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ADMINISTRAÇÃO GERAL
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Apostila ADM. Geral
Considerações Iniciais
Este material foi elaborado para servir como instrumento de facilitação, de certo modo, de
enriquecimento da atividade docente e de estímulo do interesse e da criatividade dos alunos.
A disciplina de Fundamentos de Administração é orientadora do comportamento profissional
do administrador. Aliás, o ferramental básico do administrador está em saber utilizar
conceitos, teorias e pontos de vista como fundamento essencial para resolver problemas,
desenvolver novas soluções e, principalmente, lidar com as pessoas no contexto
administrativo.
Todas as competências duráveis do futuro administrador, como visão estratégica, espírito
empreendedor, habilidades de liderança, comunicação e motivação, capacidade de inovação e
de enfrentar situações complexas dependem diretamente desse ferramental básico.. Em plena
Era da Informação, o conhecimento – e, sobretudo, o patrimônio conceitual – passou a
constituir o mais importante recurso e a riqueza mais privilegiada das pessoas e das
organizações. O principal objetivo dessa disciplina é sistematizar e consolidar conceitos e
pontos de vista sobre o papel da Administração e do administrador.
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Apostila ADM. Geral
FUNDAMENTOS DE ADMINISTRAÇÃO
A administração não é uma ciência exata. Ela não pode basear- se em leis rígidas. Ao
contrário, ela precisa basear-se em princípios gerais e flexíveis, capazes serem aplicados a
situações diferentes. Os princípios são condições ou normas dentro das quais o processo
administrativo deve ser aplicado e desenvolvido. No fundo, os princípios são regras ou
receitas de comportamento que o administrador deve adotar em todas as situações que
enfrenta na empresa. Os mais importantes princípios gerais da administração são os
seguintes:
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c. Princípio da HierarquiaApostila
ou Cadeia Escalar: A hierarquia representa o volume de
ADM. Geral
autoridade e responsabilidade de cada pessoa ou órgão na empresa. A medida que
se sobe na escala hierárquica aumenta o volume de autoridade e de
responsabilidade. Quanto maior a empresa, maior o número de níveis hierárquicos.
Normalmente, a organização de uma empresa representa uma cadeia de níveis
hierárquicos sobrepostos formando uma pirâmide, tendo a direção decisorial no
topo e os executores (nível operacional) na base e, nos níveis intermediários, as
demais camadas de cargos ou órgãos (nível intermediário).
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Desenvolvimento Mudança
Apostila Organizacional
ADM. Geral Planejada
Organizacional (DO) Abordagem de Sistema Aberto
Estruturalista e Neo- Análise Intra-Organizacional e Análise Ambiental
Estruturalista Abordagem de Sistema Aberto
Ambiente
Análise Comportamental (Imperativo Ambiental)
Sistêmica
Abordagem de Sistema Aberto
Tecnologia Contingencial Administração da Tecnologia (Imperativo Tecnológico)
O mundo atual é uma sociedade composta por atividades voltadas para produção de bens
(produtos) ou para prestação de serviços (serviços especializados). Todas as atividades são
planejadas, coordenadas, dirigidas e controladas dentro de organizações. Todas as
organizações são constituídas de pessoas e de recursos físicos e materiais, financeiros
tecnológicos, mercadológicos, etc.
A vida das pessoas depende das organizações e estas dependem do trabalho daquelas. As
pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, trabalham, se divertem, são tratadas e morrem
dentro de organizações. As organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de
tamanhos diferentes, de características diferentes, de objetivos diferentes. Existem
organizações lucrativas (chamadas empresas) e organizações não-lucrativas (como o
Exército, Igreja, serviços públicos, entidades filantrópicas, organizações não-
governamentais etc.). A Teoria das Organizações (TO) é o campo do conhecimento humano
que se ocupa do estudo das organizações em geral. Por seu tamanho e pela complexidade de
suas operações, as organizações, ao atingirem um certo porte, precisam ser administradas e a
sua administração requer todo um aparato de pessoas estratificadas em diversos níveis
hierárquicos que se ocupam de incumbências diferentes. A administração nada mais é do
que a condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não-
lucrativa. A Administração trata do planejamento, da organização (estruturação), da direção
e do controle de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram
dentro de uma organização. Assim, a Administração é imprescindível para a existência,
sobrevivência e sucesso das organizações. Sem a Administração, as organizações jamais
teriam condições de existir e crescer. A Teoria Geral da Administração é o campo do
conhecimento humano que se ocupa do estudo da Administração em geral, não se
preocupando onde ela seja aplicada, se nas organizações lucrativas (empresas) ou se nas
organizações não-lucrativas.
A Administração revela-se nos dias de hoje como uma área do conhecimento humano
impregnada de complexidades e desafios. O profissional que utiliza a Administração como
meio de vida pode trabalhar nos mais variados níveis de uma organização: desde o nível
hierárquico de supervisão elementar até o nível de dirigente máximo da organização. Pode
trabalhar nas diversas especializações da Administração: seja a Administração da Produção
(dos bens ou dos serviços prestados pela organização), ou a Administração Financeira, ou a
Administração de Recursos Humanos, ou a Administração Mercadológica, ou ainda a
Administração Geral. Em cada nível e em cada especialização da Administração, as
situações são muito diversificadas. Por outro lado, as organizações são muito diversificadas
e diferenciadas. Não há duas organizações iguais, assim como não existem duas pessoas
idênticas. Cada organização tem seus objetivos, seu ramo de atividade, seus dirigentes e seu
pessoal, seus problemas internos e externos, seu mercado, sua situação financeira, sua
tecnologia, seus recursos básicos, sua ideologia e política de negócios etc.
Em cada organização, o administrador soluciona problemas, dimensiona recursos, planeja
sua aplicação, desenvolve estratégias, efetua diagnósticos de situações, etc., exclusivos
daquela organização. Um administrador bem-sucedido em uma organização pode não sê-lo
em outra. Toda vez que uma organização pretende admitir um executivo em seu quadro
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administrativo, os candidatos são submetidos
Apostila ADM. a uma infinidade de testes e de entrevistas que
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procuram investigar em profundidade seus conhecimentos, suas características de
personalidade, seu passado profissional, sua formação escolar, seus antecedentes morais, seu
sucesso ou fracasso em determinadas atividades e outras coisas mais.
Talvez até sua situação conjugal ou sua estabilidade emocional. Isso porque o executivo
dificilmente pode ser transferido de uma organização para outra sem que algum problema de
adaptação deixe de ocorrer. Mesmo que o executivo tenha profundos conhecimentos de
Administração e apresente um invejável currículo profissional, ele não é julgado pelo que
sabe a respeito das funções que exerce em sua especialidade, mas principalmente pela
maneira como realiza seu trabalho e pelos resultados que consegue obter dos recursos
disponíveis. Levitt, ao falar do “administrador profissional”, lembra que, enquanto um
químico ou um físico são considerados profissionais porque passaram em um teste de
conhecimentos acerca de suas profissões, o mesmo não acontece com o administrador, cujo
conhecimento é apenas um dos múltiplos aspectos na avaliação de sua capacitação
profissional. Ele não é apenas analisado pelas organizações por seus conhecimentos
tecnológicos de Administração, mas, principalmente, por seu modo de agir, suas atitudes,
personalidade e filosofia de trabalho. Segundo Levitt, a finalidade é verificar se essas
qualidades se coadunam com os novos padrões, com a situação da empresa e o pessoal que
vai trabalhar com ele, pois não existe uma única maneira certa de um administrador agir ou
de conduzir. Pelo contrário, existem várias maneiras de executar as tarefas nas empresas, em
condições específicas, por dirigentes de temperamentos diversos e modos de agir próprios.
Aliás, deve-se lembrar a lei de indeterminação de Heisenberg, pela qual o processo de se
observar um fenômeno altera esse fenômeno.
Se na Física a observação dos átomos equivale a alterar a posição e velocidade destes, na
administração de uma organização a presença de um profissional em uma determinada
função modifica essa função, independentemente do que seja realizado. A presença de outro
profissional produziria outra alteração. Além do mais, se a modificação ocorre, a maneira de
agir deve ser e acaba sendo diferente.
Existem três tipos de habilidades necessárias para que o administrador possa trabalhar com
sucesso: a habilidade técnica, a humana e a conceitual:
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O avanço tecnológico e o desenvolvimento
Apostila ADM.do conhecimento humano, por si apenas, não
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produzem efeitos se a qualidade da administração efetuada sobre os grupos organizados de
pessoas não permitir uma aplicação efetiva dos recursos humanos e materiais.
Peter Drucker, autor neoclássico, afirma que não existem países desenvolvidos e países
subdesenvolvidos, e sim países que sabem administrar a tecnologia e os recursos disponíveis
e potenciais e países que ainda não o sabem. Em outros termos, existem países
administrados e países subadministrados. O mesmo ocorre com as organizações.
O trabalho do administrador em qualquer organização – seja ele um supervisor de primeira
linha ou o dirigente máximo da organização – é essencialmente o mesmo. Nesse sentido,
não há uma distinção básica entre diretores, gerente, chefes ou supervisores, como
administradores. Qualquer que seja a posição ou o nível que ocupe, o administrador alcança
resultados através da efetiva cooperação dos subordinados.
Onde quer que a cooperação das pessoas no intuito de alcançar um ou mais objetivos
comuns se torne organizada e formal, o componente essencial e fundamental dessa
associação é a Administração – a função de conseguir fazer as coisas por meio das pessoas
com os melhores resultados. Somente a partir do momento em que as organizações
alcançaram um certo tamanho e complexidade é que a sua administração começou a
apresentar dificuldades e desafios até então intransponíveis para seus dirigentes. Foi nesse
momento que surgiu a necessidade de uma Teoria da Administração que permitisse oferecer
aos dirigentes das organizações os modelos e estratégias adequados para a solução de seus
problemas empresariais.
Nos próximos anos o mundo verá o fim da forma organizacional de hoje (a organização
burocrática) e o surgimento de novas arquiteturas organizacionais adequadas às novas
demandas da era pós-industrial. As fraquezas da organização burocrática serão os germes
dos futuros sistemas organizacionais, devido a: (1) Mudanças rápidas e inesperadas,
principalmente no campo do conhecimento e da explosão populacional, impondo novas e
crescentes necessidades a que as atuais organizações não têm condições e atender. (2)
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Crescimento em tamanho das organizações,
Apostila ADM.que
Geralse tornam complexas e internacionais. (3)
Atividades de hoje, que exigem pessoas de competência diversas e altamente especializadas,
envolvendo problemas de coordenação e, principalmente, de acompanhamento das rápidas
mudanças. Vários fatores deverão provocar profundos impactos sobre as organizações e
empresas como:
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Apostila ADM. Geral
II - TEORIAS ORGANIZACIONAIS
- Primeiro Período de Taylor: Taylor iniciou suas experiências e estudos pelo trabalho do
operário e, mais tarde, generalizou as suas conclusões para a Administração geral: sua teoria seguiu
um caminho de baixo para cima, e das partes para o todo. Taylor iniciou suas experiências na
Midvale Steel, onde permaneceu até 1889, quando entrou para a Bethlehem Steel Works.
Em 1895, apresentou à Sociedade Americana de Engenheiros Mecânicos um estudo experimental
denominado “Notas sobre as correias”. Mais tarde publicou outro de seus estudos, denominado
“Um sistema de gratificação por peça”, apresentando um sistema de gratificação e administração
dos operários. Em 1903, publicou seu livro denominado “Administração de Oficinas”, onde se
preocupa exclusivamente com as técnicas de racionalização do trabalho operário, por meios do
Estudo de Tempos e Movimentos. Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de
execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os
seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os gradativamente.
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Verificou que o operário médio produziaApostila
muitoADM.
menos
Geral do que era potencialmente capaz com o
equipamento disponível.
Desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo necessário para sua
realização;
O resultado inicial de seu trabalho foi à fundação da Taylor Society, instituição voltada para a
divulgação e desenvolvimento de seu trabalho.
Para Taylor, a organização e a Administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não
empiricamente. A improvisação deve ceder lugar ao planejamento, e o empirismo à ciência.
Pretendia elaborar uma ciência da Administração. Talvez seja essa a grande contribuição desse
pioneiro. A Administração Científica constitui uma combinação global que pode ser assim
sumariada:
O principal objetivo da Administração deve ser o de assegurar o máximo de prosperidade ao patrão
e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade ao empregado (identidade de interesses). É preciso
dar ao trabalhador o que ele mais deseja: altos salários, e ao empregador, também, o que ele
realmente deseja: baixo custo de produção.
Taylor verificou que, em todos os ofícios, os operários aprendiam a maneira de executar as tarefas
do trabalho por meio da observação dos companheiros vizinhos, o que levava a diferentes maneiras
e métodos para fazer a mesma tarefa em cada ofício, e uma grande variedade de instrumentos e
ferramentas diferentes em cada operação. Essa grande diferença levava a diferentes níveis de
produtividade em diferentes operários, e Taylor chegou a conclusão que deveriam ser os
administradores, e não os operários, que deveriam fixar a melhor maneira de realizar um trabalho
(the best way). Dessa forma, Taylor separou as atividades de execução (operários) e planejamento e
supervisão (administração).
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simplificados, racionalizados ou Apostila
fundidos
ADM. com
Geral outros movimentos, para proporcionar
economia de tempo e de esforço ao operário, ao mesmo tempo em que se fazia o estudo de
tempos e movimentos, ou seja, a determinação do tempo médio que um operário comum
levaria para a execução da tarefa, adicionados os tempos elementares e mortos (esperas,
preparação, necessidades pessoais, etc.). Com isto, padronizava-se o método de trabalho e o
tempo destinado à sua execução. Essa análise apresentou as seguintes vantagens:
1. Diminuição da Produtividade
2. Perda de Tempo
3. Doenças
4. Acidentes
5. Diminuição da Capacidade de Esforço
4. Desenho de Cargos e Tarefas: Tarefa é toda e qualquer atividade executada por alguém no
seu trabalho dentro da organização. A tarefa constitui a menor unidade possível dentro da divisão
do trabalho em uma organização.Cargo é o conjunto de tarefas executadas de maneira cíclica ou
repetitiva. Cada cargo tem um ou mais ocupantes (pessoas) que executam determinadas tarefas
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específicas.Desenhar um cargo é especificar seu
Apostila conteúdo
ADM. Geral (tarefas), os métodos de executar as
tarefas e as relações com os demais cargos existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual
um cargo é criado, projetado e combinado com outros cargos para execução das tarefas maiores.
Pela descrição de tarefas e cargos, e pela simplicidade de cargos, o ocupante pode aprender
rapidamente os métodos prescritos, exigindo um mínimo de treinamento, permitindo um controle e
acompanhamento visual por parte do supervisor.
5. Incentivos Salariais e Prêmios de Produção: Para que o operário colabore com a empresa e
trabalhe dentro dos padrões de tempo previstos, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de
incentivos salariais e prêmios de produção. A idéia básica era a de que a remuneração baseada no
tempo (empregados mensalistas, diaristas ou horistas) não estimulava ninguém a trabalhar mais e
deveria ser substituída por remuneração baseada na produção de cada operário (salário por peça).A
implantação da Administração Científica levou o operário americano a ser um dos operários mais
bem pagos do mundo industrializado e detentor de elevado padrão de vida graças aos seus salários.
Contudo, esse operário de bom salário e de bom padrão de vida teve de suportar durante longas
décadas o seu trabalho simples, repetitivo, padronizado, robotizado.
6. Conceito de Homo Economicus: Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como
profundamente influenciada por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em outros
termos, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas como um meio de ganhar a
vida por meio do salário que o trabalho proporciona. O homem é exclusivamente motivado a
trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade de dinheiro para sobreviver.Uma vez
selecionado cientificamente o trabalhador do ponto de vista físico (first class man), ensinado o
melhor método de trabalho (the best way), condicionada sua remuneração à eficiência, o
trabalhador passará a produzir o máximo de que fosse capaz fisicamente. Taylor descreve o
homem como um indivíduo preguiçoso, limitado e mesquinho, culpado pela vadiagem e
desperdício das empresas e que deveria ser controlado continuamente por meio do trabalho
previamente racionalizado e do tempo padrão.
7. Condições de Trabalho: Taylor e seus seguidores verificaram que a eficiência depende não
somente do método de trabalho e do incentivo salarial, mas também de um conjunto de
condições que garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga. As condições de
trabalho que mais preocuparam os engenheiros da administração foram as seguintes:
a) adequação de instrumentos e ferramentas de trabalho;
b) arranjo físico das máquinas e equipamentos;
c) melhoria do ambiente físico de trabalho (ruído, ventilação, iluminação, conforto)
d) projeto de instrumentos especiais para cargos específicos.
O conforto do operário e a melhoria do ambiente físico passaram a ser muito valorizados, não
porque as pessoas o merecessem, mas porque eram essenciais para a obtenção da eficiência do
trabalhador.
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9. Supervisão Funcional: Taylor propunha a chamada
Apostila ADM. Geral supervisão funcional, que nada mais é
do que a existência de diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área, e
que tem autoridade funcional, relativa somente à sua especialidade sobre os mesmos
subordinados. Essa autoridade funcional é relativa e parcial, e corresponde exatamente à
aplicação da divisão do trabalho e da especialização no nível dos supervisores e chefes.Tal
concepção trouxe muitos ataques ao seu idealizador, pois se argumenta que um homem não
pode subordinar-se a dois ou mais superiores.
Fayol parte da pressuposição de que toda empresa pode ser dividida em seis grupos, a saber:
1. Funções Técnicas: produção de bens ou serviços da empresa
2. Funções Comerciais: compra, venda, permutação
3. Funções Financeiras: procura e gerência de capitais
4. Funções de Segurança: proteção e preservação de bens e das pessoas
5. Funções Contábeis: inventários, registros, balanços, custos e estatísticas
6. Funções Administrativas: integração de cúpula das outras cinco funções.
Para aclarar o que sejam as funções administrativas, Fayol define o ato de administrar como sendo:
1. Prever: visualizar o futuro e traçar o programa de ação
2. Organizar: constituir o duplo organismo material e social da empresa
3. Comandar: dirigir e orientar o pessoal
4. Coordenar: ligar, unir, harmonizar os atos e esforços coletivos
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5. Controlar: verificar que tudo ocorra deADM.
Apostila acordo
Geral com as regras estabelecidas e as
ordens dadas.
Estes são os elementos da administração que constituem o chamado processo administrativo, e que
são localizáveis em qualquer trabalho do administrador em qualquer nível ou área de atividade da
empresa. Em outros termos, tanto o diretor, o gerente, o chefe, o supervisor, o encarregado - cada
qual em seu nível - desempenham atividades de previsão, organização, comando, coordenação e
controle, como atividades administrativas essenciais.
Fayol também tentou definir os Princípios Gerais de Administração, sistematizando-os muito bem,
embora sem originalidade, pois utilizou uma coletânea de diversos autores de sua época. Tais
princípios são maleáveis e adaptam-se a qualquer circunstância, tempo ou lugar:
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XII. Estabilidade e duração do pessoal: (num
Apostila ADM. cargo) quanto mais tempo, melhor.
Geral
XIII. Iniciativa: visualizar um plano e assegurar seu sucesso
XIV. Espírito de equipe: harmonia e união
Todos os autores da Teoria Clássica são unânimes em afirmar que se deve estudar e tratar a
organização e a Administração cientificamente, substituindo o empirismo e a improvisação por
técnicas científicas - Ciência da Administração, ensino nas escolas e faculdades. Fayol e Taylor,
apesar de não terem se comunicado entre si e tenham partido de pontos de vista distintos e mesmo
opostos, os dois trabalhos possuíam diversas semelhanças entre si, e constituíram a base da teoria da
administração.
A organização deve caracterizar-se por uma divisão do trabalho claramente definida. A divisão do
trabalho conduz à especialização e à diferenciação das tarefas.
A idéia básica era a de que as organizações com elevada divisão do trabalho seriam mais eficientes
do que aquelas com pouca divisão do trabalho. Enquanto a Administração Científica se preocupava
com a divisão do trabalho no nível do operário, fragmentando suas tarefas, a teoria clássica se
preocupava com a divisão dos órgãos que compõem a organização, isto é, departamentos, seções,
divisões, etc. A divisão do trabalho pode ocorrer em duas direções:
1.2.9 Coordenação
Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da Sociologia da Burocracia. Foi
professor das Universidades de Friburgo e de Heidelberg e ficou famoso pela teoria das estruturas
de autoridade. Com a tradução de alguns de seus livros para a língua inglesa, por Talcott Parsons,
tomou corpo nos Estados Unidos a Teoria da Burocracia em Administração. Sua obra é realmente
muito vasta. Seu principal livro, para o propósito deste estudo, é "A Ética Protestante e o Espírito de
Capitalismo", São Paulo, Livrada Pioneira Editora, 1967.
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1.1 Origens da Teoria da Burocracia Apostila ADM. Geral
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da Administração ao redor dos anos 40, em função
principalmente dos seguintes aspectos:
a) A fragilidade e parcialidade tanto da Teoria Clássica como da Teoria das Relações Humanas,
ambas oponentes e contraditórias entre si, mas sem possibilitarem uma abordagem global,
integrada e envolvente dos problemas organizacionais. Ambas revelam dois pontos de vista
extremistas e incompletos sobre a organização, gerando a necessidade de um enfoque mais
amplo e completo, tanto da estrutura como dos participantes da organização.
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capitalista são impressionantes, porquanto essas
Apostila três
ADM. formas de racionalidade se apoiaram nas
Geral
mudanças religiosas.
Quando os subordinados aceitam as ordens dos superiores como justificadas, porque concordam
com um conjunto de preceitos ou normas que consideram legítimos e dos quais deriva o comando.
É o tipo de autoridade técnica, meritocrática e administrada. Baseia-se na promulgação. A idéia
básica fundamenta-se no fato de que as leis podem ser promulgadas e regulamentadas livremente
por procedimentos formais e corretos. O conjunto governante é eleito e exerce o comando de
autoridade sobre seus comandados, seguindo certas normas e leis. A obediência não é devida a
alguma pessoa em si, seja por suas qualidades pessoais excepcionais ou pela tradição, mas a um
conjunto de regras e regulamentos legais previamente estabelecidos.
A legitimidade do poder racional e legal baseia-se em normas legais racionalmente definidas. Na
dominação legal, a crença na justiça da lei é o sustentáculo da legitimação. O povo obedece às leis
porque acredita que elas são decretadas por um procedimento escolhido tanto pelos governados
como pelos governantes. Além disso, o governante é visto como uma pessoa que alcançou tal
posição exclusivamente por procedimentos legais (como nomeação, eleições, concursos etc.) e é em
virtude de sua posição alcançada que ele exerce o poder dentro dos limites fixados pelas regras e
regulamentos sancionados legalmente.
O aparato administrativo que corresponde à dominação legal é a burocracia. Tem seu fundamento
nas leis e na ordem legal. A posição dos funcionários (burocratas) e suas relações com o
governante, os governados e seus próprios colegas burocratas são estritamente definidas por regras
impessoais e escritas, que delineiam de forma racional a hierarquia do aparato administrativo, os
direitos e deveres inerentes a cada posição, os métodos de recrutamento e seleção etc. A burocracia
é a organização típica da sociedade moderna democrática e das grandes empresas.
A autoridade legal, por esse motivo, não abrange apenas a moderna estrutura do Estado, mas
principalmente as organizações não-estatais, particularmente as grandes empresas. Através do -
"contrato" ou instrumento representativo da relação de autoridade dentro da empresa capitalista, as
relações de hierarquia nela passam a constituir esquemas de autoridade legal.
Muito embora tenham existido administrações burocráticas no passado, somente com a emergência
do Estado Moderno - o exemplo mais próximo do tipo legal de dominação - é que a burocracia
passou a prevalecer em tão larga escala. Todavia, a burocratização não se limita à organização
estatal, pois embora Weber tenha elaborado o conceito de burocracia a partir de sua sociologia
política, ele usou o conceito de modo mais abrangente, englobando as demais instituições sociais
além da administração pública. Weber notou a proliferação de organizações de grande porte, tanto
no domínio religioso (a Igreja) como no educacional (a Universidade) ou no econômico (as grandes
empresas), que adotaram o tipo burocrático de organização, concentrando os meios de
administração no topo da hierarquia e utilizando
regras racionais e impessoais, visando à máxima eficiência.
Weber identifica três fatores principais que favorecem o desenvolvimento da moderna burocracia:
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3. A superioridade técnica - em termos deADM.
Apostila eficiência
Geral - do tipo burocrático de administração:
que serviu como uma força autônoma interna para impor sua prevalência. “A razão decisiva
da superioridade da organização burocrática sempre foi unicamente sua superioridade
técnica sobre qualquer outra forma de organização”.
O modelo concebido com grande antecipação por Max Weber tem muita semelhança com as
grandes organizações modernas, como a General Motors, a Philips, a Sears Roebuck, a Ford etc.
1. Caráter Legal das Normas e Regulamentos: A burocracia é uma organização ligada por
normas e regulamentos previamente estabelecidos por escrito. Em outros termos, é uma
organização baseada em uma espécie de legislação própria (como a Constituição para o
Estado, os estatutos para a empresa privada etc.) que define antecipadamente como a
organização burocrática deverá funcionar. Essas normas e regulamentos são escritos.
Também são exaustivos porque procuram cobrir todas as áreas da organização, prever todas
as ocorrências e enquadrá-las dentro de um esquema previamente definido capaz de regular
tudo o que ocorra dentro da organização. As normas e regulamentos são racionais porque
são coerentes com os objetivos visados. Neste sentido, a burocracia é uma estrutura social
racionalmente organizada. As normas e regulamentos são legais porque conferem às pessoas
investidas da autoridade um poder de coação sobre os subordinados e também os meios
coercitivos capazes de impor a disciplina. As normas e regulamentos são escritos para
assegurar uma interpretação sistemática e unívoca. Desta maneira, economizam esforços e
possibilitam a padronização dentro da organização.
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tipos de comunicações são feita reiterada
Apostila ADM.e Geral
constantemente, a burocracia lança mão de
rotinas e de formulários para facilitar as comunicações e para rotinizar o preenchimento de
sua formalização.
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Essa racionalização do trabalho encontra sua
Apostila ADM. Geralforma mais extremada na Administração
Científica, que “atingiu os maiores trunfos no condicionamento e treinamento racionais do
desempenho no trabalho. Todas as atividades de cada cargo são desempenhadas segundo
padrões claramente definidos, nos quais cada conjunto de ações está funcionalmente
relacionado com os propósitos da organização, segundo uma maneira ideal. Esses padrões
facilitam a pronta avaliação do desempenho de cada participante”.
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c) É ocupante de cargo: o funcionário da burocracia é um ocupante de cargo e seu
Apostila ADM. Geral
cargo é a sua principal atividade dentro da organização, tomando todo o seu tempo
de permanência nela. O funcionário não ocupa um cargo por vaidade ou por honrada,
mas sim porque é o seu meio de vida, o seu ganha-pão.
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de imprevisibilidade das burocracias,
Apostila pois o sistema social racional puro de Weber
ADM. Geral
pressupõe que as reações e o comportamento humano sejam perfeitamente previsíveis, uma
vez que tudo estará sob o controle de normas racionais e legais, escritas e exaustivas. A
organização informal surge como uma derivação direta do sistema burocrático, como uma
conseqüência da impossibilidade prática de se bitolar e padronizar completamente o
comportamento humano nas organizações.
1.5. Vantagens da Burocracia: Weber viu inúmeras razões para explicar o avanço da burocracia
sobre as outras formas de associação. Para ele, comparar os mecanismos burocráticos com outras
organizações é o mesmo que comparar a produção da máquina com outros modos não-mecânicos de
produção. As vantagens da burocracia, para Weber, são:
3. Rapidez nas decisões, pois cada um conhece o que deve ser feito e por quem e as ordens e
papéis tramitam através de canais preestabelecidos.
7. Redução do atrito entre as pessoas, pois cada funcionário conhece aquilo que é exigido
dele e quais são os [imites entre suas responsabilidades e as dos outros].
8. Constância, pois os mesmos tipos de decisão devem ser tomados nas mesmas
circunstâncias.
9. Subordinação dos mais novos aos mais antigos, dentro de uma forma estrita e bem
conhecida, de modo que o superior possa tomar decisões que afetem o nível mais baixo.
10. Confiabilidade, pois o negócio é conduzido de acordo com regras conhecidas, sendo que
grande número de casos similares são metodicamente tratados dentro da mesma maneira
sistemática. As decisões são previsíveis e o processo decisório, por ser despersonalizado no
sentido de excluir sentimentos irracionais, como o amor, raiva, preferências pessoais,
elimina a discriminação pessoal.
11. Existem benefícios sob o prisma das pessoas na organização, pois a hierarquia é
formalizada, o trabalho é dividido entre as pessoas de maneira ordenada, as pessoas são
treinadas para se tomarem especialistas em seus campos particulares, podendo encarreirar-se
na organização em função de seu mérito pessoal e competência técnica.
Nessas condições, o trabalho é profissionalizado, o nepotismo é evitado e as condições de
trabalho favorecem a moralidade econômica e dificultam a corrupção. A eqüidade das
normas burocráticas, quase sempre baseadas em padrões universalísticos de justiça e de
tratamento igualitário, tem a virtude de assegurar cooperação entre grande número de
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pessoas sem que essas pessoas Apostila
se sintam necessariamente cooperadoras. As pessoas
ADM. Geral
cumprem as regras organizacionais principalmente porque os fins alcançados pela estrutura
total são altamente valorizados e cada qual deve fazer a sua própria parte para que o objetivo
seja alcançado.
.Disfunções da Burocracia
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3. Resistência a Mudanças: Como tudo dentro da burocracia
Apostila ADM. Geral é rotinizado, padronizado, previsto
com antecipação, o funcionário geralmente se acostuma a uma completa estabilidade e repetição
daquilo que faz, o que passa a lhe proporcionar uma completa segurança a respeito de seu futuro na
burocracia. Atendendo às normas e regulamentos impostos pela burocracia, o funcionário torna-se
simplesmente um executor das rotinas e procedimentos, os quais passam a dominar com plena
segurança e tranqüilidade com o passar do tempo. Quando surge alguma possibilidade de mudança
dentro da organização, essa mudança tende a ser interpretada pelo funcionário como algo que ele
desconhece, e, portanto, algo que pode trazer perigo à sua segurança e tranqüilidade. Com isto, a
mudança passa a ser indesejável para o funcionário. E, na medida do possível, ele passa a resistir a
qualquer tipo de mudança que se queira implantar na burocracia. Essa resistência à mudança pode
ser passiva e quieta, como pode ser ativa e agressiva através de comportamentos de reclamação,
tumultos e greves.
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7. Exibição de Sinais de Autoridade: Como a burocracia
Apostila ADM. Geral enfatiza a hierarquia de autoridade, torna-
se necessário um sistema capaz de indicar, aos olhos de todos, aqueles que detêm o poder. Daí surge
a tendência à utilização intensiva de símbolos ou de sinais de status para demonstrar a posição
hierárquica dos funcionários, como o uniforme, a localização da sala, do banheiro, do
estacionamento, do refeitório, o tipo de mesa etc., como meios de identificar quais são os principais
chefes da organização. Em algumas organizações - como o exército, a Igreja etc. - o uniforme
constitui um dos principais sinais de autoridade.
Essa abordagem constituiu-se na mais ferrenha oposição à Teoria Clássica e seus preceitos, pois
apresentou evidências da existência de outros aspectos envolvendo a produtividade humana nas
organizações, de natureza não mecanicista ou operacional. Essa teoria abordou o lado humano das
organizações.
1.1 Origens:
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2. O desenvolvimento das chamadas ciências humanas
Apostila ADM. Geral (Sociologia, Psicologia, Antropologia),
3. As conclusões da experiência de Hawthorne
Aconteceu na Western Electric Company, à partir de 1927, visando determinar qual a relação
existente entre a intensidade da iluminação e a eficiência dos operários (produtividade).A Western
Electric Company fabrica equipamentos e componentes telefônicos, e desenvolvia na época uma
política de pessoal bastante voltada para o bem estar de seus funcionários. Em sua fábrica, situada
no bairro de Hawthorne, em Chicago, havia um departamento de montagem de relês de telefone,
composto basicamente por moças, que executavam um trabalho manual de montagem, dependendo
intensamente de sua velocidade manual para a produção. Antes do início da pesquisa, a produção
média era de cinco relês a cada seis minutos por pessoa. A direção da companhia não se preocupava
em aumentar a produção, mas sim em conhecer um pouco mais sobre seus funcionários.Essa
experiência aconteceu em três fases:
1º Fase : Nessa fase, foram estudados dois grupos de trabalho, que operando em condições
idênticas, tiveram sua produção constantemente avaliada. Um dos grupos teve suas
condições ambientais de trabalho mantidas constantes, enquanto o outro teve sua iluminação
intensificada, propositalmente. Para frustração dos pesquisadores (Mayo), ambos os grupos
apresentaram variações semelhantes de produtividade, independente da intensidade da luz
existente, levando os pesquisadores a verificação da existência de outras variáveis;
descoberta do fator psicológico, preponderante sobre o fator fisiológico;
4º Fase: Foi montado um grupo experimental, composto por nove operadores, nove
soldadores e dois inspetores, que passaram a ser constantemente observados na sala de
observações de montagens de terminais; a observação permitiu perceber as artimanhas
utilizadas por esses operários para reduzir seu trabalho, de acordo com padrões que o
próprio grupo considerava ideal; aqueles trabalhadores que não o fizessem eram punidos
simbolicamente pelo grupo; nessa última fase da experiência, foi possível o estudo das
relações entre a organização informal dos operários e a organização formal da fábrica.A
experiência de Hawthorne durou de 1927 a 1932, quando foi encerrada por motivos não
vinculados ao seu desenvolvimento. Entretanto, a influência de seus resultados sobre a teoria
administrativa foi fundamental, abalando terrivelmente os princípios da Teoria Clássica
então dominante.
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A Experiência de Hawthorne permitiu Apostila
o delineamento
ADM. Geral dos princípios básicos da Escola das
Relações Humanas que veio a se formar logo em seguida, por meio de seus principais
pesquisadores. Dentre as principais conclusões, podemos apresentar as seguintes:
c) As recompensas e sanções sociais: as pessoas passam a ser avaliadas pelos grupos que
participam, de acordo com as normas de comportamento que o grupo cria para si. São
tomadas como boas companheiras e colegas se o seu comportamento se ajusta a essas
normas e padrões de comportamento e são avaliadas como péssimas colegas ou desleais se o
seu comportamento transgride aquelas normas e padrões. Essas recompensas são simbólicas
e não-materiais, porém influenciam decisivamente na motivação e na felicidade do
trabalhador.
d) Grupos informais: a empresa passou a ser visualizada como uma organização social
composta de diversos grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a
organização formal da empresa. Os grupos informais constituem a organização humana da
empresa, muitas vezes em contraposição à organização formal estabelecida pela direção.
Esses grupos informais definem suas regras de comportamento, suas formas de recompensas
ou sanções sociais, seus objetivos, suas escalas de valores sociais, suas crenças e
expectativas, que cada participante vai assimilando e integrando em suas atitudes e
comportamento.
A colaboração humana é determinada antes pela organização informal do que pela organização
formal. A colaboração é um fenômeno estritamente social, não-lógico, calcado inteiramente em
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códigos sociais, convenções, tradições, expectativas
Apostila ADM.eGeral
modos rotineiros de reagir às situações. Não é
questão de lógica, mas de psicologia.Assim, para a maioria dos operários, os estímulos psicológicos
e sociais são mais importantes do que as condições de ordem material ou econômica.
A concepção do homo economicus não explica adequadamente o comportamento humano e peca
por estabelecer uma relação lógica e primária entre causa (condições físicas) e efeito (cooperação).
Também a fadiga não tem apenas origem orgânica e fisiológica, mas principalmente subjetiva e
psicológica.
Dentro desse espírito, a Teoria das Relações Humanas trouxe novas dimensões e novas variáveis
para a TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO.
Organização Informal
Desenvolve-se a partir da interação imposta e determinada pela organização formal. São padrões de
relações não encontradas no organograma da organização. Encontramos amizades e antagonismos,
indivíduos que se identificam com outros, grupos que se afastam de outros e uma grande variedade
de relações no trabalho e fora dele e que constituem a chamada organização informal.
b) Status: cada indivíduo adquire certa posição social ou status em função de seu papel em cada
grupo, que se sobrepõe à sua posição na organização formal;
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Apostila ADM. Geral
f) Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: a mudança de nível funcional de
um indivíduo na organização formal pode levá-lo a ingressar em outros grupos informais em
face das relações funcionais que deverá manter com os outros indivíduos em outros níveis e
setores da empresa. Os grupos informais, portanto, tendem a se alterar com as modificações da
organização formal.
Os processos grupais e os hábitos sociais não são estáticos; ao contrário, são processos vivos e
dinâmicos decorrentes de uma constelação de forças causais. Como a mudança ou a resistência à
mudança é grandemente influenciada pela natureza dos grupos aos quais a pessoa pertence, as
tentativas de mudança devem necessariamente considerar a dinâmica de grupo.Da mesma forma
que o nível fisiológico do corpo se mantém em um nível relativamente constante durante longos
períodos de tempo, por meio de processos reguladores, um grupo pode compensar a ausência de um
colega pela contribuição aumentada dos outros membros.A Escola da Dinâmica de Grupo
desenvolve uma proposição de que o comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do
indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertence. O grau de agressividade ou
cooperação de uma pessoa, seu grau de autoconfiança, sua energia e produtividade no trabalho, suas
aspirações, sua opinião sobre o que é verdadeiro e bom, seus amores ou ódios e suas crenças e
preconceitos, todas essas características são determinadas em alto grau pelo grupo a que pertence o
indivíduo. As características dos grupos:
a) Uma finalidade ou objetivo comum;
b) Uma estrutura;
c) Uma organização dinâmica;
d) Uma coesão interna.
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Apostila ADM. Geral
As relações entre os membros de um grupo são denominadas relações intrínsecas, enquanto que as
relações que os membros do grupo mantêm com outros grupos ou pessoas são chamadas de relações
extrínsecas.
As Relações Humanas são os contatos conscientes estabelecidos entre indivíduos e grupos, entre os
empregados e seus colegas, entre os subordinados e seus chefes, entre os elementos de uma seção e
aqueles de outra.Um programa de Relações Humanas tem por objeto fomentar a cooperação eficaz
entre os membros de uma comunidade de trabalho. Por meio da cooperação se consegue, não só
uma maior satisfação das necessidades materiais e espirituais do homem, mas também um
substancial aumento da produtividade.
A Teoria das Relações Humanas foi severamente criticada por representar uma oposição cerrada à
Teoria Clássica - desconsiderando fatores decisivos e cruciais para esta, por uma inadequada
visualização dos problemas das relações industriais - prendendo sua atenção a alguns fenômenos
corriqueiros e superficiais, por apresentar uma ingênua e romântica concepção do operário - feliz,
produtivo e integrado no trabalho, por limitação de seu campo experimental - aspectos interiores
das fábricas, pela parcialidade de suas conclusões - por restringir-se a apenas condições sociais do
trabalho, pela ênfase nos grupos informais - supervalorizando a coesão grupal como condição de
elevação de produtividade e por apresentar um enfoque manipulativo.
Estilos de Administração
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Pressuposições da Teoria X Pressuposições
Apostila ADM. Geral da Teoria Y
As pessoas são esforçadas e
As pessoas são preguiçosas e
gostam de ter o que fazer
indolentes
O trabalho é uma atividade tão
As pessoas evitam o trabalho
natural quanto brincar ou
As pessoas evitam a
descansar
responsabilidade a fim de se
As pessoas procuram e aceitam
sentirem mais seguras
responsabilidades e desafios
As pessoas precisam ser controladas
As pessoas podem ser
e dirigidas
automotivadas e autodirigidas
As pessoas são ingênuas e sem
As pessoas são criativas e
iniciativa
competentes
Segundo McGregor, a teoria Y é geralmente aplicada nas empresas através de um estilo de direção
baseado em uma série de medidas inovadoras e humanistas, dentre as quais salienta as seguintes:
Sistemas de Administração
Rensis Likert, outro autor da Teoria Comportamental da Administração propõe uma classificação
de Sistemas de Administração, definindo quatro perfis organizacionais, caracterizados através de
quatro variáveis: processo decisorial, sistema de comunicação, relacionamento interpessoal e
sistema de recompensas e punições.
As organizações são sistemas sociais baseados na cooperação entre as pessoas. Uma organização
somente existe quando ocorrem três condições: (1) interação entre duas ou mais pessoas; (2) desejo
e disposição para a cooperação; e (3) finalidade de alcançar um objetivo comum.As pessoas não
atuam isoladamente, mas através de interações com outras pessoas, para poderem alcançar da
melhor maneira os seus objetivos. A organização oferece uma variedade de incentivos, como
salários, benefícios sociais, oportunidades de crescimento, de consideração, de prestígio ou poder
pessoal, de condições físicas adequadas de trabalho, para obter a cooperação das pessoas em todos
os níveis hierárquicos.A função do executivo, isto é, de cada administrador dentro da organização, é
a de criar e manter um sistema de esforços cooperativos, atividade essencial para a sobrevivência
das organizações.
Processo Decisorial
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A Teoria Comportamental concebe e organização como
Apostila ADM. Geral um sistema de decisões, ou seja, todas as
pessoas dentro de uma organização, em todas as áreas de atividades, em todos os níveis
hierárquicos e em todas as situações estão continuamente tomando decisões relacionadas ou não
com o seu trabalho.
Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas disponíveis, do curso de ação
que a pessoa deverá seguir. O processo decisorial é complexo e depende tanto das características
pessoais do tomador de decisões quanto da situação em que está envolvido e da maneira como
percebe essa situação.
Simon salienta que o processo decisorial começa com o indivíduo e permite-lhe solucionar
problemas ou defrontar-se com situações. Como a subjetividade nas situações é muito acentuada,
Simon enumera algumas decorrências da Teoria das Decisões:
a) Racionalidade Limitada: O indivíduo que vai decidir raramente possui todas as informações
necessárias para tomar a melhor decisão.
b) Imperfeição nas decisões: não existem decisões perfeitas. Umas são melhores que outras.
c) Relatividade das decisões: toda decisão é uma acomodação, pois a alternativa escolhida jamais
permite uma realização perfeita ou completa dos objetivos visados. O nível de realização é
satisfatório e não ótimo.
d) Hierarquia das Decisões: O comportamento é planejado sempre que é guiado por objetivos e é
racional quando escolhe as alternativas mais adequadas que levam à consecução dos objetivos
(Meio x Fim).
Homem Administrativo
A Teoria Comportamental nos traz um novo conceito de homem. Para esses autores, o homem
procura a maneira satisfatória e não a melhor maneira de fazer um trabalho. O comportamento
administrativo é satisfaciente e não otimizante, pois o homem administrativo toma decisões sem
poder procurar todas as alternativas possíveis: não procura o máximo lucro, mas o lucro adequado;
não o preço ótimo, mas o preço razoável.
Comportamento Organizacional
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reciprocidade: a organização espera que asApostila
pessoas
ADM.realizem
Geral suas tarefas e concede-lhes incentivos
e recompensas, enquanto as pessoas oferecem suas atividades e trabalho esperando certas
satisfações pessoais.A decisão de participar é parte essencial da teoria do equilíbrio organizacional.
O equilíbrio reflete o êxito da organização em remunerar seus participantes com quantias adequadas
(sejam de dinheiro ou de satisfações não-materiais) e motivá-los a continuarem fazendo parte da
organização, garantindo com isto sua sobrevivência.
Um dos temas preferidos pelos behavioristas é o conflito entre os objetivos que as organizações
procuram atingir e os objetivos que individualmente cada participante pretende alcançar.A
interdependência entre as necessidades do indivíduo e as da organização é imensa: a vida e os
objetivos de ambos estão inseparavelmente entrelaçados. O importante é que o alcance do objetivo
de uma das partes nunca venha a prejudicar ou a tolher o alcance do objetivo de outra. Ambas as
partes devem contribuir mutuamente para o alcance de seus respectivos objetivos.
Apesar de toda influência das ciências do comportamento sobre a teoria administrativa, os pontos
de vista dos autores clássicos nunca deixaram de subsistir. Malgrado toda a crítica aos postulados
clássicos e aos novos enfoques da organização, verifica-se que os princípios de administração, a
departamentalização, a racionalização do trabalho, a estruturação linear ou funcional, enfim, a
abordagem clássica, nunca fora totalmente substituída por outra abordagem, sem que alguma coisa
fosse mantida. Todas as teorias administrativas se assentaram na Teoria Clássica, seja como ponto
de partida, seja como crítica para tentar uma posição diferente, mas a ela relacionada intimamente.
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contingências da época atual, dando-lhe uma configuração mais ampla e flexível.
Apostila ADM. Geral
4 - Ênfase nos objetivos e resultados: Toda organização existe, não para si mesma, mas
para alcançar objetivos e produzir resultados. É em função de seus objetivos e resultados que
organização deve ser dimensionada, estruturada e orientada. Um dos melhores produtos da
Teoria Neoclássica é a chamada APO - Administração por Objetivo, que será tratada mais
adiante. Enquanto a Administração Científica punha ênfase nos métodos e na racionalização
do trabalho e a Teoria Clássica punha ênfase nos princípios gerais de administração, a
Teoria Neoclássica considera os meios na busca da eficiência, mas enfatiza fortemente os
fins e resultados, na busca de eficácia. Há um forte deslocamento para os objetivos e
resultados.
As organizações não vivem para si próprias, mas são meios, são órgãos sociais que visam à
realização de uma tarefa social. A sobrevivência - objeto típico da espécie biológica - não é
um objetivo adequado da organização. O objetivo da organização está fora dela, e é sempre
uma contribuição específica para o indivíduo e para a sociedade.
Cada empresa deve ser considerada sob o ponto de vista de eficácia e de eficiência,
simultaneamente. Eficácia é uma medida normativa do alcance de resultados, enquanto a eficiência
é uma medida normativa da utilização de recursos nesse processo. Em termos econômicos, a
eficácia de uma empresa refere-se à sua capacidade de satisfazer uma necessidade da sociedade por
meio do suprimento de seus produtos (bens ou serviços), enquanto a eficiência é uma relação
técnica entre entradas e saídas. Nestes termos, eficiência é uma relação entre custos e benefícios.
A eficiência representa a relação entre os recursos aplicados e o produto final obtido: é a razão entre
o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante. A
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eficiência se preocupa em fazer corretamente as ADM.
Apostila coisas e da melhor maneira possível. Daí a ênfase
Geral
nos métodos e procedimentos internos. A eficácia se preocupa em fazer as coisas corretas para
atender às necessidades da empresa e do ambiente que a circunda.
Eficiência Eficácia
Ênfase nos meios Ênfase nos resultados
Fazer corretamente as coisas Fazer as coisas corretas
Resolver problemas Atingir os objetivos
Salvaguardar os recursos Otimizar a utilização dos recursos
Cumprir tarefas e obrigações Obter resultados
Treinar os subordinados Proporcionar eficácia aos subordinados
Manter as máquinas Máquinas disponíveis
A Teoria Neoclássica deslocou progressivamente a atenção antes colocada nas chamadas atividade-
meio para os objetivos ou finalidades da organização. O enfoque baseado no processo e a
preocupação maior com as atividades (meios) passaram a ser substituídos por enfoque nos
resultados e objetivos alcançados (fins). A preocupação de como administrar passou à preocupação
de por que ou para que administrar.
A ênfase em fazer corretamente o trabalho (the best way de Taylor) para alcançar a eficiência
passou à ênfase em fazer o trabalho mais relevante aos objetivos da organização para alcançar a
eficácia. O trabalho passou de um fim em si mesmo a um meio de obter resultados. A APO
(Administração por Objetivos), também conhecida por Administração por Resultados, constitui um
modelo administrativo bastante difundido e plenamente identificado com o espírito pragmático e
democrático da Teoria Neoclássica. Seu aparecimento é recente: em 1954, Peter F. Drucker
publicou um livro (Prática de Administração de Empresas), no qual caracterizava pela primeira vez
a APO, sendo considerado seu criador.
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2.1. Características da APO Apostila ADM. Geral
A APO é uma técnica de direção de esforços por meio do planejamento e controle administrativo
fundamentado no princípio de que, para atingir resultados, a organização precisa antes definir em
que negócio está atuando e aonde pretende chegar. Inicialmente se estabelecem os objetivos anuais
da empresa, formulados na base de um plano de objetivos em longo prazo (que podem ser
qüinqüenais ou decenais); os objetivos de cada gerente ou departamento são feitos na base dos
objetivos anuais da empresa. A APO é um processo pelo qual os gerentes, superior e subordinado,
de uma organização identificam objetivos comuns, definem as áreas de responsabilidade de cada
um em termos de resultados esperados e usam esses objetivos como guias para a operação dos
negócios. Obtêm-se objetivos comuns e firmes que eliminam qualquer hesitação do gerente, ao lado
de uma coesão de esforços em direção aos objetivos principais da organização.
Na realidade, a APO é um sistema dinâmico que integra a necessidade da companhia de alcançar
seus objetivos de lucro e crescimento, a par da necessidade do gerente de contribuir para o seu
próprio desenvolvimento. É um estilo exigente e compensador de administração. Em suma, a APO
apresenta as seguintes características principais:
Sempre existe alguma forma de correlacionar os objetivos dos vários órgãos ou gerentes
envolvidos, mesmo que nem todos os objetivos estejam apoiados nos mesmos princípios básicos.
Essa ligação é virtualmente automática, envolvendo objetivos comerciais com objetivos de
produção, por exemplo, ou objetivos de um nível com os objetivos dos níveis superiores e
inferiores.
A partir dos objetivos departamentais traçados, o executivo e o seu superior (ou somente o
executivo que posteriormente obtém a aprovação de seu superior) elaboram os Planos Táticos
adequados para alcançá-los da melhor maneira. Assim, os planos táticos constituirão os meios
capazes de alcançar aqueles objetivos departamentais. Na seqüência, os planos táticos serão
desdobrados e melhor detalhados em planos operacionais, como veremos adiante. Em todos esses
planos a APO enfatiza a quantificação, a mensuração e o controle. Torna-se necessário mensurar os
resultados obtidos e compará-los com os resultados planejados. É exatamente a mensuração e o
controle que causam as maiores dificuldades de implantação da APO, pois, se o resultado não pode
ser medido, é melhor esquecer o assunto.
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5. Contínua avaliação, revisão e reciclagem dosADM.
Apostila planos
Geral
Praticamente, todos os sistemas de APO possuem alguma forma de avaliação e de revisão regular
do processo efetuado, por meio dos objetivos já alcançados e dos objetivos a serem alcançados,
permitindo que algumas providências sejam tomadas e novos objetivos fixados para o período
seguinte. O executivo, de posse dos planos estratégicos da empresa (de longo prazo), elabora os
planos táticos de seu departamento (médio prazo) e operacionais com seus subordinados (curto
prazo).Os resultados da execução dos planos são continuamente avaliados e comparados com os
objetivos fixados. Em função dos resultados obtidos, procede-se à revisão, ao reajuste dos planos ou
a alterações nos objetivos estabelecidos. No ciclo seguinte, repete-se a mesma seqüência.
Há grande participação do superior. A maior parte dos sistemas de APO envolve mais o superior do
que o subordinado. Há casos em que o superior estabelece os objetivos, “vende-os”, mensura-os e
avalia o progresso. Esse progresso freqüentemente usado é muito mais controle por objetivos do
que Administração por Objetivos.
A APO, sem dúvida alguma, representa uma evolução na TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO,
apresentando uma nova metodologia de trabalho, reconhecendo o potencial dos funcionários das
empresas, ampliando o seu campo de atuação para outros tipos de organizações (e não somente
indústrias), permitindo estilos mais democráticos de administração. Essa Teoria já existe há várias
décadas, e predomina ainda hoje nas nossas organizações.
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Apostila ADM. Geral
4) O indivíduo ressaltando as motivações, atitudes necessidades, etc.
Os autores salientam essas variáveis básicas de maneira a poderem explorar sua interdependência,
diagnosticar a situação e intervir em variáveis estruturais e em variáveis comportamentais, para que
uma mudança permita a consecução tanto dos objetivos organizacionais quanto individuais.
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Apostila ADM. Geral
1. As forças exógenas provêm do ambiente, como as novas tecnologias, mudanças
em valores da sociedade e novas oportunidades ou limitações do ambiente
(econômico, político, legal e social).
1. Mudança evolucionária: quando a mudança de uma ação para outra que a substitui
é pequena e dentro dos limites das expectativas e dos arranjos do status quo (lenta,
suave)
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um sistema de regras e procedimentos para
Apostila ADM. lidar com todas as contingências possíveis
Geral
relacionadas com as atividades do trabalho.
A maioria dos autores especialistas em D.O., conquanto tenham idéias e abordagens bastante
diversificadas, apresentam muitos pontos de concordância, principalmente no que se refere aos
pressupostos básicos que fundamentam o D.O.
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Apostila ADM. Geral
O biólogo alemão Ludwig von Bertalanffy elaborou por volta da década de 50 uma teoria
interdisciplinar capaz de transcender aos problemas exclusivos de cada ciência e proporcionar
princípios gerais e modelos gerais para todas as ciências envolvidas, de modo que as descobertas
efetuadas em cada ciência pudessem ser utilizadas pelas demais. Essa teoria interdisciplinar -
denominada Teoria Geral dos Sistemas - demonstra o isomorfismo das várias ciências, permitindo
maior aproximação entre as suas fronteiras e o preenchimento dos espaços vazios entre elas. Essa
teoria é essencialmente totalizante: os sistemas não podem ser plenamente compreendidos apenas
pela análise separada e exclusiva de cada uma de suas partes. Ela se baseia na compreensão da
dependência recíproca de todas as disciplinas e da necessidade de sua integração. Assim, os
diversos ramos do conhecimento - até então estranhos uns aos outros pela intensa especialização e
isolamento conseqüente - passaram a tratar seus objetivos de estudos como sistemas.
Cibernética e Administração
Teoria Matemática da Administração
Teoria de Sistemas
1. Cibernética e Administração
A Cibernética é uma ciência relativamente jovem. Foi criada por Norbert Wiener entre os anos de
1943 e 1947, justamente na época em que surgiu o primeiro computador de que se tem notícia,
assim como a Teoria de Sistemas.
Cibernética é a ciência da comunicação e do controle, seja no animal (homem, seres vivos), seja na
máquina. A comunicação é que torna os sistemas integrados e coerentes e o controle é que regula o
seu comportamento. A Cibernética compreende os processo e sistemas de transformação da
informação e sua concretização em processos físicos, fisiológicos, psicológicos etc. de
transformação da informação. A Cibernética é uma teoria dos sistemas de controle baseada na
comunicação (transferência de informação) entre o sistema e o meio e dentro do sistema, e do
controle (retroação) da função dos sistemas com respeito ao ambiente.
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Apostila ADM. Geral
Os sistemas cibernéticos apresentam três propriedades principais:
a) São excessivamente complexos, portanto devem ser focalizados através da caixa negra
b) São probabilísticos, portanto, devem ser focalizados através da estatística e da teoria da
informação.
c) São auto-regulados, portanto, devem ser focalizados através da retroação que garante a
homeostase.
O sistema recebe entradas (inputs) ou insumos para poder operar, processando ou transformando
essas entradas em saídas (outputs). A entrada de um sistema é aquilo que o sistema importa ou
recebe do seu mundo exterior. A entrada pode ser constituída de um ou mais dos seguintes
elementos:
Informação
Energia
Materiais
Saída (output) é o resultado final da operação ou processamento de um sistema.
O conceito de caixa negra refere-se a um sistema cujo interior não pode ser desvendado, cujos
elementos internos são desconhecidos e que só pode ser conhecido “por fora”, através de
manipulações externas ou de observação externa. Utiliza-se o conceito de caixa negra em duas
circunstâncias:
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a) quando o sistema é impenetrável ou inacessível;
Apostila ADM. Geral
b) quando o sistema é excessivamente complexo, de difícil explicação ou detalhamento.
A retroação (feedback) serve para comparar a maneira como um sistema funciona em relação ao
padrão estabelecido para ele funcionar: quando ocorre alguma diferença (desvio ou discrepância)
entre ambos, a retroação incumbe-se de regular a entrada para que sua saída se aproxime do padrão
estabelecido. A retroação confirma se o objetivo foi cumprido, o que é fundamental para o
equilíbrio do sistema.
Retroação Positiva: é a ação estimuladora da saída que atua sobre a entrada do sistema. Na
retroação positiva, o sinal de saída amplifica e reforça o sinal de entrada
Retroação Negativa: é a ação frenadora e inibidora da saída que atua sobre a entrada do
sistema. Na retroação negativa o sinal de saída diminui e inibe o sinal de entrada.
A retroação impõe correções no sistema, no sentido de adequar suas entradas e saídas e reduzir os
desvios ou discrepâncias no sentido de regular seu funcionamento.
1.6.Conceito de Homeostasia
O conceito de homeostasia surgiu na fisiologia animal, com Claude Bernard, ao propor que todos os
mecanismos vitais têm por objetivo conservar constantes as condições de vida no ambiente interno.
A homeostasia é um equilíbrio dinâmico obtido através da auto-regulação, ou seja, através do
autocontrole. É a capacidade que tem o sistema de manter certas variáveis dentro de limites, mesmo
quando os estímulos do meio externo forçam essas variáveis a assumir valores que ultrapassam os
limites da normalidade.
A homeostase é obtida através de dispositivos de retroação (feedback), que são basicamente
sistemas de comunicação que reagem ativamente a uma entrada de informação.
A eficiência de um sistema em manter sua homeostase em relação a uma ou mais variáveis pode ser
avaliada pelos seus erros ou desvios, ou seja, pelas sub ou supercorreções que faz quando pretende
estabelecer seu equilíbrio. Se o número de erros tende a aumentar em vez de diminuir, o objetivo
jamais será atingido: o sistema entrará em oscilação e perderá sua integridade.
1.7.Conceito de Informação
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Fonte significa a pessoa, coisa ou processo queGeral
Apostila ADM. emite ou fornece as mensagens por
intermédio do sistema.
Transmissor significa o processo ou equipamento que opera a mensagem transmitindo-a da
fonte ao canal. O transmissor codifica a mensagem fornecida para poder transmiti-la.
Canal significa o equipamento ou espaço intermediário entre o transmissor e o receptor.
Receptor significa o processo ou equipamento que recebe a mensagem no canal. Para tanto,
o receptor decodifica a mensagem para poder colocá-la à disposição do destino.
Destino significa a pessoa, coisa ou processo a quem é destinada a mensagem no ponto final
do sistema de comunicação.
Redundância é a repetição da mensagem para que sua recepção seja mais garantida. A redundância
introduz no sistema de comunicação certa capacidade de eliminar o ruído e prevenir distorções e
enganos na recepção da mensagem.
A entropia significa que partes do sistema perdem sua integração e comunicação entre si, fazendo
com que o sistema se decomponha, perca energia e informação e degenere. Se a entropia é um
processo pelo qual um sistema tende à exaustão, à desorganização, à desintegração e, por fim à
morte, para sobreviver o sistema precisa abrir-se se reabastecer de energia e de informação para
manter a sua estrutura.
A informação também sofre uma perda ao ser transmitida. Isto significa que todo sistema de
informação possui uma tendência entrópica. Daí decorre o conceito de ruído. Quando nenhum ruído
é introduzido na transmissão, a informação permanece constante.
Sinergia existe quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do
que a soma dos efeitos que produziriam quando atuando individualmente. Assim, a sinergia
consiste o efeito multiplicador das partes de um sistema que alavancam seu resultado global.
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A Teoria Matemática aplicada aos problemas administrativos é mais conhecida como Pesquisa
Operacional. Teoria Matemática põe ênfase no processo decisório e procura tratá-lo de modo lógico
e racional, através de uma abordagem quantitativa. A Teoria Matemática desloca a ênfase na ação
para a ênfase na decisão que a antecede.
O processo decisorial é a seqüência de etapas que formam uma decisão. A Tomada de decisão,
conforme apresentada pelos defensores dessa teoria possuem um aspecto matemático, dicotômico,
permitindo uma análise teoricamente precisa dos problemas (abordagem quantitativa).
Segundo a Teoria da Decisão, todo os problemas administrativos equivalem a um processo de
decisão. Existem dois tipos extremos de decisão, as decisões programadas e as não - programadas.
Problemas estruturados: é aquele que pode ser perfeitamente definido, pois suas variáveis
principais - como os vários estados da natureza, ações possíveis, possíveis conseqüências -
são conhecidas.
Problemas não estruturados: é aquele que não pode ser claramente definido, pois uma ou
mais de suas variáveis é desconhecida ou não pode ser determinada com algum grau de
confiança.
2.2. Pesquisa Operacional
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3. Teoria de Sistemas
A Teoria Geral de Sistemas (T.G.S.) surgiu com os trabalhos do biólogo alemão Ludwig von
Bertalanffy. A Teoria Geral de Sistemas não busca solucionar problemas ou tentar soluções
práticas, mas sim produzir teorias e formulações conceituais que possam criar condições de
aplicações na realidade empírica. Bertalanffy criticava a visão que se tem do mundo dividida em
diferentes áreas, como física, química, biologia, psicologia, sociologia, etc. São divisões arbitrárias.
E com fronteiras solidamente definidas. E espaços vazios entre elas. A natureza não está dividida
em nenhuma dessas partes. A Teoria Geral dos Sistemas afirma que as propriedades dos sistemas
não podem ser descritas significativamente em termos de seus elementos separados. A compreensão
dos sistemas somente ocorre quando estudamos os sistemas globalmente, envolvendo todas as
interdependências de suas partes.
Globalismo ou Totalidade: todo sistema tem uma natureza orgânica, pela qual uma ação que
produza mudança em uma das unidades do sistema, com muita probabilidade deverá
produzir mudanças em todas as outras unidades deste.
3.1.2.Tipos de Sistemas
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Sistemas fechados: são os sistemasApostila
que nãoADM.apresentam
Geral intercâmbio com o meio ambiente
que os circunda, pois são herméticos a qualquer influência ambiental.
Sistemas abertos: são os sistemas que apresentam relações de intercâmbio com o ambiente,
através de entradas e saídas.
O sistema caracteriza-se por determinados parâmetros. Parâmetros são constantes arbitrárias que
caracterizam, por suas propriedades, o valor e a descrição dimensional de um sistema específico ou
de um componente do sistema. Os parâmetros dos sistemas são:
Ambiente: é o meio que envolve externamente o sistema. O sistema aberto recebe entradas
do ambiente, processa-as e efetua saídas novamente ao ambiente, de tal forma que existe
entre ambos - sistema e ambiente - uma constante interação.
A descrição de sistema aberto é exatamente aplicável a uma organização empresarial. Uma empresa
é um sistema criado pelo homem e mantém uma dinâmica interação com seu meio ambiente.
Influi sobre o meio ambiente e recebe influências dele. É um sistema integrado por diversas partes
relacionadas entre si, que trabalham em harmonia umas com as outras, com a finalidade de alcançar
uma série de objetivos, tanto da organização como de seus participantes. As organizações possuem
as características dos sistemas abertos. É importante alinhar algumas características básicas das
organizações enquanto sistemas:
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Comportamento Probabilístico e Não-Determinístico das Organizações: O comportamento
humano nunca é totalmente previsível. As pessoas são complexas, respondendo a muitas
variáveis, que não são totalmente compreensíveis. Por estas razões, a Administração não
pode esperar que consumidores, fornecedores, agências reguladoras e outros tenham um
comportamento previsível.
Fronteiras ou Limite: É a linha que serve para demarcar o que está dentro e o que está fora
do sistema. Nem sempre a fronteira de um sistema existe fisicamente.
A palavra Contingência significa algo incerto ou eventual, que pode suceder ou não. Dentro de um
aspecto mais amplo, a Abordagem Contingencial salienta que não se atinge a eficácia
organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional, ou seja, não existe uma
forma única que seja melhor para organizar no sentido de alcançar os objetivos altamente variados
das organizações dentro de um ambiente também altamente variado. Os estudos atuais sobre as
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organizações complexas levaram a uma nova perspectiva
Apostila ADM. Geral teórica: a estrutura de uma organização e
seu funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo.A mais notável
contribuição dos autores da abordagem contingencial está na identificação das variáveis que
produzem maior impacto sobre a organização, como ambiente e tecnologia, para então predizer as
diferenças na estrutura e no funcionamento das organizações devidas às diferenças nestas
variáveis.A Abordagem Contingencial marca uma nova etapa no estudo da Teoria Geral da
Administração, assumindo uma abordagem eclética, comparando as demais teorias administrativas
existentes à luz dessas variáveis, aplicando seus diversos princípios em cada situação distinta de
cada organização.A Teoria da Contingência é um passo além da Teoria de Sistemas em
Administração. A visão contingencial da organização e de sua administração sugere que uma
organização é um sistema composto de subsistemas e delineado por limites identificáveis em
relação ao seu supra-sistema ambiental.
1. Teoria da Contingência.
A Teoria da Contingência nasceu a partir de uma série de pesquisas feitas para verificar os modelos
de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de indústrias.
Os pesquisadores, cada qual isoladamente, procuraram confirmar se as organizações eficazes de
determinados tipos de indústrias seguiam os pressupostos da Teoria Clássica, como a divisão do
trabalho, a amplitude de controle, a hierarquia de autoridade etc. Os resultados surpreendentemente
conduziram a uma nova concepção de organização: a estrutura de uma organização e o seu
funcionamento são dependentes da interface com o ambiente externo. Em outros termos, não há
uma única e melhor forma de organizar (the best way). São apresentados, pelos autores da escola
contingencial, duas variáveis principais que determinam toda a organização da empresa e os
relacionamentos entre suas partes:
Ambiente: Tudo aquilo que envolve externamente uma organização (ou um sistema). É o contexto
dentro do qual uma organização está inserida. Como a organização é um sistema aberto, ela mantém
transações e intercâmbio com seu ambiente. Isto faz com que tudo o que ocorre externamente no
ambiente passe a influenciar internamente o que ocorre na organização.Como o ambiente é vasto,
complexo, envolvendo tudo o mais ao redor da organização, ele pode ser analisado em dois
segmentos:
condições tecnológicas
condições econômicas
condições políticas
condições legais
condições demográficas
condições ecológicas
condições culturais
fornecedores de entradas
clientes ou usuários
concorrentes
entidades reguladoras
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Apostila ADM. Geral
O grande problema com que as organizações de hoje se defrontam é a incerteza. Aliás, a incerteza é
o grande desafio atual da Administração. Contudo, a incerteza não está no ambiente. A incerteza
está na percepção e na interpretação das organizações e não na realidade ambiental percebida.
Parece mais adequado falar-se em incerteza na organização, pois o mesmo ambiente pode ser
percebido de maneiras diferentes por duas organizações.
Tecnologia
Sob um ponto de vista administrativo, consideraremos a tecnologia como algo que se desenvolve
predominantemente nas organizações, em geral, e nas empresas, em particular, através de
conhecimentos acumulados e desenvolvidos sobre o significado e execução de tarefas - know-how -
e pelas suas manifestações físicas decorrentes - máquinas, equipamentos, instalações - constituindo
um enorme complexo de técnicas usadas na transformação dos insumos recebidos pela empresa em
resultados, isto é, em produtos e serviços. A tecnologia pode estar ou não incorporada a bens
físicos. A tecnologia incorporada está contida em bens de capital, matérias-primas intermediárias e
componentes etc. (hardware). A tecnologia não incorporada encontra-se nas pessoas - como
técnicos, peritos, especialistas, engenheiros, pesquisadores - sob formas de conhecimentos
intelectuais ou operacionais, facilidade mental ou manual para executar as operações, ou em
documentos que a registram e visam assegurar sua conservação e transmissão - como mapas,
plantas, desenhos, projetos, patentes, relatórios (software). Em suma, tecnologia é o conhecimento
que pode ser utilizado para transformar elementos materiais em bens ou serviços, modificando sua
natureza ou suas características.
A tecnologia tem a propriedade de determinar a natureza da estrutura e do comportamento
organizacional. Existe um forte impacto da tecnologia sobre a vida, natureza e funcionamento das
organizações.A tecnologia, em nome do progresso, cria incentivos em todos os tipos de empresas,
para levar os administradores a melhorarem cada vez mais a eficácia, mas sempre dentro do critério
normativo de produzir eficiência. A Abordagem Contingencial é eminentemente eclética e
integrativa, manifestando uma tendência a absorver os conceitos das diversas teorias administrativas
- cada qual criticando as demais - no sentido de alargar os horizontes e mostrar que nada é absoluto.
A tese central da abordagem contingencial é de que não há um método ou técnica geralmente
válida, ótima ou ideal para todas as situações: o que existe é uma variedade de alternativas de
métodos ou técnicas proporcionados pelas diversas teorias administrativas, um dos quais poderá ser
apropriado para uma situação determinada. A abordagem contingencial está sendo aplicada em
quase todos os campos da teoria administrativa com resultados animadores.
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Apostila ADM. Geral
Como funciona uma empresa, qual é o fluxo lógico do papel, como se inicia uma atividade. Essa é a
importância de conhecer as principais áreas funcionais de uma empresa de produtos ou serviços.
Cada uma poderá ter uma organização própria e uma denominação específica para suas áreas de
produção, marketing, finanças, recursos humanos, mas não há grandes variações. Uma empresa
pode começar suas atividades em função de uma idéia, um projeto, um pedido de um cliente, ou de
uma oportunidade identificada no ambiente, mas sempre haverá a necessidade de gerenciar o fluxo
natural que envolve o início das atividades e seu caminho até o resultado final esperado. As
tomadas de decisão dentro da organização são feitas dentro de um contexto de fatores internos e
externos à organização, que serve para identificar várias alternativas de curso de ação. Dessa forma,
administrar torna-se um processo de guiar um sistema organizacional através de um ambiente que
provê recursos, assistência e restrição a um conjunto de objetivos.
Inputs: consideramos como inputs os elementos de entrada que alimentam e ativam o processo
organizacional e permitem um resultado. Esses elementos são os fatores de produção.
Outputs: são as várias saídas produzidas pelo modelo que podem ou não coincidir com os objetivos
preestabelecidos. Esses elementos podem ser produtos, processos, informações e conhecimentos.
Feedback
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O Processo. O que chamamos de processo Apostila
nos sistema organizacional é o local onde os recursos são
ADM. Geral
combinados e/ou transformados. A forma de melhor utilizar os elementos de entrada é definida
pelas práticas da empresa dentro do processo.
Esse modelo sistêmico empresarial só é completo quando consideramos as variáveis externas que
influenciam os negócios. Uma organização só poderá sobreviver se estiver atenta às condições do
ambiente, também consideradas elemento do input ao sistema. Dentro do aspecto meio, temos os
fatores econômicos, políticos, sociais, tecnológicos e de mercado, fatores esses que podem ser
favoráveis ou desfavoráveis ao bom desempenho da empresa.
PRODUÇÃO/OPERAÇÃO 3ª CAMADA
ou VALOR ADCIONADO
Conjunto das decisões sobre:
ENTRADAS • Tipo de know how disponível SAÍDAS
Informações: Informações:
• Tipo de MDO mecessária
• Ambiente externo • Comportamento do produto geradas pelas decisões
• Ambiente interno • (técnico e marketing) da alta administração
• Comportamento da matéria-prima (3ª camada)
• Desenvolvimento tecnológico
2ª CAMADA
1ª CAMADA
Decisório
_______________________________________________________________________________________________
Não decisório
Figura 2: Decisões tomadas em cada um dos níveis da área de produção e seu inter-relacionamento.
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Apostila ADM. Geral
Ambiente Organizacional
A preocupação de uma organização com seu ambiente externo deve-se ao fato de que ela é
definida como um sistema aberto que capta energia desse ambiente, transforma-a e envia-a para o
mesmo ambiente ou outro diferente daquele de onde a energia foi captada. Essa energia é captada e
envida sob a forma de informações, produtos e serviços.
Tudo o que envolve e afeta os negócios torna-se inevitavelmente parte de seu ambiente: a
vizinhança natural, a história dessa vizinhança, as condições econômicas, as condições político-
legais, os padrões de cultura e a sociedade toda. Em seu próprio ambiente, a empresa deve estar
constantemente alerta para mudanças. Ela pode:
• ajustar-se ao ambiente; ou
• se existir habilidade, mudar o ambiente e gerar vantagem competitiva.
Ambiente Natural. Consiste no ar, na terra, na água e em todos os recursos naturais. Muito
do sucesso dos negócios dependerá de que posição a empresa irá adotar hoje quanto ao problema do
uso adequado desses recursos naturais.
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Ambiente Interno. Para efeito deApostila
análise organizacional,
ADM. Geral podemos considerar o ambiente
interno como subsistemas: o técnico, o organizacional, o normativo e o humano.
Subsistema Técnico. Refere-se à tecnologia utilizada para atingir seu objetivo principal.
Natural Tecnológico
Político Mercado
Estrutura
Social Oportunidade
Econômico Riscos
Cultural Natureza do
Histórico
Bibliografia Negócio Processo Técnico
• CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 6. ed. Rio de Janeiro:
Campus, 2000. Formulação de estratégia
• KWASNICKA, Eunice Lacava.Identificação
Influência Introduçãodos recursos
à Administração, 5ª Ed Atlas.
do ambiente Identificação de tarefas-chave
Utilização de
recursos
Normas
Influência no ambiente
Entre outras, as informações sobre o ambiente externo devem ser utilizadas pelos
empresários para:
• identificar políticas operacionais;
• adicionar outras estratégias de ação;
• identificar programas opcionais;
• selecionar oportunidades de atuação ou investimento.
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II – PROCESSO
ApostilaADMINISTRATIVO
ADM. Geral
As empresas não funcionam ao acaso. E muito menos na base da improvisação. Tudo nela
deve ser planejado. Isto significa que as empresas precisam decidir antecipadamente o que
pretendem e o que deve ser feito para atingir seus objetivos. Na realidade, o planejamento é
um fato muito comum em nossas vidas. A todo o momento estamos planejando nosso
comportamento em relação a certos objetivos. Quando pretendemos ir a algum lugar,
planejamos antecipadamente qual o melhor percurso a ser percorrido. Qualquer viagem
envolve planejamento. Assim, o planejamento é uma decorrência natural do comportamento
das pessoas. Nas empresas, o planejamento é uma necessidade imperiosa: uma vez definido
algum objetivo, o planejamento constitui a melhor maneira de se chagar lá.
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Apostila ADM. Geral
Está voltado para as relações entre a empresa e seu ambiente de tarefa e, portanto
sujeito à incerteza a respeito dos eventos ambientais. Por se defrontar com a
incerteza, o planejamento estratégico tem suas decisões baseadas em julgamento e
não em dados;
b) Análise Ambiental Externa: É a maneira pela qual a empresa procura conhecer o seu
ambiente externo e diagnosticar o que nela ocorre. Abrange os aspectos do ambiente
geral (macroambiente), como: fatores tecnológicos, fatores políticos, fatores
econômicos, fatores legais, fatores sociais, fatores demográficos e ecológicos. Também
focaliza especificamente aspectos do ambiente da tarefa, como: consumidores,
fornecedores, concorrentes e agências regulamentadoras.
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b) Análise Organizacional Interna: É oADM.
Apostila processo
Geral pelo qual se examinam os recursos
empresariais, a análise organização deve levar em consideração os seguintes aspectos
internos da empresa:
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Apostila ADM. Geral
Deve ser iniciado e desenvolvido de maneira informal e espontânea, o planejamento
deverá ser sempre resultante e nunca um fator desencadeante;
Todo o planejamento estratégico deve subordinar-se a uma filosofia de ação. Neste sentido,
existem três tipos de filosofia do planejamento:
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2. Organização Empresarial
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Apostila ADM. Geral
É a forma pela qual a organização agrupa e reúne as pessoas e órgãos dentro dos escalões
hierárquicos (níveis de autoridade) e de áreas (departamentos). Assim a estrutura
organizacional pode ser vista sob dois aspectos diferentes:
COMUNICAÇÃO
AU
DE
TO
DA
RI
VI
DA
I
AT
DE
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Apostila ADM. Geral
2.5. Organogramas
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2.5.1. Tipos de organograma
Clássico Barra
Circular
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2.7 Departamentalização
a) Por Função
DIRETORIA
b) Por Projeto
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DIRETORIA
TÉCNICA
c) Por Cliente
ADMINISTRAÇÃO
GERAL
d) Por Processo
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ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL
Neste tipo, as atividades são agrupadas com base nos produtos ou serviços. É utilizado em
grandes empresas onde os produtos são muito diferenciados ou representam um volume
significativo. A grande vantagem é a facilidade de se analisar os resultados e possibilitar um
melhor conhecimento sobre o produto. A desvantagem é devida à duplicação de atividades,
cujo custo pode exceder os benefícios. A figura apresenta um modelo de
departamentalização por produto.
ADMINISTRAÇÃO
TÉCNICA
e) Geográfica
Neste tipo de departamentalização, os grupos são estabelecidos por áreas geográficas. Isto
ocorre principalmente quando a organização opera em regiões diferentes, tornando-se
desejável a manutenção de uma administração local. Como exemplo típico podemos citar as
organizações bancárias. A vantagem principal está no fato da administração local conhecer
melhor as peculiaridades de cada região onde atua. A desvantagem é que, como forma de
descentralização, esse tipo de departamentalização, pode, em alguns casos, ter seu campo de
ação limitado, além das possíveis duplicações de esforços. A figura apresenta um modelo de
departamentalização geográfica.
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ADMINISTRAÇÃO
CENTRAL
ÁREA DE
MONTAGEM
SUPERVISOR
GERAL
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h) Mista
PRESIDENTE
Existem duas autoridades formais extremamente importantes para uma organização. São
elas: linha e assessoria. A componente linha pode ser definida como a parte da organização
que é diretamente responsável pela realização de suas atividades específicas ou atividades
fins. A assessoria (individual ou grupo) tem como função principal aconselhar ou prestar
serviços à linha. Assim, a assessoria atua para os elementos da organização que são
classificados como linha, motivo pelo qual muitas vezes é conhecida como área de apoio.
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3. Direção Empresarial
3.1. Conceito: A direção constitui a terceira etapa do processo administrativo após o planejamento e
a organização. Enquanto o planejamento e a organização são etapas anteriores a execução dos
trabalhos, a direção é a etapa concomitantemente e simultânea. Direção é a função administrativa
que conduz e coordena o pessoal na execução das atividades planejadas e organizadas. Significa
orientar e coordenar o trabalho dos subordinados. No fundo, dirigir significa interpretar os
objetivos e os planos para as outras pessoas e dar as instruções sobre Como executá-los. Trata-se de
atuar diretamente sobre pessoas para conseguir que executem as suas atividades dentro do que foi
planejado. A importância da direção está em que de nada adianta um bom planejamento e uma boa
organização se as pessoas trabalham sem orientação e coordenação adequadas. Dai a direção deve
ser considerada a mais importante das funções administrativas, a essência do trabalho do bom
administrador.
b. Princípio da Delegação
É preciso que todas as atividades necessárias à realização dos objetivos empresariais sejam
delegadas ao nível hierárquico que deverão executá-las adequadamente. A delegação significa a
designação' de tarefas, a transferência de autoridade e a exigência de responsabilidade pela
execução daquelas tarefas. Delegar é transferir responsabilidade para alguém. Quem delega é o
chefe, quando designa novas tarefas ao subordinado.
d. Princípio da Coordenação
Também chamado Princípio das Relações Funcionais. Significa que todas as atividades devem ser
coordenadas e integradas tendo em vista um objetivo comum. Nas empresas, os objetivos maiores
submetem os objetivos menores. Estes precisam ser coordenados e integrados para o alcance dos
objetivos maiores.
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Apostila ADM. Geral
3. MEIOS DE DIREÇÃO
Para dirigir os subordinados, o administrador em qualquer nível em que esteja situado deve dar
ordens ou instruções, comunicar, motivar, liderar e coordenar. Por isso, os principais meios de
direção que o administrador pode utilizar são: a transmissão de ordens ou instruções, a
comunicação, a motivação, a liderança e a coordenação. Todos estes meios de direção são
utilizados quanto às pessoas.
Para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens e instruções para que estes saibam o
que devem fazer e quando fazer. Tanto a ordem quanto a instrução servem para fazer iniciar,
modificar ou cessar uma tarefa ou atividade. Porém, a ordem refere-se a o que fazer e quando
enquanto a instrução se refere a como fazer alguma tarefa ou atividade. Enquanto a ordem é um
imperativo de fazer algo, a instrução é uma orientação sobre a maneira de fazer algo.
Quanto à forma pela qual são transmitidas, as ordens podem ser orais ou escritas.
a. Ordens Verbais: São as ordens transmitidas de viva voz. São as ordens mais freqüentemente
utilizadas nas empresas, nos contatos diretos entre o superior e seus subordinados. Entretanto, as
ordens verbais precisam ser muito bem explicadas a fim de se assegurar a adequadas compreensão,
e devem ser repetidas com certa freqüência para evitar seu esquecimento.
b. Ordens Escritas:São aquelas transmitidas por escrito, seja mediante alguma correspondência,
seja por meio de documento.
3.2. COMUNICAÇÃO
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Apostila ADM. Geral
a. Emissor: É a pessoa que pretende comunicar uma mensagem pode ser chamada de fonte ou de
origem.
b. Transmissor: É a etapa que codifica a mensagem e a transmite que o emissor possa enviá-la ao
destinatário.
d.Receptor: É a etapa que recebe a mensagem e a decodifica para que o destinatário a compreenda.
As comunicação formais fluem dentro da empresa por meio dos seguintes canais de comunicação,
podem ser:
a. Canais Verticais: Podem ser descendentes (de cima para baixo) e referem-se a comunicação entre
o superior e os subordinados, veiculando ordens e as instruções. Podem ser ascendentes (de baixo
para cima) e referem-se a comunicação entre o subordinado e o superior.
b.Canais Horizontais: Referem-se às comunicações laterais entre dois órgãos (dois departamentos
ou duas seções, por exemplo) ou dois cargos (dois gerentes ou dois escriturários) no mesmo nível
hierárquico.
3.3. Motivação
Tanto quanto emoção provém de um mesmo verbo latino “movere” que significa mover-se. Ambas
indicam um estado de despertar do organismo. “Convencionalmente, temos denominado
emocionais os estados intensos e imediatos do despertar, e motivacionais os estados emocionais
mais prolongados e dirigidos” (Telford e Sarwrey, 1973). Motivo ou Motivação, refere-se a um
estado interno que resulta de uma necessidade e que ativa ou desperta comportamento usualmente
dirigido ao cumprimento da necessidade ativante. A Motivação é algo que não se pode observar
diretamente, inferimos a existência de motivação observando o comportamento. Um
comportamento motivado se caracteriza pela energia relativamente forte nele dispensada e por estar
dirigido para um objetivo ou meta. Simplificando: motivação é colocar os atores certos no palco,
ajustar seus pontos de vista e dar-lhes liberdade para improvisar quando acharem necessário.
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Significa entender que a rigidez de devoção comADM.
Apostila respeito
Geral a uma ideologia de fato permite que uma
empresa deixe as pessoas livres para tentar, mudar, se adaptar e - acima de tudo - agir.
Já está mais do que provado que funcionário descontente não produz a sua capacidade máxima.
Então a estratégia é utilizar ferramentas adequadas, através das quais chegaremos mais facilmente
aos nossos objetivos:
Do ponto de vista daqueles que são motivados, observa-se outras perspectivas também
importantes.
Analisadas as opiniões de 150 profissionais de diferentes níveis hierárquicos, escolhidos a
dedo pelas organizações sobre o que os fariam lançar “olhares apaixonados” por uma empresa,
cinco fatores apareceram como essenciais para despertar essa atração.
São eles:
a) O status da empresa: A companhia tem de ter uma imagem arrojada e sólida no meio
empresarial;
c) Permissibilidade à visibilidade externa: A empresa tem que permitir que seus empregados
apareçam no mercado, que possam fazer sucesso também do lado de fora dos muros da
organização. Funcionários talentosos querem desenvolver suas habilidades e competências
continuamente. A idéia é cuidar da sua empregabilidade externa sem que isso lhes crie
problemas internos;
e) A empresa tem de ter um líder visível e avaliável: Um presidente capaz, só, não basta. Ele
tem que ser também conhecido dentro e fora da empresa. Tem que circular, fazer sucesso,
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despertar o orgulho dos funcionários. E, principalmente,
Apostila ADM. Geral precisa ser uma pessoa cujas ações
sejam reconhecidamente avaliadas como positivas.
Esses cinco fatores se destacaram em todas as entrevistas, com mais de 90% de freqüência. O
salário foi o item que apareceu imediatamente após a eles. Para os profissionais talentosos é
essencial que a empresa utilize mecanismos de remuneração por desempenho individual.
b) Outro conceito importante é o de necessidade, que gera impulso nos seres vivos. Este
impulso está muito ligado a motivo:
c) Há muitas tendências nas pessoas, capazes de levá-las à ação. Por exemplo, a tendência
para o poder, para a realização, para buscar companhia de outras pessoas (afiliação), para a
independência, para a satisfação sensorial (prazer), para a segurança pessoal e familiar, para
a auto-realização, para conhecer coisas novas (curiosidade), para destruir obstáculos que
impedem a satisfação de necessidades (agressão), etc. Estas apresentam-se em maior ou
menor intensidade, em cada pessoa. Podem elas transformar-se em força de ação e por isso,
certamente, em motivo;
b) Teoria Cognitiva: Procuram negar que o efeito dos estímulos sobre o comportamento seja
automático (colocando-se contra a behaviorista). Acredita que nós escolhemos, por meio da
percepção, pensamento e raciocínio, os valores, as crenças, as opiniões e as expectativas que
regularão a conduta para uma tarefa almejada. Mas, reconhece que o comportamento e seu
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resultado dependerão tanto das escolhas
Apostilaconscientes
ADM. Geral do indivíduo, como dos acontecimentos
do meio sobre os quais não tem controle e que atuam sobre ele;
O exame dos mecanismos da motivação gerou, nas última décadas, um volume muito grande
de pesquisas, escritos e teorias, de modo que tem sido necessário, aos que se preocupam em rever
de maneira ordenada o campo existente de conhecimento sobre motivação, criar uma classificação
sobre as teorias principais que investigam a motivação humana. Em 1970, Campbell, Dunette,
Lawler e Weick (professores de Psicologia e Ciências Administrativas das Universidades de
Minnesota e Yale, dos Estados Unidos, após um longo trabalho conjunto de pesquisas, destinado a
estudar a produção científica acerca da eficácia gerencial, criaram uma classificação das teorias
sobre motivação, que é a mais aceita atualmente. Esta classificação agrupou as teorias
motivacionais em duas categorias:
O que é necessidade? O que acontece quando sentimos necessidade? Uma necessidade é um estado
de tensão ou de desequilíbrio que resulta da falta, da ausência que sentimos dentro de nós mesmos.
Sentida esta ausência desta necessidade, a pessoa torna-se tensa e irrequieta, ativando-a a satisfazer
esta necessidade - procurando livrar-se desta tensão e alcançar o estado de satisfação e equilíbrio. O
homem, por exemplo, que esteja assistindo um show de TV, pode muito bem não estar com fome,
não ter necessidade de comer. Mas o que acontece, tão logo a propaganda anuncia algo de gostoso?
Tal pessoa sente-se com vontade, sente necessidade de ir à cozinha comer, ou seja, ela sente-se num
estado de tensão e desconforto até o momento em que ela satisfaça esta necessidade. Desta forma
aliviará a tensão, e o equilíbrio se restabelece.
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Apostila ADM. Geral
Para Maslow, a humanidade está perpetuamente dependendo de indivíduos que estejam
empenhados em incessante esforço para encontrarem formas de satisfazer suas necessidades
básicas. Uma pessoa é motivada a alcançar um determinado objetivo por possuir internamente a
necessidade de alcançá-lo. As necessidades básicas não são estáticas: uma vez satisfeita uma
necessidade, ela não mais atuará como agente motivador do comportamento. Outras necessidades,
então, passam a ocupar a “linha de frente”, e o comportamento é dirigido para a sua satisfação.
Maslow identificou cinco necessidades fundamentais e as dispôs numa hierarquia:
Como é possível observar, estão ali dispostos em termo em que se manifestam, desde o nível mais
elementar de sobrevivência até a auto-realização, o apogeu da existência humana:
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estranhas nos cercam, em situações de perigo.
Apostila ADM. Geral A satisfação dessa necessidade requer
uma real segurança física e ainda uma sensação de estar protegido dos males e danos,
tanto físico quanto emocional (potencialmente “gratificáveis” por salários, benefícios
marginais e um sentimento de segurança na capacidade pessoal de ganhar o sustento
pelo trabalho realizado).
Pelo contrário, ele afirmou que a maior parte dos integrantes de nossa sociedade se acha, ao
mesmo tempo, parcialmente satisfeita e parcialmente insatisfeita, quanto a todas as suas
necessidades básicas.
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Obs: O Ciclo Motivacional Apostila ADM. Geral
A partir da Teoria das Relações Humanas, todo acervo de teorias psicológicas acerca da
motivação humana passou a ser aplicado dentro da empresa. Verificou-se que todo comportamento
humano é motivado. Que a motivação, no sentido psicológico, é a tensão persistente que leva o
indivíduo a alguma forma de comportamento visando à satisfação de uma ou mais determinadas
necessidades. Daí o conceito de Ciclo Motivacional.
O Ciclo Motivacional pode ser assim explicado: O organismo permanece em estado de
equilíbrio psicológico (equilíbrio de forças psicológicas, segundo Lewin), até que um estímulo o
rompa e crie uma necessidade. Essa necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao
anterior estado de equilíbrio. A tensão conduz a um comportamento ou ação capaz de atingir
alguma forma de satisfação daquela necessidade. Se satisfeita a necessidade, o organismo retornará
ao seu estado de equilíbrio inicial, até que outro estímulo sobrevenha. Toda satisfação é
basicamente uma liberação de tensão, uma descarga tensional que permite o retorno ao equilíbrio
anterior.
Nem sempre a satisfação das necessidades é obtida. Pode existir alguma barreira ou
obstáculo ao alcance da satisfação de alguma necessidade. Toda vez que alguma satisfação é
bloqueada por alguma barreira, ocorre a frustração. Havendo frustração a tensão existente não é
liberada através da descarga provocada pela satisfação. Essa tensão acumulada no organismo
mantém o estado de desequilíbrio.
Por outro lado, o Ciclo Motivacional pode ter outra solução além da satisfação da
necessidade ou da sua frustração: a Compensação ou Transferência. Ocorre a compensação (ou
transferência) quando o indivíduo tenta satisfazer alguma necessidade impossível de ser satisfeita,
através da satisfação de outra necessidade complementar ou substitutiva. Assim, a satisfação de
outra necessidade aplaca a necessidade mais importante e reduz ou evita a Frustração. Desta forma,
toda necessidade humana pode ser satisfeita, frustrada ou compensada. Cada uma dessas soluções
envolve uma infinidade de nuances e de variações intermediárias.
Para as necessidades fisiológicas, os objetivos são relativamente fixados e quase não tem
compensações ou substitutivos: a fome só se satisfaz com alimentação, a sede somente com a
ingestão de líquidos, se estes são os motivos a serem satisfeitos.
Para as necessidades psicológicas e de auto-realização os objetivos são mais flexíveis e
possibilitam transferências e compensações. A necessidade de prestígio, por exemplo, pode ser
satisfeita pela premência social, pelo sucesso profissional, pelo poder do dinheiro ou ainda pela
conduta atlética.
“Toda necessidade não satisfeita é motivada de comportamento, porém quando uma necessidade
não é satisfeita dentro de algum tempo razoável, ela passa a ser um motivo de frustração.”
- Reações à frustração
- Reações emocionais: A tensão retida pela não-satisfação da necessidade pode provocar formas de
reação como ansiedade, aflição, estados de intenso nervosismo ou ainda outras formas de
conseqüências como insônia, distúrbios circulatórios, digestivos, etc;
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- Alienação e apatia: O desagrado em faceApostila
da não-satisfação
ADM. Geral pode ocasionar reações de alienação,
de apatia e de desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como forma ou mecanismo
inconsciente de defesa do ego.
b) A Teoria de Frederick Herzbeg: É classificada com uma teoria de conteúdo, preocupada com as
variáveis motivacionais e não como a mecânica de interligação.
A “Teoria dos dois fatores” foi formulada e desenvolvida por Frederick Herzberg, a partir de
entrevistas feitas com 200 engenheiro e contadores da indústria de Pittsburgh. Estas procuravam
identificar quais as conseqüências de determinados tipos de acontecimentos na vida profissional dos
entrevistados, visando a determinar os fatores que os levaram a se sentirem excepcionalmente
felizes e aqueles que os fizeram sentir-se infelizes na situação de trabalho Herzberg concluiu que a
satisfação e a insatisfação no trabalho decorrem de dois conjuntos separados de fatores.
- Vantagens adicionais: Podem ser desde melhorias no ambiente físico de trabalho até seguro de
vida, colônia de férias, etc. Esses benefícios logo deixam de ser considerados como recompensas,
passando a ser vistos como direito. São fatores higiênicos e não motivadores, segundo Herzberg;
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Apostila ADM. Geral
- Orientação individual do empregado: Verificou-se neste último caso, que os empregados
apresentavam problemas pessoais que interferiam em seu comportamento no trabalho. A orientação
individual, neste caso, foi um meio de permitir que os empregados tirassem esse peso dos ombros,
conversando com alguém.
Há uma pergunta implícita na mente de todo administrador: o que fazer para melhorar o
comportamento dos funcionários? Em outros termos, como motivá-los? Muitas empresas acharam
que a melhor resposta era: aumento de salário, melhoria nas condições de trabalho, vantagens
adicionais, seguros, participação nos lucros, etc. Herzberg chamou esses elementos de Fatores
Higiênicos ou Incentivadores e não Motivadores. Servem para criar um clima empresarial saudável,
sem insatisfação. Somente com as pesquisas de Herzberg é que se soube que todas essas práticas,
muito úteis, não são em sua essência motivadoras. Servem, na expressão do autor citado, para
eliminar a insatisfação nos funcionários e “higienizar” o ambiente de trabalho.
Por que as práticas de que falamos não são motivadoras? Vamos encontrar uma resposta na
análise da natureza humana. O homem possui uma natureza biológica e outra psíquica; cujas
necessidades e objetivos se encontram num plano diferente e mais elevado. Os incentivos
tradicionais e os que descrevemos acima giram em torno da natureza biológica do homem,
atendendo às necessidades que surgem nessa área. Bom salário, vantagens adicionais, colônia de
férias, tratamento adequado à pessoa, etc., deixam o ser humano biologicamente satisfeito e
atendido em suas necessidades fisiológicas, de conforto, de segurança e de saúde. Contudo, essas
práticas pouco têm haver com a natureza psíquica que possui outras necessidades: De realização, de
crescer como pessoa (auto-realização), de reconhecimento e estima, e fazer alguma coisa que lhe
agrade e de fazê-la bem feito, de ascensão social, etc.
Motivar é mobilizar esta área psíquica (superior) da pessoa. É implantar nessa parte da
personalidade um móvel ou “motor” de ação. Numa empresa, o indivíduo gosta de sentir-se
solicitado como pessoa, de receber responsabilidade, de aceitar um trabalho que o desafie. Partindo
desta premissa, pode-se motivar alguém com estas palavras: “Tenho uma tarefa difícil para você.
Mas sei que está à altura dela”. Tais palavras podem tornar-se um gerador de ação dentro da pessoa.
Sabendo-se digno de confiança, o funcionário passa a ver e a sentir a tarefa de modo diferente.
Sendo responsável pelo trabalho e estando pessoalmente envolvido, quer mostrar que tem
capacidade para realizá-lo. É diferente do que alguém dizer: “Faça isto, e você ganhará uma
comissão de 10% “ ou “se não fizer isto, você será punido” ou simplesmente “faça isto”.
Como já vimos, o incentivo parte sempre do exterior, ao contrário da verdadeira motivação,
que atua no interior do indivíduo, levando-o a ação. Empresários de países sobretudo ricos,
consciente ou inconscientemente, fazem-se muitas vezes esta pergunta: “Por que o pessoal não é
mais produtivo? Pagamos bom salário, damos boas condições de trabalho, temos excelentes
vantagens adicionais e emprego estável. Mesmo assim, o pessoal parece não estar disposto a
despender mais do que o esforço mínimo”.
Para motivar não é preciso usar palavras, basta criar condições tais que mobilizem o empregado
como pessoa, como realizador que é, como ser responsável que deseja ser, como ser social, justo e
produtivo que é.
II - Fatores de satisfação (fatores motivantes): Ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o
conteúdo do cargo, com a natureza das tarefas que o indivíduo executa e às recompensas ao
desempenho profissional. Assim sendo, os fatores motivacionais estão sobre controle do indivíduo
pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Os fatores motivacionais envolvem
os sentimentos de crescimento individual, de responsabilidade, de reconhecimento profissional e as
necessidades de autoreavaliação e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. Os
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estudos de Herzberg levaram a conclusãoApostila
que os fatores
ADM. Geral que influíam na produção de satisfação
profissional eram desligados e distintos dos fatores que levaram a insatisfação profissional. Assim,
os fatores que causavam satisfação estão relacionados a própria tarefa, relações com o que ele faz,
reconhecimento pela realização da tarefa, natureza da tarefa, responsabilidade, promoção
profissional e capacidade de melhor executá-la.
c) McClelland: com seus "fatores n", agrupando as necessidades humanas ligadas à motivação em
três conjuntos de motivos:
d) Alderfer (79): A teoria ERC (Existência, Relacionamento, Crescimento ,ou “ERG” - Existence,
Relatedness e Growth), de Aladerfer. Esta teoria foi desenvolvida pelo Psicólogo Clayton Alderfer,
a partir do estudo da teoria de Maslow e de pesquisas por ele realizadas. Alderfer, citado em Stoner
& Freeman (1999), concorda que a motivação do trabalhador pode ser medida seguindo uma
hierarquia de necessidades, porém sua teoria diverge da teoria de Maslow em dois pontos básicos
A hierarquia foi dividida somente em três categorias:
- Necessidade de crescimento: Refere-se à necessidade que o ser humano tem de criar, dar
sugestões, participar, se sentir importante e desenvolver sua capacidade produtiva. Desfrutar de um
ajuste positivo satisfatório ás necessidades do ambiente. Diz respeito ás necessidades de auto-
realização e auto-estima. Corresponde às duas últimas necessidades de Maslow
(respeito/reconhecimento e auto-realização).
Outro ponto em que Alderfer discorda de Maslow é que, para o primeiro, quando ocorre uma
frustração quanto ao atendimento das necessidades mais elevadas, há uma regressão para um nível
inferior dentro da hierarquia, ou seja,:
As semelhanças entre os três modelos são evidentes, entretanto existem também importantes
contrastes. Maslow e Alderfer centram-se nas necessidades internas do empregado, enquanto
Herzberg diferencia as condições do cargo que podem ser promovidas para a satisfação de
necessidades.
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Apostila ADM. Geral
As interpretações populares dos modelos de Maslow e Herzberg sugerem que em sociedades
modernas a maioria dos trabalhadores já satisfez suas necessidades mais baixas, estando mais
motivados por necessidades mais altas. Alderfer sugere que o fracasso na satisfação de necessidades
de relacionamento ou de crescimento irá causar interesse renovado pelas necessidades de existência.
Finalmente, todos os três modelos indicam que antes de um administrador tentar aplicar uma
recompensa, seria útil descobrir qual a necessidade particular do empregado naquele momento.
As teorias de processo, em vez de definirem quais variáveis afetam a motivação, tentam explicar
por quais processos estas variáveis se inter-relacionam.
b) Prof. Kurt Lewin: Até 1950 pouco se desenvolveram as teorias motivacionais de processo. Em
1951 o Prof. Kurt Lewin, se constituiu no primeiro teórico a criar um modelo explicativo sobre o
comportamento humano, com sua "teoria de campo", que diz: O indivíduo possui uma estrutura de
necessidades, envolvendo necessidades fisiológicas e psicológicas. Tais necessidades, por não
estarem satisfeitas, criam um estado de tensão (idéia análoga à da tensão elétrica ou diferença de
potencial) que faz com que o indivíduo atue (exerça ações) no sentido de reduzir tal tensão ao invés
de satisfazer as referidas necessidades. Para tanto, o indivíduo tenta distinguir a atratividade de cada
resultado que poderia ser obtido por cada ação, ligando-o à intensidade ou habilidade de reduzir a
tensão. Esta propriedade é chamada por Lewin de "valência":
- A força com que o indivíduo se lança a uma tarefa ou para atingir um objetivo é resultante de uma
combinação da necessidade de reduzir tensões com a atratividade ou valência daquele caminho;
- A ação passada e os dados anteriores acumulados pelo indivíduo servem de reforço positivo ou
negativo ao comportamento do indivíduo apenas através de sua percepção de cada caminho, ou seja,
através da "valência".
c) Skinner: Um outro marco no campo dos antecedentes das teorias motivacionais de processo,
segundo Campbell e Pritchard, é dado por Skinner, cuja posição é diferente da de Lewin, pois sua
base se situa na teoria do reforço. Para ele, o comportamento humano pode ser explicado e previsto
através da possibilidade que um indivíduo tenha sido exposto ou não a situações similares no
passado.
d) Vroom: Após tais antecedentes (Lewin e Skinner), o principal trabalho surgido sobre as teorias
motivacionais de processo foi o de Vroom. Segundo o qual, a força que leva uma pessoa a escolher
um caminho ou a exercer uma tarefa é uma função de duas variáveis:
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Apostila ADM. Geral
3.4. Liderança
- A importância da Liderança sobretudo nas empresas, é bastante visível nos dias de hoje, pois se a
liderança é uma influência interpessoal, que modifica o comportamento, esta, deve ser dirigida à
aumentar a satisfação na conquista de determinada meta e na diminuição dos riscos.
a) Liderança Como Qualidade Pessoal: Combinação especial de características pessoais que fazem
de um indivíduo um líder;
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indivíduo e um grupo". Essa relação funcional
Apostilasomente
ADM. Geralexiste quando um líder é reconhecido por
um grupo como possuidor ou controlador de meios para a satisfação de suas necessidades. Quando
o grupo elege, aceita espontaneamente um indivíduo como líder, é porque ele possui e controla os
meios (como: habilidade pessoal, conhecimento, dinheiro, relacionamentos, posses, etc), que o
grupo deseja utilizar para atingir seus objetivos, ou seja, para obter um aumento de satisfação de
suas necessidades.
Um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo para ter melhores
condições de liderar com sucesso. Exemplos de certos reis, militares, heróis. Mas, nem todas as
pessoas podem ser lideres, pois para ser um líder, o indivíduo tem que cativar as pessoas com
habilidade pessoal, passando para elas confiança, sinceridade, conhecimento, exercendo influencia
sobre o grupo ou pessoa.
Uma pessoa pode ser um grande líder em uma empresa ou escola, no entanto na comunidade
ou até mesmo em seu lar ao menos consegue dar uma opinião.
O próprio Stogdill, em 1948, já verificava que "torna-se claro que uma análise adequada da
liderança envolve não apenas o estudo dos líderes em si, mas também das situações em que estão
envolvidas.
Ë importante ressaltar, que este poder atribuído aos líderes deve ser orientado, e voltado a
satisfação daqueles que são subordinados, pois é crescente o número de casos de chefes que
humilham seus subordinados, como forma de mostrar o seu poder, e tornam o que deveria ser uma
conquista, um motivo de orgulho, uma rotina de humilhações, que segundo a Organização
Internacional do Trabalho (OIT) é um dos principais fatores de aposentadoria precoce. Uma
Liderança inadequada, por tiranos ou incompetentes, traz prejuízos drásticos não só à empresa, mas
principalmente aos indivíduos que dela fazem parte. Há relatos impressionantes de pessoas que
sofrem verdadeira tortura cotidiana, causando problemas emocionais, físicos e conseqüências
irreversíveis à carreira (“assédio psicológico”).Como última análise, é fundamental ao Líder ter
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habilidade para lidar com gente, para nãoApostila
perderADM.
a contribuição
Geral que cada um pode dar a qualquer
projeto.
=> Apenas o líder fixa as => As diretrizes são debatidas => Há liberdade completa para
diretrizes, sem qualquer pelo grupo, estimulado e as decisões grupais ou
participação do grupo; assistido pelo líder. individuais, com participação
mínima do líder.
=> O líder determina as => O próprio grupo esboça as
providências e as técnicas providências e as técnicas para => A participação do líder no
para a execução das tarefas, atingir o alvo, solicitando debate apenas materiais
cada uma pôr vez, na medida aconselhamento técnico ao líder variados ao grupo,
em que se tornam necessárias quando necessário, passando este esclarecendo que poderia
e de modo imprevisível para a sugerir duas ou mais fornecer informações desde
o grupo; alternativas para o grupo que as pedissem;
escolher. As tarefas ganham nova
=> O líder determina qual a perspectivas com os => Tanto a divisão das
tarefa que cada um deve debates; tarefas, como a escolha dos
executar e qual o seu companheiros, fica totalmente
companheiro de trabalho => A divisão das tarefas fica a a cargo do grupo. Absoluta falta
critério do próprio grupo e cada de participação do líder;
=> O líder é dominador e é membro tem liberdade de
“pessoal” nos elogios e nas escolher os seus companheiros => O líder não faz nenhuma
críticas ao trabalho de cada de trabalho; tentativa de avaliar ou de
membro. regular o curso dos
=> O líder procura ser um acontecimentos. O líder
membro normal do grupo, em somente faz comentários
espírito, sem encarregar-se irregulares sobre as
muito de tarefas. O líder é atividades dos membros
“objetivo” e limita-se aos quando perguntado.
“fatos” em suas críticas e
elogios.
White e Lippitt fizeram um estudo em 1939 para verificar o impacto causado por esses três
diferentes estilos de liderança em meninos de dez anos, orientados para a execução de tarefas. Os
meninos foram divididos em quatro grupos e, de seis em seis semanas, a direção de cada grupo era
desenvolvida por líderes que utilizavam os três estilos diferentes. Os resultados dessa experiência
tiveram uma entusiástica repercussão nos Estados Unidos, pois os meninos se comportaram da
seguinte forma aos diferentes tipos de liderança a que foram submetidos:
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Apostila ADM. Geral
* Liderança Autocrática: O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e,
sobretudo, agressividade, de um lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade nem iniciativa,
nem formação de grupos de amizade. Embora aparentemente gostassem das tarefas, não
demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho somente se desenvolvia com a
presença física do líder. Quando este se ausentava, as atividades paravam e os grupos
expandiam seus sentimentos reprimidos, chegando a explosões de indisciplina e de
agressividade;
* Liderança Liberal (laissez-faire): Embora a atividade dos grupos fosse intensa, a produção
foi simplesmente medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações
perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que
relacionadas com o trabalho em si. Notou-se forte individualismo agressivo e pouco respeito
com relação ao líder;
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tornam gradualmente mais confiantes, autodirecionados
Apostila ADM. Geral e experientes, o gerente pode
reduzir a quantidade de apoio e encorajamento. Nessa quarta fase, os subordinados não mais
necessitam nem esperam um relacionamento direcionador por parte de seu gerente. Estão
por conta própria.
A teoria da liderança situacional gerou interesse porque recomenda uma liderança mais
dinâmica e flexível, em vez de estática. A motivação, a capacidade e a experiência dos
subordinados podem ser constantemente avaliadas para determinar que combinação de estilos é
mais apropriada sob condições flexíveis e mutáveis. Segundo Hersey e Blanchard, se o estilo for
apropriado ele não apenas motivará os subordinados: Também irá ajudá-los a amadurecer. Assim, o
administrador que queira desenvolver os subordinados, aumentar sua confiança e ajudá-los a
aprender seu trabalho terá de mudar constantemente de estilo.
No entanto, permanece uma questão prática: Até que ponto os administradores são capazes
de escolher entre estilos de liderança em diferentes situações? Essa questão é importante porque
afeta a seleção, a colocação e a promoção dos administradores. Se os administradores forem
flexíveis em termos de estilo de liderança, ou se puderam ser treinados para variar seu estilo,
presumivelmente serão eficazes em várias situações de liderança diferentes. Se, por outro lado,
forem relativamente inflexíveis em termos de estilo de liderança, os administradores irão operar
com eficácia apenas nas situações que melhor se adaptem ou que possam ser ajustadas ao seu estilo.
Uma inflexibilidade assim prejudicaria a carreira dos gerentes individualmente e complicaria a
tarefa da organização de preencher com eficácia seus cargos de gerência.
A Teoria Situacional surgiu diante da necessidade de um modelo significativo na área de
liderança, onde defini-se a maturidade como a capacidade e a disposição das pessoas de assumir a
responsabilidade de dirigir seu próprio comportamento. Portanto, entende-se como Liderança
Situacional o líder que comporta-se de um determinado modo ao tratar individualmente os membros
do seu grupo e de outro quando se dirigirem a este como um todo, dependendo do nível de
maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar.
A Liderança Situacional não só sugere o estilo de liderança de alta probabilidade para os
vários níveis de maturidade, como indica a probabilidade de sucesso das outras configurações de
estilo, se o líder não for capaz de adotar o estilo desejável. Estes conceitos são válidos em qualquer
situação em que alguém pretenda influenciar o comportamento de outras pessoas. Num contexto
geral, ela pode ser aplicada em qualquer tipo organizacional, quer se trate de uma organização
empresarial, educacional, governamental ou militar e até mesmo na vida familiar. Na Teoria
Situacional existem quatro estilos de liderança: “Determinar”, “Persuadir”, “Compartilhar” e
“Delegar”. Estes estilos resumem uma combinação de comportamento de tarefa e de
relacionamento, estabelecendo objetivos e definindo os papéis das pessoas que são dirigidas pelo
líder. Observe o quadro abaixo:
Para maturidade baixa. Pessoas que não tem nem capacidade nem vontade
de assumir a responsabilidade de fazer algo, não são seguras de si. Este
Determinar estilo caracteriza-se pelo fato de o líder definir as funções e especificar o
que as pessoas devem fazer, como, quando e onde devem executar vá rias
tarefas.
Estilo apropriado: Comportamento de tarefa alta e relacionamento baixo.
Para maturidade entre baixa e moderada. Pessoas que não tem capacidade e
sentem disposição para assumir responsabilidades, mas ainda não possuem
Persuadir as habilidades necessárias. A maior parte da direção a ser tomada neste
estilo ainda é dada pelo líder.
Estilo apropriado: Comportamento de alta tarefa e alto relacionamento.
Para maturidade entre moderada e alta. As pessoas possuem capacidade,
mas não estão dispostas a fazer o que o líder quer, por não estarem seguras
Compartilha de si mesmas. O líder e o liderado participam juntos da tomada de decisão,
r sendo o papel principal do líder facilitar a tarefa e a comunicação.
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Estilo apropriado: Comportamento de relacionamento
Apostila ADM. Geral alto e tarefa baixa.
Para maturidade alta. As pessoas têm capacidade e disposição para assumir
Delegar responsabilidades. São psicologicamente maduros, não necessitando de uma
comunicação acima do normal ou de um comportamento de apoio.
Estilo apropriado: Comportamento de relacionamento baixo e tarefa baixa.
Levando em consideração que o estilo de liderança a ser adotado por determinado líder
depende do nível de maturidade das pessoas que o mesmo deseja influenciar, devemos então definir
o que significa “ Maturidade ”.
Em termos de capacidade e de disposição, dizemos que o conceito de maturidade divide-se em duas
dimensões:
3.5. Coordenação
Para dirigir os subordinados, o administrador deve dar ordens ou instruções, comunicar, motivar,
liderar e, além disso tudo, também coordenar as diferentes atividades dos diversos subordinados.
Coordenar significa unir e harmonizar todas as atividades e esforços de diferentes pessoas ou órgãos
da empresa tendo em vista o alcance de um objetivo comum. A importância da coordenação reside
no fato de que todas as diferentes atividades de uma empresa precisam ser integradas e
sincronizadas para que os seus objetivos sejam alcançados plenamente. Se apenas algumas pessoas
ou órgãos funcionam bem, os objetivos empresariais podem ser sacrificados . Torna-se necessário
que a empresa como um todo funcione bem e integradamente para o seu pleno sucesso. Este é o
papel da coordenação.
4. Controle Empresarial
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acordo com as ordens dadas, para identificar osADM.
Apostila possíveis
Geral erros ou desvios, a fim de corrigi-los e
evitar a sua repetição.
O controle é a quarta das função administrativa, vindo depois do planejamento, da
organização e da direção. Geralmente, é colocado como a função administrativa que se desenvolve
após a execução dos trabalhos. Na realidade, o controle acompanha todas as etapas do processo
administrativo, desde o planejamento, a organização e a direção. Simultaneamente, o administrador
planeja, organiza ou dirige, mas sempre utilizando o controle. Com o controle, o administrador
completa o ciclo do seu trabalho.
4.2.Objetivos do Controle
a.Correção das Falhas ou Erros: O controle serve para detectar falhas ou erros, seja no
planejamento, na organização ou na direção, e apontar as medidas corretivas.
4.3.Importância do Controle
O controle é importante à medida que assegura que aquilo que foi planejado, organizado e
dirigido cumpriu os objetivos pretendidos. E um certificado de que as coisas foram realmente
executadas de acordo com o planejamento, a organização e com a direção. Na realidade, o controle
assegura que o processo administrativo de planejar, organizar, e dirigir foi bem sucedido.
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b. Avaliação do Desempenho: É a segundaApostila
etapa ADM.
do controle
Geral e consiste em se avaliar ou mensurar o
que está sendo feito ou o que já foi feito.
4.5.Princípios de Controle
a. Princípio do Objetivo: O controle deve contribuir para o alcance dos objetivos da empresa por
meio da indicação dos erros ou falhas em tempo adequado para permitir a ação corretiva oportuna.
Todas as flutuações administrativas visam ao alcance dos objetivos empresariais. Porém, o controle
deve proporcionar as devidas correções para que não ocorram desvios em relação aos objetivos
fixados.
b. Princípio da Definição dos Padrões: O controle deve basear-se em padrões bem definidos.
Geralmente, os padrões são definidos no planejamento, ou seja, antes da execução dos trabalhos, e
devem servir claramente de critério para o futuro desempenho.
c. Princípio da Exceção: Este principio foi formulado por Taylor que achava que a atenção do
administrador não deve fixar-se demais sobre coisas que andam bem. O administrador precisa estar
atento para as coisas que andam mal, ou seja, para as exceções.
d. Princípio da Ação: O controle somente se justifica quando proporciona ação corretiva adequada
sobre as falhas ou desvios apontados.
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Apostila ADM. Geral
ABORDAGENS RECENTES DA ADMINISTRAÇÃO
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Segundo a definição de Miller (1995), benchmarking
Apostila ADM. Geral é o processo de medição e comparação
de produtos e práticas da empresa com o melhor encontrado no mercado e que utiliza esta
informação para planejar e estimular melhorias.
Para Watson (1994, p.3), benchmarking é “o processo por meio do qual as organizações
aprendem, modelado no processo de aprendizado humano”. Com base na definição podemos ligar o
benchmarking à organização do aprendizado, se considerarmos a perspectiva de um gerente quanto
ao valor do benchmarking.
Cada autor e seus conceitos enfoca uma visão do que é o benchmarking. Em uma tentativa
de simplificá-lo poderemos defini-lo como a técnica que permite a melhoria de performance de uma
empresa através do estudo comparativo de seus processos com empresas de sucesso, criticando seus
processos e adaptando-os à sua própria realidade. Empresas de sucesso podem ser consideradas as
que têm vantagem competitiva e conseguem manter-se continuamente no mercado, com lucro.
A meta do benchmarking, segundo Boxwell (1996, p.20), é “dar vazão a esse enorme
conjunto de conhecimento, de forma que esse conhecimento – aprendizagem coletiva e experiência
de outros – possa ser usado por aqueles que queiram melhorar suas próprias organizações”.
Comparação entre organização que utiliza benchmarking e organização que não utiliza
Sem Com
Benchmarking Benchmarking
Focalização interna Focalização externa, competitiva
Não foi inventado aqui Idéias inovadoras e aprendizagem
Decisões ousadas Decisões baseadas em fatos
Mudança evolucionária Mudança revolucionária
Retardatário do ramo de negócios Líder de mercado
O benchmarking pode ser utilizado por qualquer tipo de organização. O próprio Boxwell
(1996) exibe um processo de benchmarking que pode ser aplicado a quase todas as situações
empresariais. A metodologia é simples:
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Apostila ADM. Geral
Obtenha o compromisso da
administração e dos
empreagados
É importante que haja consciência, ao utilizar-se essa técnica, de que os novos processos
devem ser adaptados à realidade de cada organização, ao invés de apenas adotá-los. Watson (1994)
defende essa posição dizendo que a chave da aplicação do benchmarking está na adaptação do
processo e não somente no seu uso. Cada parte do processo é desenvolvida para uma realidade
específica, dentro de um contexto empresarial e cultura, ambiente, estratégia e valores de cada
empresa, e copiar (simplesmente adotar) a prática de uma empresa pode ocasionar uma série de
problemas.
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comprometidos com as tarefas que desempenham,
Apostila ADM.mas
Geraltambém empregados motivados, criativos,
imbuídos do espírito de cooperação, de compartilhamento de missão, de comunhão de objetivos e
interesses.
Segundo Mills(1996), usar empowerment ou não é uma questão de escolha entre duas
espécies de posicionamentos empresariais possíveis:
A tendência cada vez mais presente nas organizações de fazer do trabalho da qualidade,
parte integrante do seu planejamento estratégico, originou o que se chama de Gerenciamento
Estratégico da Qualidade Total (GQTE).
A justificativa para que o planejamento da qualidade faça parte do planejamento estratégico
da organização, é que existe muito em jogo: desde a reestruturação da organização até sua parcela
de mercado ou mesmo sua sobrevivência, tornando-se necessário empreender uma abordagem
sistemática e estruturada ao planejamento da qualidade.
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Estabelecer planos para atingir essas metas deADM.
Apostila qualidade;
Geral
Providenciar os recursos necessários para executar os planos;
Estabelecer controles para avaliar o progresso em relação às metas e agir apropriadamente;
Fornecer motivação para estimular os funcionários a atingirem as metas de qualidade.
2. TQC Japonês
O TQM é a base do enfoque ocidental à qualidade. Concebido como uma nova maneira de
gerenciar, o TQM busca uma mudança sistêmica nas práticas gerenciais.Esta mudança inclui
reprojetar o trabalho, redefinir as diretrizes gerenciais, redesenhar a estrutura organizacional,
ensinar novas habilidades para os funcionários em todos os níveis e reorientar as metas
organizacionais.
TQM significa:
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Apostila ADM. Geral
Nessa concepção o TQM tem nove princípios básicos. Eles esclarecem como um Programa de
Gestão pela Qualidade.
f) Acertar da primeiro
De nada valem idéias e esforços se as coisas forem executadas de forma correta apenas
eventualmente. Não fazer as coisas certas da primeira vez, implica em:
• Desperdícios tempo;
• Causar aborrecimentos;
• Colocar as pessoas sob pressão;
• Colocar em risco a satisfação dos clientes;
• Aumentar os custos
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Apostila ADM. Geral
i) Ter como meta a melhoria contínua
Não importa qual o nível de desenvolvimento alcançado, os concorrentes continuarão se
desenvolvendo permanentemente e os clientes estarão continuamente esperando por uma melhoria
na qualidade. Portanto, deve-se procurar sempre um nível de qualidade superior ao existente e não
simplesmente satisfazer-se com nível de qualidade alcançado.
Investigar as características
específicas do problema com uma
2 Observação
visão ampla e sobre vários pontos de
vista.
P
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Apostila ADM. Geral Recapitular todo o processo de
8 Conclusão solução do problema para trabalho
futuro.
Método GUT
Este método tem como característica analisar os fatos sob três critérios: Gravidade, Urgência e
Tendência. Para fazer a análise, devem ser feitas algumas perguntas básicas em cada um dos
critérios e em seguida atribuir notas de 1 a 3 de acordo com a resposta encontrada. Os objetivos do
GUT são:
Terminada a etapa de pontuação, multiplique as notas dadas e anote na coluna cinco (GxUxT).
Após a multiplicação, indique na sexta coluna (Prioridade), a prioridade para a tomada de
ação,onde a prioridade 1 é o item que obteve o maior valor na multiplicação (GxUxT); a prioridade
2 é o segundo maior valor e assim sucessivamente;
Como os valores podem se repetir nas colunas, pode ocorrer um empate na pontuação final. Neste
caso, o critério de desempate na prioridade será:
- Maior valor na coluna de Urgência;
- Maior valor na coluna Gravidade;
- Maior valor na coluna da Tendência;
No caso de dois ou mais processos permanecerem empatados, separam-se estes critérios dos
demais e realiza-se um novo GUT somente destes processos. A ordem de prioridade seguirá a
prioridade em que eles estavam na tabela do GUT original.
- Conceito de Gravidade: É aquilo que tem uma importância muito grande, geralmente expressa em
número. Exemplo: O câncer é mais grave do que o apêndice.
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- Conceito de Urgência: É aquilo que necessário agir
Apostila ADM. rapidamente. Exemplo: O apêndice é mais
Geral
urgente que o câncer.
Em 1887, o economista italiano Vilfredo Pareto apresentou uma fórmula que mostrava a
desigualdade na distribuição de salários. Teoria semelhante foi apresentada na forma de diagrama
pelo economista americano M. C. Lorenz, em 1907. Os dois professores demonstraram que a maior
parte da riqueza pertenceria a muitas poucas pessoas.
No campo do controle da qualidade, J. M. Juran aplicou o método como forma de classificar
os problemas da qualidade em poucos vitais e muitos triviais, e denominou-o de Análise de Pareto.
O método demonstra que a maior parte dos defeitos, falhas, reclamações e seus custos, provêm de
um número pequeno de causas.
Assim, com esta informação, pode-se identificar essas causas e corrigi-las, tornando possível
à eliminação de quase todas as perdas. É uma questão de prioridade, que pode ser estabelecida pelo:
planejamento estratégico, planejamento tático, GUT, etc. O método de análise de Pareto permite:
a) Dividir um problema grande num grande número de problemas menores e que são mais
fáceis de serem resolvidos com o envolvimento das pessoas da organização;
b) Como o método de análise de Pareto é baseado sempre em fatos e dados, ele permite priorizar
as ações a serem tomadas;
Problema
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Apostila ADM. Geral
5W2H
Esta técnica consiste em equacionar o problema descrevendo-o, sob vários aspectos interrogativos.
O nome tem sua origem em um questionário cujas iniciais em inglês geram o 5W2H.
What? - O quê?
Where? - Onde?
When? - Quando?
Who? - Quem?
Why? - Por quê?
How? - Como?
How Much? - Quanto custa?
A seguir, apresenta-se uma amostragem de questões tradicionais que consideram o Who, What,
When, Where, Why, How e How Much.
A análise da causa fundamental é obtida por meio de uma técnica chamada cinco porquês,
que questiona cinco vezes para encontrar a causa fundamental.
Nota: o número de porquês não precisa limitar-se a cinco. O número limita-se ao máximo de cinco
porquês, porque normalmente este é o número de questionamentos necessários para se chegar à raiz
do problema. Mas nada impede que se utilize um menor número, pois em alguns casos, no terceiro
ou quarto questionamento já se chega à raiz do problema.
Exemplo:
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Nossas renovações tiveram uma queda de 12% neste
Apostila ADM. trimestre.
Geral
1o) Por quê? Porque vendemos poucos produtos e o preço se manteve estável.
2o) Por quê? Nossa presença em publicidade diminuiu 25%.
3o) Por quê? O orçamento de publicidade não foi recebido a tempo.
4o) Por quê? Não havia gerente de publicidade.
5o) Por quê? O cargo ficou vago durante dois meses após a operação inicial.
Neste ponto, o problema parece apontar para um problema com pessoal. Questionamentos
adicionais poderiam revelar que a direção foi negligente em informar a vaga do cargo à área de
pessoal, ou alguma outra razão talvez possa ser revelada.
método pode ser facilitado com a utilização de uma tabela para registro dos dados, pois podem ser
várias as variáveis dentro de cada questionamento, com as conseqüentes derivações alternativas.
MÉTODO
1 IDENTIFIQUE O
PROBLEMA
2 ESTRATIFIQUE
3 COLETE DADOS
PRIORIZE COM A
AJUDA DO
4 PROGRAMA DE
PARETO.
(DESDOBRAMENTO)
OS PROBLEMAS JÁ
?
ESTÃO NUM TAMANHO
QUE POSSAM SER
RESOLVIDOS A NÍVEL DE
CHEFIA DE SEÇÃO?
ATRIBUA
5 RESPONSABILIDA
DES PELA
SOLUÇÃO DOS
PROBLEMAS
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Apostila ADM. Geral
Gurus da Qualidade
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Mudança Organizacional
Apostila ADM. Geral
Trabalhando em equipe
Independente do grupo, haja visto que cada vez mais a união de esforços é ponto básico para
o sucesso organizacional, é preciso trabalhar junto ao grupo de modo eficiente e eficaz para
alcançar os objetivos. Mas muitos obstáculos podem deter seu progresso. Atitudes
discordantes, comunicação ineficaz e falta de comunicação podem semear o caos em uma
equipe. Portanto, na gestão estratégica dos negócios é necessário identificar as chaves para
um trabalho de equipe eficaz. As equipes são pessoas. E pessoas têm certas necessidades que
precisam ser supridas quando estão trabalhando em grupo. Essas necessidades incluem:
comunicação efetiva, escuta ativa, resolução eficaz de conflitos, a necessidade de
compreensão e adaptação aos horizontes diferentes de seus colegas e, por fim, mas não menos
importante, a necessidade da preservação do espírito de motivação de todos os membros da
equipe. As chaves para um trabalho de equipe eficaz
• Solucionando conflitos: Os membros de uma equipe têm muitas vezes sua própria e
instintiva maneira de lidar com o conflito. Alguns evitam, alguns o enfrentam com
objetividade, e outros, ainda, podem deixar que as emoções guiem suas reações. Quando
membros da mesma equipe misturam essas formas de lidar com o problema, os resultados
podem ser contraproducentes, muitas vezes piorando a situação em vez de resolvê-la. A
solução – fazer com que os membros da equipe lidem com o problema de maneira coerente
e eficaz, haja visto que, em trabalhos em grupo, o conflito é saudável e inevitável.
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3. Visões partilhadas: quando o objetivo é claro, conhecido e partilhado por todos, as pessoas têm a
oportunidade de se dedicar e aprender, construindo visões partilhadas;
4. Aprendizagem em grupo: os membros do grupo elaboram uma lógica comum, de forma que o
resultado das habilidades grupais é maior e mais significativo que a somatória das habilidades
individuais de cada pessoa;
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6. 2. Aplicação da Learning em uma empresa
Um percurso possível para a implantação das 5 disciplinas conforme o estudo realizado por
Peter Senge, em empresas um nível de estabilidade e comunicação entre as pessoas.Para a empresa
que não tem uma comunicação e estabilidade entre os membros, é indicado o processo cíclico.
VISÃO
PARTILHADA
APRENDIZADO PENSAMENTO
EM GRUPO SISTÊMICO
DOMÍNIO MODELOS
PESSOAL MENTAIS
Aprender ao mudar: cujo ritmo é determinado pela quantidade de modificações que são
experimentadas, e os investimentos que são significativos para as mesmas.
Aprender pela análise de desempenho: que é uma forma de avaliação contínua das pessoas que ao
analisada, indica os futuros desempenhos a serem alcançados. Ex: Gestão por competência.
Aprender ao treinar: é a forma mais conhecida de aprendizagem, que são os treinamentos dados nas
empresas como atividade de sala de aula. Ex: Treinamento
Aprender por contratação: as empresas não dependem de criação interna, pelo contrário, ela vai ao
mercado e busca o profissional mais capacitado para o desempenho de uma determinada tarefa. Ex:
Universidade Corporativa
Aprender por busca: que é a troca de informações e inovações entre as organizações que estimulam
e definem novas formas de aprendizado.
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Criar uma equipe dinâmica: o valor da empresa confunde-se
Apostila ADM. Geral com o valor das pessoas que nela
trabalham, então, as pessoas têm de aprender a pensar no interesse da empresa e a empresa precisa
abrir um espaço para que as pessoas se motivem e se desenvolvam dentro das empresas, criando
assim, uma equipe dinâmica capaz de lutar pelos interesses da empresa.
Diálogo transparente: Em um learning organization, as pessoas são encorajadas a terem um diálogo
transparente, pois não há receio de errar, porque todos estão aprendendo e quando algo de mal
acontece na organização, em vez dele ser escondido, esse algo é trazido à tona e discutido.
Gerir mudança: uma Learning Organization é capaz de reagir às mudanças do amanhã capacitando
as empresas a se adaptarem aos novos tempos.
PROCESSO DECISÓRIO
1. Conceito
Decidir consiste em escolher uma linha de ação que possibilite o resultado esperado. Tomar
uma decisão significa, portanto, selecionar a variável que otimiza o resultado esperado. É claro que
o resultado de uma tomada de decisão dependerá tanto de fatores controlados, como também de
fatores que não estão sobre controle. A tomada de decisões é o núcleo da responsabilidade
administrativa. O administrador deve continuamente decidir o que fazer, quem deve fazer, quando,
onde e muitas vezes, como fazer. Seja ao estabelecer objetivos ou alocar recursos ou resolver
problemas que surgem pelo caminho, o administrador deve ponderar o efeito da decisão de hoje
sobre as oportunidades de amanhã.
2. Tipos De Decisão
a) Decisões programáveis: São aquelas tomadas de acordo com métodos e técnicas já estabelecidas;
b) Decisões não programáveis: Constituem novidades e tendem a ser tomadas dentro de regras
improvisadas, exigindo esforços para definir e diagnosticar o problema ou situação através da
obtenção dos fatos e dos dados.
3. Condições Da Tomada De Decisões:As decisões podem ser tomadas dentro de três condições a
saber:
a) Incerteza: Nas situações de decisão sob incerteza, o tomador de decisão tem pouco ou nenhum
conhecimento ou informação para utilizar como base para atribuir probabilidades a cada estado de
natureza ou evento futuro;
b) Risco: O tomador de decisões tem informação suficiente para predizer os diferentes estados da
natureza. Porem, a quantidade dessa informação e sua interpretação pelos diversos administradores
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pode atribuir diferentes probabilidades conforme
Apostila ADM.sua
Geralcrença ou intuição, experiência anterior,
opinião, etc;
c) Certeza: O administrador tem completo conhecimento das conseqüências ou resultados das varias
alternativas de cursos de ação para resolver o problema.
A primeira decisão que um administrador precisa tomar é decidir quem vai decidir, se um
administrador trabalha sozinho usa com eficácia o modelo racional, a decisão resultante deve ter
grande qualidade objetiva. È comum um administrador enfrentar um dilema quando considerações
de qualidade entram em conflito com considerações de aceitação.
Tradicionalmente, a responsabilidade final pela tomada de decisão é dos administradores,
que podem ter de persuadir ou compelir os subordinados a obedecer. Decidir é super difícil. Temos
que saber a melhor maneira de decidir e principalmente decidir certo, pois o peso de uma decisão
pode alterar o funcionamento de uma organização. Uma solução é não decidir sozinho e sim
envolver todos para que juntos possam tomar a melhor decisão e contribuir para um melhor
desempenho da organização.
A qualidade de uma decisão; a aceitação é determinada pela natureza da decisão e por quem
a toma.
Norman Maier isolou dois critérios para se prever a eficácia potencial de uma decisão:
- A aceitação é determinada pela natureza da decisão e por quem a toma. As pessoas têm que
aprender a reconhecer e a superar as barreiras da abstenção relaxada, da mudança relaxada,
da abstenção defensiva e do pânico. Ao tomar decisões que precisem da aceitação por parte
dos outros, os administradores eficazes compartilham as responsabilidades da tomada de
decisão com os subordinados quando as prováveis melhoras da qualidade e do moral do
pessoal ultrapassem os prováveis custos em tempo e dinheiro, sabendo que os
administradores continuam com a responsabilidade final pela tomada e pela aplicação das
decisões.
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7. Erros na Tomada de Decisão Apostila ADM. Geral
As pesquisas sobre decisão nas duas últimas décadas têm mostrado que as pessoas, em
diversos campos, tendem a cometer os mesmos tipos de erros. Assim, qualquer que seja a decisão
que você tem de tomar, é provável que possa ter os erros mais comuns nas dez seguintes
“armadilhas à decisão”. Esses erros (e outros, a ele relacionados) infestam partes diversas do seu
processo de tomada de decisões. As dez armadilhas mais perigosas para a decisão são:
Cegueira estrutural: Partir para resolver o problema errado, pois você criou uma estrutura
mental para decisão sem refletir muito, o que faz com que passe pelas melhores opções ou
perca de vista objetivos importantes;
Atalhos míopes: Basear-se de modo indevido em “regras práticas”, tais como confiar de
maneira implícita nas informações mais prontamente disponíveis ou basear-se em demasia
em fatos que lhe convêm;
Atirar da linha de cintura: Acreditar que pode ter em mente todas as informações que dispõe
“improvisando” em vez de seguir um procedimento sistemático ao fazer a escolha final;
Fracasso em grupo: Assumir que, com tantas pessoas inteligentes envolvidas, as boas
escolhas seguirão automaticamente, deixando assim de gerenciar o processo de tomada de
decisões do grupo;
Deixar de conferir seu processo de decisão: Não elaborar uma abordagem organizada para
compreender sua própria tomada de decisões, ficando assim constantemente exposto a todas
as outras nove armadilhas.
Em decisões simples você, talvez, não precise se preocupar com essas armadilhas, mas, em
grandes decisões, aquelas que determinam o sucesso da sua vida e das vidas daqueles à sua volta, as
armadilhas com freqüência mostram-se devastadoras. Com a prática se aprende as regras para tomar
as grandes decisões. Um tomador de decisões bem treinado às vezes comete erros. Porém, se você
ministrar a si mesmo um excelente processo de tomada de decisão e praticá-lo, deverá alcançar
sucesso de forma consistente.
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Apostila ADM. Geral
1. Conceito de Ética
A Ética é uma característica inerente a toda ação humana e, por esta razão, é um elemento
vital na produção da realidade social. Todo homem possui um senso ético, uma espécie de
"consciência moral", estando constantemente avaliando e julgando suas ações para saber se são
boas ou más, certas ou erradas, justas ou injustas.
Existem sempre comportamentos humanos classificáveis sob a ótica do certo e errado, do bem e do
mal. Embora relacionadas com o agir individual, essas classificações sempre têm relação com as
matrizes culturais que prevalecem em determinadas sociedades e contextos históricos.
A ética está relacionada à opção, ao desejo de realizar a vida, mantendo com as outras
relações justas e aceitáveis. Via de regra está fundamentada nas idéias de bem e virtude, enquanto
valores perseguidos por todo ser humano e cujo alcance se traduz numa existência plena e feliz.
O estudo da ética talvez tenha se iniciado com filósofos gregos há 25 séculos atrás., hoje em
dia, seu campo de atuação ultrapassa os limites da filosofia e inúmeros outros pesquisadores do
conhecimento dedicam-se ao seu estudo. Sociólogos, psicólogos, biólogos e muitos outros
profissionais desenvolvem trabalhos no campo da ética.
A ética não é algo superposto à conduta humana, pois todas as nossas atividades envolvem
uma carga moral. Idéias sobre o bem e o mal, o certo e o errado, o permitido e o proibido definem a
nossa realidade.
Em nossas relações cotidianas estamos sempre diante de problemas do tipo: Devo sempre dizer a
verdade ou existem ocasiões em que posso mentir? Será que é correto tomar tal atitude? Devo
ajudar um amigo em perigo, mesmo correndo risco de vida?
Essas perguntas nos colocam diante de problemas práticos, que aparecem nas relações reais,
efetivas entre indivíduos. São problemas cujas soluções, via de regra, não envolvem apenas a
pessoa que os propõe, mas também a outra ou outras pessoas que poderão sofrer as conseqüências
das decisões e ações, conseqüências que poderão muitas vezes afetar uma comunidade inteira.
O homem é um “ser no mundo”, que só realiza sua existência no encontro com outros
homens, sendo que, todas as suas ações e decisões afetam as outras pessoas. Nesta convivência,
nesta coexistência, naturalmente têm que existir regras que coordenem e harmonizem esta relação.
Estas regras, dentro de um grupo qualquer, indicam os limites em relação aos quais podemos
medir as nossas possibilidades e as limitações a que devemos nos submeter. São os códigos
culturais que nos obrigam, mas ao mesmo tempo nos protegem.
Diante dos dilemas da vida, temos a tendência de conduzir nossas ações de forma quase que
instintiva, automática, fazendo uso de alguma "fórmula" ou "receita" presente em nosso meio
social, de normas que julgamos mais adequadas de serem cumpridas, por terem sido aceitas
intimamente e reconhecidas como válidas e obrigatórias. Fazemos uso de normas, praticamos
determinados atos e, muitas vezes, nos servimos de determinados argumentos para tomar decisões,
justificar nossas ações e nos sentirmos dentro da normalidade.
As normas de que estamos falando têm relação como o que chamamos de valores morais.
São os meios pelos quais os valores morais de um grupo social são manifestos e acabam adquirindo
um caráter normativo e obrigatório.
A moral pode então ser entendida como o conjunto das práticas cristalizadas pelos
costumes e convenções histórico-sociais. Cada sociedade tem sido caracterizada por seus conjuntos
de normas, valores e regras, muitas vezes essas práticas são até mesmo incompatíveis com os
avanços e conhecimentos das ciências naturais e sociais.
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A moral tem um forte caráter social, estando
Apostila apoiada na tríade cultura, história e natureza
ADM. Geral
humana. É algo adquirido como herança e preservado pela comunidade. Quando os valores e
costumes estabelecidos numa determinada sociedade são bem aceitos, não há muita necessidade de
reflexão sobre eles. Mas, quando surgem questionamentos sobre a validade de certos costumes ou
valores consolidados pela prática, surge a necessidade de fundamentá-los teoricamente, ou, para os
que discordam deles, criticá-los.
De uma forma muito simplificada, podemos entender o trabalho como sendo a aplicação da
energia humana (física e mental) em uma atividade determinada e útil. Pelo trabalho, como já
dissemos, o homem se torna capaz de modificar a própria natureza, colocando-a a seu serviço. O
trabalho exercido de forma qualificada, mediante um preparo técnico-científico, específico para
determinada atividade é comumente chamado de profissão. A profissão supõe continuidade e não
uma atividade ocasional e também status social. A atividade de um engenheiro, por exemplo, é uma
profissão, pois exigiu a capacitação de alguém para exercê-la.
Podemos dizer que, considerado o "potencial de mão-de-obra" de uma sociedade, ou seja,
suas forças produtivas, o trabalho usa para o desempenho de seu papel elementos materiais como a
terra, animais, metais, ferramentas, energia, máquinas e outros insumos, também conhecidos como
meios de produção. De acordo com a estruturação da propriedade e da manipulação desses meios de
produção na sociedade em cada etapa histórica, configura-se o seu modo de produção, que, em
outras palavras, se funda no tipo de relacionamento ou relações de produção existentes entre o
trabalho e os detentores dos meios de produção.
Porém a busca da produção de excedentes para a troca no mercado mediante a introdução de
novas técnicas de produção e de organização do trabalho fazia desaparecer a propalada livre
escolha. Afinal, como seria possível o trabalhador sobreviver numa economia de mercado, senão
submetendo-se às imposições de quem detinha os recursos que o sistema exigia? Aquele artesão,
que na manufatura medieval detinha as ferramentas e uma autonomia no uso de seu tempo,
desaparece, submetendo-se ao capital. Ocorre, portanto, a separação entre o trabalhador e a
propriedade dos meios de produção (capital, ferramentas, máquinas, matérias-primas, terras). Desse
modo, podemos afirmar que a essência do sistema capitalista encontra-se na separação entre o
capital e o trabalho. Essa separação criou dois tipos de homens livres: o trabalhador livre
assalariado, que vive exclusivamente de seu trabalho, ou seja, da venda de sua força de trabalho, e o
burguês, ou capitalista, proprietário dos meios de produção. A novidade em relação aos modelos
anteriores de sociedade é que, ao conceder a liberdade para todos os indivíduos, a sociedade
estabeleceu uma espécie de contrato social, em que ficavam definidos os direitos e deveres de cada
parte.
A ética capitalista defende a idéia de que o bem estar da coletividade é mais bem obtido se
apelarmos não ao altruísmo das pessoas, mas à defesa de seus interesses em relações de mercado.
Desta forma o egoísmo (defesa do interesse próprio) é apresentado como a melhor forma de
solucionar os problemas de um grupo social.
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A eficácia econômica do sistema de mercado
Apostila passou a ser o critério supremo para todos os
ADM. Geral
juízos morais. A eficácia (critério técnico) passou a ser o critério ético fundamental. A ética
capitalista é uma "ética" reduzida a uma questão puramente técnica.
Também fica claro, que a revolução tecnológica dos séculos XVIII e XIX, mais do que um
progresso significou a generalização de um projeto de controle social. As teses das classes
dominantes revelam que o desejo de expansão de mercado e de aumento de suas riquezas passava
pela necessidade da universalização dessa nova ordem social.
O que estava em jogo era o fim da autonomia do trabalho artesanal e a reunião e
domesticação dos trabalhadores na fábrica. Para que essa sociedade voltada para o trabalho se
viabilizasse, houve necessidade de construir um corpo disciplinar que envolvesse todos os
indivíduos dentro e fora da fábrica. A ordem burguesa da produtividade tornava-se a regra que
deveria gerir todas as instâncias do social. Para isso, instituiu-se um discurso moralizante que visava
cristalizar no conjunto da sociedade a ética do tempo útil.
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de recursos naturais e que estimula a participação
Apostila ADM. de
Geralníveis executivos e gerenciais na vida da
comunidade; que respeita e preserva a boa relação com os consumidores, fornecedores e clientes de
modo geral; que atenta para a prática de princípios e valores dos negócios.
A responsabilidade social da empresa na comunidade deve ser condizente com os valores e
prioridades locais, podendo ser implementada diretamente mediante apoio material e de serviços a
projetos comunitários voltados às crianças e adolescentes carentes, educação, saúde, meio ambiente
e trabalho.
A visão de Melo Neto e Froes (2001, p. 85) aponta que “responsabilidade Social pode ser
compreendida, como uma ação das organizações de participar mais diretamente das ações
comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrentes do
tipo de atividade que exercem”, entretanto, destacamos que suas implicações também estão latentes
no cotidiano do empresariado.
Todavia, cabe considerar que a evolução histórica da responsabilidade social, pois o
exercício do pensamento acerca do trabalho social dos atores econômicos é uma prática que não é
tão recente na história mundial. Nessa ótica cabe aqui destacar a distinção existente entre a
filantropia que originou no contexto empresarial ações sociais como sendo as ações caridosas,
típicas dos capitalistas do início do século XX, que utilizavam essa prática como forma de expiação
dos seus sentimentos de culpa por obterem lucros fáceis e a responsabilidade social propriamente
dita. Essa concepção é evidenciada assim:
A filantropia é individualizada, pois a atitude e a ação são do empresário que por sua
vez não busca retorno algum, apenas o conforto pessoal e moral de quem o pratica. A
responsabilidade social é uma atitude coletiva e compreende ações dos empregados,
diretores e gerentes, fornecedores, acionistas e até mesmo clientes e demais parceiros
de uma empresa. É, portanto, uma soma de vontades individuais e refletem o
consenso (MELO e FROES, 2001, p.28).
Pode-se remontar a pelo menos um século desde as primeiras manifestações ocorridas nos
Estados Unidos. Contudo, a visão de responsabilidade social, naquela época, dava importância ao
que o empresário realizava, em termos de ações filantrópicas, fora do seu expediente normal de
trabalho, sendo, portanto, a responsabilidade social da empresa creditada aos atos beneméritos de
seu proprietário.
Consoante a Montana e Charnov (1998), a abordagem clássica da Administração não se
preocupava tanto com a responsabilidade social das empresas, mas com a responsabilidade dos
homens da empresa. Com o passar dos tempos, o conceito começou a ganhar contornos mais
amplos. Ao chegar ao interesse acadêmico, por volta da década de 60, nos Estados Unidos, o seu
entendimento já era ligado à responsabilidade da empresa em si.
A partir desse movimento, a prática social das empresas passa a ser analisada através de
diversos ângulos, originando significados que podem mudar de cultura para cultura. É bem provável
que existam, até por influência cultural e de construção do conhecimento, choques conceituais em
um mesmo universo de estudiosos do tema. Através do desenvolvimento das organizações e suas
interações no contexto social nas quais essas estão inseridas, firmou-se a idéia de ampliação das
responsabilidades da empresa.
Uma das principais dificuldades encontradas diz respeito à terminologia a ser utilizada para
caracterizar a ampliação do papel social que a organização desempenha no ambiente que atua. A
prática demonstrou preferência pelo termo responsabilidade social o qual, porém, após três décadas
de uso, continua controvertido e de difícil precisão. Uma definição de responsabilidade social
corporativa que caracteriza bem o papel social das organizações como esta é entendida hoje é
apresentada assim:
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de suas famílias, da comunidade local
Apostila ADM. e da sociedade como um todo (MELO e
Geral
FROES, 2001. p. 88).
Ashley (2003) tem uma definição próxima à de Melo e Froes, porém, entendemos esta mais
completa:
Trata-se do compromisso contínuo nos negócios pelo comportamento ético que contribua
para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, pressupondo a realização de
decisões empresariais que sejam resultado da reflexão sobre seus impactos sobre a qualidade
de vida atual e futura de todos que sejam afetados pela operação da empresa (ASHLEY,
2003, p. 35).
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relevante na compreensão da responsabilidade social
Apostila ADM. Geralcomo uma alternativa para minimizar os
problemas sociais.
Contudo, o trabalho empresarial no campo social requer muito mais habilidade e
criatividade, pois a lógica apresentada é completamente diferente. As variáveis existentes são
caracterizadas mais pelo aspecto qualitativo, ou seja, pelo desenvolvimento humano e não pelo
quantitativo, ou seja, pelo universo dos números e gráficos. Enfim, a dinâmica de trabalho é
conduzida pela motivação de ir além do que realmente já se conhece e se pratica no mundo
empresarial.
Para Gonçalves (1980), na área social, a lógica cartesiana pura que analisa, explora, examina
detidamente os fatos, por si só não serve aos fins verdadeiros do Plano Social. Faltam-lhe a
criatividade intuitiva, a percepção de estados de ânimo, a compreensão subjetiva.
Do mesmo modo, somente as atitudes sociais, à vontade de fazer algo pelo próximo, a firme
decisão de enveredar pelo caminho à procura do bem-comum não bastaria. É preciso também
conhecer a realidade onde se pretende atuar, conhecer as demandas, as necessidades e a
“linguagem” dos agentes que compõem as comunidades onde as empresas estão inseridas.
Sem uma metodologia certa, sem o apoio de um procedimento científico de confiança, isso
seria apenas um sonho, exercícios de criatividade etéreos e irrealizáveis. (GONÇALVES, 1980).
Entretanto, antes de entender tudo isso, é necessário esclarecer a origem da preocupação
social por parte das empresas. Em muitos casos, consoante “o rótulo de empresa socialmente
responsável ou irresponsável pode ter a sua gênese ligada ao próprio estilo de atuação da
corporação, ou seja, ao modo de relação da empresa com o meio ambiente, com os seus
funcionários etc” (GONÇALVES, 1980, p.15).
Historicamente, as empresas nunca tiveram uma participação social de grandes proporções,
ficando restritas ao seu papel de agente econômico. No entanto, a dinamicidade do contexto social,
político e econômico em que as organizações atuam, fez com que essa postura se alterasse:
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atitudes e suas práticas, era, muitas vezes,Apostila
marcada ADM. por
Geralações que podiam ser tachadas de caráter
antiético e abusivo, promovendo a criação de inúmeros grupos de pressão contra tais corporações.
Em suma, a empresa capitalista, embora se mova num contexto onde imperam códigos
morais, só passa a comportar-se de modo socialmente responsável quando a sua continuidade está
em risco, quando enfrenta a intervenção organizada das contrapartes com as quais lida ou quando
mergulha no cabo-de-guerra das relações de poder. Sem contrapartes ativas, a maximização do
lucro leva a melhor (SROUR, 1998, p.225).
Assim, embora não haja unanimidade, cresce o consenso em torno da idéia de que é
necessária uma redefinição do papel social da empresa, pois, mesmo estando situadas na esfera
privada/econômica, as empresas são tidas como membros integrantes da sociedade, portanto, devem
participar não apenas com a oferta de produtos e serviços de qualidade, mas com respostas
convincentes aos problemas sociais e, em muitos casos, ambientais existentes no seio da
comunidade a qual está inserida.
A consciência de que a mudança a ser implantada mexe com toda a estrutura organizacional
é necessária. Por isso, a responsabilidade social é reconhecida como um processo que abrange
múltiplas exigências, atuando em cenários dinâmicos, principalmente os relacionados às mudanças
culturais, mobilizando todas as partes da organização.
Dentro dessa linha de análise da responsabilidade social, deve ser considerado, na ótica de
Carr (1999), o conceito de resultado final triplo, que integra os relatórios sociais, os de meio
ambiente e os financeiros. Estratégias eficazes relacionadas a esses três tipos de relatórios podem
significar a obtenção de bons resultados. Todavia, muitas empresas também estão conscientes de
que estratégias mal-sucedidas nesse aspecto podem ser mais desastrosas do que o ato de não
empregá-las.
É de fácil percepção o grau de complexidade que existe no processo de integração da
empresa com os seus ambientes. A responsabilidade social surge como um possível caminho para
desatar esse nó. Todavia, ser socialmente responsável implica a mudança de valores, hábitos e
costumes.
Conforme Freitas (2000), entender o papel social das empresas somente como obrigação, em
decorrência dos erros praticados, é mera demagogia. Isso, somado à consciência de que a empresa
está na sociedade, portanto, parte integrante dela, pode fornecer mais segurança na resolução de
conflitos que apareçam dentro e fora da corporação, municiando idéias inovadoras no círculo
fechado de muitas administrações.
Cada geração parece pensar que vive em um ambiente típico de desafios e mudanças. Desde quando
perceberam que podem ser melhores e mais competitivas, as organizações passaram a se preocupar em se
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preparar continuamente para o futuro. Muitas delas
Apostila ADM. desenvolvem
Geral estratégias para aquilo que acreditam
ser o século 21. É a “Visão 2000” da General Motors e da Astra Merck e a “Ford 2000”, por exemplo. A
“Xerox 2000” foi atualizada para “Xerox 2005” em 1997. Assim, a corporação que conhecemos e que
constituiu o engenho de prosperidade para o século 20, agora emerge como algo diferente para o século
21. A transição para a próxima organização é mais visível nos países adiantados, embora as forças de
mudança sejam globais. Os mercados, a tecnologia e as demandas dos funcionários, dos clientes e dos
cidadãos estão impulsionando as organizações a mudarem rápida e intensamente. Hoje, a inação passou a
constituir uma estratégia de alto risco. O resultado disso tudo é um conjunto de características bastante
marcantes, a saber
1) Cadeias de comando mais curtas: A velha cadeia escalar de comando está na berlinda. A
tendência é de enxugar níveis hierárquicos na busca de organizações não-hierárquicas, enxutas e
flexíveis. Compressão ou eliminação da hierarquia para proporcionar estruturas horizontais ou
achatadas, que permitam vantagem competitiva em termos de fluidez e flexibilidade.
2) Menos unidade de comando: O tradicional princípio do comando único está sendo questionado.
A ascendência vertical (subordinação ao chefe) está cedendo lugar para o relacionamento horizontal
(em direção ao cliente, seja ele interno ou externo). A ênfase horizontal no processo está ocupando
o lugar da hierarquia vertical. A tendência atual é de utilizar equipes funcionais cruzadas, forças-
tarefas e estruturas horizontais para aproximar o funcionário do cliente.
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5) Staff como consultor e não como executor: O ADM.
Apostila executava serviços técnicos especializados ou
staffGeral
assessoria na solução de problemas para a organização, assumindo muitas vezes, o papel da linha. A
tendência é de transformar o staff de prestador e executor de serviços em consultor interno. Quem
deve executar é a linha. A função do staff é orientar a linha para que ela faça todo o seu trabalho e
não substitui-la em certas atividades.
6) Ênfase nas equipes de trabalho. Os antigos departamentos estão cedendo lugar a equipes de
trabalho, definitivas ou transitórias. Essa aparente “desorganização” do trabalho significa uma
orientação rumo à flexibilidade, agilidade, mudança e inovação.
9) Abrandamento dos controles externos sobre as pessoas. As organizações estão preocupadas com
os fins (alcance de objetivos, resultados ou metas) e não mais com o comportamento das pessoas ou
com os meios. Isso significa que os antigos controles externos (regras, regulamentos,
procedimentos, horário de trabalho, etc.) estão sendo substituídos por conceitos como valores
organizacionais, missão da organização, foco no cliente e que permitem orientar (e não fiscalizar ou
bitolar) o comportamento das pessoas.
10) Foco no negócio essencial (core business) e conseqüente eliminação do acessório, supérfluo ou
acidental. Programas de enxugamento e terceirização são realizados para eliminar as aparas e
reorientar a organização para aquilo que realmente ela foi criada: o seu negócio e o seu cliente.
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Apostila ADM. Geral
Administração Virtual
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4º: Os Guerrilheiros do Mercado Apostila
- Através do uso da Internet fazem concorrência para
ADM. Geral
outras empresas já estabelecidas no mercado, no mesmo ramo de atividade destas.
Exemplificando-se: Livrarias, Lojas de Vinhos, Lojas de CD´s.
Cada um dos acima mencionados utilizou-se da mesma técnica, a Internet, podendo usar
diversas tecnologias de comunicação, tais como computadores de última geração por satélite cabos
óticos ou não.
O que interessa nestes casos, é o fato de todos estarem utilizando formas de comércio
virtual, ou seja, estarem negociando algo que se sabe que existe, mas que no momento da transação
comercial não pode ser sentido por qualquer dos sentidos (mesmo que a música dos CD´s chegue
muito perto, não se pode tocar os próprios ).
Este mesmo conceito de virtualidade pode ser usado quando relacionado com outras
atividades dentro de uma organização.
As Video-Conferências nada mais são do que reuniões virtuais, a execução de tarefas pré-
programadas em um computador também é virtual, o simples uso do cartão de crédito é virtual, ou
não se estaria usando dinheiro que existe apenas dentro do espaço virtual da conta bancária de cada
um, e o acesso de dados remoto 24 horas por dia é apenas mais uma das facilidades oferecidas pela
virtualidade mundial.
Os avanços tecnológicos nas áreas da telecomunicação, computação e a cada vez maior fusão
entre estas duas tecnologias têm alterado profundamente não apenas a maneira de administrar um
negócio, mas sim, toda ordem mundial, pois a rapidez na comunicação entre as unidades de um
negócio e entre a empresa e o mercado fizeram por tornar as respostas ao meio-ambiente muito
mais rápidas; exigindo que todos os concorrentes se adequassem a estas novas realidades para não
ficarem em desvantagem. Isto não apenas no que diz respeito a aquisição de equipamentos e
treinamento no seu uso, mas sim, também na estrutura organizacional das empresas, derrubando
cargos desnecessários e tornando a hierarquia mais horizontal, a fim de permitir uma comunicação
mais rápida e facilitar as comunicações informais.
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Concepções de outros Autores Apostila ADM. Geral
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a Administração Virtual é uma nova tendência que
Apostila está
ADM. se desenvolvendo e com muitas empresas já
Geral
dispondo de equipamentos e meios de última geração, devendo a maioria se adequar a este 3º ciclo.
Desta forma, a empresa aplica recursos para desenvolver produtos e serviços que atendam
as necessidades de mercado e a organização é a forma que estes recursos estão sendo administrados
(estrutura, sistemas, funcionários e cultura), como a organização está sofrendo modificações com as
novas tecnologias, é de se esperar que novos modelos de Administração surjam neste milênio.
A Revolução da Informação
A proposta de sucessão de ciclos econômicos baseados no desenvolvimento tecnológico está
no alto grau da discussão sobre o que é a corporação virtual, e a revolução da informação,
transformando toda a sociedade.
A corporação virtual é apenas uma das conseqüências.Como exemplo, temos a "TOYOTA
CITY"; trata-se de uma empresa inserida em uma ambiente onde o governo, além do simples
reconhecimento do poder da informação, está comprometido com a implantação de um projeto
nacional de comunicação servindo de arranque para o desenvolvimento no sec. XXI.
Além da "TOYOTA CITY" temos as lojas virtuais, com alto grau potencial no fornecimento das
informações, já que você pode pensar em praticamente qualquer produto e vai encontra-lo na
internet, onde além de se encontrar uma grande variedade de opções, modelos e demais acessórios,
obterá todas as informações do fabricante e dicas de clientes.
A internet não é apenas mais uma mídia. É uma forma completamente nova de interagir com o
consumidor. Para isso tem que se colocar seu foco no entendimento do que é interatividade e em
como atender às necessidades do seu cliente, utilizando multimídia com tecnologia da informação.
Além de todo este serviço e outros mais evidentes, terá o melhor preço, enorme variedade e
receberá o produto sem ter que deslocar-se.
A nova concepção do business apoia se em um novo formato de empresa denominada de
corporações cibernéticas. São empresas virtuais onde não existem mais áreas de atuação como a
contabilidade, compras, etc. O que domina são os sistemas de informação, que funcionam numa
base altamente informatizada.
A informação passa a ser portanto, um recurso tão importante quanto os recursos humanos,
financeiros e tecnológicos.
Também, tem a propaganda digital que é uma nova ciência que reúne arte e tecnologia para uma
atuação que, pela primeira vez, age simultaneamente no individual e no coletivo.
Através da corporação virtual, muitas conquistas que no início pareciam impossíveis, tornam-se
possíveis graças a essa arma estratégica: a tecnologia da informação.
Além da corporação real, dos supermercados e hipermercados do Pão de Açúcar, além do
deposito; além dos escritórios e demais componentes, existe no grupo de computadores do grupo
Pão de Açúcar uma corporação virtual, representada pelos dados que eles armazenam e processam.
É nessa corporação virtual que fica o mapa do depósito na rodovia Anhanguera, com localização e
disponibilidade dos produtos estocados atualizado dia a dia. É na corporação virtual que são
guardados os tickets de venda, enviados a noite pelos 4000 caixas dos 245 supermercados ou
magazines. É nela que é totalizado o faturamento por produto, loja ou região, que é calculada a
lucratividade de cada um dos 60000 artigos à venda. E, com base nesses dados, o próprio
computador determina a posição que cada produto deve ocupar na prateleira, conferido mais
destaque aos mais lucrativos, dando mais espaço aos que vendem mais.
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que fornecedores e clientes que estão seApostila
utilizando de seus serviços se sintam satisfeitos; tal
ADM. Geral
controle é conhecido como controle on-line.
O espírito de equipe significa ter pessoas capazes, dinâmicas, podendo trabalhar a qualquer
distância e saber lidar com suas funções, obtendo resultados positivos.
O domínio da informação em tempo real é entendido como controle e supervisão de todos os
processos desenvolvidos pela organização, abrangendo desde o fornecedor ao controle da
disposição final de seus produtos.
O conceito de gestão virtual é a abordagem de pessoas que evoluam para autogestão mediante
estruturas simples, adaptáveis, tornando-as sensíveis ao mercado.
O fato mais importante da administração virtual é que ela envolve todas as inovações de modelos
de administração que desenvolveu-se ao longo dos anos nos países onde a industrialização se
acentuou com maior força tais como EUA,Alemanha, Japão, etc. A gestão virtual se apresenta como
uma mistura de tais inovações, envolvidas no processamento de informações em tempo real.
Uma das características que também merece maior destaque na empresa virtual é que ela visa as
necessidades do cliente, assumindo assim um fluxo rápido de informações, permeabilizando
modificando e, conseqüentemente, movimentando fronteiras, tendo como intenção fazer com que
ela pareça menos um empreendimento distinto e mais um nó numa vasta rede de interações e
atividades.
Além disso, um grande fator interessante e caracterizante da gestão virtual é que o procedimento
é executado com ambiente de imprevisibilidade e com transformações contínuas, entretanto, na
gestão de produção do item a ser vendido, os procedimentos presenciam todas as dificuldades
inerentes a tal produção, vez que os produtos e serviços continuam existindo de fato. Portanto, um
significativo diferenciador é a rapidez e a proximidade que a administração virtual proporciona.
No que tange à gerência, não se encontra muitas diferenças entre a gerência normal e a
virtual, vez que o primordial objetivo de ambas é obter resultados. Porém, na gerência virtual os
métodos são diferentes, pois aqui, cabe à gerência, garantir o desencadeamento correto dos
processos. Assim sendo, a função da gerência virtual é a de facilitar o trabalho e a de induzir uma
maior autogestão e também, proporcionar um espírito de equipe. Neste caso o gerente incorpora um
poderio maior de controle.
A qualificação profissional e a tecnologia simplificam a estrutura organizacional, ao passo
que possibilita, com tomadas de decisões descentralizadas, o controle centralizado.
Sendo tal controle o ponto chave da gestão, pois está intimamente relacionado com os
resultados.Um "laço on-line" se conecta com as organizações empresariais e os grupos interessados
no negócio. O fator principal para a corporação virtual é o controle dos resultados e não
necessariamente a propriedade dos processos, sendo assim a empresa virtual pode assumir alianças
entre duas ou mais empresas, reforçando a terceirização.
No que aborda a corporação virtual, dois aspectos são dignos de serem destaque, um por
parte do cliente que vê a instituição virtual como uma entidade que está sempre pronta em atendê-
lo, independente do momento, do lugar e de qualquer outros motivos; e um por parte da empresa
que visualiza o negócio baseado nas informações em tempo real, e suas relações com o cliente no
mercado.
O sistema virtual não extermina o modo econômico antigo, pelo contrário, modifica-o, galgando
maior produtividade. O setor primário, como a agricultura, continua e continuará fornecendo seus
produtos, assim com a indústria mantém e manterá sua fidelidade à transformação e, cabe à
realidade virtual, ofertar produtos e serviços, tradicionais e inovadores, inerentes aos sistemas acima
citados. Contudo, alguns negócios serão extintos, outros modificados e outros tantos ainda serão
criados, sendo eles todos baseados na nova era tecnológica.
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