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9ª e 10ª Aula

CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

3. Máquina de Corrente Contínua


Ano letivo 2022/2023

Aspetos Gerais e Princípio de


Funcionamento

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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
3.1 – Princípio da conversão eletromecânica de energia

(Campo magnético de
acoplamento)
Sistema Sistema
eléctrico Máquina mecânico
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Eléctrica
Rotativa
u,i T, N

Trânsito de energia
Motor
Gerador

As máquinas elétricas são


sistemas reversíveis

(Como já foi visto anteriormente…..)

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• Gerador ou dínamo de corrente contínua
Recebe potência mecânica Pmec através do veio, a qual lhe é fornecida por
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meio de uma máquina de acionamento (turbina, motor de combustão


interna, diesel, etc) e converte-a em potência elétrica Pele, que é injetada na
rede.
• Motor de corrente contínua
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Recebe potência elétrica Pele da rede e converte-a em potência mecânica


Pmec, para acionar uma carga mecânica (Máquina ferramenta, compressor,
guindaste, veículo elétrico, etc).

A conversão eletromecânica de energia baseia-se em dois princípios


fundamentais:

– Um condutor que se move no seio de um campo magnético, vê surgir


ao seus terminais uma força eletromotriz induzida – Lei geral da
indução ⇒ Princípio “gerador”

– Um condutor percorrido por uma corrente elétrica e colocado no seio


de um campo magnético, fica sujeito a uma força eletromagnética –
Força de Laplace ⇒ Princípio “motor”
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3.2 – Leis fundamentais do eletromagnetismo: revisões

Experiência de Oersted
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Condutor
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I
Agulha magnética

Hans Cristian Oersted (1777 -1851) Cópia da sua comunicação à Academia

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Repetição da experiência de Oersted com limalhas de ferro


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I
Linha de força
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Limalhas de ferro As limalhas orientam-se segundo


circunferências concêntricas com o
condutor em virtude de serem
atuadas por forças magnéticas
F
tangentes às circunferências (linhas
de força)

Logo a força F que atua a limalha é proporcional à intensidade do campo magnético


H nesse ponto. O lugar geométrico tangente à força magnética chama-se linha de
força do campo magnético.

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Sentido das linhas de força
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I
Ano letivo 2022/2023

S
N

I I

Linhas de força criadas por uma corrente


numa espira circular
6

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Força magnética entre espiras


CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

Circuito 1 F
Circuito 2
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S
N S
N

I1 I1

I2 I2

Ao contrário das cargas eletrostáticas, correntes com o mesmo sentido


atraem-se.
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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA Força magnética entre espiras

Circuito 1 F
Circuito 2
Ano letivo 2022/2023

S
N N
S

I1 I1
I2
I2

Ao contrário das cargas eletrostáticas, correntes com sentidos contrários


repelem-se.
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Sentido da força magnética entre dois condutores paralelos
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As linhas de força do campo magnético correspondem às linhas equipotenciais do


campo elétrico. Segundo Faraday as linhas de força funcionam como elásticos.
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+I +I
F F
F F
-I +I

Correntes de sentido contrário criam um campo Correntes do mesmo sentido criam um campo
intenso entre os condutores e por isso elas têm rarefeito entre os condutores e por isso elas têm
tendência a separarem-se. tendência a juntarem-se.

Correntes de sentidos contrários repelem-se Correntes do mesmo sentido atraem-se

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A. Pronto/P. Pereira - CEE 2019/20 9ª e 10ª Aula
As Figuras 1 e 2 mostram um condutor retilíneo no seio de um campo de indução
magnética B uniforme perpendicular ao condutor. A corrente I no condutor
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colocado na ausência do campo de indução magnética produz um campo cujas


linhas de força são circunferências concêntricas com o condutor. No caso 1, quando
colocado no seio do campo de indução, o campo resultante é reforçado do lado
direito e enfraquecido no lado esquerdo do condutor. O resultado é o condutor ficar
com mais energia magnética de um lado do que do outro e portanto tende a
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afastar-se dessa situação com uma força 𝐹.ത O sentido da força é dado pelo sentido
do produto vetorial entre 𝐼dℓത e ഥ
𝐵.

I I
B + = F B + = F
I I

Fig.1 – As linhas de força funcionam como elásticos em Fig.2 – Invertendo o sentido da corrente inverte-se o sentido
tensão solicitando o condutor com uma força com o sentido da força. O mesmo aconteceria se se invertesse o sentido de B
da região de maior densidade de fluxo para a de menor mantendo I. Invertendo I e B simultaneamente a força fica
densidade de fluxo. inalterável.

A força desenvolvida em ambos os casos é chamada Força de Laplace (força


eletromagnética).
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▪ Força eletromagnética (Força de Laplace) – Princípio “motor”
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De um modo geral, um condutor elementar 𝑑 𝑙Ԧ percorrido por uma corrente I


e colocado no seio de um campo de indução magnética 𝐵 fica sujeito a uma
força eletromagnética elementar dada por,
➢ Caso geral
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𝑑 𝐹Ԧ = 𝐼 𝑑 𝑙Ԧ × 𝐵 (3.1)

 
dl dF conhecida por Força de Laplace.

Para o caso particular de um condutor retilíneo,


  de comprimento ℓ vem para o módulo da força:
B
I 𝐹 = 𝐵 𝐼 ℓ ∙ 𝑠𝑒𝑛 𝛼 (3.2)

✓ Caso particular  Verifica-se portanto que:


l F
Força máxima para α = 90o (ℓ ⊥ 𝐵)
 
Força nula para α = 0o (ℓ // 𝐵)
B
I
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3.3 – Força eletromotriz induzida num condutor cilíndrico –
- Gerador
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Considere-se um condutor cilíndrico de comprimento ℓ a deslocar-se com


velocidade v, no seio de um campo 𝐵 perpendicular ao condutor, como
ilustra a Figura 3.1
dA
Régua de apoio condutora elétrica
dA
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ℓ 
v F = mg
V
90o

x

dx m
B
Figura 3.1 – Condutor com velocidade v mergulhado no seio de 𝐵

Fluxo elementar varrido ao longo de dx : dF(x)=B·dA = B·ℓ dx

Fluxo varrido pelo condutor ao longo de x: F(x)=B·ℓ·x

Fem induzida e(t): dF ( x ) = Bl dx = Blv


dt dt

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▪ Sentido da FEM induzida
 𝐸𝑖
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Br l

I 
v F = mg
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90

dx
 m
B
O sentido da FEM induzida é tal que uma corrente elétrica imposta por ela
através de uma resistência R cria um campo de indução magnética Br que
tende a opôr-se ao campo indutor B.

No condutor é induzido um campo elétrico 𝐸𝑖 que tem a direção do condutor


e cujo sentido é o resultado do produto externo
  
Ei = v  B   (3.3) e que, em módulo e para 𝑣Ԧ ⊥ 𝐵, vale
𝑒
𝐸𝑖 = = 𝑣𝐵

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  entre 𝒗 e 𝑩:
Ou, genericamente para um ângulo
v
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  
 
Ei = v  B (3.3)

l
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v

 Ei=vB· sen(α) (3.4)



B
e = vBl·sen(α) (3.5)

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▪ Conversão de energia mecânica em energia elétrica

Br l
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I Ei 
Fmag v F = mg

90
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 m
x dx B
dWmec Fdx
Potência mecânica fornecida ao sistema: Pmec = = = Fv
dt dt
FEM induzida no condutor: e = Bvl
Bvl
Corrente elétrica através da carga: I=
R
Potência elétrica fornecida ao sistema: Pelec = RI 2 = eI = Bvl I
BvlI

Pelo principio da conservação da energia Pmec = Pelec ➔ Fv = BvlI


A força mecânica F necessita de vencer uma força eletromagnética Fmag = BIl
(que se opõe a F - força de reação)
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3.4 – Força eletromagnética exercida num condutor cilíndrico –
- Motor

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Br l
I
I Fmag  F = mg
v
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v
 m
x dx B
Figura 3.2 – Condutor percorrido por I e mergulhado no seio de 𝐵

Aplicando uma corrente I (por meio de uma bateira, por ex.) a um condutor
colocado no seio de um campo de indução magnética 𝐵, surge uma força
eletromagnética Fmag (força de Laplace), dada pela equação (3.1), que faz
subir a massa m. No caso da figura em que o campo é perpendicular ao
condutor obtém-se
𝐹𝑚𝑎𝑔 = 𝐵 𝐼 𝑙

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3.5 – Princípio de funcionamento de um gerador elementar
3.5.1 – Gerador elementar de corrente alternada
Considere-se uma espira a rodar no seio de um campo de indução magnética
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𝐵 uniforme:

1
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3 4
2

Figura 3.3 – Espira a rodar no seio de um campo de indução uniforme

A fem induzida em cada troço da espira, de acordo com (3.5) é:


Troço 1: e1 = vBℓ· sen α
Troço 2: e2 = vBℓ· sen (180o-α) = vBℓ· sen α
Troços 3 e 4: e3 = e4 = 0 , porque os condutores 3 e 4 não “cortam” as
linhas de força de 𝐵
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Assim, a f.e.m. total que surge aos teminais da espira vale:


e(t) = e1 + e2= 2vBℓ· sen α
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Ora, como a velocidade linear 𝑣 é dada por,


𝑣 = 𝜔𝑅
pode escrever-se
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e(t) = 2 𝜔𝑅ℓB·sen α = 𝜔BS·sen α onde S = 2Rℓ


Sabendo que BS = 𝜙max e que α = 𝜔t, vem para a f.e.m. induzida na espira
e(t) = 𝜔 𝜙max·sen 𝜔t = Emax· sen 𝜔t (3.6)
onde Emax = 2𝐸𝑒𝑓 = 𝜔 𝜙max = é a amplitude da f.e.m.
e
Graficamente: +Em

- Em
Figura 3.4
0 90 180 270 360 
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▪ Outro processo para obtenção da expressão de e(t)
Fluxo magnético ligado com a espira na posição α é,
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𝜙(α)=BnS com S = 2Rℓ e Bn= B cos α


onde, Bn = componente do campo normal à espira. Obtém-se então:
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𝜙(α)=B S cos α = 𝜙max cos α


Ora, pela lei de Faraday, para
n=1 espira, vem
𝐵 𝑑𝜙 𝑑𝜙
α 𝑒 𝑡 = −𝑛 =−
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Bn
e aplicando à expressão anterior,
𝑑𝛼 𝑑𝛼
e(t)=𝜙max sen α 𝑑𝑡 como 𝑑𝑡

Resulta, tal como anteriormente,


e(t) = 𝜔 𝜙max ·sen 𝜔t = Emax· sen 𝜔t
𝜙(t) = 𝜙max · cos 𝜔t

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Animação da espira a rodar no seio de um campo magnético uniforme
e(t) (t)
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O fluxo magnético (t) através da área da espira é máximo quando o plano da espira está coincidente com a
linha neutra e nulo quando está coincidente com a linha dos pólos e varia co-sinusoidalmente com a posição
angular da espira. A f.e.m. e(t) induzida na espira que se pode ler aos terminais das escovas que assentam
sobre os anéis onde vêm ligar os terminais da espira, é, segundo a lei geral de indução, uma medida da
derivada deste fluxo. Logo a f.e.m é nula na linha neutra e máxima na linha dos pólos onde a variação do fluxo
é máxima.
A máquina descrita é o embrião do gerador de tensão alternada (alternador) e da máquina de corrente
20 contínua,
Slides preparados pordepois
Prof(a).de retificada
Dr(a). A. Leão mecanicamente no coletor
Rodrigues, João Martins, VentimaNeves,
tensão alternada
Anabela produzida.
Pronto e Pedro Pereira
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3.5 – Princípio de funcionamento de um gerador elementar
(cont.)
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N
B 𝜔r
Máquina com um par de pólos
S
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O período elétrico da tensão é igual
ao período espacial de rotação do
rotor.
+ -
(-) (+) Isto é: cada vez que a espira do
induzido (rotor) completa uma volta
e (α=360o) a força eletromotriz e(t)
+Em
completa um período da sua
evolução.

- Em
0 90 180 270 360 
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Periferia do induzido - 360 graus físicos

N 𝑝2𝜋𝑁
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T 2𝜋𝑓 = = 𝑝𝜔𝑟
 60
S S
N S N S
N
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0 90 180 270 360 450 540 630 720

2 x 360 graus eléctricos

Para o caso geral de uma máquina com mais de um par de pólos a


frequência elétrica f [Hz] não é igual à mecânica N [rpm] mas sim múltipla
desta. A relação de proporcionalidade é o número de pares de pólos (p).

A cada rotação completa do induzido correspondem dois períodos elétricos


da força eletromotriz induzida, e(t).
Definições:
Linha Neutra Geométrica (LNG): A LNG é a linha que passa pelo centro do induzido e
divide ao meio a distância entre os pólos N e S. É perpendicular à linha dos polos.
Passo Polar (τ): distância entre os eixos de dois pólos consecutivos ou medida da
parte da circunferência do induzido que corresponde a um pólo.
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3.5.2 – Gerador elementar de corrente contínua
Como se gera então uma tensão contínua?
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N
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S

N
+ - Escova
(-) (+)

S

Usando dois
semi-anéis

+ -
Escova
Alguns
instantes como
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exemplo: 23
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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA ▪ Princípio da retificação da tensão aos terminais das escovas

N N N

B B B
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fem
fem fem

=0  = 270
 = 90

(-) (+) (-) (+)


R R
R
i i
Ur Ur
Ur S S
S

𝜙 é máximo, fem = 0 𝜙= 0, fem é máxima 𝜙= 0, fem é máxima


e com o mesmo sinal
que se obtém para
α=0

Vídeo demonstrativo:
https://www.youtube.com/watch?v=mq2zjmS8UMI
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Graficamente, a tensão aos terminais das escovas tem a forma de uma


retificação de meia onda
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Figura 3.4 – Tensão aos terminais das escovas usando dois semi-anéis condutores

Notas importantes:
A comutação entre escovas é efetuada com:
• Fem nula, ou seja,
• Espira perpendicular ao fluxo (situação de fluxo máximo)

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Linha neutra
N
geométrica
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B (LNG)
fem

=0
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Ur
S

LNG:
•Divide os pólos, perpendicularmente às linhas de fluxo
• Corresponde à região de fluxo máximo
• As escovas devem ficar situadas sobre esta linha (uma vez que e = 0)
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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA ▪ Gerador elementar de corrente contínua com uma espira

0.8
f.e.m.

Forç a Electromotriz interna [V]


0.6

0.4
N 0.2

B -0.2
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-0.4

-0.6

-0.8
fem
-1

0 100 200 300 400 500 600 700

=0
 ngulo [rad]

Ur 1

0.8

0.6

Forç a Electromotriz [V]


0.4

R 0.2

-0.2
Ur -0.4

S -0.6

-0.8

-1

p = 1 par de pólos 0 100 200 300 400


 ngulo [rad]
500 600 700

27
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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA ▪ Gerador elementar de corrente contínua com duas espiras

90

N =0
B
(1)
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fem1
fem2
(2)

R S

Ur

p = 1 par de pólos

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▪ Análise da espira 1 – Fem na espira e tensão aos terminais das escovas

Posição dos setores circulares em relação às escovas


CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

90º

- + - +

45º
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=0  = 90  = 180  = 270  = 360

e(t) = Emax· sen 𝜔t


N

B
(1)

fem1
fem2
(2)

R S α = 0o 𝑛
Ur

Figura 3.5 - Tensão nas escovas criada


pela espira 1
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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA ▪ Análise da espira 2 – Fem na espira e tensão aos terminais das escovas

90º Posição dos setores circulares em relação às escovas

- + - + - +
45º
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α==-90
0 o α ==90
0o α==180
90o α ==270
180o =
α = 360
270o

B
(1)

fem1
fem2
(2)

-
R S

Ur

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▪ Análise da tensão aos terminais das escovas obtida a partir das espiras 1
e 2 em simultâneo
CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

B
(1)

fem1
fem2
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(2)

R S

Ur

Espira 1 Espira 2

Figura 3.6 – Tensão nas escovas


usando um coletor de 4 lâminas
+

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▪ Valor médio médio da f.e.m. aos terminais das escovas
➢ Uma espira no rotor
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1 1
0.8 0.8
Forç a Electromotriz interna [V]

0.6 0.6

Forç a Electromotriz [V]


0.4
0.4
0.2
0.2
0
Eméd = 0,637 V
Ano letivo 2022/2023

0
-0.2
-0.2
-0.4
-0.4
-0.6
-0.6
-0.8
-0.8
-1
-1
0 100 200 300 400 500 600 700
 ngulo [rad] 0 100 200 300 400 500 600 700
 ngulo [rad]

e(t) = 𝝎 𝜙maxsen 𝜔t

O valor médio da fem obtida aos terminais das escovas para um rotor com
uma espira vale:com uma espiraPa
𝑇ൗ
1 2 4𝜙𝑚𝑎𝑥 2
𝐸𝑚é𝑑 = න 𝜔 𝜙maxsen 𝜔t dt = ⋯ = = 𝜙max𝜔 = 0,637𝜙max𝜔
𝑇ൗ 𝑜 𝑇 𝜋
2
ou seja 𝐸𝑚é𝑑 = 𝐾𝑎 𝜙𝜔

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➢ Duas espiras no rotoruma espiraPa

1
Eméd = 0,9004 V
CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA

0.8

0.6

Forç a Electromotriz [V]


0.4

0.2

-0.2

-0.4
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-0.6

-0.8

-1

0 100 200 300 400 500 600 700


 ngulo [rad]

➢ Quatro espiras no rotoruma espiraPa


Eméd = 0,9745 V
1

0.8

0.6
Forç a Electromotriz [V]

0.4

0.2

-0.2

-0.4

-0.6

-0.8

-1

0 100 200 300 400 500 600 700


 ngulo [rad]

À medida que o nº de espiras aumenta, a fem obtida aos terminais das


escovas torna-se mais próxima de uma tensão constante.
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Ou seja:
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À medida que o nº de espiras aumenta, a f.e.m. obtida aos terminais das


escovas torna-se mais próxima de uma tensão constante, daí a máquina
ser chamada de máquina de corrente contínua.
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No entanto, a tensão contínua é obtida por RETIFICAÇÃO MECÂNICA de


tensões alternadas sinusoidais geradas nas espiras da armadura (ou seja,
do induzido).

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3.6 – Constituição elementar de uma máquina CC

• Estator
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• Rotor
• Colector
• Escovas

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Estator
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(Parte fixa da máquina onde


se encontra o Indutor,
responsável pela criação do
campo de indução B)
Ano letivo 2022/2023

Bobinas

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9ª e 10ª Aula

Rotor
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(Armadura, Induzido)
Ano letivo 2022/2023

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Coletor
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Lâminas de cobre
isoladas entre si
Ano letivo 2022/2023

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Colector
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Ano letivo 2022/2023

As lâminas do coletor são isoladas entre si


por meio de mica e depois rectificadas
num torno.

Lâmina em cauda de andorinha

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Escovas
(normalmente em grafite)
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Quanto ao tipo de excitação (produção do campo de indução B) as máquinas
de corrente contínua dividem-se em:
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Circuito induzido

a. Máquina Dinamoeléctrica ou b. Máquina Magnetoeléctrica ou


Dínamo (gerador) de Magnetos Permanentes
(excitação regulável) (excitação fixa)

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3.7 – Tipos de enrolamentos do induzido de uma máquina CC
Numa máquina CC os enrolamentos da armadura são ligados às lâminas do coletor
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sobre as quais deslizam as escovas. Os enrolamentos são constituídos por várias


bobinas que podem ser ligadas em combinações série-paralelo, e os que se usam
atualmente chamam-se enrolamentos em tambor.

• Enrolamento
Ano letivo 2022/2023

• Bobinas
• Secções
• Espiras

Secção: parte do enrolamento do


induzido, constituída por uma ou
várias espiras, ligada a duas lâminas
do colector.

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▪ Enrolamentos em tambor
O enrolamento em tambor é um enrolamento fechado onde os condutores
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são colocados perifericamente em cavas, sendo portanto todos úteis. Podem


ser:
➢ Enrolamentos imbricados (ou, alapados)
➢ Enrolamentos ondulados (mais caros mas mais equilibrados).
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Enrolamento imbricado Enrolamento ondulado


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▪ Enrolamentos ondulados
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Nos enrolamentos ondulados os lados


das secções seguem sempre no mesmo
sentido sobre a armadura, ligando-se às
lâminas do colector. Após cerca de uma
volta completa um dos lados ir-se-á
ligar a uma lâmina vizinha daquela
donde partiu o primeiro lado.

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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA O esquema elétrico equivalente do enrolamento é:
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Circuitos derivados 2c = 2

Para este tipo de enrolamento demonstra-se que o número de circuitos


derivados (paralelos) é sempre 2c = 2, qualquer que seja o número de pares
de pólos p da máquina. Logo, este enrolamento para uma máquina
multipolar pode funcionar apenas com um par de escovas.

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▪ Enrolamentos imbricados
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Num enrolamento imbricado o fim


de uma secção liga eletricamente a
uma lâmina do colector adjacente à
lâmina que está ligada ao princípio
daquela secção.

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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA O esquema elétrico equivalente do enrolamento é:
Ano letivo 2022/2023

Nº de circuitos derivados = Nº de pólos (2c = 2p)


Para o enrolamento imbricado simples demonstra-se que, o número de
circuitos derivados é 2c = 2p, ou seja, o número de circuitos derivados é
sempre igual ao nº de pares de pólos p da máquina (para um enrolamento
múltiplo m será 2c=m2p) Logo, para este tipo de enrolamento pode ser
necessário mais do que um para de escovas.

Nota: Em qualquer um dos tipos de enrolamento tem-se sempre que o nº


de pares de escovas é igual ao nº de pares de circuitos derivados.
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