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Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional

Velcir Portella da Silva


Alexandre Marino Costa

1 Introdução

Este artigo tem como finalidade apresentar um estudo realiza-


do ao final do curso de Especialização em Gestão Organizacional e
Tecnologia em Recursos Humanos no âmbito da Universidade Fede-
ral de Santa Catarina – UFSC, em Florianópolis. O tema central é
o sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional como sendo
alvo de uma análise para futura criação de um modelo que atenda
às necessidades do Poder Judiciário Catarinense. A implantação de
um sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional já ocorre nas
organizações privadas e mistas e é questão de tempo para que seja
então exigida nas organizações públicas, onde a agregação de valores
não tem o objetivo do lucro, mas de transformação social baseada
em fatos e não mais em opiniões.
Para atingir o objetivo central e contribuir para o aprimoramen-
to da área de segurança e saúde ocupacional, tomando por base o
Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, foi realizado um
estudo revisional na literatura sobre o assunto do ponto de vista de
autores que dissertaram sobre sistemas de gestão e da norma da As-
sociação Brasileira de Normas Técnicas que trata deste assunto.

2 Considerações iniciais

Os programas de certificação e sistemas de gestão tiveram um


papel importante na atualização das organizações brasileiras, sejam

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elas públicas ou privadas. A adoção dos sistemas de gestão da quali-


dade trouxe uma maior garantia de qualidade dos produtos e servi-
ços e a satisfação dos clientes.
Enquanto a iniciativa privada encontra motivos puramente
competitivos para manter e desenvolver a segurança e a saúde do
trabalhador, o Poder Judiciário de Santa Catarina, como organiza-
ção pública que é, necessita usar o desenvolvimento desta área como
agente motivador dos trabalhadores nascendo, esta motivação, do
aumento da qualidade de vida no trabalho (QVT) e da responsabili-
dade social. Sabe-se que o aumento da QVT provém, dentre outras
causas, da atenção dispensada pela organização ao funcionário, ou
seja, do grau de percepção das necessidades do indivíduo no am-
biente de trabalho e a resposta aplicada a esta percepção.
Dentre as maneiras de atingir o grau de satisfação percebido pelo
trabalhador está a atenção dispensada à sua integridade física e psíqui-
ca, sendo o desenvolvimento de programas voltados à segurança e a
saúde do funcionário uma ampla maneira de atender esta demanda.
Mas como incrementar projetos para se ter resultados positivos e signi-
ficantes sem se sujeitar às falhas do empirismo? Como saber se o pro-
grama tem efeitos positivos oriundos dos métodos adotados?
Cada vez mais as organizações preocupam-se em mostrar o seu
compromisso com o trabalhador não só com o intuito de ser agen-
te de estímulo externo do desempenho do funcionário, mas também
marcar seu compromisso com a responsabilidade social e a imagem
da organização, pois sabe ela que em uma sociedade globalizada es-
tes valores são pertinentes na sobrevivência da empresa. Diante deste
cenário, estas organizações costumam adotar sistemas de gestão para
poderem medir seu desempenho. Um dos sistemas de gestão que
vem sendo adotado no Brasil é o da segurança e saúde ocupacional.
A norma brasileira NBR 18801, que passou a ser válida a partir
do dia 01/12/2011, consiste em um sistema de gestão com foco vol-
tado para a segurança e a saúde ocupacional, sendo uma ferramen-
ta para que uma organização atinja nível de desempenho aceitável e
consiga monitorá-lo de tal forma a desenvolvê-lo e melhorá-lo contí-

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nua e sistematicamente. A exemplo de outros sistemas de gerencia-


mento, como o da qualidade, através da norma ABNT ISO 9001, e o
ambiental, através da norma ABNT ISO 14001, o Sistema de Gestão
da Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO) também possui obje-
tivos, indicadores de desempenho, metas, planos de ação etc. A im-
plantação da NBR 18801 define a preocupação da organização com
a integridade física e psíquica de seus interessados.
Por sua vez, a organização pública, por sua própria natureza,
tem o compromisso de assegurar a todo e qualquer cidadão o seu
direito à vida plena, o que norteia a segurança em todos os seus am-
bientes, sejam eles internos ou externos, e dita o mesmo valor para
seus clientes, quais sejam, aqueles que, independente dos motivos,
transitam em suas dependências.
O PJSC possui em sua estrutura organizacional um serviço de
segurança e saúde ocupacional em fase embrionária e já se perce-
be a necessidade de alinhar os resultados desta área com os próprios
indicadores de desempenho do Poder, donde surge a necessidade
de explorar um caminho inicial. E é isto que este artigo quer deixar
como legado, explorar se um sistema de gestão de segurança e saúde
ocupacional é aplicável usando como referência o mais alto grau da
administração científica normalizada e encontrada na atualidade de
nosso país com foco na segurança e saúde do trabalhador: a norma
regulamentadora ABNT NBR 18801:2010.

3 Conceitos

3.1 Segurança ocupacional e saúde ocupacional


Segurança é a condição de estar protegido de perigo ou perda.
É um estado, portanto. Desta forma, segurança ocupacional pode ser
definida como sendo a prevenção de perdas, que referem-se a con-
sequências resultantes de ações ou técnicas que possam culminar em
uma perda ou limitação da capacidade laborativa de forma tempo-
rária ou permanente (VIEIRA, 2005). Logo, segurança ocupacional

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é entendida como um conjunto de ações adotadas visando eliminar


ou minimizar os riscos de acidentes de trabalho e de doenças ocu-
pacionais, protegendo a integridade e a capacidade de trabalho do
indivíduo.
Saúde, como definido pela Organização Mundial da Saúde –
OMS, é o mais completo bem-estar físico, mental e social do ser hu-
mano. A saúde ocupacional consiste na promoção e no controle das
condições laborais que possam garantir um grau mais elevado da
qualidade de vida no trabalho, protegendo a integridade física, men-
tal e social do trabalhador, prevenindo e controlando as doenças ocu-
pacionais através do controle das condições de risco e através de ações
de educação da saúde e da prevenção de doenças (ARAUJO, 2008).
Assim, a saúde ocupacional supõe um aperfeiçoamento do funcioná-
rio, tanto quanto a conservação da sua capacidade de trabalho.
Segurança e saúde ocupacional, portanto, é “o estado de estar
livre de riscos inaceitáveis de danos nos ambientes de trabalho, ga-
rantindo o bem estar físico, mental e social dos trabalhadores” (BENI-
TE, 2004, p. 15). Este autor explicita que, conforme a OIT – Organi-
zação Internacional do Trabalho,

a segurança e saúde no trabalho têm como propósito es-


sencial promover e manter um elevado grau de bem-estar
físico, mental e social dos trabalhadores em todas suas
atividades, impedir qualquer dano causado pelas condi-
ções de trabalho e proteger contra os riscos da presença
de agentes prejudiciais à saúde. (BENITE, 2004, p. 37).

3.2 Sistema de gestão e normalização


Segundo Araújo, “a gestão eficiente e eficaz é realizada de
modo que as necessidades e os objetivos das pessoas sejam consis-
tentes e complementares aos objetivos da organização a que estão
vinculadas” (ARAUJO, 2008, p. 43). Este mesmo autor conceitua sis-
tema de gestão como sendo “um conjunto de instrumentos inter-rela-

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cionados, interatuantes e interdependentes de que uma organização


faz uso para planejar, operar e controlar suas atividades com o intuito
de alcançar seus objetivos” (ARAUJO, 2008, p. 43).
Outra definição é de Vieira, que diz que sistema de gestão é
uma estrutura organizacional com definições de responsabilidades
técnicas e administrativas para desenvolver e implementar sua políti-
ca gerencial e estratégica (VIEIRA, 2005).
Com estas definições concorda Benite ao expressar que

os Sistemas de Gestão podem ser entendidos como um


conjunto de elementos dinamicamente relacionados que
interagem entre si para funcionar como um todo, tendo
como função dirigir e controlar uma organização com um
propósito determindado. (BENITE, 2004, p. 36).

A gestão da segurança e saúde ocupacional (SSO) é definida


como um conjunto de normas ou técnicas, ferramentas e procedi-
mentos (melhores práticas) com a finalidade de eliminar ou reduzir os
riscos e os danos que envolvem as atividades do trabalhador.
Daí se conclui que, Sistema de Gestão da Segurança e Saúde
Ocupacional “apenas acrescenta o propósito ao sistema de gestão”
(BENITE, 2004, p. 36), ou seja, o objetivo é a segurança e a saúde
no ambiente de trabalho.
A sistematização de processos tem acompanhado a história do
homem que encontra em suas atividades padrões e rotinas definidas.
A própria convivência em grupos exigia e exige do indivíduo o de-
senvolvimento de regras e a submissão a elas. A produção em esca-
la, após a revolução industrial, exigiu rotinas definidas para que os
objetivos das fábricas fossem alcançados com êxito, isto é, o uso de
normas de produção reduziu a variabilidade indesejada nos produtos
e aumentou a quantidade produzida no mesmo espaço de tempo, re-
duziu o número de defeitos e baixou os custos produtivos.

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Segundo Motta e Pereira (apud MELO, 2004, p. 27), a procura


de métodos mais adequados e eficientes de produção e da execução
do trabalho é o princípio fundamental que leva as organizações a um
desempenho tal cuja eficiência alcançada determina a sobrevivência
da própria organização.
Já com a globalização em estágio avançado de evolução, os
mercados e consumidores de diferentes países, estes com diferentes
graus de desenvolvimento econômico e social, pressionam as orga-
nizações para que forneçam bens e serviços com maior qualidade,
com menor custo, com minimização dos impactos socioambientais e
com maior gerencia sobre os riscos aos quais os trabalhadores são
submetidos. É com esta preocupação e com o protecionismo de mer-
cados que as organizações do chamado primeiro mundo fazem surgir
o período de normatização e normalização dentro das organizações
competidoras no mercado globalizado (MELO, 2004).
Segundo Melo (2004), o senso de responsabilidade ecológica,
as exigências legais, a proteção dos interesses da empresa, a imagem
da empresa, o lucro, a qualidade de vida, a pressão do mercado e a
proteção dos funcionários são os fatores relativos às pressões externas
exercidas sobre as organizações tendo como consequência o surgi-
mento do gerenciamento sistematizado. Estes elementos de pressão
da sociedade geraram a necessidade de uma resposta do setor produ-
tivo, ou seja, a normalização.
O primeiro movimento de normalização foi relativo à qualidade,
tendo seu inicio no Japão após a II Guerra Mundial. Já na década
de 1970 a entidade British Standard Institute (BSI) lança uma série
de normas que propõem procedimentos administrativos gerenciais
para estabelecer um padrão de qualidade dos produtos produzidos
por empresas inglesas. Na sequência desse movimento, em 1987, foi
lançado o conjunto de normas ISO 9.001, com o título de Quality
Management and Quality Assurance (MELO, 2004).
Enquanto ocorria a evolução do sistema de gestão pela quali-
dade, outro movimento começa a se manifestar por volta de 1972.
Desta vez a variável de preocupação é o meio ambiente. Afirma Melo

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(2004) que em 1984 surge no Canadá o Responsible Care Program,


originalmente específico para as indústrias do setor químico e em se-
guida sendo exigido pelos membros da Chemical Manufactures As-
sociation (CMA) dos Estados Unidos. Estas ideias chegaram ao Brasil
através da Associação Brasileira das Indústrias Químicas em 1990.
Novamente, observando e fazendo parte deste movimento, a BSI lan-
ça uma norma com as especificações para o desenvolvimento, imple-
mentação e manutenção de um Sistema de Gestão Ambiental tendo
como objetivo a demonstração das intenções das organizações quan-
to ao meio ambiente onde estão inseridas. Isto abriu caminho para
que em 1996 fosse lançada a norma ISO 14.001, que se torna um ro-
teiro que permite às organizações formularem uma política ambiental.
Enquanto este movimento vai chegando ao seu ápice de de-
senvolvimento, outra preocupação de cunho internacional norteia as
ações de governos e empresas, desta vez dizendo respeito à seguran-
ça e à saúde ocupacional. Ficou ao encargo da OIT a padronização
de normas que atentassem a essas variáveis. No entanto, devido a
OIT não responder à demanda de forma eficiente, a BSI, em 1996,
lança a norma BS 8.800 – Guide to Health and Safety Management,
que embora não componha um sistema de gestão, especifica requisi-
tos a serem gerenciados por um sistema de gestão (MELO, 2004).
No ano seguinte, em 1997, é lançada a norma OHSAS 18.001
– Occupation Health and Safety Assessment Series – que estabelece
definitivamente os requisitos de um sistema de gestão de segurança e
saúde ocupacional (MELO, 2004).
A norma OHSAS 18.001 foi avaliada e revista e ganhou nova
versão em 2007. A partir daí, foi uma questão de tempo para que
o Brasil, sendo membro atuante na OIT, que, habitualmente, acata
suas deliberações e ratifica as convenções internacionais publicadas,
adotasse o modelo proposto e fizesse sua versão sobre um SGSSO –
Sistema de Gestão de Segurança e Saúde Ocupacional – que culmi-
nou na publicação da norma NBR 18801/2010: Sistema de gestão da
segurança e saúde no trabalho: requisitos.

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4 Sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional

De acordo com Gallagher, Underhill e Rimmer (2001) (apud


ARAUJO, 2008, p. 43), o sistema de gestão de SSO pode ser visto
como sendo uma combinação de planejamento, revisão, gerencia-
mento de planos organizacionais, planos de consultoria e elementos
de um programa específico que trabalham integrados, a fim de me-
lhorar o desempenho da saúde e segurança no trabalho.
A norma ABNT NBR 18001/2010 define sistema de gestão
como sendo “uma estrutura organizacional com definições de respon-
sabilidades técnicas e administrativas para desenvolver e implementar
sua política de SST e para gerenciar seus riscos por meio de técnicas
e das melhores práticas disponíveis de SST”.
A gestão da segurança e da saúde ocupacional até recentemen-
te estava situada em um modelo que lhe atribuía um caráter marginal
dentro da organização, com a finalidade única de atender a legislação
pertinente que tentava mudar o comportamento dos trabalhadores
por serem considerados os únicos culpados pelos acidentes, além de
não permitir a participação deste grupo de interessados nas questões
relacionadas à SSO (BENITE, 2004).
No Brasil, modelos tradicionais, como o descrito acima, são
aplicados na maioria das organizações, observando que a intenção é
unicamente atender às normas do Ministério do Trabalho e Emprego
(MTE) e da Previdência Social, sendo que o primeiro prescreve o que
deve ser atendido enquanto o segundo atenta para uma compensação
dos trabalhadores que sofrem algum tipo de acidente (BENITE, 2004).
Já as organizações comprometidas com a retenção de talentos e
voltadas ao desenvolvimento de uma cultura de prevenção de aciden-
tes, procuram como resultado o aumento da competitividade e sobre-
vivência da empresa, levando ao cliente um produto ou serviço com
qualidade resultante deste comprometimento. Portanto, tanto quanto
outras atenções dispensadas às demais preocupações – qualidade, am-
biental e social – estas organizações dão a devida importância ao Siste-
ma de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional (SGSSO).

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As organizações devem manter-se livres de riscos inaceitáveis


provenientes dos ambientes de trabalho, garantindo aos seus traba-
lhadores e aos interessados o bem-estar físico, mental e social. É nes-
te cenário que as organizações devem preocupar-se em manter um
sistema de gestão voltado para a segurança e a saúde ocupacional,
pois a garantia da integridade dos funcionários é um fator de desem-
penho. Vários são os eventos que envolvem pessoas, máquinas, equi-
pamentos e instalações que atrapalham o desempenho das organi-
zações. Estes eventos devem ser controlados de forma sistematizada
para que não se acuse falha humana devido a uma análise rápida
e simples. Há que ser considerado sempre os fatores humanos, sim,
mas também os fatores tecnológicos adotados na organização.
Qualquer acidente traz um prejuízo econômico impactante devi-
do aos custos diretos e indiretos associados a ele. Este prejuízo é su-
portado pela organização e pela sociedade, ou seja, atinge a empresa,
o trabalhador, a família do trabalhador, a estrutura social e o governo,
sendo, devido ao grupo vasto de interessados, de difícil contabilida-
de e mensuração. Para a organização, os custos envolvidos, podem
ser divididos em dois grandes grupos quais sejam: os de segurança
e os de não segurança. Os custos da segurança estão relacionados
ao planejamento estratégico da empresa e constam em orçamento,
enquanto os custos da não segurança estão relacionados diretamen-
te com a reação a eventos não previstos como o tratamento do tra-
balhador, como a correção da tecnologia envolvida e com os ônus
governamentais e legais. Por observar estes efeitos e suas formas de
ocorrências, as organizações mais comprometidas socialmente estão
mudando seus princípios e valores para que possam, dentro de um
planejamento estratégico, gerenciar, de forma sistematizada, a segu-
rança e a saúde ocupacional (ARAUJO, 2008).
O sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional (SGS-
SO) é um conjunto de ações definidas pela organização com o propó-
sito de auxiliar esta a estar em conformidade com as exigências legais,
desenvolver uma política de SSO e controlar os riscos inerentes às
suas atividades. Estas ações e políticas são dinâmicas e devem acom-
panhar a evolução das exigências e dos desvios que vão surgindo ao

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longo do tempo e em decorrência da adoção de novos métodos de


produção e novas tecnologias. Portanto, o sistema de gestão de SSO
pode ser entendido como uma “combinação de planejamento e revi-
são, gerenciamento de planos organizacionais, planos de consultoria
e elementos de um programa específico que trabalham integrados,
a fim de melhorar o desempenho dos indicadores de desempenho”
(ARAÚJO, 2008, p. 43).
Para um SGSSO ser implementado, é importante definir o nível
de desempenho que a própria organização quer apresentar, pois a
proposta é exatamente criar meios para a melhoria contínua desse
desempenho através de indicadores. Este nível de desempenho tam-
bém deve ser revisto e estar alinhado com o planejamento estratégico
da organização, logo, deve o SGSSO ser proativo.
Os sistemas de gestão para SSO, previstos na BS 8800, na OH-
SAS18801 e na NBR 18801, têm como objetivo serem ferramentas
para todos os envolvidos com a segurança e a saúde do trabalhador,
além de serem um norte para os gestores direcionarem suas ações. A
norma NBR 18801 cita como objetivos da gestão da SSO a valoriza-
ção do capital humano, a melhoria do rendimento do trabalho, a ga-
rantia do sucesso da organização e a melhora da sua imagem perante
a sociedade.
Por sua vez, a NBR 18801 propõe uma linguagem comum,
auxiliando as organizações a estabelecerem metas nas questões que
envolvem a segurança e a higiene no trabalho e permite que sejam
controlados os riscos que envolvem a segurança e a saúde do tra-
balhador. Mas, embora ela auxilie na formulação de políticas e me-
tas de SSO, não estabelece critérios específicos de desempenho nem
especifica detalhadamente como deve ser concebido um sistema de
gestão de SSO. Isto porque um SGSSO exige um processo contínuo
de revisão e avaliação, dentro de um conceito de melhoria contínua.
É justamente na revisão e avaliação dos indicadores que a gerência
vai focar esforços para melhorias dos pontos fortes e minimização dos
impactos negativos.

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5 Principais elementos do sistema de gestão de segurança e


saúde ocupacional segundo a NBR 18801/2010

A NBR 18801/2010 baseia-se no modelo de sistema de ges-


tão de PDCA — Plan, Do, Check e Action (Planejar, Agir, Verificar
e Executar), com uma visão de melhoria contínua do desempenho
de forma espiralada, ou seja, a cada ciclo ela se torna mais evoluída,
mais abrangente e mais refinada, com definição de novos objetivos e
metas para manter o SGSSO alinhado à visão e à missão da organi-
zação.
Segundo Benite (2004) e a NBR 18801 (2010), os elementos
básicos de um SGSSO podem ser agrupados de forma sistemática
com base no ciclo PDCA – Plan, Do, Check, Act:
• PLAN – Planejamento do sistema: identificação, avaliação
e controle de riscos, gestão de mudanças, requisitos legais e
outros, objetivos de SSO e programas de gestão;
• DO – Execução do sistema: recursos, funções, responsabili-
dades, atribuições e autoridades, competência, treinamento
e experiência, procedimentos de SSO, comunicação, docu-
mentação, controle de documentos, controle operacional e
preparação e resposta a emergências;
• CHECK – Verificação dos resultados: monitoramento e me-
dição do desempenho, avaliação de conformidade, identifi-
cação e análise de incidentes e acidentes, não conformidade,
ação corretiva e ação preventiva, controle de registros e audi-
toria interna; e
• ACT – Introduzindo melhorias.

5.1 Participação dos trabalhadores, controle social e política de SSO


A participação dos trabalhadores nos assuntos pertinentes a
SSO deve ser assegurada pela alta administração e deve se dar atra-
vés da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com a
assistência do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do

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Trabalho (SESMT), devendo ser constante no nível em questão, sem-


pre pensando na melhoria contínua da organização e das condições
do ambiente de trabalho. Esta participação dos trabalhadores e inte-
ressados com representatividade devidamente constituídos e capaci-
tados visa que todos apliquem os princípios e métodos adequados de
gestão de SSO.
Também é papel da alta administraçao assegurar o acesso de to-
das as partes interessadas aos resultados das ações da gestão de SSO
estabelecidas pela organização. Os padrões devem ser documentados
e todos os envolvidos devem tomar conhecimento.
A política de SSO a ser implementada na organização, deve ser
apropriada ao tamanho e tipo de organização, visando à proteção
dos trabalhadores, empregados, contratados e às demais partes inte-
ressadas; é um valor que deve estar associado à própria sobrevivên-
cia da organização, envolvendo aspectos financeiros, éticos, imagem
institucional e social.
A política de SSO deve desenvolver a cultura de prevenção e
motivar comportamentos seguros, que possam ser adotados inclusive
fora dos locais de trabalho, de forma sistemática, considerando-se os
fatores socioeconômico-culturais de cada região.
A organização deve fundamentar seus objetivos e programas de
gestão da segurança e saúde ocupacional com base na política esta-
belecida, alinhando esta política à missão da organização de tal for-
ma que cada participante saiba exatamente de que forma contribui
para a concretização dos objetivos.
Esta política deve ser, assim como os objetivos, reavaliada criti-
camente em intervalos regulares planejados. Isto visa corrigir os des-
vios que vão surgindo quando se compara a política adotada com a
evolução das tecnologias e da própria organização.
Uma polítca bem desenvolvida assegura o cumprimento dos
requisitos legais pertinentes, a participação direta dos trabalhadores
e compromete a todos com a melhoria contínua na prevenção de
acidentes, doenças e incidentes relacionados ao trabalho, visando à

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redução dos infortúnios, em especial os que ameaçam a integridade


física e mental dos trabalhadores.

5.2 Identificação, avaliação e controle de riscos


A organização deve estabelecer, implementar e manter progra-
mas de gestão de SST para, além de atingir os objetivos, identificar,
avaliar e controlar os fatores de riscos, em intervalos planejados e
ajustados conforme necessário, para garantir que os objetivos sejam
alcançados, definindo responsabilidades e autoridades para atingir
os objetivos, em funções e em níveis relevantes da organização, bem
como meios e prazos para atingir os objetivos.
Para a norma NBR 18001/2010, a organização deve estabele-
cer, implementar e manter procedimentos para a identificação, avalia-
ção de riscos e efetivação adequada dos controles necessários, levan-
do em conta:
a) atividades de rotina e não rotineiras;
b) atividades de todas as pessoas que têm acesso aos locais de
trabalho;
d) fatores de risco identificados e originados fora do local de tra-
balho, capazes de afetar a segurança e saúde das pessoas sob
controle da organização;
e) concepção de áreas de trabalho, processos, instalações, equi-
pamentos/máquinas, procedimentos operacionais e organiza-
ção de trabalho, incluindo as interfaces com as características
biopsicossociais das pessoas envolvidas.

A metodologia para identificação e avaliação de risco deve ser


definida levando-se em conta o cenário existente ou futuro, a nature-
za do fator de risco e o momento de sua aplicação, de forma a asse-
gurar que seja proativa, além de prover a identificação, priorização da
análise de riscos e a consequente documentação dos resultados e a
aplicação de controles, apropriados à sua realidade.

Contribuições à Gestão no Judiciário Catarinense – Volume 2 241


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5.3 Gestão de mudanças


Na gestão de mudanças é necessário identificar os riscos de SSO
associados, sejam externos ou internos, e seus impactos sobre o SGS-
SO, antes da introdução de mudanças, garantindo que os resultados
destas avaliações sejam considerados na definição dos controles.
Quanto aos controles, deve ser seguida a hierarquia dos méto-
dos conforme as seguintes prioridades:
a) de engenharia;
b) de proteção coletiva;
c) administrativas ou de organização do trabalho;
d) de proteção individual;
e) de sinalização, rotulagem ou ambos.

5.4 Requisitos legais e outros


Seus objetivos, sempre que possível, deverão ser mensuráveis
e consistentes com a Política de SSO, incluindo seus compromissos
para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, em conformi-
dade com os requisitos legais aplicáveis e com as obrigações técnicas
assumidas pela organização em matéria de SSO.
Ao criar e definir procedimento para análise crítica periódica,
assegurando a manutenção do Sistema de SSO, e possibilitar a sua
adequação, a organização irá assegurar o cumprimento da legislação,
evitando multas, interdições e acidentes, devido a mudanças na polí-
tica nacional ou alterações de cunho social que comprometam a SSO.

5.5 Recursos, funções, responsabilidades, atribuições e autoridades


A responsabilidade pela SST e sua gestão na organização é da
alta administração e/ou do empregador, que devem demonstrar seu
compromisso definindo funções, responsabilidades e atribuições, de-
legando autoridade, para facilitar a gestão eficaz de SST, documen-
tando e comunicando as funções, as responsabilidades, as atribuições
e as autoridades que devem ser conhecidas em todos os níveis, as-

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segurando a disponibilidade dos recursos essenciais para estabelecer,


implementar, manter e melhorar o SGSSO.
A alta administração deve deter a responsabilidade específica
de SSO, independentemente de outras que já possui, e com funções
e autoridade definidas para assegurar que todas as pessoas no local
de trabalho assumam a responsabilidade pelos aspectos de SSO, in-
cluindo a aderência aos requisitos de SSO aplicáveis à organização.

5.6 Documentação e controle de documentos


Segundo Araujo, a organização “deve estabelecer e manter a
documentação para assegurar que os elementos do SGSSO possam
ser divulgados, consultados, compreendidos e eficazmente implanta-
dos” (ARAUJO, 2008, p. 156).
A organização deve proporcionar que a documentação do SGS-
SO esteja clara e seja apresentada de modo a ser compreendida por
todos, incluindo nestes documentos a sua política e objetivos do SSO,
sua descrição do escopo do SGSSO, as funções administrativas e as
responsabilidades fundamentais para implementação do SGSSO, pla-
nos, procedimentos, instruções e outros documentos internos utiliza-
dos no sistema. É importante que a documentação seja proporcional
ao nível de complexidade e riscos existentes, mas de modo a propor-
cionar o mínimo exigido para garantir a eficiência e eficácia.

5.7 Controle operacional


A organização deve identificar as operações e atividades que
estejam associadas aos riscos e para as quais seja necessário imple-
mentar medidas de controle para sua gestão como um todo e seus
reflexos em possíveis mudanças. Também há que incluir o compro-
misso de adoção de boas práticas na concepção dos seus projetos,
processos e instalações, de modo a assegurar a integridade de suas
operações e das pessoas.
Assim, devem ser implementados e mantidos adequadamente
controles operacionais aplicáveis às suas respectivas atividades e opera-

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ções, relacionados a produtos, equipamentos e serviços adquiridos, rela-


cionados com os contratados e outros visitantes no local de trabalho.

5.8 Preparação e resposta a emergências


Nenhuma atividade pode ser desenvolvida de forma totalmente
segura. Portanto a organização deve estabelecer, implementar e man-
ter procedimentos para identificar as potenciais situações e cenários
de emergência e preparar-se para responder às situações de emer-
gência e prevenir ou mitigar as consequências associadas adversas de
SSO.
É com base nos perigos existentes que a organização identifica
as hipóteses de emergências. Em toda mudança de cenário, seja por
novas instalações ou novas tecnologias implantadas, haverá a neces-
sidade de avaliação destas hipóteses de atendimento emergencial, e a
eficácia da resposta durante as emergências é derivada da qualidade
dos planejamentos e treinamentos realizados com a equipe de SSO e
interessados.
A organizaçao deve levar em consideração no planejamento as
necessidades pertinentes e relevantes das partes interessadas, como
serviços de emergência e seu entorno e a revisão periódica dos res-
pectivos procedimentos que, quando necessário, devem ser atualiza-
dos, em especial após ensaios periódicos e a ocorrência de situações
de emergência.

5.9 Monitoramento e medição do desempenho


Segundo Barreiros (2002 apud BENITE, 2004), as organizações
devem elevar a sua competência de julgamento analítico por meios
de informações atualizadas e que permitam a construção de “estraté-
gias consistentes para abordar seus problemas”.
A norma NBR 18801 afirma que a organização deve estabe-
lecer, implementar e manter procedimentos para monitorar e medir
periodicamente o desempenho de SSO. Estes procedimentos devem
conter medições qualitativas e quantitativas apropriadas às necessida-

244 Coleção Gestão Organizacional e Tecnologia em Recursos Humanos


Velcir Portella da Silva e Alexandre Marino Costa

des da organização, facilitando o monitoramento do grau de cumpri-


mento dos objetivos de SSO e da eficácia dos controles de SSO.

5.10 Avaliação de conformidade


A organização deve estabelecer, implementar e manter procedi-
mentos para avaliar periodicamente a conformidade com requisitos
legais aplicáveis e outros aos quais ela se obriga, e manter registros
dos resultados das avaliações periódicas. Com base nas avaliações,
ela pode efetuar realimentações sobre o desempenho em SSO.

5.10.1 Identificação e análise de incidentes e acidentes, não conformida-


de, ação corretiva e ação preventiva
A organização deve estabelecer, implementar e manter procedi-
mentos para registrar, investigar e analisar todos os incidentes e aci-
dentes, a fim de determinar deficiências de SSO e outros fatores que
possam causar ou contribuir para ocorrência de incidentes/acidentes.
O mesmo deve ocorrer em relação a não conformidade.
As análises devem ser realizadas nos prazos preestabelecidos
pelo sistema SGSSO. Qualquer necessidade identificada de ações
corretivas ou de oportunidades para ações preventivas deve ser trata-
da com as partes envolvidas.
A organização deve estabelecer, implementar e manter proce-
dimentos para tratar as não conformidades reais e potenciais e para
empreender ações preventivas e/ou corretivas. Os procedimentos de-
vem permitir identificar, investigar e avaliar as não conformidades de-
terminando suas causas.
Todas as ações preventivas e corretivas propostas devem ser
priorizadas conforme avaliação de risco. Os riscos gerados pelas mo-
dificações ou ações preventivas ou corretivas devem ser analisados e
controlados.

Contribuições à Gestão no Judiciário Catarinense – Volume 2 245


Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional

5.11 Controle de registros


A organização deve estabelecer, implementar e manter procedi-
mentos para a identificação, arquivo, proteção, recuperação, retenção
e eliminação dos registros, garantindo que os registros permaneçam
legíveis, identificáveis e rastreáveis conforme preceitos legais estabe-
lecidos.

5.12 Auditoria interna


A auditoria é uma avaliação sistemática para determinar se as
atividades e os resultados relacionados estão conforme o planejamen-
to e se o que foi implementado está em conformidade com a política
de SSO.
Portanto a organização deve garantir que auditorias internas do
SGSSO sejam realizadas em intervalos planejados para determinar se
o sistema está em conformidade com o planejamento, se foi devida-
mente implementado, se está sendo mantido, se é eficaz no atendi-
mento à política e objetivos da organização.
O programa de auditoria deve ser planejado, estabelecido, im-
plementado e mantido pela organização com base nos resultados das
avaliações de risco das suas atividades e nos resultados de auditorias
anteriores.
A seleção de auditores e a realização devem garantir a objetivi-
dade e a imparcialidade do processo de auditoria.

5.13 Monitoramento do SGSSO


A alta administração deve analisar criticamente o SGSSO da
organização em intervalos planejados, para assegurar sua contínua
adequação, suficiência e eficácia. Estas análises críticas devem incluir
a avaliação de oportunidades de melhoria e a necessidade de altera-
ções no SGSSO, incluindo a política e os objetivos da SSO.
As saídas das análises críticas devem ser consistentes com o
compromisso da organização com a melhoria contínua. Caso neces-

246 Coleção Gestão Organizacional e Tecnologia em Recursos Humanos


Velcir Portella da Silva e Alexandre Marino Costa

sário, devem incluir todas as decisões e as ações relacionadas com


possiveis mudanças na política e objetivos de SST, no desempenho
de SST e nos recursos empregados no SGSST e em outros elementos
do SGSST adotados devido às características da organização. Estas
mudanças então deverão ser disponibilizadas e comunicadas.

6 Considerações finais

No Poder Judiciário de Santa Catarina (PJSC) a missão é Rea-


lizar Justiça, assegurando a todos o acesso, com efetividade na pres-
tação jurisdicional e sua visão é a de ser reconhecido como um Judi-
ciário eficiente, célere e respeitado pela Sociedade. Em seus valores,
constam, entre outros, a modernidade, a transparência, a responsa-
bilidade social e ambiental e a valorização das pessoas. Nas opor-
tunidades de melhoria, no tangente ao aprendizado e crescimento,
existem dois objetivos: desenvolver a saúde e o clima organizacional
e garantir a infraestrutura apropriada, com responsabilidade socio-
ambiental. Para que toda esta estrutura seja desenvolvida e aplicada
com eficiência, eficácia e efetividade, há que se estruturar a seguran-
ça e saúde ocupacional de forma sustentável. Faz-se necessário e fun-
damental, portanto, que seja desenvolvido um SGSSO. É neste cená-
rio que o SGSSO, conforme NBR 18801:2010, vem ao encontro das
necessidades do Poder Judiciário Catarinense.
Diante disto, percebe-se que é necessário um ponto de partida
para esta criação. E este ponto pode ser marcado tomando-se por
base a norma regulamentadora ABNT NBR 18801:2010. Porém, a
criação do SGSSO deve ser fruto de trabalho aprofundado, razão
pela qual este artigo deixa como proposta a exploração futura desse
espaço com consequente criação de um modelo próprio ao PJSC.

Contribuições à Gestão no Judiciário Catarinense – Volume 2 247


Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


18801: Sistema de gestão da segurança e saúde no trabalho:
requisitos. Rio de Janeiro, 2010.

BENITE, Anderson Glauco. Sistemas de gestão da segurança e


saúde no trabalho. São Paulo: O Nome da Rosa, 2004.

MELO, Fábio Marin. Modelo de Implementação de um Sistema


de Gestão Integrada em Qualidade, Meio Ambiente, Saúde
e Segurança Ocupacional – QMASSO: Um Modelo Voltado
para a Cultura Organizacional e os Aspectos Comportamentais.
Originalmente apresentada como dissertação de mestrado.
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2004.

ARAUJO, Giovanni Moraes de. Sistema de Gestão de Segurança


OHSAS 18.001. 2. ed. Rio de Janeiro: GVC, 2008.

VIEIRA, Sebastião Ivone. Manual de saúde e segurança do


trabalho: segurança, higiene e medicina do trabalho. São Paulo: LTr,
2005. Vol. 3.

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