1) O documento discute a ordem dos elementos da salvação (ordo salutis) segundo a perspectiva teológica.
2) Elementos como chamado, regeneração, fé, justificação e glorificação possuem uma ordem lógica embora não necessariamente temporal.
3) Passagens bíblicas como Romanos 8:30 e Efésios 1:13-14 sugerem que o chamado ocorre antes da justificação, enquanto a fé é requisito para a justificação segundo textos como Gálatas 2:16.
1) O documento discute a ordem dos elementos da salvação (ordo salutis) segundo a perspectiva teológica.
2) Elementos como chamado, regeneração, fé, justificação e glorificação possuem uma ordem lógica embora não necessariamente temporal.
3) Passagens bíblicas como Romanos 8:30 e Efésios 1:13-14 sugerem que o chamado ocorre antes da justificação, enquanto a fé é requisito para a justificação segundo textos como Gálatas 2:16.
1) O documento discute a ordem dos elementos da salvação (ordo salutis) segundo a perspectiva teológica.
2) Elementos como chamado, regeneração, fé, justificação e glorificação possuem uma ordem lógica embora não necessariamente temporal.
3) Passagens bíblicas como Romanos 8:30 e Efésios 1:13-14 sugerem que o chamado ocorre antes da justificação, enquanto a fé é requisito para a justificação segundo textos como Gálatas 2:16.
CENTRO DE ESTUDOS PRESBITERIANO Introdução: Geralmente tratamos como sendo a obra objetiva de Cristo em seu sofrimento, ressurreição, Ascenção e o assentar a mão direita de Deus. Esta redenção é designada para produzir o fruto na salvação e santificação dos homens. A aplicação acompanhada da redenção e seus beneficios constitui o locus da teologia que é conhecido como soteriologia. Especificamente falando a obra redentiva de Cristo é chamada de Soteriologia obejtiva, e a aplicação desta obra chamamos de soteriologia subjetiva. I – A ORDO SALUTIS A primeira questão que ocupa a nossa mente agora é qual é a ordem que a obra da salvação segue? Isto é chamado em teologia de ordo salutis. A questão fundamental: qual é a relação que os vários elementos da obra da redenção mantém uns com os outros? E qual é a nossa resposta a cada um destes elementos. Conforme pode ser considerado que a aplicação da redenção a nós possui uma multiformidade de aspectos, e que nem sempre é possível indicar uma ordem temporal dos eventos. Entendendo a questão da ordo salutis • 1. Precisamos considerar que existem vários elementos da salvação que devem ser distinguido um do outro. • 2. Eles incluem: • (a) chamado (f) Justificação (g) Adoção • (b) regeneração (h) Santificação • (c) fé (i) Perseverança • (d) arrependimento (j) glorificação • (e) Conversão Nossa pergunta é: como se relacionam um com o outro? Há uma ordem? • Certamente existe uma ordem destes elementos que não pode ser reversa. Por exemplo, a glorificação vem no final da ordem, e não no início, e nem no meio. • Assim são todos os outros elementos que seguem uma ordem lógica na relação de causalidade. • A ordem da salvação (Ordo Salutis) está presente na Palavra de Deus . II – A ORDO SALUTIS EXAMINADA BIBLICAMENTE • Vamos considerar algumas passagens bíblicas que parecem indicar haver uma ordem de salvação. • (a) 1ª João 3.9 – “Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. ” – Essa passagem ensina claramente que deve haver uma regeneração para que o homem passe a rejeitar o pecado. E, ele não pode continuar na prática do pecado porque ele é “nascido de Deus”! Ele foi regenerado, parece-nos que a regeneração tem ação prioritária neste caso. (b) João 1.12 • “Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; ” • Nesta passagem vemos claramente a relação entre a fé a adoção. • A adoção é dada aqueles que creem • Em Gálatas 3.26 – confirma esta ordem “Pois todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus.” a fé é apresentada aqui como antecedendo à adoção. É o instrumento através do qual esta benção é recebida. (c)Efésios 1.13-14 • “ no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, e tendo nele também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa, o qual é o penhor da nossa herança, para redenção da possessão de Deus, para o louvor da sua glória. ” • Aqui a prioridade de uma ordem é sugerida “primeiro está o ouvir a palavra” que sugere haver primeiro um chamado; então, existe o crer, ou seja, a fé. (d) Chamado e Justificação • O chamado é logicamente anterior a justificação , como nós podemos ver em Efésios 1.13-14. • Agora precisamos considerar o texto base dessa discussão que é Romanos 8.30 (conhecido a correte de ouro da salvação): “e aos que predestinou, a estes também chamou; e aos que chamou, a estes também justificou; e aos que justificou, a estes também glorificou.” • Este verso fornece três aspectos de nossa salvação, geralmente, enfatizados: Chamado, justificação e glorificação. O contexto da passagem no verso 28 sugere uma ordem, onde os “chamados segundo o seu propósito” – na ordem o “chamado” ocorre primeiro de acordo com Seu decreto. E nos versos 29-30 temos o pré-conhecimento e predestinação, ambos são expressão do conselho eterno de Deus e são anteriores aos chamado, então, no verso 30 a glorificação é vista como o fim da ordem. (E) Fé e Justificação • A relação deste dois não é clara. Tem havido alguns teólogos reformados que tem argumento sobre a prioridade da justificação. Isto é a posição lógica, baseada na ideia que o nosso relacionamento objetivo com Deus tem precedência sobre a nossa resposta subjetiva. • Observando a conclusão desta posição, uma distinção precisa ser feita. Trata- se da diferença entre o decreto para justificar e o ato da justificação. O decreto para justificar é anterior a fé., mas o próprio ato da justificação está relacionado na escritura com a nossa fé. Uma futura distinção precisa ser observada, a saber, entre justificação e reconciliação há duas passagens nas Escrituras onde a palavra é usada com o sentido de reconciliação (Isaías 53.11 e Romanos 5.9) Considerando os textos: • Isaías 53.11: “Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo justo justificará a muitos, e as iniqüidades deles levará sobre si. • Romanos 5.9: “Logo muito mais, sendo agora justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira. ” __________________________ O termo é tomado para significar a reconciliação realizada na cruz, então, fica claro que existe prioridade lógica em relação a fé. Entretanto, o uso mais comum do termo é ao ato forense no qual Deus declara-nos como justos tendo como base a obra de Cristo. E isto é relacionado com a fé. Assim aprendemos o seguinte: Implicações da relação Fé e Justificação • 1. A Escritura oferece uma distinta impressão que a fé é o instrumento pelo qual a justificação é recebida. Assim, vemos frequentemente o uso da seguinte frase “pela fé” [ ek pi,stewj , evpi. th/| pi,stei ] • 2. Gálatas 2.16 diz: “sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela ” – Quando nos lembramos que o perdão é um dos elementos básicos da justificação, nós vemos a importância deste declaração. Nós cremos para sermos perdoados. A ordem é clara. • 3. Gênesis 15.6 diz: “E creu Abrão no Senhor, e o Senhor imputou-lhe isto como justiça. ” – Paulo cita essa passagem como o exemplo de Abraão que foi justificado pela fé. A ordem aqui é clara. Abraão exerceu fé, e isto lhe foi imputado (creditado na conta) para a justiça. Implicações da relação Fé e Justificação • 4. Já observamos que o chamado é anterior à justificação. O Chamado novamente, quando é eficaz habilita o homem a crer. Assim o Chamado é anterior a Justificação, e a mesma é inseparável da fé, quando o chamado é eficaz, então, nós assumimos que a fé é também anterior a justificação. Antes de deixar-mos este assunto, ainda há algo a ser observado. É que este é um caso lógico de prioridade. Mas, não trata-se de uma prioridade causal. O alicerce de nossa justicação não é a fé, mas a obra de Cristo. A fé é o instrumento pelo qual recebemos a justificação. Para confirmar este entedimento basta observar o singificado de dia. pi,stin que nunca é usado no Novo Testamento em relação a Justificação tal uso seria traduzir "por conta de" ou "por causa de"e ensinaria que a base da salvação é a fé. Os escritores do Novo Testamento não fazem o uso deste forma, e isso, nos preserva de tal erro. (f) Regeneração e Fé • Entendendo regeneração como referência ao Novo Nascimento, entendemos que uma pessoa não regenerada está morta em delitos e pecados (Efésios 2.1-3), e está em inimizade com Deus (Romanos 8.7-8). O Novo Nascimento toma lugar antes que possamos exercer a fé. (João 3.3-5; Efésios 2.8). Existe uma passagem que parece indicar que a regeneração inclui a conversão a qual é considerada como um produto da fé (1 Pedro 1.23 cf. Tiago 1.18) (g) Chamado e regeneração • Entre os teólogos reformados tem havido uma diferença sobre a relação do chamado e a regeneração. Nenhuma questão teológica está em jogo nesta questão. ambos são o ato de Deus somente. Hoeksema argumenta a prioridade da regeneração sob a base que a regeneração toma lugar no subconsciente enquanto que o chamado é dirigido a consciência. Ele assim conclui que logicamente a regeneração antecede ao chamado. Ele indica a relação do chamado com o propósito de Deus da predestinação. O chamado é um obra específica de Deus pai, o qual sugere uma prioridade. (Romanos 8.28,30; 2ª Timóteo 1.9; 1ª Coríntios 1.9). (h) Outros elementos da ordem • Arrependimento é inseparavelmente conectado com a fé. Os dois compreendem conversão. Eles são respostas do pecado ao chamado eficaz. Nós somos incapazes de estabelecer uma ordem entre ambos, mas o arrependimento pode ser adicionado à ordem junto com fé, assim: chamado, regeneração, fé e arrependimento, justificação, glorificação. Nós já observamos que a adoção vem depois da regeneração. logicamente deve pertencer após a justificação, pois Deus dificilmente adotaria o pecador sem perdão e o introduziria a todos os privilégios dos filhos de Deus. Assim, nós concluímos que a adoção segue a justificação. (h) Outros elementos da ordem • Finalmente, Santificação e perseverança dos santos deve vir depois da adoção, e antes da glorificação. Considerando que Justificação e Adoção são atos que tomam lugar no tempo da conversão, e santifica envolve um processo é logicamente propor o lugar da santificação depois da adoção. • Diante disso tudo, observando as Escrituras, acreditamos que a ordem de salvação é a que segue: • Chamado e Regeneração, Fé e Arrependimento, Justificação , Adoção, Santificação, glorificação. Adendo • 1. Outros esquemas para a Ordo Salutis. • Embora não haja absoluta uniformidade entre as outras visões, o que se segue são esquemas representativos. No Luterano evangélico a ordem é: chamado, iluminação, fé e arrependimento, regeneração, justificação, união mística, renovação, santificação, glorificação. • A visão Arminiana é: Graça Universal, chamado, fé e arrependimento, justificação, regeneração, santificação, perseverança (?), glorificação. • 2. A questão das crianças eleitas que morrem na Infância. 2. A questão das crianças eleitas que morrem na Infância. • Que existem crianças eleitas que morrem na infância isso não se discute. A questão é: Qual é a ordem de salvação para elas? Certamente elas foram regeneradas para contemplar o Reino. Como os elementos envolvem nossa resposta, e nós não sabemos o suficiente sobre o estado de consciência delas em definitivo. • Somente Deus pode agir em relação aos infantes eleitos que morrem na infância. E aplica a salvação do mesmo modo como nos adultos sob a seguinte ordem: Regeneração, justificação, adoção, gloficação.