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ADVOCACIA ESPECIALIZADA

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AO MERETÍSSIMO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL FEDERAL DA
SUBSEÇÃO JUDICIARIA DE CAMPO MOURÃO- PARANÁ

Autos nº. 5001493-93.2020.4.04.7010

CREUZA MARIA MACHADO DE CARVALHO, já qualificado


no processo em epígrafe, por intermédio de seus procuradores devidamente
constituídos, vem com respeito e acatamento devidos, apresentar IMPUGNAÇÃO à
contestação de Ev. 08, o que faz nos seguintes termos:

I – DA CONTESTAÇÃO

Em apartada síntese, e filtrando o que realmente interessa a lide,


alegou a Autarquia Requerida:

a) A prescrição das parcelas que antecedem o quinquênio procedente


do ajuizamento da ação ;

b) a suspensão do feito tendo em vista RE INTERPOSTO NO TEMA


1007 ADMITIDO;

c) Que não é possível considerar o período rural para concessão de


aposentadoria por idade hibrida; ;

d) Não há prova material de início do período rural que pretende ser


reconhecido;
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Conforme será demonstrado não assiste razão a Requerida.

II – DA IMPUGNAÇÃO

Acerca da preliminar, a inexiste prescrição tendo em vista que a ação


foi ajuizada em menos de 5 (cinco) anos, posto que a data da DER foi em 18/07/2019, conforme
julgado abaixo.
PREVIDENCIÁRIO. PAGAMENTO DE PARCELAS EM ATRASO
NA VIA ADMINISTRATIVA. PRESCRIÇÃO QUINQUENAL -
INOCORRENTE. CONSECTÁRIOS. LEI 11.960/2009.
1. Reconhecido o direito da parte autora ao benefício de
aposentadoria, devido o pagamento dos valores desde a data do
requerimento administrativo.
2. Concluído o procedimento administrativo com decisão favorável à
concessão desde a DER e implantado o benefício, sem o pagamento
dos valores atrasados, não há falar em prestações atrasadas atingidas
prela prescrição quinquenal, eis que ajuizada a ação em menos de
cinco anos da implantação do benefício.
3. Declarada pelo Supremo Tribunal Federal a inconstitucionalidade
do art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a redação dada pela Lei nº
11.960/2009,os juros moratórios devem ser equivalentes aos índices
de juros aplicáveis à caderneta de poupança (STJ, REsp 1.270.439/PR,
1ª Seção, Relator Ministro Castro Meira, 26/06/2013). No que tange à
correção monetária, permanece a aplicação daTR, como estabelecido
naquela lei, e demais índices oficiais consagrados pela jurisprudência.
(TRF4 - Acórdão Ac - Apelação Civel 5000773-42.2010.4.04.7119,
Relator(a): Des. Luiz Antonio Bonat, data de julgamento: 04/11/2015,
data de publicação: 04/11/2015, 5ª Turma)

II-DO CÔMPUTO DO LABOR RURAL EXERCIDO A


QUALQUER TEMPO PARA FINS DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA
POR IDADE HÍBRIDA

No que tange às alegações de impossibilidade de cômputo da


atividade exercida em época remota, ou "fora do período de carência", estas não
merecem prosperar. 
Primeiramente, cumpre frisar que bastam os seguintes requisitos para
a concessão da aposentadoria por idade, nos moldes da lei 11.718/08:
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O implemento dos 65 anos de idade para os homens ou
60 anos de idade para as mulheres;
O preenchimento do período de carência previsto no art. 142 da lei
8.213/91, podendo ser somado o tempo de serviço urbano ao rural, conforme a nova
redação do art. 48, § 3º, da Lei 8.213/91.
Ademais, o Superior Tribunal de Justiça ao julgar o Tema Repetitivo
1007 reconheceu a possibilidade de cômputo do tempo rural remoto para fins de
carência em aposentadoria por idade híbrida:

O tempo de serviço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior


ao advento da Lei 8.213/1991, pode ser computado para fins da
carência necessária à obtenção da aposentadoria híbrida por idade,
ainda que não tenha sido efetivado o recolhimento das contribuições,
nos termos do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991, seja qual for a
predominância do labor misto exercido no período de carência ou o
tipo de trabalho exercido no momento do implemento do requisito
etário ou do requerimento administrativo.

Dessa forma, o período de atividade rural, independente da época


em que exercido, pode ser computado para fins de concessão de aposentadoria por
idade híbrida, não havendo que se falar, portanto, em “nota de
contemporaneidade” ou “atividade rural dentro do período de carência”.
Frisa-se que este é o entendimento consolidado pela jurisprudência
pátria, de que é possível o cômputo de labor rural desenvolvido a qualquer tempo para
fins de concessão do benefício de aposentadoria por idade híbrida.
Faz-se mister pontuar que, exceto no que lhe for propriamente
específico, a aposentadoria por idade híbrida deve ser regida pelas mesmas regras da
aposentadoria por idade urbana.

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Portanto, a eventual perda de qualidade de segurado antes do
cumprimento do requisito etário não possui o condão de afastar o direito ao
benefício, consoante se depreende da análise do art. 3º, § 1º, da Lei 10.666/2003. Nesse
sentido:
EMENTA: PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR IDADE
MISTA/HÍBRIDA. ART. 48, § 3º, DA LEI Nº 8.213/1991. BENEFÍCIO
EQUIPARADO À APOSENTADORIA POR IDADE URBANA.
CARÊNCIA E IDADE. CONCOMITÂNCIA. IRRELEVÂNCIA. PERDA
DA CONDIÇÃO DE SEGURADO. CIRCUNSTÂNCIA
DESCONSIDERADA À LUZ DO DISPOSTO NO § 1º DO ARTIGO 3º
DA LEI Nº 10.666/03. CORREÇÃO CORREÇÃO MONETÁRIA E
JUROS DE MORA. FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
DIFERIMENTO. 1. Da leitura do artigo 48, § 3º, da Lei nº 8.213/91,
depreende-se que sua intenção foi a de possibilitar ao trabalhador rural
que não se enquadra na previsão do § 2º do aludido artigo à
aposentadoria por idade com o aproveitamento das contribuições sob
outra(s) categoria(s), porém com a elevação da idade mínima para 60
(sessenta) anos para mulher e 65 (sessenta e cinco) anos para homem. 2.
Em função das inovações trazidas pela Lei nº 11.718/08, já não tão
recentes, nem mais cabe indagar sobre a natureza jurídica da
denominada aposentadoria mista ou híbrida, pois se pode afirmar que
se trata de uma modalidade de aposentadoria urbana . 3. A reforçar sua
natureza de benefício urbano, o § 4º, para efeitos do § 3º, do aludido artigo,
dispõe que o cálculo da renda mensal do benefício será apurado em
conformidade com o disposto no inciso II do artigo 29 da mesma Lei. 4.
Conferindo-se o mesmo tratamento atribuído à aposentadoria por idade
urbana, não importa o preenchimento simultâneo da idade e carência.
Vale dizer, caso ocorra a implementação da carência exigida antes mesmo
do preenchimento do requisito etário, não constitui óbice para o seu
deferimento a eventual perda da condição de segurado (§ 1º do artigo 3º da
Lei nº 10.666/03). 5. Possuindo a parte autora tempo de contribuição
equivalente à carência exigida na data do requerimento administrativo,
faz jus à aposentadoria mista/híbrida. 6. Deliberação sobre índices de
correção monetária e taxas de juros diferida para a fase de cumprimento de
sentença, a iniciar-se com a observância dos critérios da Lei nº 11.960/2009,
de modo a racionalizar o andamento do processo, permitindo-se a expedição
de precatório pelo valor incontroverso, enquanto pendente, no Supremo
Tribunal Federal, decisão sobre o tema com caráter geral e vinculante.
Precedentes do STJ e do TRF da 4ª Região.     (TRF4, APELREEX
0000540-79.2017.404.9999, QUINTA TURMA, Relator ROGERIO
FAVRETO, D.E. 27/06/2017, grifos acrescidos).

Conforme o entendimento do STJ, é desnecessário que a prova


documental apresente contemporaneidade com todo o período de carência.
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Destarte, as provas indicadas equivalem a um período temporal
razoável da atividade rural e do labor urbano imediatamente anterior ao pedido do
benefício, e podem ser amparadas por prova testemunhal de acordo com o entendimento
do Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1348633 SP, Rel. Ministro
Arnaldo Esteves Lima, Primeira Seção, julgado em 28/08/2013, DJe 05/12/2014, firmou
a seguinte tese (Tema 638):
“Mostra-se possível o reconhecimento de tempo de serviço rural
anterior ao documento mais antigo, desde que amparado por convincente prova
testemunhal, colhida sob contraditório. ”

III- DAS PROVAS DA ATIVIDADE RURAL

Como prova da atividade rural, exercido de 06/09/1975 á 28/10/1980,


29/10/1980 a 20/12/1984 e 20/01/1985 a 31/12/1992 , em regime de economia familiar
pela Requerente, foram anexados na presente demanda:
- Certidão de Casamento da requerente com o Sr. Vicente
Jacinto Machado onde consta a profissão do esposo como LAVRADOR com data
06/09/1975.

- Matricula de Terra nº 3253, propriedade rural localizada


no município de Barbosa Ferraz – PR, em nome Sr. Amadeu Sartori, onde a
requerente e seu esposo exercia atividade rural em regime de economia familiar
durante o período 06/09/1975 a 20/12/1984.

- Certidão de nascimento do filho da requerente o Sr. Paulo


Sergio de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a profissão do
como LAVRADOR com data 22/07/1976.

- Certidão de nascimento do filho da requerente o Sr. Mauro


Celso de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a profissão do
como LAVRADOR com data 18/01/1978.

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- Certidão de nascimento do filho da requerente o Sr.
Marcos José de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a
profissão do como LAVRADOR com data 25/11/1979.

- Carteira do Sindicato Rural de Barbosa Ferraz em nome


do esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 18/10/1979.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 18/10/1979.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 17/03/1980.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 16/05/1980.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 26/02/1981.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 11/01/1982.

- Recibo sindicato rural de Barbosa Ferraz em nome do


esposo da requerente o Sr. Vicente Jacinto Machado com data 16/07/1982.

- Certidão de nascimento do filho da requerente o Sr.


Adriano José de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a
profissão do como AGRICULTOR com data 07/08/1982.

- Matricula escolar “ Escola Isolada Municipal Reinaldo


Zamzebir, localizada na zona rural fazenda entre rios, em nome do filho da
requerente o Sr. Paulo Sergio de Carvalho constando a profissão do Pai o Sr.
Vicente Jacinto Machado como LAVRADOR com data 24/01/1984.

- Matricula escolar “ Escola Municipal Duque de Caxias,


localizada na zona rural, em nome do filho da requerente o Sr. Paulo Sergio de
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Carvalho constando a profissão do Pai o Sr. Vicente Jacinto Machado como
LAVRADOR com data 12/12/1985.

- Matricula de Terra nº 465, propriedade rural localizada no


município de Barbosa Ferraz – PR, em nome Sr. Ricieri Angelo Maruchi, onde a
requerente e seu esposo exercia atividade rural em regime de economia familiar
durante o período 20/01/1985 a 31/12/1992.

- Ficha de atendimento posto de saúde de Barbosa Ferraz –


PR com data 01/07/1986.

- Matricula escolar “ Escola Municipal Duque de Caxias,


localizada na zona rural, em nome do filho da requerente o Sr. Marcos José de
Carvalho constando a profissão do Pai o Sr. Vicente Jacinto Machado como
LAVRADOR com data 06/01/1987.

- Matricula escolar “ Escola Municipal Duque de Caxias,


localizada na zona rural, em nome do filho da requerente o Sr. Adriano José de
Carvalho constando a profissão do Pai o Sr. Vicente Jacinto Machado como
LAVRADOR com data 15/03/1989.

- Certidão de nascimento do filha da requerente o Sra.


Raquel Aparecida de Carvalho, onde consta o Sr. Vicente Jacinto Machado com a
profissão do como AGRICULTOR com data 28/09/1990.

IV-DA DESNECESSIDADE DO SEGURADO ESTAR


LABORANDO EM ATIVIDADE RURAL À ÉPOCA DO REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO

As normas previdenciárias devem ser interpretadas com base nos


princípios constitucionais que regem o sistema, especialmente aqueles contidos nos
artigos 194, parágrafo único, e artigo 201 da CF.

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Com base no princípio constitucional da uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços as populações urbanas e rurais (art. 194, parágrafo único,
inciso II da CF), houve a possibilidade de concessão da aposentadoria por idade para
qualquer espécie de segurado, por meio da soma do tempo de serviço urbano com o
tempo de serviço rural.
Dessa forma, para o fim de cumprir a carência, é cabível a contagem
de períodos de contribuição de segurado urbano com períodos de atividade de
trabalhador rural.
Vejamos o parecer de Carlos Alberto Pereira de Castro e João Batista
Lazzari:
“A interpretação de literal do parágrafo 3º desse dispositivo
pode conduzir o intérprete a entender que somente os trabalhadores rurais farão jus
à aposentadoria “mista” ao completarem 65 anos de idade, se homem, e 60 anos, se
mulher. Entretanto, essa não é a melhor interpretação para as normas de caráter
social. Não existe justificativa fática ou jurídica para que se estabeleça qualquer
discriminação em relação ao segurado urbano no que tange à contagem, para fins de
carência, do período laborado como segurado especial sem contribuição facultativa,
já que o requisito etário para ambos-nesse caso-é o mesmo”. (Manual de Direito
Previdenciário, 16 ed. Editora Gen/Forense, 2014. Pag. 699).
Logo, para a concessão da aposentadoria por idade híbrida, pouco
importa a natureza da atividade exercida pelo segurado à época do requerimento
administrativo, ou a última a ser considerada na concessão do benefício. É o que se
conclui da leitura do art. 51, § 4º, do Decreto nº 3.048/99, que se transcreve a seguir:

Art. 51. A aposentadoria por idade, uma vez cumprida a carência


exigida, será devida ao segurado que completar sessenta e cinco anos
de idade, se homem, ou sessenta, se mulher, reduzidos esses limites
para sessenta e cinquenta e cinco anos de idade para os
trabalhadores rurais, respectivamente homens e mulheres, referidos
na alínea a do inciso I, na alínea j do inciso V e nos incisos VI e VII
do caput do art. 9º, bem como para os segurados garimpeiros que
trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar,
conforme definido no § 5º do art. 9º.
[...]

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§ 4o. Aplica-se o disposto nos §§ 2o e 3o ainda que na oportunidade
do requerimento da aposentadoria o segurado não se enquadre como
trabalhador rural.

Por isso, incongruentes as afirmações realizadas pela Autora , ficando


perceptível o preenchimento de todos os requisitos e nenhum obstáculo para a
concessão de aposentadoria híbrida por idade.
Assim sendo, não há que se falar em impossibilidade de computar
período anterior à Lei 8.213/91, eis que tais alegações vão em total desencontro ao
entendimento jurisprudencial majoritário.
Diante do exposto, resta demonstrado que a alegação do INSS não
merece prosperar, tendo em vista que não há óbice para o cômputo do período de
atividade rural exercido no período de 06/09/1975 a 28/10/1980 e 29/10/1980 a
20/12/1984, 20/01/1985 a 31/12/1992, para fins de concessão do benefício de
aposentadoria híbrida.

V - DO PEDIDO

Diante dos fatos e argumentos trazidos à baila, requer a procedência


da ação, com a consequente refutação de todas as alegações declinadas na peça
contestatória.

Nestes Termos,
Pede Deferimento.

Campo Mourão – PR, 31 de Agosto de 2020.

Assinado digitalmente
LUIZA C. ALVES DE CAMARGO
OAB/PR 89.739
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