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Índice
1Biografia
2Participação das criaturas racionais no Logos
3Pensamento teológico
o 3.1Batismo
o 3.2O culto perpétuo dos cristãos
o 3.3O dia do culto dos cristãos
o 3.4Descrição do culto dos cristãos
o 3.5Eucaristia
o 3.6Maria
4Os evangelhos canônicos
5Ver também
6Ligações externas
7Bibliografia
8Referências
Biografia
Seu lugar de nascimento foi Flávia Nápoles (atual Nablus), na Síria Palestina ou Samaria.
A educação infantil de Justino incluiu retórica, poesia e história. Como jovem adulto
mostrou interesse por filosofia e estudou primeiro estoicismo e platonismo.
Justino foi introduzido na fé diretamente por um sábio homem que o envolveu numa
discussão sobre problemas filosóficos e então lhe falou sobre Jesus. Ele falou a Justino
sobre os profetas que vieram antes dos filósofos, ele disse, e que falou "como confiável
testemunha da verdade". Eles profetizaram a vinda de Cristo e suas profecias se
cumpriram em Jesus. Justino disse depois que "meu espírito foi imediatamente posto no
fogo e uma afeição pelos profetas e para aqueles que são amigos de Cristo, tomaram
conta de mim; enquanto ponderava nestas palavras, descobri que a sua era a única
filosofia segura e útil". Justino "se consagrou totalmente a expansão e defesa da
religião cristã".
Justino continuou usando a capa que o identificava como filósofo e ensinou estudantes
em Éfeso e depois em Roma. Os trabalhos que escreveu inclui: duas apologias em defesa
dos cristãos e sua terceira obra foi Diálogo com Trifão.[2]
A convicção de Justino da verdade do Cristo era tão completa que ele teve morte
de mártir sendo decapitado no ano 165.
Toda pessoa, criada como ser racional, participa do Logos, que leva desde a gestação e
pode, portanto perceber a luz da verdade.
Justino, convencido de que a filosofia grega tende para Cristo, "acredita que os cristãos
podem servir-se dela com confiança" e em conjunto, a figura e a obra
do apologista "assinalam a decidida opção da Igreja antiga em favor da filosofia, em vez
de ser a favor da religião dos pagãos", com a qual os primeiros cristãos "rechaçaram com
força qualquer compromisso".
Justino, em particular, notadamente em sua primeira Apologia, conduziu uma crítica
implacável com relação à religião pagã e a seus mitos, que considerava como «caminhos
falsos» diabólicos no caminho da verdade.
Assim, Justino, e com ele os outros apologistas, marcaram a tomada de posição nítida da
fé cristã pelo Deus dos filósofos contra os falsos deuses da religião pagã. Era a escolha
pela verdade do ser, contra o mito do costume.
Pensamento teológico
Batismo
Vamos expor de que modo, renovados por Cristo, nos consagramos a Deus. Todos os que
estiverem convencidos e acreditarem no que nós ensinamos e proclamamos, e
prometerem viver de acordo com essas verdades, exortamo-los a pedir a Deus o perdão
dos pecados, com orações e jejuns; e também nós oraremos e jejuaremos unidos a eles.
Em seguida, levamo-los ao lugar onde se encontra água; ali renascem do mesmo modo
que nós também renascemos: recebem o batismo da água em nome do Senhor Deus
Criador de todas as coisas, de nosso Salvador Jesus Cristo e do Espírito Santo. Com
efeito, foi o próprio Jesus Cristo que afirmou: Se não renascerdes, não entrareis no reino
dos céus (cf. Jô 3,3.5). É evidente que não se trata, uma vez nascidos, de entrar
novamente no seio materno.
— Justino, «61», I Apologia, pp. 6, 419-22
Os que são batizados por nós são levados para um lugar onde haja água e são
regenerados da mesma forma como nós o fomos. É em nome do Pai de todos e Senhor
Deus, e de Nosso Senhor Jesus Cristo, e do Espírito Santo que recebem a loção na água.
Este rito foi-nos entregue pelos apóstolos.
— Justino (151), I Apologia, 61.
Eucaristia
A Fé dos cristãos primitivos na eucaristia: Corpo e Sangue de Cristo:
Designamos este alimento eucaristia. A ninguém é permitido dele participar, sem que creia
na verdade de nossa doutrina, que já tenha recebido o batismo de remissão dos pecados
e do novo nascimento, e viva conforme os ensinamentos de Cristo. Pois não tomamos
estas coisas como pão ou bebida comuns; senão, que assim como Jesus Cristo, feito
carne pela palavra de Deus, teve carne e sangue para salvar-nos, assim também o
alimento feito eucaristia (...) é a Carne e o Sangue de Jesus encarnado. Assim nos
ensinaram.
— Justino, Primeiro livro das Apologias, pp. 65-67.
Maria
Justino afirma que Jesus nasceu duma virgem ( Maria), e que descende do rei Davi:
Dizia-se [Jesus] portanto, filho do homem, seja em razão de seu nascimento de uma
Virgem que, como assinalei, era da raça de Davi, de Jacó, de Isaac e de Abraão, etc…
— mártir, Justino, «94-100», Diálogo com Trifão, pp. VI, 701ss.
Os evangelhos canônicos
Justino freqüentemente cita os evangelhos: de Mateus, de Marcos, de Lucas e
possivelmente de João, contudo não cita sob o nome de Mateus, de Marcos, de Lucas, e
sim de “Memória dos apóstolos”. Por isso chegou-se afirmar que Justino desconhecia a
divisão em quatro evangelhos, afirmada, por exemplo, fortemente por Ireneu mais ou
menos 30 anos mais tarde.
Portanto, é provável que os quatro evangelhos andassem juntos desde o início do século
II e referia-se a esses evangelhos com um nome genérico, como “Memória dos apóstolos”.
Ou, também, que já no início do século II se conhecia a distinção dos quatro evangelhos,
mas de acordo com o testemunho de Justino era mais comum citá-los com um único
nome.