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23/05/2018

Prof. Eng. Emerson O. Batista

A10 - Motores Elétricos

Especificação para Projetos Mecânicos

Prof. Eng. Emerson de Oliveira Batista


Motores Elétricos

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Conceitos iniciais
• Motor Elétrico
– Equipamento que possui como finalidade
• Transformar Energia Elétrica em Energia Mecânica (Cinética)
• Na prática
– Acionamentos industriais
• 70 a 80% da energia elétrica consumida é transformada em
energia mecânica utilizando motores elétricos.
• Rendimento médio 80%, Perdas 20%
Potência Potência
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Motor Elétrico
Elétrica Mecânica
Perdas
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Conceitos iniciais
• Motor de indução
– Mais usado
– Combina:
• Uso de energia elétrica
• Baixo custo
• Facilidade de transporte, limpeza
• Simplicidade de comando
• Construção simples
• Grande versatilidade de cargas
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Conceitos iniciais
• Classificação:
– Motores de Corrente Contínua (DC)
• Controle preciso de velocidade
• Custo mais elevado (instalação e manutenção)
• Fonte Corrente Contínua (ou AC → DC)
• Velocidade ajustável (flexibilidade e precisão).
– Motores de Corrente Alternada (AC)
• Mais utilizados
• 90% dos motores fabricados (indução de gaiola)
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Conceitos iniciais
• Classificação:
– Corrente Alternada (AC)
• Pode ser de dois tipos principais:
– Síncrono
» Velocidade fixa (sem escorregamento)
» Aplicado para grandes potências (alto custo e menor tamanho)
– Assíncrono (Indução)
» Velocidade constante
» Ligeira variação com a mudança de carga mecânica
» Grande simplicidade, robustez e baixo custo
» Motor mais usado na prática
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» Adequado a praticamente qualquer máquina ou equipamento


» Inversores para melhorar o controle de velocidade.
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Introdução
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Introdução
• Seleção de motores:
– Principais fatores:
• Utilização e Custo/Investimento disponível
– Fonte de alimentação:
• CC/CA, monofásico ou trifásico, tensão, frequência etc.
– Condições ambientais:
• Agressividade, Altitude, Temperatura etc.
– Exigências de carga e condições de serviço:
• Potência necessária, Rotação, Esforços mecânicos, Ciclos de
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operação, etc.

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Introdução
• Seleção de Motores
– Consumo e Manutenção:
• Está intimamente ligado aos interesses econômicos e
planejamentos a curto e longo prazo.
– Controlabilidade e Precisão:
• Posição, Torque, Velocidade, Corrente de Partida (ligada a carga).
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Tipos de motores
• São 3 famílias principais:
– Motor CA
– Universal
– Motor CC

• Estas famílias tem seus dois principais componentes nos


motores CA e CC, os quais são subclassificados como:
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Tipos de Motores
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Universo de Motores Elétricos


Universo de Motores Elétricos

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Partes básicas de um motor elétrico

1 – Carcaça
2 – Núcleo de chapas estator
3 – Núcleo de chapas rotor
4 – Tampa
5 – Ventilador
6 – Tampa Defletora
7 – Eixo
8 – Enrolamento trifásico
9 – Caixa de ligação
10 – Terminais
11 – Rolamentos
12 – Barras e anéis de curto-circuito
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Partes básicas de um motor


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Tipos de motores
• Motores CA
– Tipo Indução podem ser:
• Síncrono:
– Funciona com velocidade fixa.
– Usado para grandes potências
(alto custo)
– Velocidade do rotor é igual a
do campo girante do estator.
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Tipos de motores
• Motores CA
– Tipo Indução podem ser:
• Assíncrono (MIT):
– Funciona normalmente com
velocidade constante mas que
varia de acordo com a carga
mecânica aplicada.
– Velocidade do rotor é
diferente do campo girante do
estator.
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Tipos de motores
• Principais Motores de Indução
– Gaiola de Esquilo
• Mais robusto.
• Evite problemas de longo prazo
(desgaste, manutenção).

– Rotor Bobinado
• Possui 3 bobinas em estrela.
• Comparado com o anterior,
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permite o controle de
velocidade.
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Tipos de motores
• Principais Motores de Indução
– Dahlander
• Possui 6 bobinas.
• Duas velocidades diferentes (Razão 1:2).
• Rendimento e Potência são melhores em alta
velocidade
• Exemplos:
– 4/2 polos → 1800/3600rpm.
– 8/4 polos → 900/1800 rpm.

– Dois enrolamentos independentes e


separados.
• Cada enrolamento possui um número
diferente de polos.
• Quando um está ligado o outro deve estar
desligado.
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• Exemplos:
– 6/4 polos → 1200/1800 rpm
– 12/4 polos → 600/1800 rpm

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Motores de Indução Monofásica


• Enrolamentos são ligados diretamente a uma fonte monofásica.
• Possuem baixo torque de partida devido a existência de um
enrolamento auxiliar (defasagem de corrente em 90º) além do
enrolamento principal.
• Nesta modalidade de motor não é aconselhável o uso de
motores maiores do que 3 CV (provocam desbalanceamento da
rede).
• Desvantagens:
– Custo mais elevado (para a mesma potência).
– Maior desgaste mecânico do platinado.
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– Rendimento e Fator de Potência menor.


– Não existe possibilidade de inversão do sentido de rotação.
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Tipos Comuns de Motores Monofásico


• Com dois terminais (L1 e N):
– É utilizado apenas um valor de tensão.
– Não existe a possibilidade de inversão do giro.
• Com quatro terminais:
– Enrolamento dividido em duas partes iguais (dois valores de
tensão).
– Em Série tem-se 220V e em Paralelo tem-se 110V.
– Não existe a possibilidade de inversão do giro.
• Com seis terminais:
– Ligações semelhantes ao caso de 4 terminais.
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– É possível a inversão do sentido de giro


– Invertendo a ligação entre os terminais 5 e 6.
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Especificação
• No mínimo, precisa envolver as informações de:
– Tipo de motor
• CC, CA, monofásico, trifásico etc.
– Taxa de potência e velocidade
– Tensão e frequência de funcionamento
– Tipo de caixa
– Tamanho do quadro
– Detalhes de montagem
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Especificação
• Fatores a considerar:
– Torque operacional, velocidade operacional e taxa de potência.
𝑃 =𝑇∙𝑉
– Torque de partida
– Variações de carga esperadas e variações de velocidade toleradas
– Limitações de corrente durante as fases de operação e partida
– Ciclo de trabalho
– Fatores ambientais (temperatura, presença de corrosivos,
atmosferas explosivas, exposição, arrefecimento etc.)
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– Variações de tensões esperadas


– Carregamento no eixo do motor
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Especificação
• Tamanho do motor
– Usa como referência a potência do mesmo.
• Potência subfracionária
o 1 a 40 [mCV] (0,001 a 0,040 [CV])
• Potência fracionária
o 0,05 a 1,0 [CV]
• Potência integral
o Acima de 1,0 [CV]
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Especificação
• Potência CA – Trifásica
– Monofásica/Bifásica
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Especificação
Especificação

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Parâmetros Técnicos
• Conjugado
– Torque ou Momento Torçor
• Medida do esforço necessário para girar um eixo.
• Exemplo:
– Força necessária para elevar um balde
de peso 20 N.
𝑇 = 𝐶 = 𝐹 ∙ 𝑏 = 20 ∙ 0,10 = 2,0 𝑁𝑚
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Parâmetros Técnicos
• Energia e Potência Mecânica
– “Velocidade” com que a energia é aplicada ou consumida.
• Quantidade de energia empregada por unidade de tempo.
• Unidade: Watts [W]

∆𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝜏 𝐹∙𝑑
𝑃𝑚𝑒𝑐 = = =
∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡
• Outras unidades e conversões
𝑃𝑘𝑊 = 0,736 ∙ 𝑃𝐶𝑉
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Parâmetros Técnicos
• Energia e Potência Mecânica
– Usando como base movimentos circulares
𝑇 =𝐶 = 𝐹∙𝑟

𝜋∙𝑑∙𝑛
𝑉=
60

∆𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝜏 𝐹∙𝑑
𝑃𝑚𝑒𝑐 = = =
∆𝑡 ∆𝑡 ∆𝑡
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Parâmetros Técnicos
• Para um circuito de corrente contínua
𝑈2
𝑃 =𝑈∙𝑖 = = 𝑅 ∙ 𝑖2 𝑊
𝑅
• Para um circuito de corrente alternada
– Resistência
• Monofásica
𝑃 = 𝑈𝑓 ∙ 𝑖𝑓 𝑊
• Trifásica
𝑃 = 3 ∙ 𝑃𝑓 = 3 ∙ 𝑈𝑓 ∙ 𝑖𝑓
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Parâmetros Técnicos
• Se o Motor AC estiver ligado como:
– Estrela
𝑈 = 3 ∙ 𝑈𝑓
𝑖 = 𝑖𝑓
– Triângulo (Delta)
𝑈 = 𝑈𝑓
𝑖 = 3 ∙ 𝑖𝑓
– Desta forma, independente do tipo de ligação, tem-se:
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𝑃 = 3∙𝑈∙𝑖 𝑊

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Parâmetros Técnicos
• Cargas reativas
– Situação onde ocorre a defasagem entre o ângulo da tensão e
da corrente.
– Comum em motores de indução
𝑃 = 3 ∙ 𝑈 ∙ 𝑖 ∙ cos 𝜑 𝑊
Onde:
U → Tensão de linha
I → Corrente de linha
cos φ → ângulo de defasagem entre tensão e corrente de fase
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Parâmetros Técnicos
• Potência Aparente (S)
– Potência disponível se não existisse defasagem.
– Unidade: Volt-Ampère
𝑃
𝑆= 𝑉𝐴
cos(𝜑)
• Potência Ativa (P)
– Parcela da potência aparente que realiza trabalho, isto é,
transforma a energia.
– Unidade: Watt
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𝑃 = 3 ∙ 𝑈 ∙ 𝑖 ∙ cos 𝜑 = 𝑆 ∙ cos 𝜑 𝑊

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Parâmetros Técnicos
• Potência Reativa (Q)
– Parcela da potência que não realiza trabalho.
– Transferida e armazenada nos elementos passivos do circuito.
• Capacitores e Indutores.
– Unidade: Volt-Ampère reativo
𝑄 = 3 ∙ 𝑈 ∙ 𝑖 ∙ sen 𝜑 = 𝑆 ∙ sen 𝜑 [𝑉𝐴𝑟]
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Mundo real
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Fator de Potência
• É o ângulo de defasagem da tensão em relação à corrente
• Relação entre a Potência Ativa (P) e a Potência Reativa (Q).
𝑃 𝑃[𝑘𝑊] ∙ 1000
cos 𝜑 = =
𝑄 3∙𝑈∙𝑖

Desta forma:
– Carga Resistiva: cos φ = 1
– Carga Indutiva: cos φ atrasado
– Carga Capacitiva: cos φ adiantado
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Parâmetros Técnicos
• Resumo:
– Motor Elétrico consome
• Potência Ativa para converter em Trabalho Mecânico e calor
(perdas)
• Potência Reativa usada para promover a magnetização e que não
produz trabalho.
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Parâmetros Técnicos
• Portaria do DNAEE nº 85 [25/03/1992]
– Determina que o fator de potência das cargas passe de 0,85
para 0,92.
– Isso implica na maior disponibilidade da potência ativa no
sistema.
• A energia reativa limita a capacidade de transporte de energia
útil (ativa).
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Parâmetros Técnicos
• Correção do fator de potência
– Aumento do fator de potência envolve a ligação de uma carga
capacitiva em paralelo com a carga.
– Exemplo:
Um motor elétrico, trifásico de 100 CV (75 kW), IV polos, operando com
100% da potência nominal, com fator de potência original de 0,87 e
rendimento de 93,5% precisa ser ajustado para elevar o fator de
potência para 0,95.
Utiliza-se a tabela do motor promovendo o cruzamento entre o
fator atual e o fator desejado para obter o multiplicador.
0,87 x 0,95 → 0,238
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𝑃 ∙ 0,736 ∙ 𝐹 ∙ 100% 100 ∙ 0,736 ∙ 0,238 ∙ 100%


𝑄= = = 18,735 [𝐾𝑉𝐴𝑟]
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜% 93,5%

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Parâmetros Técnicos
• Rendimento
– Eficiência da conversão Energia Elétrica → Energia Mecânica
– Sendo:
– Pu → Potência útil
– Pa → Potência absorvida (total consumida)

𝑃𝑢 736 ∙ 𝑃𝐶𝑉 1000 ∙ 𝑃𝑘𝑊


𝜂= = =
𝑃𝑎 3 ∙ 𝑈 ∙ 𝑖 ∙ cos(𝜑) 3 ∙ 𝑈 ∙ 𝑖 ∙ cos(𝜑)
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Especificação
• Tipos de quadro
– Montado sobre pés
• Pés integrados com padrão de furos para aparafusamento.
– Montado sobre pads
• Realizado com isolamento resiliente entre o motor e o quadro da
máquina para redução de vibração e ruído.
– Montado na face C
• Superfície usinada com padrão de furos roscados na extremidade do
eixo do motor que permite acoplamento com o equipamento
acionado.
– Montado por flange
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• Possui flange com padrão de furos com folgas na extremidade do eixo


do motor para aparafusamento com o equipamento acionado.
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Especificação
• Tipos de quadro
– Montagem vertical
• Conexão através de furos de parafuso na fase C ou no flange.
– Sem estrutura de montagem
• Inserção na máquina do rotor e estator comprado
separadamente de fabricante de motores.
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Especificação
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Especificação
• Tipos de caixa
– Aberta
• Carcaça feita de folha de metal com bitola leve ao redor do
estator com placas na extremidade para apoio dos rolamentos
do eixo. Possui vários furos ou fendas, que permitem a entrada
de ar para arrefecimento.
– Protegido
• Abertura de ventilação disponíveis apenas na parte inferior da
carcaça. Impede entrada de líquidos que possam gotejar sobre o
motor.
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Especificação
• Tipos de caixa
– Totalmente fechado sem ventilação externa (TFSV)
• Não existem aberturas na carcaça.
– Totalmente fechado com ventilação externa (TFVE)
• Existe um ventilador em uma extremidade para insuflar ar na
carcaça.
– TFVE a prova de explosão
• Semelhante ao TFVE simples, mas com proteção nas conexões
elétricas que visam impedir incêndio ou explosão em ambientes
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perigosos.

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Especificação

Aberto, protegido, à prova Totalmente fechado sem


de gotejamento ventilação, à prova de fibras
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Totalmente fechado, À prova de explosão, à prova


arrefecido de pó de ignição

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