1) O documento discute as forças anti-desenvolvimentistas que mantêm a estrutura centro-periferia na economia mundial, como cadeias globais de valor concentradas no Ocidente e alta propriedade intelectual nas mãos de empresas ocidentais.
2) Países dependentes de commodities tendem a ser subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, enquanto países desenvolvidos exportam uma maior variedade de produtos.
3) Ser dependente de commodities e ter o dólar como moeda dominante dificulta o desenvolvimento e perpetua a
1) O documento discute as forças anti-desenvolvimentistas que mantêm a estrutura centro-periferia na economia mundial, como cadeias globais de valor concentradas no Ocidente e alta propriedade intelectual nas mãos de empresas ocidentais.
2) Países dependentes de commodities tendem a ser subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, enquanto países desenvolvidos exportam uma maior variedade de produtos.
3) Ser dependente de commodities e ter o dólar como moeda dominante dificulta o desenvolvimento e perpetua a
1) O documento discute as forças anti-desenvolvimentistas que mantêm a estrutura centro-periferia na economia mundial, como cadeias globais de valor concentradas no Ocidente e alta propriedade intelectual nas mãos de empresas ocidentais.
2) Países dependentes de commodities tendem a ser subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, enquanto países desenvolvidos exportam uma maior variedade de produtos.
3) Ser dependente de commodities e ter o dólar como moeda dominante dificulta o desenvolvimento e perpetua a
Discentes: Andrezza Souto de Morais Ramalho, Brenno Moreira Olivar, Jordana de Castro Santos Almeida, Manuela de Jesus Brasil e Vandriele Araujo da Silva.
É explícito no texto “O Estado Desenvolvimentista: Vivo ou Morto ?" do professor Robert
Wade, que as forças anti-desenvolvimento estão intrinsecamente ligadas à formação histórica das economias no planeta e suas posições. A forma como “a banda toca” na economia mundial- como tendo dólar como moeda internacional dominante, predominância de propriedade intelectual no ocidente e a falta de pressão em cima das potências para diminuir seus excedentes, em contraste com a pressão em cima dos países deficitários para diminuir suas dívidas- atrapalha o processo de desenvolvimento de países que estão fora do centro financeiro global. Tal configuração dificulta o desenvolvimento e deixa estados em crescimento à margem de outros desenvolvidos, tal qual uma situação centro-periferia. Primeiramente, uma dessas forças são as cadeias globais de valores (GVCs)- “uma porta de entrada para as empresas de manufatura de DC entrarem em mercados estrangeiros.” (Wade. pág 142) Ademais, as GVCs, com alto poder de mercado, concentradas principalmente no Ocidente e no Japão, geram obstáculos ao desenvolvimento e à diversificação aos países que não fazem parte do bloco. Em segundo plano, está a alta concentração de propriedade intelectual patenteada nas mãos de empresas ocidentais (especialmente nos setores de engenharia, instrumentos, química e farmacêuticos), criando, assim, um certo monopólio científico entre os países do Ocidente. Por outro lado, ainda há a financeirização, que contribui para perpetuação da relação centro- periferia, pois os centros de finanças ainda predominam no Ocidente, e o dólar ainda é a moeda internacional dominante criando assim uma relação de dependência por parte dos países periféricos. Por exemplo, “A valorização do dólar está associada a uma queda nos preços das commodities, uma queda no crescimento do PIB dos DCs, e um aumento no número de CDs enfrentando crises externas.” (Chow et al., 2015; Druck et al., 2015). Por isso, há pressão sobre os DCs para abrir suas contas de capital. Por fim, as regras de ajuste aos desequilíbrios de pagamentos são outra força anti- desenvolvimentista, pois há uma pressão determinada sobre os países deficitários para reduzir os seus déficits enquanto não há nenhuma reclamação em relação aos países superavitários para gastar os seus excedentes. Em suma, a concepção neoliberal fomentada principalmente pelo Ocidente, , a qual atribui o mercado internacional como um sistema totalmente aberto, o qual cada país é encargo de seus próprios recursos, negligencia as forças anti-desenvolvimentistas –citadas anteriormente-, que mantém a estrutura centro-periferia da economia mundial. Com isso, os países em desenvolvimento ficam à mercê dessas políticas que os “cegam” e os impedem de desenvolver a sua economia nacional, mas que em contrapartida, aumenta o lucro daqueles já que possuem o monopólio do poder econômico mundial. Em referência ao Chang, o “centro” chuta da escada a “periferia”, a fim de não permitir que eles cheguem ao topo ao seu lado e mantenha essa relação de hierarquia. Através da observação das figuras das páginas 2 e 3 do relatório da UNCTAD, fica explícito que a gigantesca maioria dos países dependentes de commodities são subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Países desenvolvidos não são dependentes de commodities justamente porque têm capacidade de exportar uma maior variedade de produtos, como produtos de tecnologia avançada ,etc. Se tratando de economia, é visível que para o desenvolvimento ser possível, se faz necessário um investimento em diversas áreas. Assim, ter uma grande variedade de produtos que um estado produz para exportação favorece a economia e a torna mais flexível e sucinta a crescimento, uma vez que seu know-how aumenta, possibilitando assim um maior leque de produtos e serviços em demanda e uma maior pluralidade de relações comerciais. Portanto, vimos que ser dependente de commodities não é favorável e demonstra uma pobreza no sentido de produção para exportação. Além disso, os países que se encaixam nessa determinação têm uma dificuldade extra de desenvolvimento, uma vez que, com o dólar sendo a moeda principal usada no sistema mundial, a exportação é bem mais favorecida quando a moeda local de algum país está desvalorizada. Sendo assim, as commodities também perpetuam a relação de hierarquia centro-periferia.
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