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Antropologia Cultural 2º Grupo
Antropologia Cultural 2º Grupo
Índic
Introdução..................................................................................................................................3
A Cultura Material.....................................................................................................................5
Dinamismo cultural...................................................................................................................5
Processo de Enculturação..........................................................................................................6
Processo de Inculturação...........................................................................................................9
Processo de Desculturação........................................................................................................9
Conclusão................................................................................................................................11
Bibliografia..............................................................................................................................12
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Universidade Pedagógica
Montepuez
2012
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Universidade Pedagógica
Montepuez
2012
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Introdução
Este crescimento é orientado em função de estruturas que são bem especificadas nas
unidades socioculturais. Para compreendermos as orientações da cultura necessário se torna
apreendermos as estruturas, pois constituem regularidades culturais que vão justamente
permitir a análise antropológica. Para a realização deste trabalho foi necessário basear-se nas
leituras de obras que de forma organizada, sistematizada foram lidas, analisadas, comparadas
e compiladas neste mesmo trabalho, fontes estas que podem ser de tal maneira observadas na
página final deste.
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A cultura pode ser decomposta em unidades cada vez mais irredutíveis com a finalidade de
estudo. Porem, tal decomposição é sempre em função da óptica daquele que a estuda e do seu
interesse. Assim, surgem os traços os complexos, as áreas culturais, os círculos de cultura,
ciclo de cultura, centros de cultura, culturas marginais e culturas nacionais. Dai que existe a
necessidade de desvendar e ou conhecer o conceito de cultura.
Cultura é “o conjunto complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,
costumes e varias outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma
sociedade” (MARTINEZ, 1994: 22).
Segundo TYLOR apud BERNARDI (1985:8), “cultura é o complexo unitário que inclui o
conhecimento, arte, a moral, a lei e todas as capacidades e hábitos adquiridos pelo homem
enquanto membro da sociedade”.
As características da cultura
É simbólica
Um símbolo pode ser definido como fenómeno físico, tal como, por exemplo, um objecto,
artefacto ou sequência de acções que tem um significado conferido por aquele que o utilize.
É social
É dinâmica e estável
Afirmamos que ela é dinâmica e no entanto não é errado se dizer que ela é também de certo
modo, estável. Estável enquanto lhe destacamos a tradição e a institucionalização de padrões
de comportamento.
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A cultura é selectiva
Ela é um contínuo, um processo que implica sempre reformulação. Isso nos remete que a
cultura a nível individual, implica necessariamente numa reformulação da cultura objectiva,
que acentua na sucessão das gerações. É evidente perceber que nesse processo de transmissão
de padrões de comportamentos alguns valores são regulados ao esquecimento e outros novos
são integrados. Nesse processo parecer existir uma selecção de padrões. Essa selecção parece
mais racional no que se refere a duração de novas tecnologias.
O homem é um animal construtor de cultura. Este facto não deixa de ser um reconhecimento
da universidade da cultura. Na perspectiva de HERSKOVIDOS “nunca foi constatada a
existência de seres humanos desprovidos de cultura”.
Empiricamente é insinuado que a cultura faz o homem e este a cultura. A cultura determina o
comportamento humano e é responsável pela padronização comportamental do homem.
A Cultura Material
A partir deste conceito, podemos chegar a uma conclusão de que a cultura, não é,
absolutamente, uma parte da cultura, mas um resultado ou produto dela, se formos mais
longe podemos admitir de que a cultura material é também a cultura, embora se apresente de
forma diferente.
Dinamismo cultural
Não existe cultura que tenha permanecido inalteravelmente igual a si mesma no decurso do
tempo. Isto quer dizer que, por mais rudimentar e estática que uma determinada sociedade
nos pareça, a verdade é que se foi transformada e continua a transformar-se de maneira quase
imperceptível.
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A cultura varia e modifica-se sempre. Todas as culturas possuem não só determinadas formas
acabadas consubstanciadas na tradição, os seus aspectos estáticos, mas também contem em si
gérmenes de modernismo, ou seja, os seus aspectos dinâmicos.
Nela pode se ver toda uma população que nasce, cresce e morre. Em cada membro e em
todos os membros estão presentes aos valores culturais. Em alguns predomina o ódio,
noutros predomina amor; a fidelidade é aculturada e traída. Alimentos são produzidos e
distribuídos; a arte e artesanato são produzidos, modificados e ate destruídos; a linguagem,
não é obstante, sua estabilidade, passa por modificações úteis.
A cultura em geral poderá ser considerada entre dois extremos: um estado de estabilidade e
outro de mudança. Num sentido largo, todas as culturas estão em mudança permanente, dai
que a cultura em mudança ou mudança cultural é um aceleramento no ritmo de mudança
contínuo pela qual todas culturas passam.
Processo de Enculturação
determinados aspectos de costumes; por este processo se consegue toda a adaptação a vida
social, todas as satisfações derivadas da expressão individual.
Através deste processo o individuo se habitua aos modos de vida do seu grupo aprendendo as
suas formas de comportamento. É o mecanismo dominante em ordem a formação de
estabilidade cultural, dai a sua importância dos planejamento dos padrões da vida; é inegável
a sua importância para a formação da personalidade do indivíduo.
Este processo suporta toda adaptação a vida social; as satisfações derivadas da expressão
individual; através deste modelo o individuo se habitua aos modos de vida do grupo,
aprendendo as suas formas de comportamentos; é o mecanismo dominante em ordem a
formação da estabilidade cultural e tem importância de planejar padrões da vida, formação da
personalidade do indivíduo.
Seja qual for o padrão de cultura que uma sociedade desenvolva, ele nunca fica
perpetuamente o mesmo. Há períodos em que as mudanças são mais dignas de realces ou
mais rápido duque noutros mas o certo é que, mesmo num grupo vivendo isolado, a pressão
das forcas internas da cultura acabam sempre por ocasionar modificações. Muitas das
alterações internas surgem a medida que as pessoas aumentam a sua soma colectiva de
conhecimentos.
Com o decorrer do tempo os indivíduos vão aprendendo mais acerca do ambiente externo
que a cerca, disso resultando um diferente uso dos recursos naturais. Tal facto leva a
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Para LIMA et all. (s/d:197), “dá-se pois o nome de aculturacao ao processo de que implica
uma imposicao, no todo ou em parte e momentos de uma cultura sobre outra”.
Importa afirmar que o estudo deste o processo, deve se ter em conta que existe uma diferença
entre a aculturação e endoculturação, este ultimo termo ocorre a nível do individuo, em
quanto primeiro da se ao nível do grupo. O processo de aculturação, originam formas novas
de cultura e novas tradições, assumindo em si aspectos positivos da dinâmica cultural e
constituindo fenómeno primordial da própria cultura.
de elemento de duas ou mais culturas, surgem uma cultura nova que reelabora todos os seus
elementos constitutivos.
Processo de Inculturação
Processo de Desculturação
Causas internas, perda de energia da própria cultura (reduz a forca dos individuo da
comunidade, e vai eliminando a vitalidade dos traços culturais que, se não houver um
processo regenerador, caem em desuso e desaparece);
Causas externas, crises originadas por contacto culturais. As crises têm efeitos contrastantes
segundo a natureza dos encontros (pacifica, livre, violenta, opressiva ou de qualquer forma).
Pode se afirmar que uma novidade que surge em qualquer sector da vida (económico,
politico, religioso ou técnico) traz consigo inevitavelmente uma quebra da identidade cultural
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original. Afirma ainda BERNARDI que ao autenticidade por assim dizer pura, tem, de facto,
um valor em certo qual senso relativa, hoje a cultura movimenta-se, transforma-se,
contrariamente feneceria.
Conclusão
Depois de um longo estudo a cerca de cultura material, concluímos que, cultura material é a
soma de artefactos (bens manufacturados e invenções de toda sorte) que resulta da utilização
de uma tecnologia, isto é, habilidade de manipular e de construir. Cultura não poderia existir
sem pessoas a ela relacionadas e transmitindo-a aos seus descendentes. Tanto a sociedade
como a cultura foram definidos como fenómenos independentes dos indivíduos, a nível
individual, implica necessariamente numa reformulação da cultura objectiva, que acentua na
sucessão das gerações. E no processo de transmissão de padrões de comportamentos alguns
valores são regulados ao esquecimento e outros novos são integrados. Ainda concluímos que,
cultura é o conjunto complexo que inclui conhecimentos, arte, moral, lei, costumes e
quaisquer outras capacidades e hábitos adquirido pelo homem enquanto membro da
sociedade.
O dinamismo cultural, engloba todo o processo cultural tendo como objectivo principal
mostrar que as culturas estão sempre em movimento, isto é, a própria natureza da
aprendizagem da cultura lhe determina uma transformação lenta. A endoculturação pela qual
os indivíduos passam inclui uma conotação subjectiva, como será visto a seu tempo. O que
de facto, supõe uma certa variação nos padrões de comportamento, mesmo pequena e
imperceptível, tal variação ocorrida em cada comportamento individual ira possivelmente
provocar uma modificação bem substancial no cômputo geral. Para terminar, o trabalho ora
elaborado não é acabado, pelo que admitimos contribuições e criticas construtivas por parte
dos leitores interessados ao tema; assim, constitui fonte principal de consulta e consolidação
dos conhecimentos sobre a cultura material.
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Bibliografia
MARTINEZ, Francisco Lerma. Antropologia Cultural: Guia Para o Estudo. Matola, 1994.
MELLO, L. G., Antropologia Cultural: Iniciação, Teorias e Temas. Vozes, Petrópolis, 1983.