade para
qualquer espécie de segurado, por meio da soma do tempo de serviço urbano com o
tempo de serviço rural.
Dessa forma, para o fim de cumprir a carência, é cabível a contagem
de períodos de contribuição de segurado urbano com períodos de atividade de
trabalhador rural.
Vejamos o parecer de Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista
Lazzari:
“A interpretação de literal do parágrafo 3º desse dispositivo
pode conduzir o intérprete a entender que somente os trabalhadores rurais farão jus
à aposentadoria “mista” ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se
mulher. Entretanto, essa não é a melhor interpretação para as normas de caráter
social. Não existe justificativa fática ou jurídica para que se estabeleça qualquer
discriminação em relação ao segurado urbano no que tange à contagem, para fins de
carência, do período laborado como segurado especial sem contribuição facultativa,
já que o requisito etário para ambos-nesse caso-é o mesmo”. (Manual de Direito
Previdenciário, 16 ed. Editora Gen/Forense, 2014. Pag. 699).
Logo, para a concessão da aposentadoria por idade híbrida, pouco
importa a natureza da atividade exercida pelo segurado à época do requerimento
administrativo, ou a última a ser considerada na concessão do benefício. É o que se
conclui da leitura do art. 51, § 4º, do Decreto nº 3.048/99, que se transcreve a seguir:
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§ 4o. Aplica-se o disposto nos §§ 2o e 3o ainda que na oportunidade
do requerimento da aposentadoria o segurado não se enquadre como
trabalhador rural.
V - DO PEDIDO
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Assinado digitalmente
LUIZA C. ALVES DE CAMARGO
OAB/PR 89.739
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