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Diagnóstico diferencial

Perguntas gerais:

Qual o diagnóstico mais provável? Que dados comprovariam esse diagnóstico? Que
testes utilizariam para comprovar e quais os resultados esperados? Quais os objetivos
em fisioterapia? Bom ou mau prognóstico?

Caso 1 - Pubalgia

Um jogador de futebol profissional de 23 anos com queixas de dor anterior na


coxofemoral esquerda e na virilha foi encaminhado para fisioterapia pelo seu treinador.
Os sintomas começaram à 4 meses atrás, no final da temporada anterior. Os sintomas
são mais notáveis quando ele realiza atividades de mudança de direção e salto. Embora
note uma redução da dor com 2 a 3 dias de repouso, os seus sintomas retornam com
atividades que realiza no treino. Ele está preocupado com a sua capacidade de manter
um cronograma diário de treino com a equipa. Quanto ao seu histórico médico passado,
teve rutura meniscal direita (1 ano atrás), entorses de tornozelo e um reparo do labrum
acetabular esquerdo (2 anos atrás).
Caso 2 – Bursite trocantérica

Uma mulher de 53 anos entrou num ginásio para


melhorar sua forma física depois de engordar
bastante após os seus 50 anos. Depois de três
semanas de treinos, desenvolveu dor na coxofemoral
lateral direita que não estava a melhorar. Acredita
que essa dor foi agravada por se deitar sob o lado
direito. Não se lembrava de nenhum trauma, febre ou
rigidez. Também negou qualquer dor nas costas ou
joelhos.

A avaliação de sua marcha não revela claudicação e tem um sinal negativo de


Trendelenburg. Na palpação de seu trocanter direito maior, queixa-se de elevada
sensibilidade. O exame da coxofemoral revela amplitudes de movimento completas.
Raios-X simples não mostram sinais de artrite, com bom espaço articular na articulação.

Caso 3 - Fibromialgia

Uma mulher de 46 anos é encaminhada ao departamento de reumatologia com uma


longa história de dor muscular e fadiga. Os seus sintomas desenvolveram-se
insidiosamente e ela agora queixa-se de dor "por todo o corpo", mau sono e exaustão a
maior parte do tempo. Ela nega sintomas específicos, mas apresenta dificuldades para
trabalhar ou cuidar da sua família. O seu histórico médico não apresenta dados
relevantes e ela não toma medicamentos regulares.

Caso 4 – Artrite reativa

Um homem de 28 anos apresenta-se nas urgências com um joelho direito agudamente


doloroso e inchado. Os sintomas começaram 24 horas antes e não responderam a anti-
inflamatórios não esteroides. Não tem febre. Seu histórico médico não é notável, exceto
por uma crise de diarreia grave e limitante, à 3 semanas atrás.

Seu olho direito tem uma conjuntivite e há uma efusão moderada no joelho direito que é
quente e onde há reduzida amplitude de movimento. Ele tem uma erupção pustulosa em
ambos os calcanhares. O restante do exame está normal.

Caso 5 – espondilite aquilosante


Paciente do sexo masculino, 36 anos, vem à consulta relatando dor na região lombar
iniciada há aproximadamente dez meses. Nega irradiação da dor para os membros
inferiores, nega parestesia ou perda da força muscular. Pela madrugada tem dificuldade
para se virar na cama e, ao se levantar, sente desconforto na planta dos pés ao dar os
primeiros passos. Ao ser interrogado, relata que há três anos apresentou quadro ocular
de uveíte anterior unilateral tratada com medicamentos tópicos. Ao exame clínico
apresenta calor e edema em joelho esquerdo, aumento de volume da parte posterior do
calcanhar direito e dor à palpação das articulações sacroilíacas bilateralmente.

Caso 6 – síndrome piriforme

Idade: 47 anos

Sexo: Masculino

Profissão: Advogado

Ocupação de Tempos Livres: B. T. T

Membro inferior dominante: Direito;

Dor (EVA 6) na região lombar e glútea esquerda com irradiação até ao joelho pela face
posterior da coxa após queda de bicicleta há algum tempo

Dor (EVA 6) presente sempre que movimenta o membro inferior esquerdo; Piora (EVA
7) quando permanece muito tempo sentado na mesma posição de trabalho. Melhora com
o passar da noite (EVA 5)

Dor (Eva 7) à palpação na região glútea.

Ligeira anteriorização dos ombros;

Ligeira cifose dorsal.

Testes neurológicos: os testes de condução nervosa, sendo


estes de sensibilidade, de força e os reflexos estão
negativos.

Dermátomos:

S1: sensação de formigueiro na parte lateral da perna e dorso do pé;


O doente efetuou uma Tomografia Computorizada (TC) recente da coluna lombar que
confirmou a existência de uma discreta procidência discal posterior mediana ao nível de
L5-S1 e que não é causa de compressão valorizável das raízes de S1

Prognóstico: O tratamento a todos os níveis visa libertar a pressão do músculo piriforme


sobre o nervo ciático diminuindo a dor e deste modo melhorar a sintomatologia;
prevendo-se uma melhoria dos sintomas entre 10 a 15 sessões de tratamento.

Caso 7 – Disfunção sacroilíaca

Sexo: Feminino

Idade: 71 anos

Historial médico: Osteoartrite, osteoporose, hipotireoidismo e tendinite do bicípite; Pai


e irmão com contraturas de Dupuytren`s bilaterais (causada por um espessamento
anormal da fáscia palmar que pode limitar a mobilidade de um ou mais dedos. Em
alguns doentes forma-se uma corda subcutânea que se estende da palma da mão para os
dedos que causa flexão dos dedos, limitando a sua extensão). Encontra-se saudável
mentalmente e não precisa de um cuidador. Fez uma cirurgia para a doença de
Dupuytren nos 3-5º dedos.

Medicação: multivitamínico, prednisona (para a osteoartrite - pode causar dor de


cabeça, tontura, náusea, inchaço e dor de estômago) e levotirexina (reposição hormonal
para tireoide subativa (hipotireoidismo) que pode ter efeitos colaterais como vômito,
diarreia, falta de apetite e mudança de peso, insônia, febre, sudorese e ritmo cardíaco
rápido ou irregular)

Ocupação: Reformada

Outras atividades: Cuidar dos netos, aulas de yoga, jardinagem e caminhadas.

Queixas: dor anterior no ombro (intermitente e no último ano); dor na nádega e nos
isquiotibiais que foi exacerbada com longos períodos sentada. Ela afirmou que a dor
começou depois de um dia de jardinagem. A principal razão para procurar tratamento
fisioterapêutico foi o facto de não tolerar estar sentada por mais de quinze minutos
numa almofada macia ou sentar-se numa superfície dura.

Essas condições limitaram sua capacidade de passar tempo com a família, amigos e
fazer as suas atividades diárias diminuindo assim a sua qualidade de vida.

A avaliação musculoesquelética revelou postura anormal de ombros e cabeça


anteriorizada. Amplitude normal de movimento para extremidades cervical, superior e
inferior e tronco. A força foi considerada normal para a extremidade cervical, tronco e
extremidade superior. No entanto, a avaliação da extremidade inferior revelou dor
bilateral e fraqueza com abdução, adução, rotação interna e externa da coxofemoral
bilateralmente.

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