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FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO

Philippe H Gidon
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO

O que são “formas de internacionalização”?

Diversas alternativas de entrada em um mercado


estrangeiro
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
EXPORTAÇÃO

A empresa produz em seu país e vende para um cliente fora


de seu país

Conceito é igual ao de uma venda interna


Envolve produção e entrega contra pagamento ou promessa
de pagamento
Mas obedece à leis diferentes (comércio internacional)
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Existem dois grandes tipos de exportação:

INDIRETA:

Se dá por meio de um intermediário que opera no mesmo


mercado em que está localizada a empresa que deseja
exportar

Ou seja, neste caso, a empresa não vende para o exterior,


ela vende para uma empresa em seu mercado doméstico
= Trading / Empresa comercial exportadora
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Tipo de empresa que costuma usar esse serviço:

1. Micro / pequena empresa com total desconhecimento do próprio


processo de exportação

2. Primeira tentativa de exportação a baixo custo (testar seu


produto)

Perfil estratégico e de risco:

1. Estratégia que envolve baixo custo, mas também baixo controle e


baixo retorno

2. Nível de risco: altamente dependente do intermediário e perda


de mercado caso esta decida substituir a empresa fornecedora
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DIRETA:

Empresa em contato direto com compradores nos países de destino de seus


produtos.

Necessidade
Empresas com capacidade de planejamento e execução da operação,
qualquer que seja seu tamanho

Envolve:
1. Maior nível de controle sobre o desempenho de seu produto no exterior
Custo e retorno maiores
2. Risco baixo já que (em teoria) tem conhecimento do mercado e do
processo de venda.
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EXPORTAÇÃO DIRETA:

A empresa costuma contar com:

1. Funcionários treinados

2. Apoio de terceiros:

•Despachante no país
•Agente de vendas no exterior
•Distribuidores
•Consultores....
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LICENCIAMENTO:

A empresa licencia sua marca para empresas situadas em


diversos países, de forma que possam usá-la em camisetas,
copos, canecas, bichos de pelúcia, etc.

Licenciamento = Dar o direito de uso

Acordo contratual que garante à empresa do país anfitrião


os direitos pela produção e venda de determinado produto.
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LICENCIAMENTO:

O licenciamento pode se referir a:


•Um bem
•Uma patente
•Um segredo comercial / Know How
•Uma marca / Logotipo

Nestes casos a empresa vale-se de vantagem competitiva


que ela explora para aumentar sua rentabilidade com pouco
investimento
Também é usado para proteger direitos autorais de marcas
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FRANQUIA:

Quando a empresa escolhe trabalhar fora de seu mercado


doméstico (igual ao processo de franquia no mercado
interno):

A empresa:
•Desenvolve todo o modelo do seu negócio
•Oferece a um investidor (franqueado) para ele adquirir o
direito de abrir no país
•Processo de oferta e venda dos produtos de acordo com as
orientações da empresa
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FRANQUIA:

Sistema de gerenciamento de comercialização (ou


marketing) que se fundamenta na prática em uma fórmula
onde o franqueador abre mão de sua autonomia
empresarial.

Opta por uma fórmula pronta que assegura êxito rápido e


retorno alto.

NECESSIDADE = O franqueador deve saber adaptar seu


negócio às características locais sem, contudo,
descaracterizá-la
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CONTRATO DE PRODUÇÃO:

Caso de empresa que identifica ser mais interessante


produzir seus bens em outro país

A empresa brasileira desenvolve o produto (design e


definição dos componentes, forma de montagem, ...)

Contratação de empresa estrangeira que passa a produzir os


bens em nome da empresa brasileira

META = GANHO DE COMPETITIVIDADE


FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
CONTRATO DE PRODUÇÃO:

O contrato rege as condições de produção


Portanto, a empresa candidata deve apresentar mínimas
condições de competitividade, já que será responsável pelo
controle de qualidade e distribuição.

Seria um tipo de terceirização da produção, baseado em:


•Melhores condições técnicas de produção
•Mão de obra mais barata
•Menores custos logísticos
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OPERAÇÕES PRONTAS:

Tipo de contrato feito para a implantação de uma unidade


industrial.

Nesse caso, a unidade de produção será entregue


completamente instalada pelo fornecedor à empresa
operadora

Ex.: plataforma de produção de petróleo construída por


empresa sul coreana e entregue 100% pronta para operar
no dia seguinte
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OPERAÇÕES PRONTAS:
= TURNKEY

A empresa planeja, constrói e treina o pessoal local


Entrega a chave ao pessoal local mediante pagamento.
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CONTRATO DE GESTÃO:

Algumas redes de hotéis internacionais possuem esse tipo


de contrato.

O investidor do imóvel é normalmente um empresário local.


Mas toda a gestão é do dono da bandeira, inclusive formas
de comercialização no mercado internacional

Para isso a rede hoteleira cobra uma percentagem sobre o


faturamento.
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CONTRATO DE GESTÃO:

Ou seja:

Dá á empresa estrangeira direito de administrar as operações


feitas no dia a dia

Mas não dá autonomia às questões relativas à propriedade,


financiamentos, mudanças políticas.

Podem ser combinados com outros acordos como Joint Venture

É considerada uma operação de baixo risco com controle limitado


para o investidor
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JOINT VENTURES:

Uma empresa brasileira fecha um contrato com empresa


estrangeira.

Meta = receber tecnologia daquela empresa aplicada à seus


produtos para aumentar qualidade / competitividade...

A empresa brasileira passa a exportar inclusive para a


empresa que lhe forneceu a tecnologia.
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JOINT VENTURES:

Costuma ser assinada entre empresas que se


complementam e justificam o estabelecimento de um
empreendimento conjunto

A Joint Venture pode ser por prazo preestabelecido ou não.

Pretensões possíveis:
•Diminuir o poder da concorrência
•Reduzir custos de produção pelo impacto da legislação local
•Complementação técnica...
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SUBSIDIÁRIA DE PROPRIEDADE INTEGRAL:

A empresa brasileira abre uma filial no país alvo de seu


interesse por motivos comerciais ou tributários

Costuma importar os insumos / matérias primas e realiza a


montagem e embalagem já nos moldes desejados para
aquele determinado mercado

A filial, neste caso, é 100% da empresa brasileira


Mas podem existir casos de parceria com empresas locais
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SUBSIDIÁRIA DE PROPRIEDADE INTEGRAL:

A empresa brasileira pode escolher:


Montar a empresa do zero
Comprar empresa local já existente

Considerada a estratégia de internacionalização com maior


nível de risco, mas com grau máximo de internacionalização
e potenciais retornos altos.
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
Para conseguir tomar sua decisão quanto à forma / nível de
internacionalização, a empresa deve levar em conta 4
variáveis básicas:

Grau de controle
Custos envolvidos
Retorno que será obtido
Nível de risco envolvido
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS VANTAGENS FATORES CRÍTICOS
DE RISCO

Exportação Baixo risco Escolha do distribuídor


Importação Nenhum ativo de longo prazo Custos de transporte
Acesso e saída fáceis do mercado Tarifas e cotas

Licenciamento Nenhum risco de propridade de ativo Qualidade e confiabilidade do licenciado


Rápido acesso ao mercado Apropriação da propriedade intelectual
Evita regulamentos e tarifas Limitações de royalties pelo país anfitrião

Franquia Pouco investimento ou risco Controle de qualidade da franquia e de


Rápido acesso ao mercado suas operações
Expansão de pequenas empresas
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS VANTAGENS FATORES CRÍTICOS
DE RISCO

Fabricação sob Custos e riscos limitados Dependência e qualidade do


contrato Comprometimento de curto prazo contratante local
Controle operacional e questões sobre
direitos humanos

Operações Lucros derivados de capacitação Infraestrutura confiável


prontas e tecnologia em regiões que Abastecimentos e Profissionais locais
restringem investimento direto suficientes
estrangeiro Lucros repatriáveis
Confiabilidade de qualquer sócio
governamental

Contratos de Gestão Acesso de baixo risco a novas Oportunidade de ganhar posição de longo
estratégias prazo
FORMAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
ESTRATÉGIAS VANTAGENS FATORES CRÍTICOS
DE RISCO

Joint Venture Acesso interno aos mercados Adequação estratégica e complementaridade


Compartilhamento de custos e riscos do sócio, mercados e produtos
Alavanca a base tecnológica e de Capacidade de proteger a tecnologia
capacitação do sócio Vantagem competitiva
Possibilidade de fechar contratos Capacidade de partilhar o controle
locais Adaptabilidade cultural dos sócios

Susidiária de Fica com os todos os lucros e controle Capacidade de avaliar e controlar os riscos
propriedade integral Economias globais de escala econômicos, políticos e monetários
Coordenação estratégica Capacidade de conquistar aceitação local
Protege a tecnologia e a base de Repatriação de lucros
capacitação
Aquisição proporciona entrada
rápida em mercados estabelecidos

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