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O termo “Humanismo” remonta ao século XIV, reunindo um conjunto de idéias que visam

diferenciar o homem dos demais seres da natureza, realçando suas características mais
peculiares.  Considere as seguintes afirmações sobre esse movimento filosófico e sua
influência nas abordagens humanistas na psicologia atual e assinale a única correta: 

O movimento filosófico, surgido na Itália, é caracterizado pela revalorização da razão e


A pela ênfase dada à metodologia científica, que começava na época através do uso de
instrumentos de medição
Volta-se para a investigação dos animais, sendo que o homem é considerado um
animal evoluído (um símio que pensa), tal como professada pela frase de Petrarca
B (1304-1374): “Qual é a utilidade de conhecer a natureza dos quadrúpedes, aves,
peixes e serpentes e não conhecer ou até mesmo negligenciar a natureza do
homem?”
Os humanistas que compõem esse movimento filosófico acreditavam na capacidade
C do homem de planejar sua vida, comandar seu destino e direcioná-lo para a
liberdade, a justiça e a paz, enquanto negavam a existência de Deus.
A Psicologia Humanista floresce nos Estados Unidos da América afirmando a
D necessidade de conhecer os comportamentos inconscientes do homem, que regem
suas escolhas.
Carl Rogers, Abraham Maslow e Erich Fromm, enquanto representantes do
movimentos humanista na psicologia do século XX, enfatizam a liberdade e a
E responsabilidade do homem perante si mesmo, os outros e o mundo e caracterizam
como adoecimento a perda dessas características ontológicas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
O Humanismo na psicologia foi influenciado pelo Renascimento, movimento cultural da
Europa Ocidental entre os séculos XIV e XVII. Sobre esse movimento, é correto afirmar: 
I – O Renascimento irrompeu contra a Escolástica, colocando o homem no centro das
preocupações especulativas. 
II – Para o Renascimento, o aspecto mais importante do homem é sua alma imortal. 
III – O “livre-arbítrio” foi fortemente defendido pelos humanistas, que acreditavam no poder
do homem de planejar sua vida, comandar seu destino e direcionar-se para a liberdade. 
IV – O Renascimento se opôs à hegemonia da religião cristã na produção de conhecimento.
Os filósofos humanistas eram adversários da Igreja.É verdadeiro o que se afirma em:

A I e II, apenas

B II e III, apenas

C I, II e III, apenas

D III e IV, apenas.

E I e III, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.

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Amatuzzi propõe que o Humanismo na Psicologia pode ser apresentado a partir de algumas
proposições, que sintetizam as mudanças propostas nesta por aquele. Das afirmações abaixo,
aquela que não apresenta uma proposição pertinente ao Humanismo na Psicologia é:

A concepção de que o homem é palavra, é o “animal falante”, proveniente da filosifa


A de Martin Heidegger.
Trata-se de uma mudança radical na relação com o objeto da psicologia, a saber, o
B homem.

C O Humanismo recusa as teorias psicológicas, pois o que importa é o humano.

O Humanismo propõe uma relativização das teorias, que se apresentam como modos
D de compreender.
A perspectiva Humanista apresenta-se mais como um compromisso com o humano do
E que com uma teoria sobre ele.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
A visão crítica da psicoterapia proposta por Rogers, embora tenha afinidades com o pensamento
fenomenológico, leva o autor Figueiredo (2012) a incluí-la dentre as matrizes do pensamento
psicológico em uma matriz vitalista e naturista. Isso significa que:

Os psicoterapeutas humanistas privilegiam a experiência, criticando as demais


A abordagens como racionais e mecanicistas
Refere-se a um humanismo romântico com manifestações místicas de liberdade, a
B favor da vida e contra a razão, as técnicas usadas como instrumento, e a inteligência
substituída pela intuição.
Os psicoterapeutas humanistas tinham uma influência biológica marcante ao
C destacarem a importância da tendência atualizante no desenvolvimento da pessoa.
As idéias de Rogers foram consideradas ingênuas e pragmatistas influenciadas pelo
D capitalismo americano.
O pensamento humanista não pode ser considerado como influência sobre as propostas
E de Rogers porque este tem uma visão mais biológica das características humanas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B.
”Uma das coisas que caracteriza uma psicologia de inspiração fenomenológica é a
importância dada ao vivido. Acredita-se que muitas vezes ele seja melhor guia para nossas
ações concretas e para nossos pensamentos do que concepções ou idéias construídas mais ou
menos artificialmente.” (Amatuzzi, 2006). 
Nesse sentido, considere as afirmações abaixo: 
I ) O vivido não é uma reação muscular, e sim uma reação psicológica, mental, espiritual,
antes de qualquer elaboração posterior com raciocínios. É a nossa reação interior imediata
àquilo que nos acontece, antes mesmo que tenhamos formado conceitos.
 
II) O vivido é a forma como nos sentimos ou pensamos, pois nesta concepção não há

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diferença entre sentimento e pensamento. 
III) O vivido está num plano de consciência onde o sentir e o pensar não se distinguiram
ainda. E nesse sentido ele é tanto sentimento quanto pensamento.Estão corretas:

A I, II e III.

B I e III.

C II e III.

D I, apenas.

E II, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta c
O psicólogo humanista Amatuzzi (2008) segue a diferenciação elaborada pór Dilthey entre
Ciências Naturais e Ciências Humanas. Considere as afirmações abaixo sobre esses dois
modelos científicos e indique as corretas: 
I – As Ciências Naturais pressupõem que a relação de conhecimento é do tipo Sujeito-
Sujeito. 
II – As Ciências Naturais pressupõem que o mundo existe em si mesmo e que suas leis podem
ser descobertas objetivamente. 
III – As Ciências Humanas pressupõem que a relação de conhecimento é do tipo Sujeito-
Objeto. 
IV – As Ciências Humanas pressupõem que o mundo é experienciado pelo homem e deve ser
conhecido dessa forma. 
V – As Ciências Humanas lidam com fenômenos e as Ciências Naturais com fatos. 
Estão corretas:

A I, II e V, apenas.

B I, II, III e IV, apenas.

C I e III, apenas.

D II, IV e V, apenas.

E I, II, III, IV e V.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D
Carl Rogers trabalha em seus textos a necessidade de se integrar à concepção de ser humano
por ele defendida um espaço para o inesperado, para novos significados que possam surgir do
contato com a experiência imediata. Isto implicaria, segundo ele, em enfrentar riscos,
propriamente humanos, assim como aceitar uma:
 

Confiança básica no ser humano, na sua capacidade de enfrentar as forças


A destrutivas de seu centro de experiência.

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Confiança na capacidade propriamente humana de aceitar condições de valor
B que, mesmo prejudiciais, possam ser aceitas incondicionalmente.
Confiança na capacidade natural de todo ser humano de conduzir seu pensamento
C por vias especificas.
Confiança básica no ser humano, na sua capacidade de renovar-se, abrindo-se
D para experiências antes não acessíveis ou permitidas à consciência.
Confiança na validade do conhecimento objetivo para a compreensão da
E experiência.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Leia atentamente a descrição de Rogers de um encontro com um adolescente e responda.
 
Lembro-me, por exemplo, de uma entrevista que tive com um jovem adolescente. Como
muitos adolescentes de hoje em dia, ele me dizia no começo da entrevista que não tinha
objetivos. Quando o questionei a respeito, ele reafirmou, ainda com mais convicção, que não
tinha objetivos de espécie alguma, nenhum sequer. Eu lhe perguntei: “Não há nada que você
queira fazer?” “Nada...Bem, sim, quero continuar vivendo”. Lembro-me claramente do que
senti naquele momento. Refleti profundamente sobre esta frase. Ele poderia estar
simplesmente dizendo-me, como todo mundo, que queria viver. Por outro lado, poderia estar
me dizendo – e esta parecia uma possibilidade concreta – que, em algum momento, a questão
de viver ou não tivera nele uma grande ressonância. Então tentei raciocinar com ele em todos
os níveis. Não tinha certeza sobre o significado da mensagem. Queria simplesmente estar
aberto a quaisquer significados contidos nesta afirmação, inclusive à possibilidade de que
tivesse pensado em suicídio em algum momento de sua vida. Minha vontade e capacidade de
ouvi-lo em todos os níveis contribuíram, talvez, para que ele, antes do final da entrevista, me
contasse que há pouco tempo atrás estivera a ponto de estourar os miolos. (C. Rogers, 1987). 
A partir de experiências como esta, desde o início de sua atuação profissional, Carl Rogers:

A Reconheceu a importância de desenvolver técnicas terapêuticas mais eficazes.

Desenvolveu sua proposta terapêutica, preocupando-se fundamentalmente com o


B conhecimento teórico, pois nele residiria a chave para a resolução dos problemas.
Reconheceu a contribuição da psicanálise na investigação dos fenômenos
C inconscientes.
Defendeu a idéia de que no trabalho como terapeuta o mais importante são as
D atitudes que promovem ou facilitam a compreensão, pois somente a partir disso é
que podem acontecer mudanças.
Descobriu que todas as pessoas têm uma tendência destrutiva em relação à vida.
E Essa tendência é reprimida pela cultura.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
A Psicologia Humanista desenvolvida por Rogers é crítica à postura científica em relação ao
homem. Sobre a relação entre essa abordagem psicológica e as ciências é verdadeiro afirmar: 
I – A psicologia humanista não é anticientífica, mas considera o ser humano mais importante
do que o rigor científico, um método inovador ou um esquema teórico perfeito.
II – Para Carl Rogers, tudo o que a ciência “toca” torna-se objeto. Através de uma postura

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científica, vêmo-nos obrigados a tratar os outros e mesmo a nós próprios, cada vez mais como
objetos. O conhecimento de todas as relações humanas seria tão grande que as conheceríamos
em vez de vivê-las espontaneamente.
III – A psicologia humanista estuda as escolhas e decisões tomadas peles seres humanos, a
fim de estabelecer padrões e tendências de comportamento. Diante desse conhecimento, tem
maior capacidade de intervir nas decisões que as pessoas tomam.
IV – O terapeuta de abordagem centrada na pessoa recorre ao conhecimento científico
acumulado pela psicologia para poder ajudar as pessoas a escolherem o caminho certo para
suas vidas. As conclusões das pesquisas qualitativas em psicologia ajudam o terapeuta a saber
qual é o melhor caminho para a vida de seus clientes.  
Estão corretas as afirmações:

A I, II e III, apenas.

B I e II, apenas.

C I, II e IV, apenas.

D II e III, apenas.

E III e IV, apenas.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B.
Rogers chama a força vital que movimenta o ser humano de “tendência a auto-realização. Diz
ele:
... os organismos estão sempre em busca de algo, sempre iniciando algo, sempre ‘prontos para
alguma coisa’. Há uma fonte central de energia no organismo humano. Essa fonte é uma
função do sistema como um todo, e não de uma parte dele. A maneira mais simples de
conceituá-la é como uma tendência à plenitude, à auto-realização, que abrange não só a
manutenção mas também o crescimento do organismo. (Um Jeito de Ser. São Paulo: EPU,
1983. p. 44)
Sobre a tendência a auto-realização e suas conseqüências na Abordagem Centrada no Cliente
é verdadeiro afirmar:
I – Os indivíduos possuem dentro de si vastos recursos para a autocompreensão e para a
modificação de seus autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo.
II – Experiências muito traumáticas podem eliminar a tendência à auto-realização. Por
exemplo, uma pessoa em grave depressão por causa da morte de um parente perdeu a
tendência à auto-realização.
III – A tendência à auto-realização é o que leva as pessoas a buscarem a realização de suas
necessidades. A realização das necessidades leva a um estado livre de tensões e permite que o
organismo descanse.
IV – Rogers trabalhou por muito tempo com jovens delinquentes. Na sua compreensão, os
comportamentos delinquentes eram causados pela falta de tendência à auto-realização.
V – Quando circunstâncias externas estabelecem ameaças e imposições ao eu, a prioridade de
defender a integridade deste eu leva o indivíduo a falsear ou negar internamente a sua
realidade vivenciada, a reprimir sentimentos e desejos percebidos como incompatíveis com a
satisfação de necessidades básicas. A tendência à auto-realização está atuante, neste caso, no
sentido de preservar a pessoa.

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Estão corretas as afirmações: 

A I, II e IV, apenas.

B I, III e V, apenas.

C III, IV e V, apenas.

D I e V, apenas.

E I, IV e V, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
A Abordagem Centrada na Pessoa de Rogers coloca em evidência e questiona as relações de
poder na relação entre psicólogo e cliente, pois parte da compreensão de que “o indivíduo
possui dentro de si vastos recursos para autocompreensão, para a modificação de seus
autoconceitos, de suas atitudes e de seu comportamento autônomo.” (Rogers, 1983, p.38). O
psicólogo dessa abordagem:

Assume o lugar de autoridade e mostra ao cliente, com base em dados empíricos e


A científicos, como ele deve tomar decisões.
Mostra ao cliente, com base na história de vida deste, quais caminhos ele tem
B condição de percorrer e quais, não.
Utiliza as teorias psicológicas de que dispõe para explicar ao cliente as causas de
C seus comportamentos.
Utiliza as teorias psicológicas de que dispõe para tornar o cliente mais adaptado aos
D contextos nos quais vive.
Facilita a exploração dos pensamentos e sentimentos do cliente, com vistas a que
E ele se aperceba mais de si mesmo e possa confiar mais em si mesmo.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
O psicólogo Carl Rogers encontrou nos escritos de Sören Kierkegaard o imperativo de “ser o
que realmente se é” (Tornar-se Pessoa, 1973, p.146). Para esse psicólogo, trata-se da melhor
maneira de caracterizar a finalidade da vida humana, tal como ele a entende. Essa concepção
da vida humana fundamenta a Terapia Centrada no Cliente, modelo psicoterapêutico
desenvolvido por Rogers. Sobre o modo de relação interpessoal descrito por esse
psicólogo, é correto afirmar: 

Baseia-se na concepção de que o paciente deve revelar-se, enquanto o terapeuta


A permanece neutro, de modo a facilitar a relação transferencial.
Pressupõe que se uma pessoa sente-se verdadeiramente aceita e considerada, ela
B realizará mais seus desejos, tornando-se mais individualista.
Depende que o terapeuta ofereça “clima” terapêutico de atitudes psicológicas
C facilitadoras.

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O psicólogo diagnostica os comportamentos psicopatológicos do cliente, a fim de
D lhe oferecer soluções ou sugerir outras possibilidades mais humanas.
O cliente reproduz com o psicólogo suas experiências da primeira infância. O
E terapeuta se coloca no lugar de receptáculo dessa reprodução.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
“O ponto de vista não diretivo confere um grande valor ao direito que todo indivíduo tem de
ser psicologicamente independente e de manter a sua integridade psíquica. O ponto de vista
diretivo confere um alto valor ao conformismo social e ao direito do mais apto dirigir o
menos apto. Estas perspectivas têm uma relação importante tanto com uma filosofia social e
política como com as técnicas de terapia”. (Carl Rogers, 1942)
 Qual a proposta de Rogers quanto ao que seriam as condições, por parte do terapeuta, para
uma psicoterapia promover ou facilitar mudanças na vida do indivíduo?

Segundo Rogers o crescimento psicológico depende muito mais de recursos


A externos do que internos.
Quando as condições: empatia, aceitação incondicional e congruência estão
B presentes numa relação, seja ela qual for, mudanças ocorrem nos indivíduos e em
suas relações.
Cabe ao psicólogo trabalhar junto com o cliente para a sua adequação aos valores
C defendidos pela sociedade, criando para isto um clima facilitador.
As atitudes defendidas por Rogers como necessárias e suficientes para o
D crescimento psicológico, só propiciará mudanças individuais e sociais se forem
associadas a técnicas mais diretivas.

E A proposta de Rogers aplica-se exclusivamente ao âmbito psicoterapêutico.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B.
“A consulta psicológica eficaz consiste numa relação permissiva, estruturada de uma
forma definida, que permite ao paciente alcançar uma compreensão de si mesmo num grau
que o capacita a progredir à luz da sua nova orientação. Esta hipótese tem por corolário
natural: todas as técnicas usadas devem ter como objetivo desenvolver essa relação
permissiva e livre, essa compreensão de si na consulta psicológica e nas outras relações, e
essa tendência para uma ação positiva e de livre iniciativa.” (Carl Rogers, 1942) 
Sobre a relação terapêutica descrita por Rogers está correto afirmar: 

Tendo estabelecido um clima de confiança, o terapeuta pode começar a investigar


A as pulsões inconscientes que levam o cliente a agir tal como age.
O terapeuta centrado no cliente deve mostrar ao cliente que aceita seu modo de
B ser, mesmo que seja de maneira fingida.
Rogers descreve a aceitação incondicional, a congruência e a compreensão
C empática como condições necessárias e suficientes para a transformação do
cliente.
Rogers preconiza que o paciente possa fazer o que quiser, pois só assim a relação
D torna-se permissiva e livre.

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E A exploração do inconsciente é a tarefa da psicologia centrada no cliente.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Segundo o psicólogo Carl Rogers, as pessoas que procuram terapia encontram-se numa
situação de incapacidade de assumir a complexidade de seus sentimentos e de viver relações
abertas, amigáveis e estreitas com as pessoas. Segundo ele, “... é a pessoa que nega os seus
sentimentos e as suas reações que procura tratamento. Essa pessoa tentou durante muitos anos
modificar-se, mas encontrou-se fixada em comportamentos que lhe desagradam.” (Tornar-se
o que se é.Lisboa: Moraes Editores, 1973, p.156) Sobre o processo de terapia na abordagem
centrada no cliente, desenvolvida por Rogers, é correto afirmar: 
I – No começo, o paciente que se esconde atrás de fachadas começa a desviar-se dessas
imagens de como deveria ser. 
II – O terapeuta conduz o paciente para a vivência do aqui-e-agora, na direção de
umaawareness mais global de sua vida. 
III – O objetivo da terapia é possibilitar ao paciente mais liberdade, autonomia e
responsabilidade por si mesmo e pelas relações significativas com os outros. 
É correto o que se afirma em:

A I, somente.

B II, somente.

C III, somente.

D I e II, somente.

E I e III, somente.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Leia atentamente a seguinte afirmação de Rogers sobre a ciência e a psicoterapia:
 
“Mas, na psicoterapia os problemas surgem muito mais rapidamente ainda e no nível mais
profundo. Aqui, tudo o que é subjetivo, interior, pessoal é levado ao ponto extremo; aqui a
relação é vivida, não analisada, e é uma pessoa que emerge, não um objeto; uma pessoa que
sente, que escolhe, que acredita, que atua, não como um autômato, mas como uma pessoa. Tal
é também o fim supremo da ciência – a exploração objetiva dos aspectos mais subjetivos da
vida; a redução a hipóteses e, eventualmente, a teoremas, de tudo o que fora até então
considerado o mais pessoal, o mais completamente interior, o mundo mais particular.”
(ROGERS, C. Tornar-se Pessoa. Lisboa: Moraes Editores, 1973, p.191) 
Nessa afirmação, o autor expressa:

que a psicoterapia deve recorrer aos experimentos científicos a fim de desvendar o


A funcionamento psicológico dos indivíduos, prevendo e controlando melhor os seus
comportamentos.
a necessidade de superar o subjetivismo da psicologia, alçando esta à objetividade
B do positivismo científico.
a necessidade de eliminar o caráter científico da psicologia, pois ela lida com a
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experiência individual de cada indivíduo.

D que ciência e psicoterapia são incompatíveis.

o dilema do psicólogo entre a experiência subjetiva da psicoterapia e a


E cientificidade necessária à psicologia; esta visa o geral, enquanto a psicoterapia, o
individual.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Há, segundo Carl Rogers, três condições que devem estar presentes para que se crie um clima
facilitador de crescimento – autenticidade, aceitação incondicional e compreensão
empática. Estas condições são fundamentais para o evento de uma relação psicológica que
privilegie a questão do sentido, portanto com fortes matizes humanistas. Assinale a
alternativa que estabelece uma correlação correta entre estas atitudes e suas definições:

O psicólogo trabalha para tranqüilizar seu interlocutor, aliviar sua angústia,


A apaziguá-lo. Assim cria-se uma atmosfera positiva, demonstrando que os
sentimentos não se justificam, que o problema pode ser minimizado.
Quanto mais o psicólogo for ele mesmo na relação com o outro, quanto mais puder
B remover as barreiras profissionais ou pessoais, maior a probabilidade de que
ocorram mudança e crescimento de um modo construtivo.
Implica uma série de atitudes do psicólogo, principalmente atitudes de
C despojamento de valores, conceitos e idéias. O psicólogo precisa ajudar o cliente a
perceber as suas atitudes que vão contra a moral vigente.
O psicólogo/facilitador deseja que o cliente expresse o sentimento que está
ocorrendo no momento, qualquer que seja ele - confusão, ressentimento, medo,
raiva, coragem, amor ou orgulho. O psicólogo tem a tarefa de organizar junto com o
D paciente seus sentimentos e pensamentos, condicionados pelo papel desempenhado
pelo psicólogo.
 
Quanto mais o psicólogo demonstrar sua competência técnica, revelando, assim,
suas opiniões sobre as dificuldades dos envolvidos no trabalho realizado, aliviará a
E angústia, criando uma atmosfera de confiança a partir do psicólogo/facilitador como
modelo que inspira segurança.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B
Ao encontrarmos Fritz Perls e a Gestalt-terapia, o mundo da linguagem se revela nas mesmas
dimensões até aqui discutidas. Husserl, Heidegger, e principalmente Martin Buber, compõe as
discussões dos gestaltistas. A fenomenologia, talvez a principal influência dessa abordagem,
sugere uma escuta cuidadosa. Talvez Perls estivesse preocupado com os mesmos ventos que
fecham os olhos cantados por Cecília Meireles, quando diz:  “ (...) não escutem as palavras,
escutem apenas o que a voz lhes conta, o que os movimentos contam, o que a postura conta, o
que a imagem conta. Se você tem ouvidos, então sabe tudo sobre a outra pessoa. Você não
precisa escutar o que a pessoa diz, mas escute os sons, eles contam tudo.(...) o bom terapeuta
não escuta o conteúdo que o paciente produz, mas o som, a musica, as hesitações.” A partir
do olhar da gestalt-terapia, podemos considerar que: 
I - trata-se da compreensão de que trabalhando no aqui e agora nos colocamos atentos à
temporalidade à espacialidade na qual a pessoa se movimenta e que se revela na vida como na

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terapia.
II - Trata-se da idéia de prestarmos atenção nas manifestações do desconhecido, pois as
palavras podem guardar as necessárias defesas que tornam ocultos os conteúdos
inconscientes. 
III - trata-se da compreensão de uma totalidade que ocorre no presente, pois só se tem acesso
real à pessoa quando se tem acesso à sua totalidade possível
Está correto o que se afirma em:

A II,  apenas.

B I  e II,  apenas.

C I e III,  apenas.

D II e III, apenas.

E I, II, III.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Na Gestalt-terapia, portanto, o trabalho se desenvolve a partir da instrumentalização com
ênfase na awareness de como o paciente está evoluindo em busca da compreensão e do
entendimento de suas relações. Desta forma podemos considerar que esse trabalho é:
I  -  baseado no conteúdo-orientado dando ênfase ao conteúdo que é falado.
II –  baseado no processo-orientado a partir do uso do sentido do paciente, que passa a
explorar por si mesmo as soluções para suas dificuldades.
III – baseado no objetivo-conteúdo cujo terapeuta, como agente da mudança, objetiva um
estado ideal em que o paciente deva chegar.
Está correto o que se afirma em:

A II  apenas.

B I e II  apenas.

C III  apenas.

D II e III apenas.

E I, II, III.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
Intervenções do terapeuta como: O que você está fazendo? O que você sente? O que você
quer com isso? O que você evita? O que você espera? São intervenções que visam: 
I – Conscientizar o paciente a respeito de si-mesmo.
II – Não tem  relação alguma com a apreensão do significado e do sentido.
III – Estabelece  alguma relação com o processo de aprendizagem, com o intuito de que o
paciente percebendo seu modo de ser ele pode configurar novas possibilidades de relação
com o vivido.

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IV – São expressões utilizadas pela Gestalt-terapia como modos de intervenção na relação
terapeuta-paciente.
V – São intervenções focadas no “aqui e agora” do paciente. Um exercício presencial –
dificuldade esta presente no mundo neurótico. 
Estão corretas:

A I, III e V, apenas.

B I, II, III e V, apenas.

C I, III, IV e V, apenas.

D III, IV e V, apenas.

E I, II, III, IV e V.   


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Leia atentamente o diálogo entre um paciente (P) e um Gestalt-terapeuta (T) e responda à
questão a seguir. 
P: [voz chorosa, reclamante] Eu não sei o que fazer hoje.
T: [Olha, mas não fala nada]
P: Eu poderia falar sobre a minha semana. [Olha inquisidoramente para o terapeuta]
T: Estou me sentindo arrastado por você neste exato momento. Eu imagino que você quer que
eu o conduza.
P: Sim. O que há de errado nisso?
T: Nada. Eu prefiro não direcioná-lo neste exato momento.
P: Por que não?
T: Você é capaz de dirigir-se. Eu acho até que você está nos dirigindo para longe de seu self
interior neste momento. Eu não quero cooperar com isto. [Silêncio]
P: Sinto-me perdido.
T: [Olha e não fala]
P: Você não vai me dar instruções, vai?
T: Não.
P: Bem, vamos trabalhar com minha crença de que não consigo cuidar de mim mesmo.
(YONTEF, G. Processo, Diálogo e Awareness, 198, p.48.) 
O trecho de sessão acima mostra que...  

Na Gestalt-terapia, o terapeuta é o agente de transformação na vida do paciente.


A

Na Gestalt-terapia, o terapeuta precisa ser o agente de transformação na vida


B paciente sempre que ele se sentir impotente para agir.

C A Gestalt-terapia parte do pressuposto que as pessoas que buscam terapia são


incapazes de transformarem suas vidas a partir de si mesmas.

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A Gestalt-terapia visa tornar consciente a incapacidade de assumir responsabilidade
por sua vida, pois a partir dessa consciência o paciente pode se transformar.
A Gestalt-terapia privilegia a relação de encontro EU-TU, na qual nenhum dos
E participantes é superior ao outro.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
 A prática clínica na Gestalt-terapia enfatiza a sua prática nas experiências presentes, visando
que o paciente possa tornar-se autônomo e responsável por seus atos. Um neurótico, por
exemplo, não é visto como uma pessoa que teve um problema no passado e que precisaria
solucioná-lo para poder ser saudável, mas como alguém que tem um problema contínuo, aqui
e agora, no presente.
Sobre a prática psicoterapêutica em Gestalt-terapia (GT), podemos afirmar que é incorreto:

Embora a GT considere que a expressão corporal é fundamental para a


compreensão do que está se passando com alguém, o relato verbal do cliente ainda
A é considerado a fonte mais segura de informação, pois, é por meio dele que se
torna possível apreender os conflitos intrapsíquicos de alguém.
Dado que na visão da Gestalt o sofrimento psicológico é a expressão da
dificuldade em perceber as próprias necessidades e executar ações voltadas para
B satisfazê-las, o objetivo da GT será auxiliar o indivíduo no resgate de sua
capacidade de interação com o meio.
 Dado que a GT é uma abordagem holística, o gestalt-terapeuta não precisa ficar
C limitado apenas ao que o paciente diz ou pensa, podendo também, levar em
consideração o que o paciente faz.
Em uma sessão de GT, ao invés de solicitarmos que o paciente apenas nos conte
sobre fatos marcantes de sua vida, solicitamos a ele que reexperiencie tais eventos
D no presente; que signifique os eventos marcantes de sua vida no agora, pois, se ele
ainda fala sobre eles, é porque continuam a ter importância em sua existência.
Uma das formas de tentarmos levar o cliente a ter uma percepção mais aguda do
momento presente se dá mediante a utilização de técnicas de conscientização,
E como por exemplo, os exercícios de awareness e os de amplificação.
 
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
Acompanhe o relato abaixo:
Cliente: “Ultimamente eu tenho me sentido muito sobrecarregado. No trabalho, tenho ficado
até mais tarde todos os dias, afinal, meu chefe me passou uma série de tarefas que vão além
das minhas obrigações. Já em casa, quando desejo descansar no final de semana, costumo
atender às demandas da minha esposa; ela sempre quer fazer compras, ir ao shopping, viajar,
etc. Eu atendo a todos os pedidos que me fazem, embora às vezes me seja custoso, afinal,
desde criança aprendi que as vontades dos outros devem sempre estar em primeiro lugar”.
Diante desta fala, um gestalt-terapeuta compreenderia que:

O cliente está perfeitamente saudável, afinal, os únicos a apresentarem problema


A nesta situação são o chefe e a esposa.
O cliente sabe reconhecer com clareza os limites que há entre ele e as pessoas de
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seu convívio social.
O cliente pode ser compreendido como um neurótico, uma vez que tem
dificuldades em distinguir claramente entre si e o resto do mundo, não vê suas
C próprias necessidades e, consequentemente, coloca as necessidades dos outros
sempre em primeiro plano. 
O cliente, embora apresente dificuldades em estabelecer contato e fuga adequados,
D mantém uma relação saudável em sua relação com o meio.
O principal mecanismo neurótico apresentado pelo cliente neste relato é a
E retroflexão.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Abordagens Humanistas em Psicologia. 
Apresentação 
Nesta disciplina você entrará em contato com algumas abordagens psicológicas
agrupadas sob a categoria “Psicologia Humanista”. Como você verá, são abordagens
que diferem entre si, mas que convergem na ênfase dada à responsabilidade do homem
por suas vivências e na liberdade para lidar com elas, criando-se a si mesmo. Isso
objetiva o reconhecimento dos pressupostos epistemológicos e ontológicos das
Psicologias Humanistas e do método fenomenológico, frequentemente associado a essas
abordagens na investigação do humano.  
Nos primeiros 4 módulos serão apresentadas a história dessa perspectiva, alguns dos
seus principais autores, assim como a fundamentação teórica e filosófica. 
No primeiro módulo será apresentada uma compreensão geral da Psicologia Humanista.
O segundo é dedicado à noção de “pessoa” no contexto nortemaericano, onde as
Psicologias Humanistas florecem. Essa noção será fundamental na Abordagem Centrada
na Pessoa, desenvolvida por Carl Rogers a partir da década de 1950 nos Estados
Unidos. Essa abordagem é o tema do terceiro módulo. A aplicação dessa compreensão
de homem, de sofrimento psicológico e de processo de mudança é o tema do quarto
módulo.  
Conhecer uma abordagem psicológica significa conhecer seus principais conceitos; no
caso destas abordagens, você deve conseguir compreender o conceito de homem (ou ser
humano), assim como as condições em que ocorre a mudança e o crescimento
psicológicos. 
O quinto módulo é dedicado à Gestalt-terapia, abordagem terapêutica desenvolvida por
Fritz Perls, que enfatiza a experiência consciente atual. Essa ênfase se deve à
compreensão da relação organismo-meio, que a fundamenta. No sexto módulo,
tematiza-se a perspectiva psicoterapêutica proveniente das experiências e estudos de
Perls e seus seguidores. 
Nos módulos 7 e 8 é apresentada a perspectiva chamada de Humanista-Existencial, cujo
principal autor é Rollo May. Esse autor recorre a filosofias existenciais para
fundamentar um método de aconselhamento psicológico e uma psicoterapia. 
Através da leitura dos textos indicados, das aulas presenciais e dos exercícios propostos
aqui objetiva-se que você compreenda o histórico da perspectiva humanista na
Psicologia e alguns de seus representantes, assim como seus principais conceitos,
autores e fundamentações. Objetiva-se também uma compreensão histórica do
desenvolvimento da noção atual de “pessoa”  e sua relação com a psicologia; mais
especificamente, a concepção de homem e as condições em que ocorre a mudança e o
crescimento psicológicos a partir das perspectivas rogeriana, gestalt-terapêutica e

13
humanista-existencial.  Isso deve torná-lo capaz de identificar as semelhanças e
diferenças entre as abordagens desenvolvidas por Rogers, Perls e May.  
O material poderá ser utilizado como orientação para seu estudo e como complemento
das atividades realizadas nas aulas presenciais.
O programa da disciplina está distribuído em 8 módulos, que devem ser estudados ao
longo do semestre letivo. Os Módulos 1 a 4 serão objeto de avaliação na NP1 e
Módulos 5 a 8, na NP2.  
Módulo 1 - O pensamento humanista em Psicologia. 
Objetivo: Compreender o pensamento humanista e sua influência na psicologia. 
Bibliografia Básica: AMATUZZI, M. “Humanismo e Psicologia” Por uma Psicologia
Humana. São Paulo: Ed. Alínea, 2008. Cap. 1.  
Bibliografia Complementar: FIGUEIREDO, L.C. “Matriz vitalista e naturista” Matrizes
do Pensamento Psicológico. 18ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2012, cap. VIII.  
Módulo 2: Introdução ao desenvolvimento histórico da noção de Pessoa nas bordagens
Humanistas. 
Objetivo: Compreender a noção de Pessoa, que é um dos eixos centrais da psicologia
humanista, e seu desenvolvimento histórico até a atualidade.    
Bibliografia Básica: MOREIRA, V. “A origem da noção de pessoa.” De Carol Rogers a
Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia. São Paulo: Annablume, 2007,
cap.7. 
Bibliografia Complementar: MOREIRA, V. “A noção capitalista de pessoa.” De Carol
Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia. São Paulo: Annablume,
2007, cap.8.  
 
Módulo 3: Os pressupostos epistemológicos e ontológicos da Abordagem Centrada na
Pessoa, desenvolvida por Rogers. 
Objetivo: Compreender o conceito de Pessoa presente na obra de Carl Rogers e como
ela fundamenta a Abordagem Centrada na Pessoa; Compreender a mudança no quadro
das psicologias proposta por Carl Rogers e a ênfase na postura ética do psicólogo 
Bibliografia básica: MOREIRA, V. “A noção de pessoa na teoria de Carl Rogers.” De
Carol Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em psicoterapia. São Paulo:
Annablume, 2007, cap.9.  
Bibliografia complementar: MOREIRA, V. “Da Teoria Não-Diretiva à Abordagem
Centrada na Pessoa.” De Carol Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em
psicoterapia. São Paulo: Annablume, 2007, cap.1.   
Módulo 4: A Abordagem Centrada na Pessoa e a Psicoterapia 
Objetivo: Conhecer os pressupostos teóricos e técnicos da Terapia Centrada na Pessoa e
a tríade compreensão empática, aceitação incondicional e congruência.  
Bibliografia Básica: AMATUZZI, M. “Abordagem Centrada na Pessoa e Psicoterapia”
Rogers: Ética Humanista e Psicoterapia. Campinas, SP: Editora Alínea, 2010.  
Bibliografia Complementar: ROGERS, C. “O funcionamento integral da pessoa: o
conceito de vida plena visto por um terapeuta” Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins
Fontes, 2009.  
Módulo 5: Psicologia da Gestalt, Gestalt-terapia e suas interlocuções com o pensamento
humanista. Os fundamentos da Gestalt-terapia. 
Objetivo: Conhecer os pressupostos teóricos da Gestalt-terapia e a articulação com as
abordagens humanistas em psicologia. Diferenciar os pressupostos e os objetivos da
Gestalt- terapia das demais abordagens humanistas. 
Bibliografia Básica: PERLS, F. (1988) “Fundamentos” A Abordagem Gestáltica e
Testemunha Ocular da Terapia. Rio de Janeiro: LTC, 1988, cap. 1. 

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Bibliografia complementar: YONTEF, G. “Gestalt-terapia” Processo, Diálogo e
Awareness: Ensaios em Gestalt-terapia. São Paulo: Summus Editorial, 1998, cap. 1.
 
Módulo 6: Fenômenos psicológicos à luz das Gestalt-Terapia, de Fritz Perls 
Objetivo: Compreender os fenômenos clínicos a partir da Gestalt-terapia. Reconhecer os
objetivos da Gestalt-terapia e o papel do psicólogo nesse modelo de atendimento;
Compreender os fenômenos clínicos a partir da Gestalt-terapia. Reconhecer os objetivos
da Gestalt-terapia, o papel do psicólogo. Reconhecer o aqui-agora como conceito
fundamental da Gestalt-terapia e suas conseqüências para a prática clínica.
 
Bibliografia Básica: PERLS, F. “Mecanismos Neuróticos” A Abordagem Gestáltica e
Testemunha Ocular da Terapia. Rio de Janeiro: LTC, 1988, cap. 2. 
Bibliografia Complementar: PERLS, F. “Terapia Aqui e Agora” A Abordagem
Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia. Rio de Janeiro: LTC, 1988, cap. 4.  
Módulo 7: Psicologia e Psicoterapia Humanista-Existencial 
Objetivo: Compreender a perspectiva humanista-existencial em psicologia,
diferenciando-a da abordagem centrada na Pessoa (Rogers), da Gestalt-terapia (Perls).
Conhecer a concepção de homem que fundamenta essa abordagem. 
Bibliografia básica: MAY, Rollo (2009) “Ansiedade e Valores” Psicologia e Dilema
Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009. 
Bibliografia complementar: MAY, Rollo (2009) “O contexto da Psicoterapia”
Psicologia e Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009.  
Módulo 8: O conceito de “existência” e a Psicanálise Existencial de Sartre  
Objetivo: Compreender o conceito de existência (Sartre) que fundamenta a Psicologia
Humanista-existencial, sobretudo a questão da liberdade e da responsabilidade que a
caracterizam.  
Bibliografia básica: MAY, Rollo (2009) “Jean-Paul Sartre e Psicanálise” Psicologia e
Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009.  
Em cada um dos módulos, haverá uma breve apresentação do assunto, indicação de
material para leitura, atividades de estudo e exercícios de verificação da aprendizagem.
Lembre-se que a mera realização dos exercícios não permitirá a aprendizagem dos
temas. É imprescindível que você realize todas as atividades descritas em cada módulo.
 
Se você necessitar de informações adicionais para ampliar seus conhecimentos, solicite-
as do professor, nas aulas presenciais. 
O presente conteúdo, por se tratar da apresentação do curso, não inclui exercícios.  
A Bibliografia apresentada a seguir relaciona as obras consideradas importantes para o
estudo dos temas. Em cada módulo, serão indicados os trechos específicos que devem
ser lidos.  
BIBLIOGRAFIA BÁSICA 
ROGERS, Carl. Tornar-se Pessoa. 6ª Ed. São Paulo: Martins Fontes, 2009.  
MAY, Rollo. Psicologia e Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes,
2009.
PERLS, Fritz. A Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia. 2ª Ed. Trad.
José Sanz. Rio de Janeiro: LTC, 1988.  
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
AMATUZZI, Mauro. Por uma Psicologia Humana. 2ª Ed. São Paulo: Ed. Alínea, 2008. 
AMATUZZI, Mauro. Rogers: Ética Humanista e Psicoterapia. Campinas, SP: Editora
Alínea, 2010. 

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FIGUEIREDO, L.C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 18ª edição. Petrópolis, RJ:
Editora Vozes, 2012. 
MOREIRA, Virginia. De Carol Rogers a Merleau-Ponty: a pessoa mundana em
psicoterapia. São Paulo: Annablume, 2007. 
YONTEF, Gary. Processo, Diálogo e Awareness: Ensaios em Gestalt-terapia. São
Paulo: Summus Editorial, 1998.
Moreira narra o fim da tragédia na Grécia antiga e o nascimento da racionalidade, que
governará o pensamento do homem ocidental desde então: “Extingue-se o homem trágico,
solidário a uma lógica que não estabelece um corte tão nítido nem dicotômico entre o
verdadeiro e o falso (...) Essa lógica ambígua, que permite a demarcação das contradições
sem que desapareçam os conflitos, quer por conciliá-los, quer porque eles são vividos como
insuperáveis, desaparece com a tragédia, dando lugar a uma lógica dicotômica nova, que anda
a procura de uma verdade absoluta.” (p.159) 
A Psicologia Humanista fundamenta-se nessa história do pensamento humano. Sobre a
concepção de homem da Psicologia Humanista, inspirada no homem trágico, está correto
afirmar: 
I – A Psicologia Humanista compreende a vida de cada pessoa como “um enigma que não
pode ser decifrado”, concebendo a existência humana como uma constante busca de
responder a esse enigma. 
II – Para a Psicologia Humanista o homem é uma tabula rasa, podendo determinar o que e
como quer existir a partir de sua própria vontade. 
III – A Psicologia Humanista resgata do pensamento grego a noção de homem descentrado,
atualizando-a para pensar a loucura. Para a Psicologia Humanista, o homem descentrado é o
homem incapaz de tomar decisões racionais por si mesmo.

A I, apenas.

B II, apenas.

C III, apenas.

D I e III, apenas.

E I e II, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada na Assembléia Geral das Nações
Unidas em 10/12/1948 está fundamentada numa concepção de homem que desenvolveu ao
longo da história do ocidente. Leia os primeiros 3 artigos abaixo e responda, baseando-se na
história do conceito de pessoa apresentado por Virgínia Moreira (2007).
 
Artigo I - Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotadas de
razão  e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade.   
 
Artigo II - Toda pessoa tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos
nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, língua,  religião,
opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou
qualquer outra condição.  

16
Artigo III - Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.
 
I – Esta Declaração expressa uma concepção de homem enunciada por Rousseau (1712 –
1778). Para esse filósofo, todo homem nasce livre e bom. A sociedade o corrompe.
II – A Declaração expressa a concepção Iluminista de homem, para a qual todos os homens
são dotados naturalmente de “luz natural” (racionalidade), que é capacidade de aprender,
conhecer o real e agir livremente para realização de seus fins.
III – A Declaração está de acordo com o noção capitalista de pessoa, para a qual todo homem
dispõe de liberdade para escolher e para vencer a partir dos próprios méritos e ações.
IV – A Abordagem Centrada na Pessoa, desenvolvida por Carl Rogers, é contrária à noção
Capitalista de pessoa, pois concebe a liberdade como adquirida, não ontológica.
V – Segundo Moreira, a concepção de homem na Declaração desemboca na noção de homem
como mercadoria, dividido nas várias partes que o compõem: sua personalidade, seu aspecto,
sua educação, sua renda pessoal e suas possibilidades de êxito. 
Estão corretas:

A I, II e III, apenas.

B II, III e IV, apenas.

C I, II, III e V, apenas.

D I, II, IV e V, apenas.

E I, II, III, IV e V.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C
Moreira (2007) apresenta uma história dos significados de pessoa. Observe as afirmações
abaixo: 
I. A palavra pessoa tem sua origem numa palavra que designa a máscara teatral, utilizada no
teatro grego para representar tipos, não indivíduos em particular.
II. Em Roma, pessoa passou a designar o cidadão, como pessoa jurídica, em contraposição
aos escravos, mulheres e estrangeiros, que não possuíam direitos políticos.
III. Com o cristianismo, pessoa passa a designar um indivíduo, com sua alma individual.
IV. Atualmente, o conceito de pessoa refere-se ao indivíduo com suas características
psicológicas singulares, ou seja, uma subjetividade concebida como interioridade. 
Está correto o que se afirma em:

A I e III, somente.

B II, III e IV, somente.

C III e IV, somente.

D I e II, somente.

E I, II, III e IV.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.

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A concepção de pessoa é fundamental para orientar a abordagem a ser seguida por um
psicoterapeuta. Ao longo da história da humanidade, várias foram as noções do que possa
significar o termo pessoa. Em psicologia, a noção de pessoa que o profissional possui está
diretamente ligada à abordagem a ser seguida. Sobre a noção de pessoa em Carl Rogers,
segundo Moreira (2007), é correto o que se afirma em:

A ênfase é na coletividade, a  pessoa pode ser entendida como um personagem, um


A representante de uma classe social.
O ser humano tem uma posição de destaque, sendo o centro do universo, dotado de
B corpo e alma, sendo a ênfase dada a esta última. 
O homem não pode ser definido, é um enigma cujo duplo sentido não se chega
C nunca a decifrar.
A pessoa é constituída a partir de suas relações de produção e de trabalho e da
D relação que estabelece com a natureza, a fim de satisfazer suas necessidades.
O homem é naturalmente bom e digno de confiança, sendo uma ilha que se
E corresponde com outras ilhas, que são outros homens.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Moreira (2007) ao abordar a “A origem da noção de pessoa” traz à nossa reflexão o conceito
de pessoa na antiguidade e depois nos tempos atuais. Considerando a especificidade da noção
de pessoa nesse desenvolvimento histórico, marque a alternativa ERRADA:

A palavra pessoa origina do verbo personare que significa soar através de. Por sua
A vez,personare deriva da palavra etrusca phersu = máscara teatral. Portanto,
podemos inferir que pessoa está relacionada à máscara.
A pessoa na civilização antiga era composta pelo homem antigo que não escolhia
B suas crenças, pois sesubmetia às leis e ao culto de sua cidade.
Na civilização greco-romana, pessoa era uma categoria universal usada para
C reconhecer todos como semelhantes e livres, apesar das diferenças de classe social.
Na concepção cristã de 'pessoa', pessoa era uma substância individual de natureza
D racional, ou seja, era um ser inteligente, pensante e com raciocínio.
A pessoa também pode ser vista como unidade individual em relação aos outros,
E portadora de capacidade em representar seu próprio eu, engrandecendo-a diante de
outros animais.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Qual das alternativas abaixo apresenta a principal característica da noção de pessoa difundida
pelo Capitalismo?

A pessoa é vista como um indivíduo que é livre para vencer a partir dos seus
A próprios méritos e ações. 
Ausência de uma noção de pessoa como categoria absoluta, ou seja, o homem não é
B
visto como um indivíduo, mas sim como representante de um determinado tipo

18
social.
A pessoa, embora seja vista como um indivíduo livre, ainda é refém das ações de
C marketing que propagam o consumismo e a gratificação imediata. 

D A pessoa é boa em sua natureza, mas a sociedade a corrompe.

A noção de pessoa como indivíduo não existe, uma vez que, no sistema Capitalista,
E o homem é considerado um escravo do Estado.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
Considere as afirmações abaixo sobre o Humanismo e a Psicologia Humanista. 
I – Teorias diferentes sobre o homem podem ser consideradas humanistas. O que as une não é
tanto que todas aceitem determinadas formatações, mas uma atitude frente ao outro. Essa
atitude é o esforço de explicar seu comportamento à luz de alguma teoria humanista, ao invés
das teorias psicanalítica ou comportamentalista. 
II – A Psicologia Humanista surgiu como uma reação, a partir da insatisfação sentida em
relação a duas estruturas teóricas importantes: o behaviorismo e a psicanálise. O movimento
de contracultura americano buscava uma validação científica para defesa da liberdade.
Alguns psicólogos ligados a esse movimento criaram abordagens psicológicas que enaltecem
a liberdade de expressão, a revolução dos valores e o anticientificismo.  
III – A expressão humanismo pode ser aplicada a qualquer filosofia que coloque o homem no
centro de sua preocupações, ou como um adjetivo aplicável a outros movimentos, como é o
caso da ‘psicologia humanista’ 
IV – O movimento humanista na história do pensamento ocidental foi uma reação ao
sobrenaturalismo medieval, que se preocupava com questões que envolvem o ‘após a morte’,
e a escolástica, preocupada com o caráter doutrinário da filosofia. 
V – Rogers e Maslow aproximam-se bastante das concepções humanistas em psicologia, pois
existe uma crença no homem, uma confiança no que nele se manifesta. Tanto a tendência à
atualização de Rogers como o conceito de auto-atualização de Maslow são exemplos dessa
postura. Estão corretas as afirmações:

A I, III e V, apenas.

B II, III e V, apenas.

C I, II, III e V, apenas.

D III, IV e V, apenas.

E II, III, IV e V, apenas.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
A peça Hamlet, escrita por Shakespeare entre 1599 e 1601, narra a história do princípe da
Dinamarca, cuja tio, assassino de seu pai para assumir o trono, desposa sua mãe. O fantasma
do rei assassinado aparece para o príncipe, que trama uma vingança.  Leia atentamente o
solilóquio de Hamlet e responda à questão a seguir.
 
Ser ou não ser... Eis a questão. Que é mais nobre para a alma: suportar os dardos e arremessos

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do fado sempre adverso, ou armar-se contra um mar de desventuras e dar-lhes fim tentando
resistir-lhes? Morrer... dormir... mais nada... Imaginar que um sono põe remate aos
sofrimentos do coração e aos golpes infinitos que constituem a natural herança da carne, é
solução para almejar-se.
Morrer.., dormir... dormir... Talvez sonhar... É aí que bate o ponto. O não sabermos que
sonhos poderá trazer o sono da morte, quando alfim desenrolarmos toda a meada mortal, nos
põe suspensos. É essa idéia que torna verdadeira calamidade a vida assim tão longa! Pois
quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais fortes, os maus-
tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a implicância dos chefes e
o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas mãos obter sossego com
um punhal? Que fardos levaria nesta vida cansada, a suar, gemendo, se não por temer algo
após a morte - terra desconhecida de cujo âmbito jamais ninguém voltou - que nos inibe a
vontade, fazendo que aceitemos os males conhecidos, sem buscarmos refúgio noutros males
ignorados?
De todos faz covardes a consciência. Desta arte o natural frescor de nossa resolução definha
sob a máscara do pensamento, e empresas momentosas se desviam da meta diante dessas
reflexões, e até o nome de ação perdem. (Shakespeare, Hamlet)
 
A partir do solilóquio de Hamlet e do contexto das abordagens humanistas em psicologia, é
correto afirmar que: 
I – A questão que atormenta Hamlet neste solilóquio é a questão do sentido de sua vida.
 
II – A questão do sentido da vida era menosprezada pela psicologia do começo do século XX,
até que o humanismo enfatizou sua importância. Para o humanismo, o sentido da vida é a
principal questão humana.
 
III – Hamlet está em depressão, por isso questiona se vale a pena continuar vivendo ou se
deve se suicidar. A depressão foi causada pela perda de seu pai, assassinado, e por seu tio ter
se casado com sua mãe, tornando-se seu padrasto.
 
IV – Na frase "Pois quem suportaria o escárnio e os golpes do mundo, as injustiças dos mais
fortes, os maus-tratos dos tolos, a agonia do amor não retribuído, as leis amorosas, a
implicância dos chefes e o desprezo da inépcia contra o mérito paciente, se estivesse em suas
mãos obter sossego com um punhal?" Hamlet indica algumas questões candentes da
existência humana e o fato de que o porvir é sempre um enigma. 
Estão corretas as afirmações: 

A I e II, apenas.

B II e III, apenas.

C II e IV, apenas.

D I, III e IV, apenas.

E I, II e IV, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.

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No dia 23/02/11 o jornal O Estado de S. Paulo publicou a matéria “SP reprova professores
que tiveram depressão”. Leia o trecho dessa matéria abaixo para responder à questão. 
SP reprova professores que tiveram depressão
Apesar de terem passado em concurso no Estado, eles trabalharão como temporários

Mariana Mandelli - O Estado de S.Paulo


  Professores aprovados no último concurso para a rede estadual de São Paulo estão
impedidos de assumir seus cargos por terem tirado, em algum momento de suas carreiras,
licenças médicas por motivo de depressão. Por essa razão, devem continuar com contratos
temporários. Especialistas afirmam que a decisão é preconceituosa. (...)
 Jair Berce, de 36 anos, que leciona na rede pública desde 1994 com contrato temporário, é
um dos barrados. Ele conta que, na primeira perícia, foi considerado apto. Seu nome foi
publicado no Diário Oficial em 8 de janeiro, na lista dos professores nomeados. No entanto,
no dia 26, Berce foi convocado para uma nova perícia. O psiquiatra questionou as licenças
médicas que ele havia tirado em 2003 (cinco dias afastado) e em 2004 (duas vezes: dez dias e
depois duas semanas).
 "Eu nem lembrava mais disso, foi há tanto tempo. Tomei fluoxetina (um tipo de
antidepressivo) por seis meses. Hoje não tomo mais, estou muito bem. Foi um período difícil
na minha vida: minha mãe tinha morrido, minha irmã tinha sofrido um acidente e eu estava
terminando minha tese", lembra. Berce é formado em Ciências Sociais pela USP e tem
mestrado em Antropologia pela PUC-SP. Ele também leciona na rede municipal de Barueri.
 Nessa mesma perícia, Berce passou pelo teste de Rorschach - que consiste em interpretar dez
pranchas com imagens formadas por manchas simétricas de tinta. "Depois que soube da
reprovação, pedi para ver o prontuário. Nele, havia a seguinte anotação: "visto avaliação
psicológica F-32 - sugiro temerário o ingresso" e "não apto"", conta. F-32 é o código da
Classificação Internacional das Doenças (CID) para depressão. 
 
Baseando-se na reportagem “SP reprova professores que tiveram depressão” e nas abordagens
humanistas em psicologia, estão corretas as afirmações:
 
I – A Abordagem Centrada na Pessoa não acompanha episódios depressivos na vida das
pessoas, pois a depressão é sintoma de um desequilíbrio neurológico e precisa ser tratada por
um psiquiatra com remédios.
 
II – As psicologias humanistas consideram as influências biológicas para os comportamentos
humanos, mas não se limitam a compreender os comportamentos como causados por
neurotransmissores.  
III – O parecer elaborado pelo medico indica uma compreensão humanista de homem, pois
parte do pressuposto de que, já que ele teve um episódio depressivo, ele terá outros no futuro. 
IV – Amatuzzi diferencia as compreensões de homem na psicologia entre “homem
resultante” e “homem iniciante”. O parecer elaborado pelo psiquiatra da reportagem mostra é
um exemplo da compreensão de “homem resultante”. A psicologia humanista pensa o homem
como “iniciante”.

A I e II, apenas.

B II e III, apenas.

C III e IV, apenas.

21
D II e IV, apenas.

E I, II e IV, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Em coluna no jornal Folha de São Paulo, a filósofa Dulce Critelli escreve sobre o Big
Borther:
 
Semana passada, enquanto aguardava ser atendida num consultório médico, folheei umas três
revistas consideradas das mais importantes no cenário nacional e fiquei espantada com o
espaço e a relevância que todas concediam a um jovem, o Alemão, vencedor do último “Big
Brother Brasil”.
Ele era tratado com as glórias e as pompas que se conferem a um herói. Por isso mesmo, a
recompensa recebida, de R$ 1 milhão, era mais do que merecida. Faltou dizer que era até
pouca.
Mas o que esse jovem, de fato, fez, além de exibir o corpo, esculpir os cabelos como esculpiu
seus músculos, namorar, livrar-se de alguma intriga.? O que ele lega ao mundo? Mesmo que
nada de útil ele tivesse feito, qual a grandeza peculiar dos seus gestos? (...)
É esta a mensagem que a mídia reforça e transmite: “seja como ele, faça o que ele fez e você
terá sucesso, dinheiro, publicidade... Sua vida estará feita sem fazer esforços, sem nenhuma
contribuição ao mundo, sem precisar salvaguardar qualquer dignidade”.
É esta a leviandade que hoje nos traga. Mas é, também, o centro dos problemas existenciais
de uma infinidade de jovens que já, e infelizmente, assimilaram a ordem da mídia como se
fossem esses seus próprios e pessoais desejos e destinos. (...)
 
[Texto publicado na coluna “Outras Idéias”, Folha Equilíbrio, “Folha de São Paulo”, de 19 de
abril de 2007. Acesso: http://www.existentia.com.br/site/biblioteca.php]
 
A crítica de Critelli se dirige à concepção contemporânea de pessoa, descrita por Moreira
(2007) como caracterizada por: 
I – Valorização das “formas de vida”, que são veiculadas como possibilidades existenciais
acessíveis a todos, isto é, todos poderiam ter essas formas de vida (consumir). 
II – O homem autônomo, capaz de se fazer e refazer, é o ideal desta noção de pessoa. As
instituições e grupos ficam em segundo plano. 
III – O homem contemporâneo está à mercê da mídia; suas escolhas são determinadas por
aquilo que os produtores e diretores midiáticos lhes ofertam. 
IV – O homem é alienado, pois não compreende o sentido global de sua existência, vivendo
apenas parcialidades. 
V – Lipovetsky (apud Moreira, 2007, p.181) define o homem contemporâneo pelo
narcisismo. Diz que “o narcisismo designa o aparecimento de um perfil inédito do indivíduo
em suas relações com ele mesmo e seu corpo, com os demais, o mundo e o tempo...”
Portanto, as pessoas que se submetem a participar se programas como Big Brother podem ser
compreendidas pela psicologia como narcisistas. 
Está correto o que se afirma em:

A I, II, III e IV, apenas.

B II, IV e V, apenas.

22
C I, II e III, apenas.

D II e V, apenas.

E I e II, apenas. 
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
A noção de pessoa surge na Grécia antiga, onde o termo significava a máscara usada pelos
atores nas tragédias. O estilo teatral Tragédia vigeu por aproximadamente um século,
dramatizando situações humanas vivenciadas por heróis míticos (por exemplo, Édipo). As
Tragédias expressam uma concepção de homem descentrado. Leia o trecho abaixo, uma das
falas finais de Édipo na tragédia Édipo Rei, de Sofocles (Trad.Domingos Cegalla, Rio de
Jaeiro: DIFEL, 2000), e responda: 
Apolo, amigos, foi Apolo o autor de meus males, destes meus males; porém, a mão que
vibrou o golpe outra não foi senão a minha. Porque, de que serviria enxergar, se não poderia
ver nada que me pudesse ser agradável? 
De acordo com a compreensão de humano desenvolvida por Virginia Morerira (2007), está
correto afirmar: 
I – O homem descentrado é aquele que se vive o embate entre destino e autodeterminação. 
II – O homem descentrado é sujeito e objeto de suas ações concomitantemente. 
III – Todas as ações do homem decentrado iniciam algo, sendo sempre uma luta contra o
destino. 
IV – Na fala de Édipo, ele atribui ao deus Apolo a causa de seus males. 
Estão corretas:

A I, II, III e IV.

B I e IV, apenas.

C II, III e IV, apenas.

D II e III, apenas.

E I, II e III, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
O jornal O Estado de São Paulo publicou no dia 9/03/11 a seguinte reportagem. Leia-a
atentamente e responda às questões 5 e 6, baseando-se na Abordagem Centrada na Pessoa,
desenvolvida por Carl Rogers. 
Destino de F., detido pela 17ª vez, ainda está indefinido
 
Detido em flagrante pela 17.ª vez em 25 de janeiro por dirigir um Kadett roubado, o
adolescente F.R.A., de 14 anos, que se tornou famoso por furtar carros, completou ontem 42
dias de internação provisória na Fundação Casa. Até agora, a Vara da Infância e Juventude
não informou a qual medida socioeducativa ele será submetido. A definição deve sair até a
próxima semana.
F. é descrito por familiares e vizinhos como um menino mirrado, de ar debochado, contrário a
ordens e agressivo. Esse mesmo garoto, sob a tutela do Estado na Fundação Casa, tem se

23
mostrado calado, observador, disciplinado e, surpreendentemente, tranquilo. Para uns, é
apenas mais um infrator. Para outros, vítima de uma sociedade cheia de falhas. O que
especialistas concordam é que ele não é o único.
Há uma legião de jovens pelas ruas praticando todo tipo de infração cada vez mais cedo.
"Registramos uma média de oito menores envolvidos em crimes por semana", diz o delegado
Paulo Arbus de Andrade, titular do 98.º DP, em Cidade Ademar, onde foi registrado o último
delito de F. (...)
Na Fundação Casa, a média de idade dos internos fica entre 15 e 17 anos. Os de 12 a 14 anos,
faixa etária de F., são poucos. Mas eles estão lá, quase sempre por furto, alguns já envolvidos
com tráfico. O número de jovens na instituição cresceu nos últimos dois anos, passando de
5,4 mil para 6,9 mil, apesar de a reincidência ter caído de 29% em 2006 para 12,8% em 2010.
Detenção. Em uma das vezes que F. foi detido dirigindo um carro roubado, sua mãe, uma
diarista de 44 anos, estava ao lado, no banco do passageiro. A situação comprova que há uma
aceitação da família em relação às infrações que ele comete. "Muitos pais não percebem que
eles precisam criar juízo primeiro para o problema da criança acabar", diz a assistente social
Solange, da Vara da Infância de Santo Amaro.  (Suzane G. Frutuoso - O Estado de S.Paulo,
9/03/11)
 
Fundamentando-se na Abordagem Centrada na Pessoa, está correto afirmar:
 
I – A Abordagem Centrada na Pessoa compreende que F. é “vítima de uma sociedade cheia
de falhas”. O motivo de seu comportamento é que o Capitalismo não lhe garante o básico
para a sobrevivência: casa, comida e educação.
 
II – O comportamento de F. é manifestação da tendência à atualização, pois seu
comportamento promove o crescimento próprio e dos demais à sua volta.
 
III – Para o psicólogo humanista, F., assim como todos os seres humanos, é um organismo em
que se pode confiar. 
IV – O comportamento delinqüente de F. é resultado de não ter outras opções. 
V – Uma hipótese rogeriana para compreendermos o comportamento delinqüente de F. é de
que o acúmulo de ameaças à integridade por parte de família, escola e cultura podem levar à
restrição da liberdade de srrmos, pensarmos e escolhermos autenticamente. 
Estão corretas:

A I, II e IV, apenas.

B I, II e III, apenas.

C I e IV, apenas.

D III e V, apenas.

E I, II, III, IV e V.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Leia abaixo a citação do livro de Fritz Perls e as alternativas que a seguem e assinale a
incorreta.

24
A terapia gestáltica é uma terapia experiencial, mais que uma terapia verbal ou interpretativa.
Pedimos ao paciente para não falar sobre seus traumas e problemas da área remota do passado
e da memória, mas para reexperienciar seus problemas e traumas – que são situações
inacabadas no presente – no aqui e agora. Se o paciente vai fechar o livro de seus problemas
passados, deve fechá-lo no presente. Porque deve entender que, se seus problemas passados
fossem realmente passados, não seriam mais problemas e, certamente, não seriam
atuais. (Perls, A Abordagem Gestáltica e Testemunha Ocular da Terapia, p. 76).
Assinale a alternativa INCORRETA:

Um dos aspectos que permitem reconhecer a Gestalt-Terapia como uma abordagem


humanista em psicologia é sua preocupação com o homem atual e sua
A experimentação de si, isto é, na linguagem da Gestalt-Terapia, com os seus
problemas vividos no Aqui e Agora.
Isto a que Perls chama de ‘experienciar’ está vinculado ao conceito de Awareness,
isto é, uma forma de experienciar sensorial, emocional, cognitiva e energética, que,
B na medida em que fornece uma compreensão mais ampla das capacidades e
habilidades do paciente, é o próprio objetivo de uma Gestalt-Terapia.
Afirmar que a Gestalt-Terapia é uma terapia experiencial é o mesmo que dizer que
ela é menos conteúdo-orientada e mais processo-orientada, isto é, sua ênfase está
C mais no como o paciente se desenvolve no processo de conscientização
(Awareness) do que propriamente nos conteúdos que são relatados.
Toda a ênfase no caráter experiencial da Gestalt-Terapia tem por fundamento a
idéia de que é apenas a partir de uma conscientização das necessidades atuais de um
D indivíduo que lhe será possível ‘fechar uma Gestalt’, isto é, recolocar em fluxo
aquilo que permanecia interrompido e inacabado, atingindo assim um equilíbrio
(homeostase).  
O objetivo final de uma Gestal-Terapia é tornar o paciente capaz de experienciar
por conta própria as diversas nuances de sua situação e manter-se em um contato
E integral com suas necessidades atuais. Nesse sentido a conscientização (Awareness)
é apenas um primeiro momento desse processo, uma vez que o individuo deve
poder experienciar mais do que aquilo que lhe é consciente, ou mental.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Gestalt é uma palavra alemã que não tem tradução em português, contudo, pode significar
uma forma, uma configuração, uma composição. Ao iniciarmos o tema Gestalt Terapia na
disciplina Abordagens Humanistas, falamos sobre seus Fundamentos, perpassando a
Psicologia da Gestalt, a Homeostase, a Doutrina Holística, os Limites do Contato etc. Sobre
esses aspectos que embasam a Gestalt Terapia e conduzem sua prática, assinale a alternativa
correta:
 
I - Psicologia da Gestalt e Gestalt Terapia significam a mesma coisa, ambas foram
originalmente desenvolvidas por um grupo de psicólogos alemães que trabalhavam com
percepção e aprendizagem.
 
II - A Homeostase é a busca pelo equilíbrio, no qual a provisão de energia é constante e tende
a se distribuir uniformemente por todo o organismo. Olhando para essa energia que é a nossa
necessidade e, buscando satisfazê-la, temos o processo de Auto-regulação.

25
 
III - A Doutrina Holística ou Holismo considera que a pessoa é um sistema organizado,
integrado e consistente, possibilitando a percepção do sintoma como uma parte da totalidade
do sujeito, ao invés de uma incapacidade ou incompetência do organismo.
 
IV - A fronteira de contato é concebida como a barreira que separa o organismo do ambiente.
 
V - O contato acontece no igual, é o reconhecimento de mim mesmo que vai moldar meus
comportamentos no mundo.  Estão corretas:

A I, II e III, apenas.

B II, III, IV e V, apenas.

C II e III, apenas.

D I, IV e V, apenas.

E II, III e V, apenas.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Jorge é um paciente novo que chega para sua primeira sessão de gestalt-terapia de grupo. Os
outros sete integrantes do grupo já estão em terapia juntos há pelo menos seis meses. Jorge
chega tímido, se apresenta ao grupo e logo conta o que o motivou a procurar terapia: acaba de
se divorciar. Emociona-se ao compartilhar. Henrique e Débora, que também estão em
processos de divórcio, simpatizam com Jorge e contam suas histórias. Claudia, que passou as
últimas sessões sendo acolhida pelo grupo, pois está triste com a internação de sua mãe, irrita-
se com o assunto e diz a Henrique, Débora e Jorge: “vocês já contaram essas história no
grupo antes e sabem que vocês terão outros relacionamentos, mas mãe é uma só!” Claudia sai
irritada do grupo e vai beber água na sala de espera.
 
O coordenador do grupo é um psicólogo gestalt-terapeuta. Ele recorre aos fundamentos da
gestalt-terapia e compreende o ocorrido como expressão de: 
I – Henrique e Débora sentiram-se próximos de Jorge e compartilharam sua história com ele
(e com o grupo). Jorge é um elemento catexizado positivamente para esses dois membros do
grupo e negativamente para Claudia. 
II – A chegada de Jorge modificou o equilíbrio homeostático do grupo, que precisou buscar
novos arranjos para se reequilibrar. 
III – Jorge fez-se de vítima no grupo, pois o que ele realmente queria era conseguir atenção
dos outros. Como ele está se separando, ele está carente de afeto. 
IV – Henrique e Débora assumiram inconscientemente o papel de figura paterna e figura
materna de Jorge, cuidando dele. 
São compreensões pertinentes com a Gestalt-terapia:

A I e III, apenas.

B II e IV, apenas.

26
C I e II, apenas.

D I, II e III, apenas.

E I, II e IV, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Perls conta uma vinheta clínica: 
Uma senhora com bastante experiência com psicoterapeutas punha-se no divã, deitava rígida
como cadáver, falava como autômato e produzia associações totalmente irrelevantes para sua
vida presente. Ficou atônita ao perceber que eu não estava interessado no material que ela
produzia, mas somente na forma como produzia. Seu analista anterior não tinha nem mesmo
percebido o óbvio, ou seja, que quando ela bancava o cadáver, esta dessensibilização e
imobilização era o centro da sua couraça, da sua resistência. [Perls, F.; “Teoria e Técnica de
Integraçao da Personalidade” In: Stevens, O. (org.) Isto é Gestalt. São Paulo: Summus, 1977.
Pg. 85] 
Nessa passagem Perls evidencia alguns preceitos da Gestalt-terapia, a saber:
 
I – A Gestalt-terapia atenta para o paralelismo psicofísico, para o qual não há cisão entre
corpo e mente. Ambos são igualmente reveladores do contato indivíduo-meio.
 
II – A resistência é uma dificuldade de entrar em contato com aspectos inconscientes que
foram reprimidos.
 
III – A Gestalt-terapia é uma terapia verbal, isto é, dá maior ênfase para o que é falado na
sessão do que para as demais formas de expressão.
 
IV – A paciente apresenta rigidez nas suas formas de contato consigo mesma e com o
terapeuta. É uma forma neurótica de interação indivíduo-meio, na qual seu contato está
cristalizado, incapaz de reconhecer e ir ao encontro de suas necessidades. 
Estão corretas as afirmações:

A I, II e III, apenas.

B II e IV, apenas.

C I e II, apenas.

D I e IV, apenas.

E I e III, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Para Rogers, ser empático consiste em aperceber-se com precisão do quadro de referências
interno de outra pessoa, juntamente com os componentes emocionais e os significados a ele
pertencentes, como se fôssemos a outra pessoa, sem perder jamais a condição de ‘como se’.
Leia as afirmações abaixo e assinale as que condizem com as conseqüências do clima
empático:  

27
I - Com o clima empático, o outro percebe que não está sozinho. A pessoa tem a sensação que
o outro sabe exatamente do que ela está falando e, por vezes, até acha que o outro o
compreendeu de maneira mais clara do que ele mesmo. 
II - A compreensão empática traz para o receptor a sensação de que alguém o valoriza, está
atento para a pessoa que ele é e o aceita. 
III - Outro impacto causado pela compreensão empática decorre de sua característica não
avaliativa. A expressão mais alta da empatia consiste em aceitar e não julgar. 
IV - A mais importante conseqüência do clima empático refere-se ao fato do cliente
conscientizar-se que tem uma pessoa que o ajudará a fazer as suas escolhas. O cliente sente-se
acolhido e percebe que poderá dividir sua responsabilidade nas escolhas com o seu
terapeuta. É correto o que se afirma em:

A I e IV, apenas.

B IV, apenas.

C I, II e III, apenas.

D I e II, apenas.

E I, II, III e IV. 


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Ana tem 28 anos e procurou ajuda psicológica, queixando-se de grande infelicidade. Está na
metade da pós graduação, mas sente-se muito triste desde que terminou um relacionamento
amoroso há um ano e meio. Desde então não teve mais relações sexuais. Conta que gostava
muito, mas não consegue mais se relacionar com nenhum homem. Sente-se frustrada e dúvida
que os homens possam se sentir atraídos por ela. Embora não tenha manifestado, a psicóloga
se surpreendeu com esta afirmação de Ana, pois a considerou uma moça bonita. Ana também
relata sentir que nunca mais viverá um relacionamento amoroso no qual encontrará satisfação
sexual. Segundo ela, compartilha com suas amigas da certeza de que a felicidade depende de
uma vida sexual satisfatória.
A psicóloga que a atendeu é humanista-existencial, seguindo a abordagem psicológica
desenvolvida por Rollo May. A partir desse referencial, faz sentido que considere:
 
I – A abordagem existencial-humanista considera os valores da pessoa como seu Eu. Ana
apresenta a satisfação sexual como um valor muito significativo para ela. 
 
II – A satisfação sexual pode ser um valor, mas, na perspectiva existencial-humanista, a
sexualidade é um aspecto dos relacionamentos afetivos humanos, podendo compreender
também a ternura, a compreensão, a intimidade, a troca de afeto. Quando Ana fala de
satisfação sexual, faz sentido considerar que está apontando também para esses aspectos. 
 
III – No início do desenvolvimento existencial, a principal relação que o bebê estabelece é de
receber os cuidados da mãe. Esses cuidados que zelam pela preservação e, posteriormente,
pelo crescimento da pessoa, vão sendo substituídos por outros afetos mais complexos. Assim,
sentimentos de amor, satisfação sexual são símbolos para a relação mais original de satisfação
de necessidades primárias.

28
 
IV – A insatisfação sexual que Ana vivencia hoje encobre para ela seu verdadeiro sofrimento:
carência afetiva.
 
V – O término do relacionamento é uma ameaça à existência de Ana, que busca ajuda
psicológica por se encontrar restrita na capacidade de confrontar novas situações e abarcar
novos valores.Estão corretas:

A I e II, apenas.

B II, III e V, apenas.

C III e IV, apenas.

D I, II e III, apenas.

E I, II e V, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Rollo May relata a situação de ansiedade vivenciada por Tom no Hospital de Nova York:
 
(...) Tom e sua esposa ficaram despertos toda uma noite, preocupados sobre se o desemprego
de Tom no laboratório do hospital seria duradouro ou se ele teria de voltar a viver com
subsídio de desemprego do Governo. Na manhã seguinte, a leitura da atividade gástrica para a
ansiedade de Tom foi a mais elevada de todas as encontradas durante esses estudos. O ponto
significativo, para os médicos, é o comentário de Tom: “Se eu não puder sustentar a minha
família, prefiro saltar logo da ponte do cais.
 
Esse relato ilustra que a ameaça aos valores de uma pessoa é mais contundente do que uma
ameaça à sua integridade física. As ameaças aos valores são também condição de
crescimento. Essa compreensão traz consigo implicações para a psicoterapia na abordagem
existencial-humanista, a saber: 
I – A psicoterapia precisa ajudar a eliminar a ansiedade vivenciada pelos pacientes.  
II – O psicólogo precisa distinguir entre ansiedade normal e ansiedade neurótica. A superação
desta depende do confronto com aquela. 
III – O uso de drogas para aliviar ansiedade pode eliminar oportunidades de crescimento. O
psicólogo precisa ficar atento e ter como critério para determinar a necessidade ou não de
acompanhamento psiquiátrico se a ansiedade é restritiva da vida cotidiana, impedindo de
frequentar a psicoterapia. 
IV – O processo psicoterapêutico envolve a conquista e o fortalecimento dos valores da
pessoa. Esses valores não podem ser passados, ensinados ou mesmo sugeridos pelo
psicólogo. Estão corretas:

A I e II, apenas.

B II e III, apenas.

29
C I e III, apenas.

D II, III e IV, apenas.

E I, II, III e IV.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
[Questão adaptada do ENADE 2009]
 
A psicologia como ciência caracteriza-se pela tensão entre recortes epistemológicos e
pressupostos ontológicos sobre seu objeto, criando, ao longo de sua história, uma diversidade
de abordagens, tal como o cognitivismo e a psicologia humanista. Em relação à concepção da
psicologia como ciência nessas duas abordagens, são feitas as seguintes afirmativas: 
 
I – Ambas preconizam uma visão de ciência centrada na concepção de descrição precisa e
objetiva dos dados da experiência. 
II – A psicologia humanista contrapõe-se à psicologia cognitiva por considerar que a
metodologia científica natural não é a mais adequada para investigar o ser humano.
III – Para a psicologia humanista, a experiência é irredutível a uma análise descontextualizada
da subjetividade do sujeito. Estão corretas somente as afirmativas :

A I. 

B I e II.

C II e III. 

D I, II e III.

E I e III. 
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
[Questão adaptada do ENADE 2012]  
O movimento denominado Psicologia Positiva teve início em 1998, quando o
psicólogo Martin Seligman assumiu a presidência da American Psychological Association
(APA). Segundo ele, a ciência psicológica vinha negligenciando o estudo dos aspectos
virtuosos da natureza humana, o que poderia ser confirmado por uma simples pesquisa no
banco de dados da PsycInfo. Ao se utilizar a palavra-chave “depressão”, são encontrados
110.382 artigos entre os anos de 1970 e 2006; ao passo que, na busca com a palavra-chave
“felicidade”, são encontrados apenas 4.711 artigos publicados no mesmo período.
A negligência ao estudo dos aspectos positivos e virtuosos dos seres humanos pela
Ciência Psicológica, de acordo com Seligman (2002), baseou-se, historicamente, no
pensamento dominante na Psicologia, direcionado ao estudo dos aspectos “anormais”. Parece
que o fator mais intrigante no estudo do comportamento humano não era representado pela
média da população, mas pelo improvável e pelo diferente.
 Os motivos, desafios e dificuldades da Psicologia Humanista são consideravelmente
semelhantes aos da Psicologia Humanista. 
Bibliografia

30
PALUDO S. S. & KOELLER, S.H. Psicologia Positiva: uma nova abordagem para antigas
questões. Paideia, v. 17, n. 36, p. 9-20, 2007 (adaptado). 
Avalie as seguintes afirmações acerca da Psicologia Positiva, movimento mencionado no
texto acima, recorrendo ao conhecimento sobre a Psicologia Humanista. 
I – O foco em aspectos positivos do desenvolvimento humano já estava presente nos
trabalhos de teóricos humanistas, tais como Maslow e Rogers.
II – A ênfase em contribuir para o fortalecimento de dimensões saudáveis e positivas das
pessoas
leva esse movimento da Psicologia a afastar-se de métodos científicos rigorosos em suas
investigações e teorizações.
III – Esse movimento buscou modificar o foco dos estudos da Psicologia, que deixaria de
atuar na reparação do que está errado ou ruim, para (re)construir qualidades positivas,
fortalecendo-se, assim, o que existe de mais saudável nos indivíduos.
IV – Um dos desafios atuais da Psicologia Positiva é a operacionalização de instrumentos
para avaliar e classificar as virtudes e as forças pessoais, tal como acontecia com a Psicologia
Humanista na década de 1960.
V – A Psicologia Positiva, como a Psicologia Humanista, reconhece que a ênfase atribuída,
nos últimos 50 anos, às patologias ou àquilo que é desviante trouxe importantes contribuições
científicas para a Psicologia e para a capacidade de intervenção em tais problemas. Porém,
aquelas pesquisas não são o bastante para compreender o ser humano. 
É correto apenas o que se afirma em:

A I, II e III.

B I, III e V.

C I, IV e V.

D II, III e IV.

E II, IV e V.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Leia a citação abaixo, extraída de um livro de Kierkegaard. A filosofia desse autor é uma das
bases da psicologia humanista-existencial.  
A história de vida individual progride num movimento que vai de estado a estado. Cada
estado é posto como um salto. (...) Contudo, cada uma de suas repetições não constitui
simplesmente conseqüência, porém um novo salto. A cada um desses saltos precede um
estado como a aproximação psicológica mais próxima. (...) Em cada estado está presente a
possibilidade e, por conseguinte, a angústia. (Kierkegaard, O Conceito de Angústia, p.120.)
 
Esta citação pode servir de fundamentação para a seguinte ideia da psicologia de Rollo May:

Relacionamento do Eu, que é capacidade mais importante do ser humano, a de


A situar-se fora de si mesmo, saber que é sujeito e objeto da experiência.
Qualidade de vinculação temporal do ser humano (conceito referido a Hobart
B Mowrer), que é a capacidade de vincular passado e presente em nexo causal, em
direção ao futuro. 

31
C Subordinação das funções fisiológicas às funções de integração.

A base da ética está na capacidade social do ser humano de ver-se como os outros o
D veem, imaginar-se empaticamente na posição do outros.

E Todo crescimento consiste na renúncia de valores passados. 


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
Leia a citação abaixo, extraída de um livro de Kierkegaard. A filosofia desse autor é uma das
bases da psicologia humanista-existencial.  
A história de vida individual progride num movimento que vai de estado a estado. Cada
estado é posto como um salto. (...) Contudo, cada uma de suas repetições não constitui
simplesmente conseqüência, porém um novo salto. A cada um desses saltos precede um
estado como a aproximação psicológica mais próxima. (...) Em cada estado está presente a
possibilidade e, por conseguinte, a angústia. (Kierkegaard, O Conceito de Angústia, p.120.)
 
Esta citação pode servir de fundamentação para a seguinte ideia da psicologia de Rollo May:

Relacionamento do Eu, que é capacidade mais importante do ser humano, a de


A situar-se fora de si mesmo, saber que é sujeito e objeto da experiência.
Qualidade de vinculação temporal do ser humano (conceito referido a Hobart
B Mowrer), que é a capacidade de vincular passado e presente em nexo causal, em
direção ao futuro. 

C Subordinação das funções fisiológicas às funções de integração.

A base da ética está na capacidade social do ser humano de ver-se como os outros
D o veem, imaginar-se empaticamente na posição do outros.

E Todo crescimento consiste na renúncia de valores passados. 


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: E.
A psicologia existencial-humanista de Rollo May enfatiza a dimensão do valor, anunciada por
Nietzsche como condição humana. Para Nietzsche, o ser humano é o “animal avaliador”. Isso
significa que: 
I – O ser humano interpreta vida e universo em função de símbolos e significados.
II – Os valores são identificados como ‘Eu’; “eu sou meus valores”.
III – A vida biológica é o valor primeiro, do qual decorrem os demais.
IV – Os valores podem cristalizar-se, estagnar-se, tornando-se dogmas.
V – Toda ansiedade é proveniente de ameaças à integridade física do Eu.Estão corretas:

A I e II, apenas.

B II, III e V, apenas.

C I, II e IV, apenas.

D II, III e V, apenas.

32
E I, II e V, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C
Considere os acontecimentos mundiais noticiados pela imprensa, abaixo:
Ativista cubana mantém greve de fome apesar de 'sério risco'
Da France Presse, em Havana – Jornal Folha de São Paulo, 13/09/2012
Marta Beatriz Roque, conhecida como a "Dama de Ferro" da oposição cubana, confirmou nesta quinta-
feira à AFP que manterá a greve de fome que já está em seu terceiro dia, apesar da preocupação de seus
colaboradores em relação a seu estado de saúde delicado.(...)
Conhecida por sua dureza e intransigência, Marta é uma das raras vozes em Cuba a defender
vigorosamente as sanções econômicas e financeiras impostas há mais de meio século a Cuba pelos Estados
Unidos.
As autoridades cubanas, que consideram geralmente os militantes da oposição como mercenários a serviço
dos Estados Unidos, não fizeram nenhuma declaração sobre a greve de fome da dissidente.

Thích Qu?ng Ð?c (1897-1963), originalmente batizado de Lâm Van T?c, foi o monge Mahayana, que
durante uma manifestação na cidade de Saigon, Vietnã do Sul, contra a política religiosa do governo de
Ngo Dinh Diem, ateou fogo em seu próprio corpo em um processo de auto-imolação em 11 de Junho de
1963. (...)
No Vietnã (que naquela época estava em guerra contra os EUA e parte da Ásia) e posteriormente no
mundo todo, ele é considerado um Bodhisattva, uma vez que mesmo tendo sido queimado e
posteriormente re-cremado, seu coração permaneceu intacto. Isso aumentou o impacto de sua morte
mundialmente, tornando-o um verdadeiro mártir.
(...) As ações de Thích Qu?ng Ð?c aumentaram a pressão internacional sobre o regime de Diem e fez com
que o líder anunciasse reformas para acalmar os Budistas.
(Texto extraído da Wikipedia:http://pt.wikipedia.org/wiki/Th%C3%ADch_Qu%E1%BA%A3ng_
%C4%90%E1%BB%A9c )

O Rebelde Desconhecido, também conhecido como O Homem dos Tanques, é como ficou conhecido o
misterioso homem que ganhou fama em todo o mundo como figura heróica após ser filmado e fotografado
durante os protestos na Praça da Paz Celestial em Pequim, em 5 de junho de 1989. Várias fotografias
foram tiradas do homem, que ficou em pé em frente a uma coluna de tanques chineses Type 59, forçando-
os a parar. (...)
O incidente ocorreu próximo à Praça da Paz Celestial, na avenida Chang'an(Avenida da Paz Longa), que
corta a Cidade Proibida, em Pequim, de leste a oeste, na data de 5 de junho de 1989, um dia após o
governo chinês reprimir violentamente os protestos de Tiananmen.
O homem colocou-se de pé no meio da rua enquanto os tanques se aproximavam. Ele segurava duas
sacolas, uma em cada mão. À medida que os tanques paravam, o homem parecia tentar mandá-los embora.
Em resposta, o tanque da frente tentou desviar do homem, que repetidamente se colocou em frente ao
tanque, num exemplo de não-violência. Após bloquear os tanques, o homem escalou até o topo do tanque
da frente e conversou com o piloto. A filmagem mostra duas pessoas vestidas de azul levando o homem
embora e sumindo na multidão; os tanques então prosseguiram seu caminho. A testemunha Charlie Cole
acredita que o homem foi levado pela polícia secreta e foi um dos muitos executados, uma vez que o
governo chinês nunca foi capaz de identificá-lo após as fotos tornarem-se públicas.

As três notícias acima ilustram a seguinte premissa da psicologia existencial-humanista de Rollo May,
também presente de outras formas nas várias psicologias agrupadas sob o título de humanistas:

A Os valores (ou os sentidos) são mais importantes para existência do que a vida biológica.

33
B A vida biológica é a base da criação de valores.

C O desespero profundo leva as pessoas a se suicidarem.

Para a existência tornar-se mais plena, precisa se engajar politicamente. Os valores maduros
D são aqueles que transcendem grupo imediato e se ampliam no sentido da humanidade.
Como cada indivíduo existe num contexto, é um equívoco relacionar as três situações acima.
E Cada caso acontece num contexto político e social diferente.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
 Rollo May (2009) refere-se ao psicólogo David Reisman, autor do livro A Multidão
Solitária, para comentar um acontecimento contemporâneo que lhe chama atenção; os jovens
de sua atualidade não mais o sucesso competitivo, preferindo ser como todos os outros. 
Considere as afirmações abaixo à luz da psicologia existencial-humanista de May e assinale a
alternativa correta. 
(1) ... a solidão – a consciência as separação – pode muito bem resultar na mais dolorosa
forma consciente e imediata da ansiedade. 
(2) “... a pessoa valida-se quando está ajustada ao rebanho; o que a torna presa da ansiedade é
ser diferente, é destacar-se. Assim, estar no rebanho reduz os sentimentos de solidão. 

Se as duas asserções forem verdadeiras e a segunda for uma justificativa correta da


A primeira. 
Se as duas asserções forem verdadeiras e a segunda não for uma justificativa correta
B da primeira. 
Se a primeira asserção for uma proposição verdadeira e a segunda uma proposição
C falsa. 
Se a primeira asserção for uma proposição falsa e a segunda uma proposição
D verdadeira. 

E Se tanto a primeira como a segunda forem proposições falsas.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: C.
Em capítulo chamado “A Terapia Existencial e a Cena Americana”, Rollo May (2009)
considera proximidades entre o pensamento existencial europeu e o modo de vida americano.
Considera também hipóteses para a dificuldade de aceitação desse pensamento nos Estados
Unidos, que consideram a Psicologia uma ciência do comportamento humano,
operacionalizando-a de acordo com os pressupostos científico-naturais. Por fim, tece algumas
críticas à recusa de psicólogos humanistas e fenomenológicos a aceitarem o uso do conceito
de Inconsciente na psicologia. 
Contrariamente a outras abordagens chamadas de humanistas na psicologia, a desenvolvida
por Rollo May (2009) não é radicalmente contrária à noção de inconsciente elaborada por
Freud. May considera a importância do conceito de inconsciente na psicologia humanista-
existencial pelos seguintes motivos, exceto:

Amplia a dimensão da personalidade humana, passando a abarcar ideias, impulsos e


A outros aspectos primitivos.

34
Romper com o racionalismo presente na cultura vitoriana na época de Freud,
B igualmente presente na psicologia americana

C Questionar concepções estreitamente voluntaristas do comportamento humano.

Reconhecer que há um lugar que armazena experiências e desejos difícieis de


D aceitar, a partir de onde seguem causando o comportamento humano.
Legitimar as importantes experiências da primeira infância, que contribuem
E fortemente para a formação do 'estilo de vida' (Adler) de cada um.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Rollo May (2009) desenvolve uma psicologia existencial-humanista fortemente inspirada na
psicologia e na psiquiatria existencial, surgidas na Europa no entreguerras e consolidada após
a Segunda Guerra. São características da psicologia, que inspira May:
 
I – Insistência de que o homem seja tratado como um todo, mais do que meramente um
organismo natural.
 
II – O rompimento da “solidão epistemológica”, isto é, a separação do homem de seus
instintos naturais.
 
III – A dissolução da causalidade ocidental.
 
IV – O reconhecimento da importância da filosofia como fundamento da prática psicológica.

A I, III e IV, apenas.

B I e III, apenas.

C III e IV, apenas.

D II e IV, apenas.

E I, II, III e IV.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
Módulo 8: O conceito de “existência” e a Psicanálise Existencial de Sartre 
Objetivo: Compreender o conceito de existência em Sartre, que fundamenta a Psicologia
Humanista-existencial, sobretudo a questão da liberdade e da responsabilidade que a
caracterizam. 
Bibliografia básica: MAY, Rollo (2009) “Jean-Paul Sartre e Psicanálise” Psicologia e
Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009. 
Bibliografia complementar: MAY, Rollo (2009) “O contexto da Psicoterapia”
Psicologia e Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009. 
O Existencialismo sartreano e a psicologia de Rollo May    O movimento filosófico
chamado de Existencialismo tem muitos representantes, embora não tenha se
configurado como um movimento. Por isso que Amatuzzi (2008) se refere a uma
tradição humanista na filosofia. Dos pensadores mais eminentes do Existencialismo,
Jean Paul Sartre (1905 – 1980) pode ser destacado como aquele que nomeia essa
corrente filosófica que traz tantas contribuições para a psicologia do século XX         A

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obra de Sartre apresenta clara e abertamente uma oposição à psicologia científica do
século XX e à sua tentativa de reduzir o homem a uma objetividade calculável. Para
Sartre, pensar o homem em termos de condicionamentos ou de pulsões é perder de vista
a humanidade do homem na sua especificidade. Trata-se da mesma crítica que marca o
pensamento humanista ao longo da história da filosofia, tanto que Sartre escreve em
1946 um ensaio intitulado “O Existencialismo é um Humanismo” (1946/1973). O termo
existência é escolhido para referir-se exclusivamente ao ser humano        O
Existencialismo de Sartre, que fundamenta a psicologia existencial-humanista de Rollo
May, é a mais radical defesa “da liberdade humana e da responsabilidade individual
expressa na frase: ‘Eu sou as minhas escolhas’...” (p.187) Não há primeiramente um
homem, posteriormente lançado nas situações de sua existência concreta. A existência é
a própria situação concreta que vivencia. Outro aspecto da existência está expresso na
máxima “a existência precede essência”, que significa que a existência não tem uma
essência (ideia, conceito), uma natureza que a determine previamente. Primeiramente o
homem existe e, existindo, faz-se a si mesmo          Sartre se opõe à filosofia
essencialista, que defende a existência de conceitos gerais e abstratos anteriores à
existência concreta e singular. A psicologia dos séculos XIX e XX é herdeira do
essencialismo, pois busca explicar a “natureza humana”, a essência do homem, a
personalidade, o que implica a determinação de um elemento permanente: o psiquismo,
o ser racional, por exemplo. O que determina a existência humana é exatamente sua
condição constante de transformação, decorrente da existência como liberdade e
responsabilidade. A única determinação da existência é a sua indeterminação radical.
Uma psicologia fundamentada nestas ideias, tal como a desenvolvida por Rollo May,
não busca padrões de comportamento, nem explicações causais, nem teorias sobre o
homem em geral. Busca, outrossim, compreender como esta existência concreta se
projeta no mundo compartilhado.
 
Atividades recomendadas 
1. Leia atentamente os textos indicados. 
2. Pesquise na bibliografia e nas mídias digitais sobre Jean Paul Sartre e o
Existencialismo e as contribuições de seu pensamento para a psicologia. 
3. A companheira de Sartre, Simone de Beauvoir (1908 – 1986), também pensadora
importante do movimento Existencialista, publicou em 1949 na França o livro O
Segundo Sexo. Pesquise a temática desse livro e suas contribuições para a psicologia. 
4. Acompanhe o exercício abaixo: 
Rollo May recorre ao Existencialismo de Jean Paul Sartre para fundamentar a
abordagem exitencial-humanista em psicologia. Sobre a articulação entre filosofia
existencial e psicologia existencial-humanista está correto afirmar: 
I – Sartre fornece uma descrição da existência humana como livre e responsável, que
vai ao encontro da psicologia de Rollo May.
II – A filosofia existencial de Sartre recusa todos os determinismos da existência. Por
isso, não se pode falar de natureza humana, mas, apenas, de condição humana.
III – Uma das ideias fundamentais da psicologia de May, condizente com o
Existencialismo, é de que o homem sempre se situa em relação ao que lhe acontece.
IV – Como a existência é sempre pensada como um todo, o psicólogo existencial-
humanista precisa conhecer os fatores sociais, econômicos e biológicos que determinam
o comportamento da existência.Estão corretas as afirmações: 
A) I e II, apenas.
B) II e III, apenas.
C) I, II e III, apenas.

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D) I, II, III e IV, apenas.
E) I, II e IV, apenas. 
Se você leu atentamente os textos e compreendeu a articulação do pensamento de Jean
Paul Sartre com a psicologia de Rollo May conseguiu identificar que a alternativa
correta é a C. As afirmações I, II e III estão corretas. A afirmação IV sugere que o
comportamento humano é determinado por fatores sociais, econômicos ou biológicos, o
que contraria a compreensão de que a existência é ontologicamente livre para se situar
em relação à sua situação; no caso, em relação aos fatores sociais, econômicos e
biológicos presentes no seu campo de ação.  
Contribuições de Sartre à psicoterapia existencial-humanista. 
Bibliografia básica: MAY, Rollo (2009) “Jean-Paul Sartre e Psicanálise” Psicologia e
Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009.
 
Bibliografia complementar: MAY, Rollo (2009) “O contexto da Psicoterapia”
Psicologia e Dilema Humano. 2ª edição. Petrópolis, RJ: Editora Vozes, 2009. 
 
            Rollo May (2009) especifica 6 contribuições fundamentais da psicanálise
existencial iniciada por Sartre para a psicologia e a psicoterapia. Essas contribuições
situam esta abordagem no campo da psicologia, apontando as críticas que a
caracterizam em relação às demais psicologias.
            A primeira é a afirmação de que explicações psicológicas não só não explicam
nada sobre como ampliam a alienação da pessoa. As explicações psicológicas são
causais, o que significa que buscam fatores determinantes do comportamento
observado. Cada abordagem teórica psicológica ‘escolhe’ esses fatores. Ao buscar
causas, cegam-se para a liberdade humana. Ademais, acabam por fornecer supostas
explicações psicológicas que, quando assumidas pela pessoa, servem para distanciá-la
ainda mais de sua liberdade, pois passa a interpretar-se como objeto de forças que a
determinam. As ações humanas são sempre projetos, isto é, voltadas para o futuro. A
segunda contribuição do Existencialismo sartreano é a afirmação de “A realidade
humana (...) ‘identifica-se e define-se pelos fins que persegue’, não por alegadas
‘causas’ hipotéticas do passado.” (May, 2009, p.192)
            Além disso, as explicações psicológicas são sempre gerais, pois são produzidas
por deduções e abstrações. A terceira contribuição de psicanálise existencial de Sartre é
a afirmação de que as leis gerais não se aplicam a casos particulares.
             A partir de Sartre pode-se também questionar o pressuposto que fundamenta a
psicologia científica de que a explicação dos organismos mais sofisticados pode ser
realizada com base nos menos sofisticados. A psicologia existencial-humanista defende
que a compreensão do comportamento dos animais não contribui para a compreensão do
comportamento humano.
            A quinta contribuição, articulada com a compreensão do homem como livre, é
crítica às psicologias que tentam explicar o comportamento humano a partir do meio ou
ambiente em que esse comportamento acontece. Ao fazer isso, as psicologias passam ao
largo de que os indivíduos têm um relacionamento significativo com seu ambiente, isto
é, interpretam-no, significam-no constantemente.
            A ênfase na singularidade de casa existência e na especificidade de cada situação
traz a sexta contribuição, que é a afirmação de que símbolos ou estruturas interpretativas
devem surgir a cada situação. Os conceitos usados para compreender uma pessoa devem
brotar da especificidade das escolhas dessa pessoa.Atividades recomendadas
 
1. Leia atentamente os textos indicados.

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2. Pesquise nos bancos de dados de artigos científicos se há artigos publicados em
psicologia que recorrem ao pensamento de Sartre. 
3. Neste módulo apresentamos as influências do pensamento filosófico de Jean Paul
Sartre para a psicologia de Rollo May. Mas Sartre também iniciou uma psicologia
própria, a partir da sua compreensão de existência chamada de psicanálise existencial.
Pesquise na bibliografia e nas mídias digitais sobre a psicanálise existencial de Sartre. 
4. Acompanhe o exercício abaixo: 
Uma pesquisa sobre o “normal e o patológico” aponta para a predominância da
linguagem média e psicanalítica na definição destes pólos da problemática individual.
Mas será o conhecimento sobre o homem “em geral” o único modo de acesso? Um
exemplo desta discussão pode estar neste trecho da entrevista que o psiquiatra Jorge
Alberto da Costa e Silva concedeu à Revista Veja online em 2001. O psiquiatra foi
presidente da Associação Mundial de Psiquiatria e, por seis anos, dirigiu a divisão de
saúde mental, comportamento e toxicomanias da organização Mundial de Saúde.
Abaixo está sua primeira resposta a esta entrevista: 
Veja – Um número cada vez maior de pessoas está se tratando de males como
depressão, pânico, fobias. A que se deve essa onda? 
Costa e Silva – Há uma psiquiatrização ocorrendo na sociedade. Já existem quase 500
tipos descritos de transtorno mental e do comportamento. Com tantas descrições, quase
ninguém escaparia de um diagnóstico de problemas mentais. Se o sujeito é tímido e
você forçar um pouquinho, ele pode ser enquadrado na categoria de fobia social. Se ele
tem uma mania, leva um diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo. Se a criança
está agitada na escola, podem achar que está tendo um transtorno de atenção e
hiperatividade. Coisas normais da vida estão sendo encaradas como patologias. Hoje em
dia, se o indivíduo não tomar cuidado e passar desavisado pela porta de um psiquiatra,
pode entrar numa categoria dessas e sair de lá com um diagnóstico e um tratamento na
mão. Até eu, se não me cuidar, acabo me enquadrando em quatro ou cinco casos. Às
vezes atendo clientes que saem muito chateados porque eu digo que eles não têm
nada.” 
Uma discussão sobre o ser normal ou apresentar alguma psicopatologia parece ser
urgente. A internet e seus sites de busca colaboram para a popularização dos sintomas
psicológicos e o enquadramento em algum e qualquer distúrbio ao oferecer informações
e exemplos que possibilitam a estandardização ao que é comum e geral.
 
Uma proposta para amenizar ou interromper esta confusão, com base na psicologia
existencial-humanista de Rollo May, seria:
 
I – Propor uma definição em termos estatísticos para que um indivíduo de determinada
cultura seja comparado com outros desta mesma cultura com idade semelhante à sua e
que apresente as mesmas condições de saúde ou doença;
II – Propor uma descrição da capacidade do indivíduo singular ao enfrentar as diversas
situações da vida, ressaltar a qualidade de suas respostas frente a estes enfrentamentos.
III – Propor um novo olhar para as problemáticas individuais, que brote da própria
singularidade existencial e não de categorias psicológicas prontas. 
Estão corretas as afirmações: 
A) Apenas as afirmações I, II, III estão corretas;
B) Apenas as afirmações I, II estão corretas;
C) Apenas as afirmações I, III estão corretas;
D) Apenas as afirmações II, III estão corretas;

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E) Apenas a afirmação III está correta.
 
Se você leu os textos e compreendeu os aspectos centrais da psicologia existencial-
humanista, terá identificado que a alternativa correta é a D. A afirmação I propõe uma
psicologia estatística, que compara esta pessoa singular ao conjunto abstrato de seres
humanos. Essa comparação não auxilia na compreensão da vivência específica desta
pessoa singular. Pelo contrário, a generalização aliena a pessoa de sua existência
singular. O psiquiatra constata que algumas pessoas saem frustradas de seu consultório
por não terem confirmado um diagnóstico que provavelmente estava sendo usado por
elas como explicação para seu comportamento.
ean Paul Sartre, filósofo francês mais associado ao movimento filosófico chamado
Existencialismo, afirma no ensaio “O Existencialismo é um Humanismo” (/1973): 
“entendemos por existencialismo uma doutrina que torna a vida humana possível e que, por
outro lado, declara que toda a verdade e toda a ação implicam um meio e uma subjetividade
humana.” (p.10) 
As ideias de Sartre influenciarão fortemente a psicologia, fundamentando sobremaneira a
psicologia de Rollo May, conhecida como existencial-humanista. Considerando a frase de
Sartre, acima, é correto afirmar que quando o existencialismo influencia a psicologia: 
I – A psicologia contemporânea é criticada quanto ao seu esforço de considerar o homem
como um objeto de condicionamentos ou de pulsões.
II – As explicações psicológicas são afastadas, dando lugar a investigações compreensivas
das escolhas que cada pessoa faz de seu ser. 
III – O inconsciente teorizado por Freud é reabilitado, como lugar onde ficam guardadas as
escolhas mais incômodas da pessoa.
IV – Rollo May encontra fundamentação filosófica para a aplicação de ideias do zen budismo
na psicologia, que antes não podiam ser usadas por serem considerada religião, não
ciência.Estão corretas:

A I, apenas.

B I e II, apenas.

C II e III, apenas.

D II, III e IV, apenas.

E II e IV, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B.
Considere a s duas frases abaixo, escritas por Sartre em “O Existencialismo é um
Humanismo” (1946/1973): 
I – “O homem possui uma natureza humana; esta natureza, que é o conceito humano,
encontra-se em todos os homens, o que significa que cada homem é um exemplo particular de
um conceito universal – o homem...” (p.11) 
II – “... a existência precede a essência...” (p.11) Assinale abaixo a alternativa incorreta

Ambas as frases apresentam a mesma ideia, que influencia a psicologia humanista-


A existencial. 

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B As duas frases são opostas. A primeira defende que a essência precede a existência.

A frase I apresenta noção de existência humana presente no pensamento filosófico


C anterior ao existencialismo, expressando o ponto de partida da psicologia científica.
Como fundamento da psicologia existencial-humanista, a II afirmação aponta que ao
D homem é sempre possível a transformação.

E A afirmação I não fundamenta a psicologia existencial-humanista.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: A.
O canal brasileiro GNT começou a transmitir uma série televisiva chama Sessão de terapia
(2012), na qual o psicólogo Theo Cecatto realiza sessões de psicoterapia em seu consultório.
Às terças feiras atende o paciente Breno, atirador de elite da polícia militar. Na primeira
sessão Breno conta que matou uma criança em sua última ação, numa favela. Não sente culpa
por isso. Na segunda sessão explica que o sistema, no qual foi treinado, remove a culpa e por
isso ele é assim. Ele é treinado para seguir ordens. O psicólogo considera que ele Breno está
com medo de deixar suas emoções aparecerem. Mas Breno se desvia desse assunto, como na
primeira sessão.  
Supondo que o psicólogo Theo atenda na abordagem humanista existencial, é correto
afirmar: 
I – Um sentimento importante que Breno não deixa aparecer é a ansiedade. A ansiedade é o
sentimento que revela sua responsabilidade pelos acontecimentos de sua vida.
II – Breno vivencia aquilo que Sartre chama de má fé. 
III – Por estar seguindo ordens, Breno não pode ser considerado responsável pelo tiro que
matou a menina na ação policial.Estão corretas:

A I, apenas.

B II, apenas.

C III, apenas.

D I e II, apenas.

E I e III, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Ana procura psicoterapia. Ela tem 40 anos, é divorciada, mora sozinha. Na entrevista inicial
conta que está desestimulada no trabalho, pois seu chefe a cobra muito e não reconhece seu
bom desempenho. Ela reconhece que em outras épocas foi mais empenhada, mas que está
muito cansada, infeliz por não encontrar um homem com quem possa iniciar um
relacionamento amoroso. “Também,” diz ela, “nenhum homem dessa idade quer se
relacionar!” Atribui seu cansaço a estar acima do peso. Diz “Com a genética que tenho, é
impossível não engordar. Minha mãe e a mãe dela sempre foram obesas. Não adianta nem eu
tentar controlar meu peso.” Nessa primeira sessão, também contou outras coisas e que a
incomodam atualmente. Em cada relato, apresentava as justificativas para seu desconforto. O
psicólogo que a atendeu é humanista-existencial (Rollo May), o que implica que: 
I – Está interessado em conhecer a experiência de Ana, sem se preocupar no primeiro

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momento a comparar sua queixa com as teorias psicológicas que conhece. 
II – Pressupõe que Ana é livre e responsável por sua vida e, portanto, por tudo de que padece.
III – Percebe que Ana se justifica demais, o que significa que não se apropria de sua
existência. Por isso, não a considera pronta para iniciar um processo psicoterapêutico na
abordagem humanista-existencial.
IV – Em algum momento da sessão afirma que se esforçará ao máximo para a compreender
tal como ela se compreende e que a aceitará independente de como ela se apresentar nas
sessões. Faz isso por pressupor que seu sofrimento está associado à não-aceitação que tem de
si mesma. Irá, portanto, aceitá-la para que ela possa ir gradativamente se tornando mais
congruente.
V – Percebe que Ana atribui a determinações alheias seu sofrimento, como se fosse vítima
passiva de circunstâncias que independem dela (seu chefe, os homens, a genética familiar).
 Estão corretas:

A I e II, apenas.

B I, II, III e V, apenas.

C II, III e IV, apenas.

D I, II e V, apenas.

E III e IV, apenas.


Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: D.
Dois alunos de psicologia conversavam no corredor da universidade: 
Aluno 1: Vocês psicólogos humanistas-existenciais partem de um pressuposto solipsista. Para
vocês, o ser humano existe primeiramente isolado. Daí falarem tanto de angústia, ansiedade,
liberdade.  
Aluno 2: De fato, na psicologia humanista-existencial compreendemos que o homem é livre e
responsável por sua existência. 
Aluno 1: Mas ao afirmarem isso, desconsideram que há questões econômicas e sociais que
impedem as escolhas livres! A sua abordagem não leva em conta o homem na sociedade
capitalista! 
São respostas pertinentes do Aluno 2, estudioso da psicologia existencial-humanista de Rollo
May (2009) todas as abaixo, exceto:

Aluno 2: Você se engana. A abordagem humanista-existencial concebe o homem


lançado no mundo, o que significa que as suas escolhas só são possíveis com base
A nos aspectos econômicos e sociais. Porém, esses aspectos não determinam
previamente as possibilidades de ninguém.
Aluno 2: Você está partindo de um pressuposto que nem cabe na discussão com a
B psicologia humanista-existencial. Os aspectos econômicos e sociais não interferem
no livre arbítrio do homem.
Aluno 2: Posso concordar com você no sentido de que os aspectos econômicos e
C sociais delimitam o espectro da ação humana, mas, mesmo assim, cada indivíduo é
livre e responsável para fazer-se a si mesmo nesses contextos.

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Aluno 2: Atribuir as dificuldades, impedimentos e fracassos a aspectos econômicos
D e sociais é uma possibilidade humana fundada na liberdade existencial de atribuir
significados aos acontecimentos à nossa volta, inventando sentidos para nossa vida.
Aluno 2: A responsabilidade da existência é por todos os homens o tempo todo.
E Para a abordagem de Rollo May, nenhum homem é uma ilha.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é: B.
A questão de como é possível para alguém compreender outrem é muito importante na
psicologia – e, mais especificamente, na psicoterapia, – embora  não seja tão frequentemente
tematizada entre os psicólogos, que concentram suas pesquisas nas possibilidades
interventivas desta ciência. Carl Rogers, por exemplo, fundamenta a capacidade de
compreender o outro na empatia. Algumas abordagens atribuem aos símbolos e signos usados
comumente essa possibilidade. Sartre, no artigo “O Existencialismo é um Humanismo”,
afirma que:  
As situações históricas variam: o homem pode nascer escravo numa sociedade pagã ou senhor
feudal ou proletário. Mas o que não varia é a necessidade para ele de estar no mundo, de lutar,
de viver com os outros e de ser mortal. 
As ideias de Sartre são um fundamento da psicoterapia existencial-humanista de Rollo May
(2009). Para esta abordagem, é correto afirmar: 
I – O Existencialismo sartreano fornece a descrição da natureza humana presente na
psicologia de May.
II – O Existencialismo sartreano descreve a condição humana, cuja especificidade varia em
cada contexto histórico.
III – Cada ser humano é um projeto de humanidade. Isso possibilita que se compreenda o
projeto de outra pessoa, por mais distinta que seja a cultura dela.
IV – Para a psicologia existencial-humanista, só é possível compreender alguém do mesmo
contexto sócio-histórico.:

A I e IV, apenas.

B II e III, apenas.

C I e III, apenas.

D III e IV, apenas.

E II e IV, apenas.
Você já respondeu e acertou esse exercício. A resposta correta é:B

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