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Didática No Ensino Superior
Didática No Ensino Superior
Coordenação de
Ensino FAMART
DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIOR 2
DIDÁTICA
DO
ENSINO SUPERIOR
SUMÁRIO
UNIDADE I
UNIDADE II
meio de explicações, faz com que seus objetivos adquiram significado para o
aluno, o qual passa a ter uma atitude de simpatia e colaboração.
Grande parte dos comportamentos e das atitudes dos alunos é
provocada pelo comportamento, pelos métodos e pelas atitudes do professor.
"O professor que tem entusiasmo, que é otimista, que acredita nas
possibilidades do aluno, é capaz de exercer uma influência benéfica na classe
como um todo e em cada aluno individualmente, pois sua atitude é estimulante
e provocadora de comportamentos ajustados. O clima da classe torna-se
saudável, a imaginação criadora emerge espontaneamente e atitudes
construtivas tornam-se a tônica do comportamento da aula como grupo."
Segundo Frances Rummell, as principais características de um bom
professor - apresentadas por Juraci C. Marques, são:
Os melhores professores estão profissionalmente alerta. Não
vivem suas vidas confinados ou isolados do meio social. Tentam fazer da
comunidade e particularmente da escola o melhor ambiente para os jovens.
Estão convencidos do valor de seu trabalho. Seu desejo é exercer
cada vez melhor a profissão a que se dedicam.
São humildes, sentem necessidades de crescimento e
desenvolvimentos pessoais, porque compreendem a grande responsabilidade
da função que exercem.
É bem verdade que atualmente existem muitas limitações que impedem
que o professor exerça essa função com maior eficácia. A superação de muitas
dessas limitações, no entanto, não depende exclusivamente dele nem do
sistema escolar. Como vimos, depende principalmente da transformação da
estrutura social.
Mas, mesmo com relação a esse aspecto, o próprio professor pode
desempenhar um papel muito importante. Ele, mais do que qualquer outro
profissional, tem enormes possibilidades de ser um agente de transformação
social. Para tanto, é preciso que se proponha a ter uma participação ativa no
processo pedagógico. Deverá, por exemplo, indagar-se constantemente sobre
a legitimidade dos fins pedagógicos da escola, sobre os objetivos propostos,
sobre o conteúdo apresentado, sobre os métodos utilizados, enfim, sobre o
sentido social e político de sua própria atividade docente.
UNIDADE III
ENSINAR E APRENDER
aprendizagem. Só os que não têm uma atitude de constante abertura é que não
aprendem ou não ensinam em todas as situações.
Mas em que consiste essa atitude?
Consiste em ser capaz de indagar, pesquisar, procurar alternativas,
experimentar, analisar, dialogar, compreender, enfim, ter uma atitude científica
perante a realidade. Os grandes cientistas foram pessoas que procuraram
aprender e ensinar em todas as situações.
Vejamos através de um texto de Monteiro Lobato, como o progresso
científico e tecnológico resultou dessa atitude:
"Um dos primeiros mágicos que revolucionaram o mundo com suas
invenções foi o escocês Jaime Watt (Uót). Um dia, em que estava observando
uma chaleira d'água ao fogo, impressionou-se com a dança da tampa levantada
pelo vapor. 'Se esse vapor ergue uma tampa de chaleira, pode erguer tudo
mais', pensou Watt. E dessa ideia saiu a máquina a vapor, na qual o vapor
d'água move um pistão, que por sua vez move uma roda. A máquina a vapor
causou verdadeira revolução industrial no mundo.
Se a máquina a vapor move uma roda’, pensou outro inglês de nome
Stephenson - 'por que não há de mover-se a si própria?' - e dessa ideia nasceu
a locomotiva, que é uma máquina a vapor que se move a si própria.
Se a máquina a vapor se move na terra' - pensou um americano de
nome Fulton - 'por que não há de mover-se também no mar?' - e dessa ideia
nasceu o navio a vapor que iria mudar todo o sistema de navegação.
O povo riu-se da primeira máquina de Watt, da primeira locomotiva de
Stephenson e do primeiro navio a vapor de Fulton. Eram na realidade grotescos
e de muito pequeno rendimento. Mas aperfeiçoaram-se com rapidez, e hoje
constituem verdadeiras maravilhas da mecânica. (LOBATO, M. História do
mundo para crianças. São Paulo, Brasiliense. 1972. p. 208.)
Essa atitude científica, graças à qual temos o progresso tecnológico,
também é necessária àqueles que se dedicam à educação. Hoje, mais do que
nunca, é necessário ter uma atitude indagadora perante tudo o que se relaciona
com a educação.
Se em nossos dias, apesar do progresso tecnológico, as pessoas não
melhoraram muito, talvez isso se deva, em parte, à falta de questionamento no
UNIDADE IV
PEDAGOGIA E DIDÁTICA
1 – O que é Pedagogia
A palavra pedagogia vem do grego (pais, paidós = criança; agein
conduzir; logos = tratado, ciência). Na antiga Grécia, eram chamados de
pedagogos os escravos que acompanhavam as crianças que iam para a
escola. Como escravo, ele era submisso à criança, mas tinha que fazer valer
sua autoridade quando necessária. Por esse motivo, esses escravos
desenvolveram grande habilidade no trato com as crianças.
Hoje, pedagogo é o especialista em assuntos educacionais e Pedagogia,
o conjunto de conhecimentos sistemáticos relativos ao fenômeno educativo.
Temos diversas definições de Pedagogia: - Pedagogia é a ciência da
educação.
• Pedagogia é a ciência e a arte de educar.
• Pedagogia é a arte de educar.
• Pedagogia é a reflexão metódica sobre a educação para
esclarecer e orientar a prática educativa. (DURKHEIM e RADICE.)
O conceito moderno de Pedagogia é o seguinte: Pedagogia é a filosofia,
a ciência e a técnica da educação. (Prof. C. MATTOS). Esse conceito é
completo porque abrange todos os aspectos fundamentais a Pedagogia.
4 – O que é Didática
Agora que vimos o que estuda a Pedagogia e que situamos a Didática
dentro da Pedagogia vejamos o que é Didática. Isso é muito importante, pois a
Didática é o objeto de estudo deste Curso.
Já sabemos que a Didática é uma disciplina técnica e que tem como
objeto específico a técnica de ensino (direção técnica da aprendizagem). A
Didática, portanto, estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos
práticos e operacionais, podendo ser definida como: "A técnica de estimular,
dirigir e encaminhar, no decurso da aprendizagem, formação do homem".
(AGUAYO.)
5 – Didática Geral e Didática Especial
A Didática Geral estuda os princípios, as normas e as técnicas que
devem regular qualquer tipo de ensino, para qualquer tipo de aluno. A Didática
Geral nos dá uma visão geral da atividade docente.
A Didática Especial estuda aspectos científicos de uma determinada
disciplina ou faixa de escolaridade. A Didática Especial analisa os problemas e
as dificuldades que o ensino de cada disciplina apresenta e organiza os meios
e as sugestões para resolvê-las. Assim, temos as didáticas especiais das
línguas (Francês, Inglês, etc.); as didáticas especiais das ciências (Física,
Química, etc.)
6 – Didática e Metodologia
7 – Ciclo Docente
COMO ENSINAR
UNIDADE V
1 – O que é Currículo?
Um programa de ensino só se transforma em currículo após as
experiências que a criança vive em torno do mesmo. A palavra currículo vem
do latim - curriculum - e significa percurso, carreira, curso, ato de correr. E seu
significado não abrange apenas o ato de correr, mas também o modo, a forma
de fazê-lo (a pé, de carro, a cavalo), o local (estrada, pista, hipódromo) e o que
ocorre no curso ou percurso efetuado.
Da palavra curriculum temos, analogamente, a expressão curriculum
vitae, que engloba todos os dados pessoais, cursos, experiência e atividades
que possam dar uma ideia do que a pessoa conseguiu realizar durante a sua
vida. Os dados são apresentados como um todo integrado, variável para cada
pessoa, mas que revela continuidade, sequência e objetivos atingidos e/ou a
atingir.
Aplicado à educação, o termo currículo apresenta uma variação no
decorrer do tempo. Essa variação depende da concepção de educação e de
escola e, também, das necessidades de determinada sociedade num dado
momento histórico.
Tradicionalmente currículo significou uma relação de matérias ou
disciplinas, com um corpo de conhecimentos organizados sequencialmente em
termos lógicos.
Alguns fatos históricos, no entanto, impuseram mudanças no modo de
ver e pensar do próprio homem, determinando-lhe, também, novas
necessidades e atitudes perante a vida. Diante de novas necessidades
surgidas, os educadores passaram a questionar o conceito de educação, de
aprendizagem e, consequentemente, de currículo. A preparação dos alunos
para enfrentar um mundo em constante transformação, passou a exigir uma
dinâmica diferente da instituição escolar. Nessa dinâmica, o aluno não é mais
visto como um ser passivo que deve apenas assimilar os conhecimentos que
lhe são transmitidos pelos seus professores. É visto, antes de mais nada, como
um ser ativo que aprende não apenas através do contato com o professor e
com a matéria (conteúdo) mas através de todos os elementos do meio. A partir
desse novo enfoque, o currículo deixou de ser confundido com distribuição de
matéria ou carga horária de trabalho escolar.
3 – Dimensões do Currículo
O currículo pode ser determinado a partir de três dimensões
fundamentais:
Dimensão filosófica - Refere-se ao tipo de educação apropriada a uma
cultura. Trata-se das opções de valor, baseadas na concepção que se faz do
4 – Planejamento de Currículo
Considerando que o currículo é a soma de experiências vividas pelos
alunos de uma escola, é fácil concluir que o planejamento do currículo é o
planejamento dessas experiências.
Cada escola deve elaborar o seu planejamento de currículo com a
participação de todos aqueles que direta ou indiretamente estão ligados à
dinâmica do processo educativo: diretor, supervisor pedagógico, orientador
educacional e professores. Juntos definirão os objetivos finais, o conteúdo
básico e delinearão os métodos e as estratégias de avaliação, pesquisando
ainda os recursos que poderão utilizar. No planejamento do currículo devemos
levar em conta a realidade de cada escola e as sugestões apresentadas pelo
Conselho Estadual de Educação (C.E.E.) que abrangem os seguintes aspectos:
• subsídios para a elaboração dos currículos;
• relação das matérias que podem construir a parte diversificada
numa tentativa de atender peculiaridades locais;
• Normas de avaliação;
• Recuperação de alunos.
UNIDADE VI
Conceitos
O termo tem diferentes significados, e isolando-se, apenas, a questão
comportamental, tem-se:
O próprio docente
Pode originar-se na sua falta de vocação e aptidão para enfrentar e
aceitar as tarefas específicas do magistério; ou pode estar no desconhecimento
do conteúdo pelo qual é responsável, o que o torna vulnerável pela insegurança
que manifesta diante de situações/questões didáticas problemáticas; pode
originar-se na timidez, ou no autoritarismo; nas limitações físicas não
compreendidas e dominadas por ele mesmo; pode ser, igualmente, reflexo de
problemas familiares, sociais, e/ou econômicos vividos.
Assim, um docente com problemas fatalmente provocará indisciplina
pela falta de domínio de si mesmo. Dessa forma, para que se resolva ou
contorne a situação, é necessário, anteriormente, conhecer-se e dominar-se.
Prováveis soluções - é necessário que o docente conquiste o grupo de
alunos a seus cuidados desde sua primeira apresentação em aula: ter uma
postura física, demonstrar aos alunos sua maneira de agir, o que pretende da
classe, os parâmetros que orientarão a relação professor/aluno e sua
A construção escolar
O currículo escolar
O pessoal da escola
As questões sociais
Agitações, greves, mudanças na estrutura econômica, desestruturação
familiar, comunidades permissivas ou opressoras, modelos comportamentais
apresentados pela TV, todos esses elementos, isoladamente ou no seu
conjunto promovem fatalmente a indisciplina. É evidente que o professor não é
responsável pela maioria dessas questões, e, igualmente, é evidente que
também ele está sofrendo esses efeitos.
Prováveis soluções - uma observação mais atenta ao conjunto das
questões sociais remete à conclusão de que, em sua maioria, estão em jogo as
questões políticas que envolvem a vida dos cidadãos. Aí entra a importância da
educação/educador para as soluções, que, na maioria das vezes, têm alcance
mediato, não imediato.
É mais que evidente que o que se viu até o presente momento não
esgota as questões a respeito das prováveis soluções para o problema da
indisciplina. É interessante analisar com mais cuidado as responsabilidades
específicas dos docentes, com o intuito de se prevenir possíveis problemas.
Autoconhecimento - reconhecer-se como um sujeito vocacionado, isto
é, verdadeiramente direcionado para o magistério seria o primeiro passo. Com
tal autoconhecimento o docente já de antemão saberá que enfrentará
problemas de todas as ordens.
Entretanto dada a sua disposição ao trabalho com alunos, tais problemas
tornam-se menores ou mais suportáveis.
Preparação específica e didática - não se espera que o professor
domine integralmente a arte e a ciência da Educação, mas que tenha um
mínimo de preparação e o estímulo para buscar o aprofundamento permanente
de seus conhecimentos e habilidades. Essas condições são imprescindíveis,
notadamente na sociedade altamente tecnológica dos dias atuais.
Sensibilidade às questões emocionais - o comum das escolas é não
contar com psicólogos em sua equipe de trabalho. A prática tem realmente
demonstrado a importância desse profissional no atendimento, visto que a
maior parte dos problemas enfrentados pelo professor pode ter amparo na
Psicologia. A personalidade segura do docente, é um primeiro passo, mas um
Princípios
Objetivos
Correspondem ao local, ou fim a que se pretende chegar.
Também os objetivos correspondem a bens desejáveis, pelos quais
lutamos. Advêm de correntes filosóficas e ideológicas, além de sofrerem a
pressão de fatos diários.
Suas fontes são mais numerosas:
Objetivo da escola: A escola tem obrigações, problemas e
preocupações curriculares próprias. Com as mudanças radicais que a Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 9394/96 está proporcionando aos
rumos da educação brasileira, as escolas, professores e alunos precisam
consultar os Parâmetros Curriculares Nacionais, se o nível escolar
corresponder ao Ensino Fundamental ou Médio, e às Diretrizes Curriculares, se
o nível escolar for o Ensino Superior, uma vez que tais documentos apontam o
objetivo proposto e que fatalmente irão estar na base das avaliações
institucionais, popularmente batizadas de provões.
Isso não impede que o próprio local do projeto expresse seus objetivos,
isso é mais verdadeiro quando se fala da instituição universidade. Observem-se
alguns casos:
• Uma escola pode ressentir-se da falta de sala especial para o
ensino/aprendizagem de Ciências;
Observe:
Objetivos:
• Verificar a forma de prevenção de doenças provocadas por
bactérias;
• Entrevistar a equipe do posto de saúde local para verificar o que
tem sido feito pela prevenção de doenças;
• Verificar o projeto de saúde em andamento na cidade;
• Analisar as profissões ligadas à área da saúde e o que fazer para
se entrar nesta força de trabalho;
• Participar como agente de saúde local;
• Pesquisar e trazer a biografia de um médico brasileiro que se
destacou ou se destaca hoje na área de saúde, mostrando porque ele é
importante também para o seu bairro e escola.
UNIDADE VII
TEORIAS EDUCACIONAIS
Educando-educador e educador
educando. O "método dialógico" aqui
empregado, consistiria na explicitação do
relato dos participantes a respeito de
suas experiências de vida, suas
dificuldades e problemas. O "animador"
do “centro de cultura", uma vez tendo
vivido na comunidade, estaria apto a
resgatar, nesse momento, os "temas
geradores" e as "palavras geradoras", já
previamente "sentidos" por ele próprio na
comunidade, como que espelhando
dificuldades.
A "problematização" implicaria a
ideia de que "ninguém educa ninguém", e
também de que "ninguém se educa a si
mesmo", mas "os homens se educam em
"Problematização através comunhão", "mediatizados pelo: mundo",
do diálogo como escreveu Paulo Freire: a
problematização se faria, assim, através
do esforço pelo qual educadores e
educandos iriam percebendo,
criticamente, como "estão sendo
no mundo com que e em que se acham".
Através da "problematização",
educador-educando e educando-
educador poderiam fixar o ponto de
partida para a "conscientização". Caberia
ao educador-educando problematizar a
Conscientização visão de mundo dos educandos-
educadores que, por uma série de
razões, poderiam não estar aptos a
entender a realidade criticamente. A
"conscientização" exigiria o
"pensar crítico", capaz de procurar a
"causalidade profunda" dos
acontecimentos, fazendo o
"desvelamento da realidade”.
A "conscientização" se
Ação social e política completaria na ação social e política – na
“práxis de busca de libertação de todos
os homens da opressão”.
REFERÊNCIAS