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Necessidades Individuais do Idoso

em contexto Institucional

UFCD 3548
Duração de 50 horas
23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 1
Objetivos

Executar os cuidados de higiene e parciais da pessoa idosa

Executar as medidas de higiene geral relativas ao meio


ambiente que envolve a pessoa idosa
Executar as medidas de promoção do bem-estar da pessoa
idosa

Reconhecer a realidade das Instituições de apoio à pessoa


idosa

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Conteúdos Programáticos

Cuidados de higiene

Cuidados parciais

Cuidados totais

Higiene geral

Limpeza e desinfeção dos espaços e isntalações

Limpeza e desinfeção dos equipamentos e materiais

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Conteúdos Programáticos
Medidas de promoção do bem estar

Limpeza e desinfeção individual e colectica

Prevenção das úlceras de pressão

Prevenção do risco de acidentes

Prevenção do isolamento e imobilismo da pessoa idosa

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Conteúdos Programáticos

Medidas de promoção do bem estar

Utilização de meios de primeiros socorros

Adequação de ementas

Distribuição e fornecimento das refeições

Acompanhamento de refeições

Situações de emergência

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Conteúdos Programáticos

Geriatria – Práticas profissionais

Observação participativa do quotidiano

Análise e compreensão das situações observadas

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Processo de Envelhecimento

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Processo de Envelhecimento

Processo dinâmico e progressivo

Modificações morfológicas, funcionais, bioquímicas, e psicológicas

Determinam a perda da capacidade de adaptação do


indivíduo ao ambiente

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Processo de Envelhecimento

Melhoria dos cuidados de saúde

Aumento da longevidade da população

Maior prevalência das doenças crónicas

Aumento da dependência nas actividades da vida diária e declínio das


capacidades cognitivas.

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Atividades instrumentais da vida diária

Atividades básicas de vida diária

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Usar telefone

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Fazer compras

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Lida da casa

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Lavagem da roupa

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Uso de transportes

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Gerir dinheiro

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Preparar medicação

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Atividades instrumentais da vida diária

Refere-se à realização das actividades instrumentais que


compreendem oito tarefas:

Preparação da alimentação

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Comer

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Higiene pessoal

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Uso dos sanitários

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Tomar banho

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Vestir e despir

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Deambular

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Controlo de esfíncteres

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Transferência

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Atividades básicas de vida diária

Refere-se à realização de nove atividades básicas de vida diária:

Uso de escadas

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Níveis de dependência nas AVD

Dependente em grau elevado

Depende totalmente de terceiros para a realização da AVD

Não participa

Dependente em grau moderado

Depende de forma parcial de terceiros para a realização da AVD

Participa parcialmente

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Níveis de dependência nas AVD

Dependente em grau reduzido


Necessita de produtos de apoio ou acabamentos/supervisão
de terceira pessoa

Independente

Realiza a AVD de forma independente

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Ajuda nas AVD
Substituir

O cuidador substitui na totalidade o idoso na realização da


AVD

Assistir

O cuidador auxilia o idoso na realização da AVD

Supervisionar
O cuidador supervisiona o idoso na AVD intervindo se
necessário

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Higiene pessoal

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Higiene pessoal/Tomar banho

A higiene pessoal é importante durante toda a vida e a 3ª


idade não constitui excepção.

Contribui para o bem estar, fisico e mental promovendo a


saude e prevenindo a doença.

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Higiene pessoal/Tomar banho

NUNCA ESQUECER

INCENTIVAR A PESSOA

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NORMAS

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ISO

é a sigla de International Organization


for Standardization, ou Organização
Internacional para Padronização.

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ISO

vem do grego ”isos” que significa "igual“

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ISO

A série de normas ISO, foram criadas com o objetivo de

melhorar a qualidade de produtos e serviços.

A ISO começou a funcionar oficialmente no ano de

1947.

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ISO
Foi criada, a partir de uma reunião internacional
para a definição do conjunto de melhores práticas
de qualidade a serem adotadas para atender os
clientes.

A empresa que escolhe seguir estas normas, deverá


estipular as metas a serem atingidas para obter a
certificação.
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ISO

Para uma empresa receber qualquer certificado da ISO,


ela deve passar por um projeto com diversas fases,
para garantir que a implementação dos processos é
feita corretamente.

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ISO
Segundo a Organização Internacional de Normalização - ISO

é todo e qualquer produto especialmente produzido ou


geralmente disponível, para prevenir, compensar,
monitorizar, aliviar ou neutralizar as incapacidades,
limitações das actividades e restrições na participação.

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São materiais, equipamentos ou sistemas utilizados para
compensar a incapacidade na execução das atividades
de vida diárias.

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ISO

A ISO promove a normatização de empresas e


produtos, para manter a qualidade permanente.

As normas mais conhecidas são a ISO 9000, ISO 9001,


ISO 14000 e ISO 14064.

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ISO

As normas ISO 9000 e 9001, são as principais normas


relacionadas ao modelo de gestão da qualidade.

Essas normas são utilizadas por empresas que desejam utilizar


sistemas de gestão e serem certificadas por meio desse
organismo internacional.

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Normas que podem ser utlizadas pelas organizações

ISO 9001 – um sistema de gestão da qualidade


promove a satisfação do cliente e evita o produto ou
serviço não conforme;

ISO 14001 – um sistema de gestão ambiental conduz à


redução de acidentes ambientais e redução de custos
através da melhoria da eficiência dos processos.

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Normas que podem ser utlizadas pelas organizações

OHSAS 18001 / NP 4397 – um sistema de gestão da


segurança e saúde do trabalho tem como principal
benefício a redução de acidentes de trabalho e doenças
profissionais, bem como a satisfação e motivação dos
colaboradores.

ISO 22000 – um sistema de gestão da segurança


alimentar que aumenta a confiança dos clientes e
consumidores, pela adoção de padrões elevados de
conformidade alimentar.
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Normas que podem ser utlizadas pelas organizações

ISO 50001 – um sistema de gestão de energia promove


a eficiência energética na organização.

ISO 27001 – um sistema de gestão de segurança da


informação promove a confidencialidade e integridade
da informação, garantido a continuidade do negócio.

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Produtos de apoio

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene

Banco

Cadeira fixa na parede e Cadeira fixa na parede rebatível

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Tábua de banho para banheira

Cadeira de banho para banheira

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene

Cadeira de banho giratória para banheira

Cadeira higiénica

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene

Tapete antiderrapante

Barras de apoio de aço inoxidável

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Barra de apoio de banheira Barras de apoio com ventosas

Maca de banho

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Elevador para banheira

Escova de cabo adaptado

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Escova para pés

Escova lava a cabeça

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Pente e escova de cabo longo

Lava cabeças para acamados insuflável

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene

Espelho inclinado Escova de dentes elétrica

Espremedor de tubos

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Produtos de apoio
Cuidados de higiene
Aplicador de creme

Máquina de barbear eléctrica

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Produtos de apoio
Vestir e despir
Abotoador com gancho para fechos de correr

Utensílio para ajudar a vestir e despir

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Produtos de apoio
Vestir e despir
Calçadeira de cabo longo para sapatos

Cordões elásticos para calçado

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Produtos de apoio
Vestir e despir
Calçadeira para meias e colãs

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Produtos de apoio
Vestir e despir
Pijama com fecho entre pernas

Pinça

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Infeção Associada aos Cuidados de
Saúde (IACS)

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INFEÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Definição

Infecção resultante da prestação de cuidados de saúde, não


presente ou em incubação aquando a admissão, surgindo
depois de 48 horas.

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INFEÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Impacto humano e socio económico das IACS

Diminuição da qualidade de vida

Aumento da morbilidade e da mortalidade hospitalar

Prolongamento da hospitalização

Prescrição de anQbióticos e de outras terapêuticas


dispendiosas

Aumento dos custos indirectos

Resistência anQbiótica - doença infecciosa emergente

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INFEÇÃO ASSOCIADA AOS CUIDADOS DE SAÚDE
Factores que influenciam o desenvolvimento de IACS

Agente microbiano

Susceptibilidade do hospedeiro

Factores ambientais

Resistência bacteriana

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FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O DESENVOLVIMENTO DE IACS
O Agente microbiano

Virulência intrínseca (capacidade de causar doença grave)


Quantidade de material infeccioso (inóculo)
Resistência bacteriana
Fungos
Bactérias

Parasitas
Vírus

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FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O DESENVOLVIMENTO DE IACS
Características inerentes ao hospedeiro
Idades extremas (prematuro, lactente, idoso)

Estados nutricionais desiquilibrados

Lesões na pele ou membranas mucosas

Doenças crónicas

Habitos de Risco (álcool, tabaco, drogas)

Patologia iatrogénica (depressores da tosse, narcóticos)

Uso de terapêuticas imunossupressoras

Uso de técnicas de diagnóstico e terapêutica invasivas

Internamentos frequentes

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FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O DESENVOLVIMENTO DE IACS
As pessoas são o centro do fenómeno

Principal
transmissor

Principal Receptor de
reservatório microrganismos

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FACTORES QUE INFLUÊNCIAM O DESENVOLVIMENTO DE IACS
Factores ambientais

Grande concentração de doentes no hospital (sobrelotação)

Mobilidade de doentes

Contaminação de objectos e superfícies

Temperatura e grau de humidade

VenQlação (AC)

Solo e água contaminados

Alimentos não lavados

Aerossóis

Dispositivos e equipamentos médicos não higienizados

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Vias de transmissão de
microorganismos

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

Como se transmitem os microorganismos?

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

Contacto Aerossóis
• Direto
• Indireto Ingestão

Gotículas Via percutânea


• Direto
• Indireta

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS
Contacto

Directo de pessoa a pessoa (mãos) durante a prestação de


cuidados directos ao doente.

Indirecto através de equipamento contaminado como o


estetoscópio, batas, etc…

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS
Gotículas

Os microorganismos têm uma passagem breve pelo ar.


São expelidos através da tosse, espirro e da fala.
As gotículas atingem apenas 2 m a partir do hospedeiro.

A sua transmissão pode ser direta e indireta:


• Direta – as gotículas atingem as mucosas e são inaladas
• Indireta – as gotículas depositam-se nas superfícies entrando
depois em contacto com as mucosas.

Ex: Gripe e vírus do Sarampo.

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS
Aerossóis

Pequenas partículas que devido ao seu baixo peso ficam


suspensas no ar, podendo ser inaladas.

As partículas podem manter-se no ar durante longos períodos


e deslocar-se a grandes distâncias conforme as correntes de
ar presentes.

Ex: Tuberculose Pulmonar

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

Ingestão

Esta via não é muito frequente

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VIAS DE TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

Percutânea

Esta via inclui os acessos vasculares, acidentes com


instrumentos cortantes ou perfurantes e picadas de
insectos.

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Prevenção da transmissão de
microorganismos

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PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

As IACS podem ser evitadas?

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PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

1/3 das IACS podem ser evitadas!

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PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS
Precauções Padrão/Básicas

São um conjunto de medidas que devem ser cumpridas sistematicamente, por todos
os profissionais que prestam cuidados de saúde, a todos os doentes,
independentemente de ser conhecido o seu estado infeccioso.

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PREVENÇÃO DA TRANSMISSÃO DE MICROORGANISMOS

Precauções Padrão/Básicas

• Colocação de doentes

• Controlo ambiental – Limpeza e desinfeção de espaços e instalações

• Descontaminação do equipamento clínico

• Manuseamento seguro da Roupa

• Higiene das mãos

• Recolha segura de resíduos

• Utilização de equipamento de proteção individual (EPI)

• Práticas seguras na preparação e administração de injetáveis

• Exposição a agentes microbianos no local de trabalho

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COLOCAÇÃO DE DOENTES
Isolamento

Os utentes que representem um risco acrescido de


transmissão de microorganismos, devem ser colocados num
local que minimize esse risco.

Deve-se evitar deslocações desnecessárias do doente entre


enfermarias ou entre serviços.

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COLOCAÇÃO DE DOENTES
Isolamento

Selecionar o tipo de isolamento de acordo com as patologias e


as vias de transmissão previstas.

As áreas de isolamento devem conter os


materiais, equipamentos e infraestruturas
que permitam a contenção na fonte e a
individualização de materiais.

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COLOCAÇÃO DE DOENTES
Isolamento
Entende-se por isolamento de contenção o estabelecimento de barreiras
físicas de modo a reduzir a transmissão dos microrganismos.

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COLOCAÇÃO DE DOENTES

Está indicado em todos os doentes com suspeita ou confirmação


de estarem infectados ou colonizados por microrganismos
epidemiologicamente importantes, que possam ser transmitidos
por contacto directo ou indireto com o doente.

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COLOCAÇÃO DE DOENTES

Deve ser colocado sempre que possível num quarto individual

Quando não existir quarto individual disponível:


• Colocar o doente num quarto com outro doente com
infecção pelo mesmo agente, mas sem outras infecções

• Se não for possível o agrupamento, manter cortinas


separadoras de pelo menos um metro entre o doente
infectado e os outros doentes e visitantes

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COLOCAÇÃO DE DOENTES
USO DE LUVAS
As luvas (que não precisam de ser estéreis) devem calçar-se à
entrada do quarto ou área de isolamento e retiradas antes de
sair do quarto

Higienizar as mãos imediatamente após retirar as luvas

Depois de descalçar as luvas e lavar as mãos, assegurar-se


que não toca em nenhum objecto ou superfície
potencialmente contaminada

Trocar de luvas após contacto com material infectante que


possa conter grandes concentrações de microrganismos
(material fecal ou exsudado de feridas)
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COLOCAÇÃO DE DOENTES

USO DE BATA OU AVENTAL

Usar bata ou avental

Retirar a bata ou avental antes de sair do quarto

Após retirar a bata, o fardamento não deve contactar com


superfícies potencialmente contaminadas

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COLOCAÇÃO DE DOENTES

MÁSCARA FACIAL E PROTECÇÃO OCULAR


Protege as membranas mucosas dos olhos, nariz e boca
durante procedimentos potencialmente geradores de salpicos
de sangue, fluidos corporais, secreções ou excreções

Usar máscara sempre que seja necessário trabalhar a menos


de um metro do doente ou executar procedimentos geradores
de gotículas

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COLOCAÇÃO DE DOENTES

USO DE PROTECÇÃO RESPIRATÓRIA (RESPIRADOR)


Todas as pessoas que entram no quarto do doente isolado,
deverão usar máscara de alta eficiência que devem cumprir as
recomendações europeias (EN 149:2001 FPP2), com capacidade
de filtragem de 95% das partículas.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E
INSTALAÇÕES

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

A área deve ser segura para a prática de cuidados, o


que inclui a limpeza e manutenção

A limpeza e a manutenção das superfícies estruturais são


medidas fundamentais no controlo da qualidade do ambiente
de uma unidade prestadora de cuidados de saúde

Reduz o nº de
Reduz o riso de
Limpeza microrganismos
infeção
no ambiente

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Procedimentos de limpeza e desinfecção das instalações adequados e eficazes


bem como o uso equipamentos adequados

Mais segurança do doente


Mais confiança dos utilizadores
Melhores condições de trabalho

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Limpeza – Operação de permite a remoção de sujidade através da

acção mecânica (fricção), \sica (temperatura) e química

(detergente). A sua eficácia prevê uma redução de cerca de 80 a

85% dos microrganismos.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Desinfecção – Processo que permite destruição da maior parte dos

microrganismos patogénicos por acção térmica (temperatura) ou

química (desinfectante). A sua eficácia prevê a redução de cerca de

90 a 99,9% dos microrganismos.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Classificação das Àreas

Zona A - Sem contacto com doentes (p.ex., administração, biblioteca)


Limpeza doméstica normal

Zona B - Área de doentes não infectados e sem grande susceptibilidade


limpeza com detergente ou desinfectante

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Zona C - Doentes infectados (enfermarias de isolamento)


limpar com desinfectante, utilizando equipamento de limpeza
individual para cada quarto

Zona D - Doentes altamente susceptíveis, ou áreas protegidas, tais


como: salas operatórias, salas de parto, unidades de cuidados
intensivos, unidades de neonatologia, salas de trauma ou unidades de
hemodiálise
limpar com desinfectante utilizando equipamento de limpeza
individual para cada quarto/área.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Principios gerais da limpeza

O método de limpeza adoptado


deve ser o húmido.

Qualquer método de limpeza que


levante pó deve ser excluído

A limpeza deve ser realizada do local


mais limpo para o mais sujo.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Principios gerais da limpeza

Iniciar a limpeza pelo mobiliário e elementos, seguido das paredes


e, por fim, o pavimento

Os materiais de limpeza devem ser exclusivos para cada área,


nomeadamente panos e mopas, diminuindo assim a probabilidade
de redistribuição de microrganismos

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Principios gerais da limpeza

As cores dos panos de limpeza, que indicam qual a superfície a


limpar, devem ser cumpridas
As superfícies devem ficar secas, pois o ambiente húmido é favorável
à proliferação de microrganismos

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Principios gerais da limpeza

Devem ser cumpridas as diluições dos detergentes de acordo com o


fabricante

Preparar diluições de detergentes /desinfetantes, num local limpo e


com as mão higienizadas.
Lavar os recipientes com frequência
As mopas e panos devem ser encaminhados para a lavandaria, a fim
de se proceder à sua lavagem

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Método

Colocar equipamento de proteção individual (avental, luvas…)

Retirar os sacos de resíduos (fechar e colocar no carro) e substituir


o saco

Proceder à limpeza de acordo com o


sistema adoptado e com os detergentes e
desinfetantes em uso (salvo indicação
prévia)

Dispor a sinalética identificativa de piso


molhado sempre que necessário
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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Método

Nos quartos com utentes com medidas de isolamento


implementadas, o material usado na lavagem do chão deve ser
limpo no final da limpeza (cabo e plataforma)

Retirar o equipamento de
proteção Individual antes de
abandonar cada área e proceder
à higienização das mãos

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Lavar ou desinfetar o chão e superfícies?

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

Lavagem do chão com água e Redução microbiana


detergente de 80%

Lavagem/Desinfeção do chão com Redução microbiana


água detergente e desinfetante de 94%–99,9%

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

As superfícies tornam-se um reservatório importante de


microrganismos facilitando a transmissão cruzada através das
mãos.

Algumas delas foram associadas a surtos de infeção

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Evidência epidemiológica para o uso de desinfetantes ou
detergentes nas superfícies
USO DE DESINFETANTE

A superfícies contribuem para a transmissão de microorganismos


epidemiológicamente importantes

Superficies com sangue ou fluidos potencialmente contaminados


devem ser desinfectadas

Os desinfetantes são mais eficazes que os detergentes na redução


da carga microbiana

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Evidência epidemiológica para o uso de desinfetantes ou
detergentes nas superfícies
USO DE DESINFETANTE
Os detergentes ficam contaminados mais facilmente do que os
desinfetantes, resultando na distribuição dos microorganismos no
ambiente do utente.

O uso de um produto único na limpeza de pisos, superfícies e


equipamentos clínicos facilita a adesão às praticas.

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LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Evidência epidemiológica para o uso de desinfetantes ou
detergentes nas superfícies
USO DE DETERGENTE

As superficies não críticas contribuem minimamente para infeções


associadas aos cuidados de saúde
Não existem diferenças de taxas de infeções aquiridas entre hospitais que
limpam ou desinfetam as superficies (no entanto são estudos pequenos,
com pouca duração sem grande significado estatístico)

Menor impacto ambiental (água e solos) no seu desperdício.

Sem impacto na saúde dos trabalhadores

Chão estéticamente mais agradável.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 111


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES

A DGS não aconselha a desinfeção das superfícies por rotina,


ficando assim restrito para situações de derrames ou salpicos de
sangue ou outra matéria orgânica contendo sangue.

Ela afirma que a desinfeção por rotina e os seus protocolos não


devem ser alterados (tendo em consideração a baixa resistência dos
micorganismos aos desinfetantes).

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 112


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Procedimento específico: derrame de matéria orgânica

Salpicos ou pequeno derrame (< 30 ml)

Remover com toalhetes ou resguardo embebido em hipoclorito de

sódio (lixívia) na diluição de 10 ml de lixívia em 100 ml de água

Lavar normalmente

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 113


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE ESPAÇOS E INSTALAÇÕES
Procedimento específico: derrame de matéria orgânica

Derrame maior (>30 ml)

Absorver primeiro o mais possível com toalhetes ou resguardo para


evitar a dispersão dos líquidos

Cobrir o derrame com toalhetes ou resguardo e acrescentara


solução de lixívia, na diluição atrás descrita, até ficarem saturados

Aguardar cerca de cinco minutos

Remover os toalhetes ou resguardos e lavar com água e detergente

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 114


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 115


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Biofilmes

O biofilme é uma comunidade organizada de microrganismos aderidos a


uma super\cie.
Podem formar-se em várias surpefícies:
– Tecidos vivos (pele, mucosas, plantas)
– Dispositivos médicos (algália, cateter venoso central, próteses)
– Condutas de água
A associação dos organismos em biofilmes constitui uma forma de
protecção ao seu desenvolvimento, favorecendo relações simbióticas e
permitindo a sobrevivência em ambientes hostis.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 116


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Biofilmes

Como se forma o Biofilme?

1. Os microrganismos aderem a uma super\cie e multiplicam-se;

2. Reestruturam-se de forma a conseguirem sobreviver

eficazmente nessa superfície;

3. Produzem uma matriz extracelular que agrega as bactérias e

lhes confere proteção contra antimicrobianos e e contra as

defesas do hospedeiro;

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 117


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Biofilmes

4. Utilizam estratégias para sobreviverem e se adaptarem ao meio

ambiente.

5. Quando os nutrientes e oxigénio se esgotam os microrganismos

das camadas superiores desagregam-se do biofilme e

movimentam-se para um local mais favorável.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 118


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Biofilmes

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 119


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

O Equipamento clínico pode constituir fonte de infeção


quando inadequadamente descontaminado.
LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Todo o material tem de ser lavado antes de qualquer processo de


desinfeção ou esterilização.

Nível de descontaminação
Lavagem

Desinfeção

Esterilização

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 121


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Nivel de Risco Tipo de descontamicação Exemplos


Material Crítico Esterilização Implantes, instrumentos
Todo o material que penetra cirúrgicos, agulhas, sistemas
nas cavidades estéreis ou no de soros
organismo do doente por
ruptura das camadas da
pele e mucosas

Material Semi-Crítico Esterilização, Desinfeção de Lâminas de laringoscópio,


Todo o material que entra Alto nivel ou nivel endoscópios
em contacto com mucosas intermédio
ou pele não íntegra

Material Não Crítico Limpeza, desinfeção de Braçadeiras, marquesas,


Todo o material que entra baixo nível mesas de apoio, chão
em contacto com a pele
íntegra ou que não entra em
contacto com mucosas

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 122


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Lavagem

Lavagem é o processo de remoção de material orgânico e inorgânico de


objetos, utilizando água e detergente ou produtos enzimáticos.

A lavagem é sempre requerida antes de qualquer processo de desinfeção


ou esterilização.

Se o processo de lavagem não for eficaz, os restantes processos vão ser


comprometidos.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 123


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Desinfeção

Processo utilizado para reduzir, inativar ou eliminar microrganismos


patogénicos de uma superfície

• Física – desinfeção térmica pelo aumento da temperatura (através


de máquinas de lavar/desinfetar)

• Química – desinfetantes (métodos manuais e mecânicos)

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 124


NIVEISE DE
LIMPEZA DESINFEÇÃODE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
DESINFEÇÃO

ALTO NÍVEL
DESTRÓI TODAS AS BACTÉRIAS
VEGETATIVAS, VIRUS MAS NÃO TODOS OS
ESPOROS

NÍVEL INTERMÉDIO
DESTRÓI TODAS AS BACTÉRIAS
VEGETATIVAS, MAS NÃO TODOS OS VÍRUS E
ESPOROS

BAIXO NÍVEL
DESTRÓI A MAIOR PARTE DAS BACTÉRIAS
PATOGÉNICAS E ALGUNS VÍRUS

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 125


LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Efetividade do Desinfetante
Concentração e quantidade
• Para cada situação é importante uma adequada concentração e
quantidade de desinfectante.

Tempo de contacto e temperatura


• Deve ser considerado o tempo e temperatura adequada para a
acção do desinfectante. Estes fatores podem depender do grau
de contaminação e da carga de matéria orgânica presente na
super\cie, presença de biofilmes ou tipo de microganismo
presente
23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 126
LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS

Esterilização

Processo capaz de destruir todas as formas de vida microbiana


conferindo aos materiais isenção de microrganismos.

Agentes Químicos
• Plasma de Peróxido de Hidrogénio - Agua oxigenada
• Óxido de Etileno e o Formaldeído - Gás inflamável
• Glutaraldeído – líquido oleoso desinfectante
Agentes Físicos
• Calor húmido
• Radiações
• Variação de pressão

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 127


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 128


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA

É o serviço de lavandaria que processa toda a roupa da unidadede


saúde.

Lavandaria

Dentro das
instalações da
Lavandaria Comercial
unidade

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 129


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA

Circuitos limpos
Tratamento
da roupa - Circuitos Sujos
lavandaria

Armazenamento Acondicionamento
roupa suja de roupa limpa

Uso da
roupa
limpa

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 130


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa suja

Manusear o mínimo possível e com a menor agitação para


evitar a contaminação microbiana do ar, superfícies e das
pessoas que manipulam a roupa

Não colocar directamente no


chão ou em zonas limpas

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 131


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa suja

Roupa muito contaminada com sangue ou outros fluídos


corporais podem ser colocadas em sacos diferenciados.

A roupa deve separada no local mais próximo da sua


produção e acondicionada em sacos para transporte

Na roupa muito suja tentar remover a sujidade possível com


luvas

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 132


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa suja

Os sacos para acondicionamento podem ser em plástico ou


em tecido

Os sacos devem ser devidamente fechados ao atingirem os


2/3 da capacidade

Os sacos fechados devem ser colocados em lugar seguro para


recolha e transporte directo para as instalações da lavandaria

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 133


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa suja

Quando a lavandaria é externa, deve ser previsto um local


central e seguro das instalações para onde é enviada a roupa
dos diferentes serviços enquanto aguarda o transporte para a
lavandaria. Este local deve ser fisicamente separado da área
de recepção da roupa limpa.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 134


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa limpa

De preferência, após a lavagem, toda a roupa deve ser


acondicionada em embalagens de plástico, e permanecer
integra até à sua uQlização.

Deve ser transportada devidamente acondicionada e


armazenada de forma que impeça a manipulação acidental
pelos profissionais ou contaminação por poeira ou outras
particulas em suspensão do ambiente ou equipamento.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 135


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa limpa

O transporte manual da roupa não é recomendável, mesmo


se embalada pelo risco de ruptura da embalagem.

A roupa limpa é
acondicionada numa área
reservada para o efeito, de
preferência em armários
fechados.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 136


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Roupa limpa

A roupa colocada em prateleiras, deverá estar afastada do


pavimento paredes e tecto para prevenir a contaminação da
roupa por insectos ou outras pragas.

Cada serviço deve ter uma área designada para arrumar a


roupa, esta área deve ser limpa regularmente.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 137


MANUSEAMENTO SEGURO DA ROUPA
Recomendações Gerais

Toda a roupa usada deve ser considerada como contaminada

A roupa limpa deve ser acondicionada numa área reservada para o efeito, de

preferência em armários fechados. As prateleiras devem ser de material lavável

que suporte a limpeza e desinfeção

A roupa deve ser colocada num local apropriado e fechado, ao abrigo do calor,

bem ventilado e inacessível a crianças e animais

A roupa limpa e suja deve seguir circuitos de limpos e sujos previamente

estabelecidos

A lavandaria deve ter barreiras sanitárias dividindo a área de limpos e sujos

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 138


RESÍDUOS HOSPITALARES

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 139


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS
Resíduos Hospitalares

Resíduos hospitalares, são todos os resíduos resultantes de atividades


desenvolvidas em unidades de prestação de cuidados de saúde,
atividades de prevenção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e
investigação, relacionada com seres humanos ou animais, em
farmácias, em atividades médico legais, de ensino e em quaisquer
outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como acupunctura,
colocação de piercings e tatuagens.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 140


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Gestão integrada de resíduos

• Triagem
• Deposição

• Armazenamento
• Transporte

• Tratamento
• Valorização

Eliminação de resíduos

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 141


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Estes resíduos estão caracterizados em quarto grupos


distintos com a finalidade de triar :

Grupo I

Grupo II

Grupo III

Grupo IV

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 142


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Grupo I - Resíduos Equiparados a Urbanos

Não apresentam exigências especiais de tratamento

Resíduos provenientes de serviços gerais (gabinetes, salas de reunião,


salas de convívio, instalações sanitárias, vestiários, etc.)

Resíduos de serviços de apoio (como oficinas, jardins, armazéns e outros)

Embalagens e invólucros comuns (como papel, cartão, mangas mistas e


outros de idêntica natureza)

Resíduos provenientes da hotelaria resultantes da confecção e restos de


alimentos servidos a doentes não incluídos no grupo III

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 143


fig. 1- mangas mistas fig. 2- restos de comida

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 144


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Grupo II – Resíduos hospitalares não perigosos

Não estão sujeitos a tratamentos específicos podendo ser equiparados a


urbanos
Material ortopédico: talas, gessos e ligaduras gessadas não contaminados
e sem vestígios de sangue

Fraldas e resguardos descartáveis não contaminados e sem vestígios de


sangue
Material de proteção individual utilizado nos serviços gerais e de apoio,
com exceção do utilizado na recolha de resíduos
Embalagens vazias de medicamentos ou de outros produtos de uso clinico
e ou comum, com exceção dos incluídos no Grupo III e no grupo IV
Frascos de soros não contaminados, com exceção dos do grupo IV

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 145


fig. 3- tala gessada

fig. 4- ligaduras

fig. 6- embalagem de uso clínico


fig. 5- fraldas descartáveis
23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 146
RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Grupo III – Resíduos hospitalares de risco biológico

Resíduos contaminados ou suspeitos de contaminação, susceptíveis de


inceneração ou de outro pré-tratamento eficaz, permitindo posterior
eliminação como resíduo urbano

Todos os resíduos provenientes de quartos ou enfermarias de doentes


infecciosos ou suspeitos, de unidades de hemodiálise, de blocos
operatórios, de salas de tratamento, de salas de autopsia e de anatomia
patológica, de patologia clínica e de laboratórios de investigação, com
exceção dos do grupo IV
Todo o material utilizado em diálise
Peças anatómicas não identificáveis
Resíduos que resultam de administração de sangue e derivados
Sistemas utilizados na administração de soros e medicamentos, com
exceção dos do grupo IV

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 147


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS

Grupo III – Resíduos hospitalares de risco biológico


Sacos colectores de fluidos orgânicos e respectivos sistemas

Material ortopédico: talas gessos e ligaduras gessadas


contaminados ou com vestígios de sangue

Material de prótese retirado a doentes


Fraldas e resguardos descartáveis contaminados ou com

vestígios de sangue
Material de proteção individual utilizado em
cuidados de saúde e serviços de apoio geral em que haja contacto com
produtos contaminados (como luvas, mascaras, aventais e outros)

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 148


fig. 8- materiais usados na hemodiálise
fig. 7- materiais usados na diálise

fig. 9- seringa com sangue


fig. 10-material usado na
transfusão de sangue
23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 149
RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS
Grupo IV – Resíduos hospitalares específicos
Resíduos de vários tipos de incineração obrigatória

Peças anatómicas identificáveis, fetos e placentas, até publicação de


legislação especifica

Cadáveres de animais de experiência laboratorial

Materiais cortantes e perfurantes: agulhas,


cateteres e todo o material invasivo;

Produtos químicos e fármacos rejeitados, quando


não sujeitos a legislação específica;

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 150


fig. 11- peças anatómicas, feto e placentas fig. 13- produtos químicos de
fármacos rejeitados

fig. 12- materiais invasivos, cateteres e agulhas


fig. 14- citostáticos

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 151


CLASSIFICAÇÃO/TRATAMENTO
DOS RESÍDUOS
NÃO CONTAMINADOS CONTAMINADOS
(NÃO PERIGOSOS) (PERIGOSOS)

GRUPO I GRUPO II GRUPO III GRUPO IV

Equiparados a De uso clínico mas


Risco biológico Específicos
urbanos não contaminados

Aterro Sanitário Aterro Sanitário Autoclavagem Incineração

SACO PRETO SACO BRANCO RESERVATÓRIO


AMARELO
23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 152
RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS - Exercício

Grupo I e II Grupo III Grupo IV

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 153


TRATAMENTO DOS RESÍDUOS HOSPITALARES

Incineração – Os resíduos sólidos são submetidos a uma


gaseificação, após a qual, através reações de oxidação, são
obtidos sobretudo, dióxido de carbono e água.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 154


Desinfeção - Esta pode ser química ou térmica, podendo ser
realizada por um tratamento químico, por autoclavagem ou
por uma técnica de microondas.

Este tipo de tratamento permite que os resíduos resultantes


do tratamento sejam encaminhados para o circuito normal
dos resíduos sólidos e urbanos sem que a saúde pública seja
colocada em causa.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 155


Desinfeção Química - A desinfeção química é utilizada,
maioritariamente, para a descontaminação de resíduos com
sangue, de resíduos provenientes de laboratórios de
microbiologia e, ainda, de líquidos orgânicos.

Esta desinfeção é feita através de vários processos que envolvem


os resíduos em soluções desinfetantes e germicidas.

É realizada, também, uma trituração (antes ou depois dos


resíduos serem envolvidos nas soluções) e uma compactação.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 156


Desinfeção Térmica - A desinfeção térmica pode ocorrer através
da autoclavagem (aparelho para esterilizar) ou de microondas.

A autoclavagem é definida como “um tratamento bastante usual


que consiste em manter o material contaminado a uma
temperatura elevada e em contacto com vapor de água, durante
um período de tempo suficiente para destruir potenciais agentes
patogénicos ou reduzi-los a um nível que não constitua risco.

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 157


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS
Recomendações Gerais

Os sacos de resíduos devem ser devidamente fechados ao


atingirem 2/3 da sua capacidade;

Cumprir circuitos de sujos de forma a evitar cruzamentos com


circuitos de limpos;

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 158


RECOLHA SEGURA DE RESÍDUOS
Recomendações Gerais

O resíduos deverão ser transportados num carro destinado


para o efeito, sendo que após cada utilização deve ser
limpo/desinfetado

Todo o manuseamento de resíduos implica o uso de


Equipamento de Proteção Individual

23-Aug-17 Formadora Amélia Andrade 159

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