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O índice glicêmico é uma escala alimentar que define o quão rápida será a absorção dos carboidratos presentes
no alimentos. Portanto, mesmo que algum produto apresente uma grande quantidade de CHO, não significa neces-
sariamente que ele deve ser retirado da alimentação.
Por exemplo, os grãos, sementes e cereais integrais são fonte de carboidrato, podendo chegar a até 47g por
porção de 100g.
Porém, esse açúcar contido no produto é ingerido junto com uma grande quantidade de fibras, vitaminas e
gorduras boas. Além de nutrir adequadamente o organismo, as sementes e cereais integrais precisam ser mais de-
gradadas devido à complexidade da estrutura.
Com a liberação gradual da glicose no sangue, evita-se picos de insulina (que podem trazer fome mais rapida-
mente) e se diminui o estoque excedente de glicogênio (aquele que não foi utilizado imediatamente pelo organismo).
Carboidratos e diabetes
Pessoas com diabetes precisam controlar o consumo de carboidratos. Isso não significa, necessariamente,
evitar ou reduzir drasticamente, mas é preciso medir a ingestão para regular os medicamentos, quando necessário
utilizá-los.
A relação de ingestão de carboidratos é mais delicada para as pessoas que já possuem diagnóstico de diabetes
ou pré-diabetes. Nesses casos, a alimentação deve ser acompanhada e sugerida por um nutricionista ou nutrólogo.
Mas há um mito sobre a relação entre o consumo de carboidratos e açúcar em excesso e o desenvolvimento
do diabetes.
A verdade é que há uma relação indireta entre a alimentação e o diabetes tipo 2. Isso ocorre porque o consumo
excessivo tende a levar ao aumento de peso.
Com o acúmulo de gorduras e outros fatores associados (condições genéticas, por exemplo), a pessoa pode
desenvolver diabetes tipo 2, que é basicamente uma resistência à insulina.
Já o diabetes tipo 1 é uma condição autoimune, em que o corpo ataca sua próprias células, fazendo com que
pouca ou nenhuma insulina seja liberada ao organismo. Ou seja, não há relação direta ou indireta entre a doença e
o consumo de carboidratos.
3. Um dos pratos mais apreciados pelos brasileiros é o tradicional arroz com feijão, uma combinação balanceada de
diversos nutrientes importantes para a saúde humana.
a) A combinação de arroz e feijão fornece todos os aminoácidos essenciais ao organismo. A tabela abaixo apre-
senta variações na quantidade de alguns aminoácidos essenciais por categorias de alimentos.
Aminoácidos Categorias de alimentos
essenciais Milho Arroz Feijão Soja Verduras Gelatina
Metionina 1.
Isoleucina 2. 3. 4. 5. 6. 7.
Leucina 8. 9. 10. 11. 12. 13.
Lisina 14.
Fenilalanina 15. 16. 17. 18. 19. 20.
Treonina 21. 22.
Triptofano 23. 24. 25.
Valina 26. 27. 28. 29. 30. 31.
alta quantidade do aminoácido presente no alimento
LEGENDA baixa quantidade do aminoácido presente no alimento
32. quantidade ideal do aminoácido presente no alimento
Considere uma época de escassez em que é necessário substituir o feijão do combinado “arroz e feijão” por
outro alimento. Tendo como base as informações fornecidas, que alimento da tabela poderia ser escolhido?
Justifique sua resposta.
b) Considere a seguinte afirmação: “O arroz, embora seja um alimento saudável, deve ser consumido por uma
pessoa com diabetes tipo 2 sob orientação profissional para controle de glicemia.” Explique a afirmação, le-
vando em consideração as transformações que o arroz sofre na digestão e as características do diabetes tipo
2.
GABARITO
1. D
No diabetes mellitus, observa-se um aumento dos níveis de glicose no sangue em decorrência de uma produção
insuficiente de insulina ou de uma dificuldade do organismo de utilizar o hormônio.
2. B
A insulina é um hormônio relacionado com o controle dos níveis de glicose no sangue. Ela estimula a absorção
de glicose pela célula, reduzindo, desse modo, sua quantidade no sangue.
3.
a) O alimento que poderia substituir o feijão seria a soja, pois ambos possuem os mesmos aminoácidos essenci-
ais, exceto pelo triptofano, a mais na soja.
b) O arroz contém grande quantidade de carboidrato que, com a digestão, forma glicose como fonte de energia;
no diabetes do tipo 2, a insulina que transporta glicose para as células não é usada adequadamente, mantendo
altos os níveis de glicose no sangue e baixos nos tecidos, afetando a atividade celular; suas características
são: cansaço, grande volume de urina, presença de glicose na urina, emagrecimento, fraqueza, muita sede,
problemas na cicatrização de ferimentos e alterações na visão.