Gestão de ativos em redes elétricas de alta tensão

1.
3 – Ativos em redes
elétricas
Alta Tensão - Nuno Amaro

1.68
Ano letivo: 22/23
Ativos em redes elétricas
Os ativos (físicos) da rede elétrica são os elementos nucleares que
constituem as redes.
O objetivo nesta disciplina é apenas fazer uma pequena introdução aos
ativos, focada nos que estão no parque de alta tensão das subestações
(e nas linhas aéreas/cabos subterrâneos)
Os operadores de rede (TSO, DSO) têm normalmente departamentos
inteiramente dedicados à gestão dos seus ativos (“asset management”)
• Necessitam ter em conta toda a gestão dos ativos
• Ao longo de toda a vida útil (projeto até substituição/reciclagem)
Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.69

Fonte: ENTSO-E
Longo prazo (> 1 ano)
• Planeamento e investimento em novos ativos
• Upgrade de ativos atuais
• Planos de substituição/reciclagem de materiais
Médio prazo (1 mês - 1 ano)

• Planeamento de indisponibilidades
• Alocação de recursos humanos
• Utilização de soluções tecnológicas para melhorar o tempo de vida dos ativos
(ex. Manutenção preditiva)
Fonte: (REN)
Planeadas 267 acções de
manutenção para 2023

Curto prazo (semanal)
• Planeamento operacional
• Ex. efetivação das indisponibilidades
• Tempo real
• Também chamado gestão de indisponibildiades
• Tem como objetivo responder a necessidades em tempo real, para minimizar efeitos
adversos de incidentes na rede
Baseada na atividade
• Técnica – relacionada com condições físicas dos ativos
• Económica – relacionada com aspetos financeiros (ex. comprar já ou adiar?)
• Social – relacionada com impactos na sociedade (ex. fuga de SF6)
Principais ativos abordados
• Não são os únicos existentes em redes. São aqueles em que as técnicas de Alta
Tensão têm mais impacto
• Disjuntores
• Seccionadores
• Transformadores de medida (transformadores de corrente, transformadores de
tensão)
• Isoladores
• Postes (apoios)
• Redes de terra
• Linhas
• Condutores elétricos

Porquê esta abordagem a ativos, nesta disciplina?
Qual a consequência da alta tensão (das descargas AT) nos ativos?

Fonte:
https://www.youtube.com/
watch?v=9GeXkussHfw
CC observado em Setembro
de 2022, na Holanda (rede de
150 kV),
Fonte:
https://www.youtube.com/w
atch?v=9JKgGESux94

Relativamente ao video do slide anterior
Causas
• Fecho de um seccionador de terra com linha em tensão
• Criação de um curto-circuito na linha
• Linha em tensão devido a erro humano
• Porque é que as proteções da linha não atuaram?
• Parametrizações e/ou ligações elétricas erradas – erro humano
• Causou três CC adicionais

• 2 linhas de 150 kV que se cruzavam com a linha com defeito
• Linha de alimentação de via férrea

Consequências
• Substituição dos condutores da linha (estiveram com T > 300 °C mais de 4
minutos)
• Necessidade de revisão dos procedimentos internos do Operador da rede
• Custos – Aprox. 10 milhões de euros

Disjuntores - características
• A mechanical switching device capable of making, carrying, and
breaking currents under normal circuit conditions and also making,
carrying, and breaking for a specified time, and breaking currents
under specified abnormal conditions such as a short circuit.
• Definição da norma IEEE C.37.100-1992
• Únicos dispositivos com capacidade de corte

• Excluindo os fusíveis
• Não se cortam correntes com seccionadores como vimos no primeiro vídeo

Disjuntor ideal
• Abertura/fecho de forma instantânea
• Condutor perfeito (em condução)
• Isolador perfeito (aberto)
Disjuntor real
• Tempo de abertura / fecho na ordem dos ms
• Bom condutor
• Bom isolador

Modo de Operação
• Comando de abertura – local ou remoto
• Disparo – realizado por ação das unidades de controlo (Sistemas de Proteção,
Comando e Controlo - SPCC)
SPCC não estão integrados no disjuntor,

são sistemas autónomos

Tensão estipulada (rated voltage)
• Deverá ser pelo menos igual à maior tensão no
ponto onde se instala o disjuntor - EIC 60038 –
standard voltages
Corrente nominal
• Valor eficaz da corrente que o disjuntor deve
suportar em funcionamento normal
Poder de corte
• Valor eficaz da máxima corrente de defeito que
o disjuntor consegue cortar
Fonte: Alston/GE
Características estão definidas por normas internacionais – IEC-60694

Disjuntores - tipos
Tipo de disjuntor normalmente associado ao método de extinção do
arco elétrico gerado na abertura do disjuntor
• Quatro grandes famílias usadas em alta tensão
• Disjuntores a vácuo
• Disjuntores a ar ou ar comprimido
• Disjuntores a óleo
• Disjuntores de SF6 (hexafluoreto de enxofre)

Disjuntores - tipos
Tipo de disjuntor normalmente associado ao método de extinção do
arco elétrico gerado na abertura do disjuntor
• Quatro grandes famílias usadas em alta tensão
• Disjuntores a vácuo
• Disjuntores a ar ou ar comprimido
• Disjuntores a óleo
• Disjuntores de SF6 (hexafluoreto de enxofre)

Disjuntores - tipos
• Aplicações em níveis de tensão diferentes, dadas as suas características
construtivas

Disjuntores – Disjuntor a vácuo
• Utilizados em média tensão – até 38 kV
• Meio de extinção é o vácuo – não há ionização, não
há arco
• Vantagens
• Corte muito rápido
• Não existe perigo de incêndios
• Operação silenciosa
Fonte: Hyundai
• Desvantagens
• Operação cria vaporização dos contactos metálicos –
degradação dos contactos – perdas em operação normal
• Custo elevado

Disjuntores – Disjuntor a ar comprimido
• Grande gama de tensões
• Meio de extinção é o ar – libertação rápida de ar
comprimido – air blast
• Vantagens
• Operação rápida e manutenção reduzida (comparado com
disjuntor a óleo)
• Possibilidade de religação rápida
• Desvantagens
• Necessidade de se manter ar seco e limpo no depósito de ar
comprimido – partículas prolongam o tempo de extinção do
arco
• Necessidade de verificação continua da pressão do ar
• Necessidade de pessoal especializado (para manutenção)

Disjuntores – Disjuntor a óleo
• O meio dielétrico (onde se dá a extinção do arco) é óleo
– contactos mergulhados em óleo
• Duas sub-categorias
• Grande volume de óleo – usados até 230 kV
• Pequeno volume de óleo Até 130 kV
• Vantagens
• Óleo é bom dielétrico (quando comparado com o ar)
• Baixo custo
• Desvantagens
• Tempo de operação lenta: extinção do arco pode demorar até
20 ciclos.
• Óleo é altamente inflamável - elevado risco de incêndio

Disjuntores – Disjuntor a óleo

Disjuntores – Disjuntor a SF6
• O meio dielétrico (onde se dá a extinção do arco) é
hexafluoreto de enxofre (SF6)
• SF6 – gás inodoro, incolor, não combustível, inerte até 5000 °C
• Tendência atual em sistemas AT e MAT
• Vantagens
• Corte rápido e de correntes muito elevadas (devido às
características do SF6)
• Baixa necessidade de manutenção
• Sem risco de incêndio
• Desvantagens
• Custo elevado (devido ao custo do SF6).
• Possibilidade de ter que recondicionar SF6 após cada operação do
disjuntor – necessidade de equipamento adicional GE GL 318 / GL 318X
Fonte: GE solutions
Disjuntores – Disjuntor a SF6
Breaker Type GL 318X / GL 318XD
Number of breaks / phase 4
Rated normal voltage kV 800
Rated normal current* A 5,500
Rated frequency Hz 50
Rated dielectric withstand (up to 1,000
m)* (to earth / accross open device)
- At power frequency kV
830/1,150
- At lightning impulse (1.2 / 50 µs kV (peak)
2,100/2,100 (+455)
wave) kV (peak)
1,550/1,175 (+650)
- At switching impulse
Rated short-circuit breaking capacity
-Periodic component (r.m.s. value) kA 63
First pole-to-clear factor 1.3
Peak short-circuit withstand current kA (peak) 173
Rated line-charging capacitive
Class C2
switching
Mechanical endurance Class M2 GE GL 318 / GL 318X
Breaking time cycles 2 - 2,3 Fonte: GE solutions

Seccionadores - Função
Dispositivos destinados a realizar manobras de seccionamento e
isolamento de uma porção da rede elétrica
• Não têm poder de corte, e portanto não devem ser manobrados em carga
• Confirmação visual da abertura e não energização da rede
• Operação do sistema
• Manutenção

Seccionadores - Tipos
Existem diferentes tipos de Seccionadores, normalmente associado à
tecnologia para abertura das facas e do tipo de abertura
• Horizontal
• Vertical
• Pantógrafo
• Também diferentes tipos de comando
• Manual
• Motorizado
• Seccionadores de painel vs Seccionadores de Terra

Seccionadores – Alguns exemplos

Transformadores de Medida
De forma a assegurar o normal funcionamento do sistema, é necessário
medir, em tempo real, as tensões e correntes (por exemplo em cada linha)
Para tal utilizam-se aparelhos de medida, cujas caracteristicas possibilitam as
medidas em alta tensão
• Transformadores de Tensão Indutivos (TT) – Voltage Transformer (VT)
• Bastante semelhantes aos transformadores “convencionais” – até cerca de 220 kV
• Transformadores de Tensão Capacitivos (TTC) – Capacitive Voltage Transformer (CVT)
• Para MAT (até 700/800 kV)
• Transformadores de Corrente (ou de Intensidade – TI) – Current ransformer (CT)
• Medição de correntes
Também são utilizados para alimentar circuitos auxiliares como relés de

proteção, contadores de energia e outros aparelhos de medida

Transformadores de Medida – principio de
funcionamento

Transformadores de Corrente - TI
Utilizam o principio de transformação indutiva para obter no
secundário (BT) uma imagem da corrente no primário (AT).
Projeto de um TI inclui:
• Relação de transformação: 𝑁 = 𝐼𝑃ൗ𝐼𝑆
• Corrente no secundário (tipicamente 1 A ou 5 A)
• Potência do transformador (tipicamente 20 – 100 VA) depende do circuito
alimentado pelo secundário
• Classe de precisão (erro percentual na medida) – depende se é para
proteção, medida ou contagem tarifária
• Fator de saturação – Muito importante para assegurar que o nucleo
ferromagnético não satura, alterando assim as medidas no lado do
secundário – determinados pela corrente de curto circuito do sistema
onde se liga o TI
• Outras caracteristicas de dimensionamento
• Tensão nominal de isolamento, máxima tensão admissivel (isolamentop), tipo de
instalação (exterior, interior, blindado)

Transformadores de Corrente - exemplos

Transformadores de Tensão - TT
Em tudo semelhantes a transformadores de
potência., com relação de transformação muito
elevada, de forma a reduzir a tensão AT para niveis
seguros.
Dois tipos (existem ainda soluções óticas, pouco
comuns):
• Indutivos – pouco comuns em MAT, devido à
complexidade do isolamento entre os 2 “lados” do
transformador
• Capacitivos – Usam condensadores para criar um
divisor de tensão, à qual é posteriormetne aplicado o
transformador

Transformadores de Tensão - exemplos
Fonte: Trench

Organização típica de um painel numa
subestação

Isoladores - Função
Os isoladores têm uma dupla função
• Elétrica – isolar os condutores em relação à estrutura de
suporte, que está ligada à terra (ou isolar de outros
condutores – outras fases)
• Mecânica – suportar esforços introduzidos pelos
condutores, quer em regime nominal (peso) quer em
situações de defeito (ex. esforços eletrodinâmicos num
curto circuito)
Utilizados em todos os (restantes) ativos, tendo assim um

papel fundamental – normalmente em cadeia (série de
isoladores)
Isoladores - tipos
• Normalmente classificados de duas formas
• Quanto à aplicação
• Rígidos – utilizados para apoio ou travessia • Flexíveis – utilizados principalmente nas
linhas aéreas,
Em amarração
Em suspensão

Isoladores - tipos
Quanto ao material
ChatGPT Like

Isoladores - tipos
Quanto ao material
Isoladores
Cerâmica e Vidro Polimeros
Vidro Porcelana Resina Compósito

Isoladores - tipos
• Isoladores poliméricos (resinas ou compósitos) são atualmente os
mais utilizados devido as vantagens destes materiais face ao vidro ou
cerâmicas
• Maior rigidez dielétrica – capacidade de um material isolante em suportar
campo elétrico sem perdas das suas capacidades dielétricas
Material do isolador Rigidez dielétrica (kV/mm)

Cerâmica 10 - 20
Vidro 5 - 15
Resina 20 - 40
Compósito 20 - 40

Isoladores - tipos
• Isoladores poliméricos (resinas ou compósitos) são atualmente os
mais utilizados devido as vantagens destes materiais face ao vidro ou
cerâmicas
• Menor peso

Isoladores - Forma
Os isoladores têm uma forma semelhante, independentemente do
material utilizado na sua construção
• Otimizar distribuição do campo elétrico
• Aumentar rigidez mecânica e garantir fácil manutenção (substituição de um
isolador numa cadeia)
• Aumentar comprimento da linha de fuga
• Diminuir poluição à superfície

Isoladores - Forma
Linha de fuga (creepage distance) – corresponde à mais pequena
distância que a corrente teria de percorrer pela superfície do isolador,
entre o condutor e a terra.

Isoladores - Forma
Linha de fuga aumentada para evitar condutividade superficial
(creepage)
• Manutenção dos isoladores é fundamental, particularmente em locais onde
possa existir muito depósito de substâncias à superfície do isolador
• Poluição
• Proximidade ao mar

Isoladores - Proteção
Os isoladores podem ser contornados ou mesmo
destruídos em situação de incidente (ex.
sobretensões)
• Contornamento (flashover) – criação de arco entre o
condutor e a parte metálica dos suportes do isolador.
Contribui significativamente para o desgaste do isolador
• Perfuração – do isolador, com respetiva destruição do
mesmo

Existem diversas soluções para prolongar o tempo de
vida útil dos isoladores, evitando contornamento ou
perfuração dos mesmos.
• Potencial é maior nos isoladores mais próximos do
condutor
• Colocação de anéis para evitar efeito de coroa e melhorar
distribuição do campo elétrico de forma a proteger a cadeia
de isoladores
Fonte:
https://www.comsol.com/blogs/power
-prevents-corona-discharge-power-
Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro lines/ 1.113
• Anéis de Nicholson (Anéis de efeito de coroa – corona rings)
Fonte:
https://cevgroup.org/electrical-
corona/

• Hastes de Descarga (Arcing horns) – utilizadas para garantir que numa
situação de contornamento, o arco se forma nas hastes e não percorra a
superfície (ou a massa) do isolador
Fonte:
https://quickfield.com/advanced/
Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro arcing_horns.htm 1.115
Postes (Apoios) - constituição

Postes (Apoios) - tipos
Tipo de poste a utilizar depende de diversos fatores como:
• Nível de Tensão
• Número de condutores por fase (feixes de condutores)
• Número de circuitos/fases (simples ou duplo)

Postes (Apoios) – tipos mais comuns
150 kV 220 kV 400 kV

Postes (Apoios) – exemplos
Esteira horizontal - simples

Esteira vertical - duplo
Galhardete

Postes (Apoios) – exemplos

Postes (Apoios) – Faixa de Servidão
Consiste na reserva de espaço necessário à manutenção das distâncias
de segurança a qualquer obstáculo (árvores, edifícios, estradas, etc)
Fonte: REN

Fonte: REN

Fonte: REN

Postes (Apoios) – Faixa de Proteção
Distância entre uma linha e a floresta
Criada com vista a garantir a segurança de exploração das linhas
Fonte: REN

Redes de Terra
Análise focada na ligação à terra dos apoios MAT ou AT, mas aplicável a todos
os sistemas aterrados (ex. em subestações)
• Regulamento de Segurança de Linhas Elétricas de Alta Tensão (RSLEAT) –
DR 1/92 de 18 de fevereiro
• Estabelece condições de segurança das linhas AT e MAT
• Acções climatéricas (vento, gelo, etc), características dos materiais a utilizar, distâncias de
segurança, etc

Redes de Terra
Um sistema de terra deve ser projetado de forma a cumprir diversos critérios
de segurança
• Determinação da corrente máxima que pode fluir nos elétrodos de terra
(normalmente utilizando-se o curto-circuito fase terra)
• Determinação da Tensão de Toque e Tensão de Passo máximas, gerados por tal
corrente
• Projeto (iterativo) da rede de terra, de forma a que as tensões de toque e de passo
não ultrapassem os valores máximos toleráveis.
• Resistência do elétrodo (e das ligações elétricas a este)
• Resistividade do solo
• Tipo de solo, profundidade, humidade
• Resistências das ligações à terra
• Elétrodo
• Tipo, parâmetros (comprimento, secção, disposição), número de elétrodos, resistência mecânica,
resistência à corrosão, etc

Redes de Terra - elétrodos
Várias soluções técnicas

Exemplo mais comum de estaca esférica
𝜌
𝑅= (Ω)
2𝜋𝑟

Exercício 1.3.1
Calcule a máxima tensão à terra, considerando uma corrente de 5 A e
as seguintes resistências de terra.
a) 𝑅 = 80 Ω
𝜌
b) 𝑅 = 20 Ω 𝑅= (Ω)
2𝜋𝑟

Exercício 1.3.1
Calcule a máxima tensão à terra, considerando uma corrente de 5 A e
as seguintes resistências de terra.
a) 𝑅 = 80 Ω
𝑉 = 80 × 5 = 400 𝑉
b) 𝑅 = 20 Ω
𝑉 = 20 × 5 = 100 𝑉

Se tivermos N estacas

Redes de Terra – tensão de toque e de passo
Tensão de toque (ou de contacto) – diferença
de potencial entre a superfície e o ponto (de
uma estrutura aterrada) onde a pessoa pode
está a tocar.

Tensão de toque - exemplo
𝑉𝑡 = 1000 − 800 = 200 𝑉

Tensão de passo – diferença de potencial
entre dois pontos da superfície que pode ser
sentido por uma pessoa assumindo uma
distância de 1 metro entre os seus pés.

Tensão de passo - exemplo
𝑉𝑝 = 900 − 800 = 100 𝑉


Redes de Terra – resistividade do solo
Depende da sua composição, da temperatura e da humidade (entre
outras coisas)

Linhas aéreas
O projeto de linhas aéreas está ligado às características técnicas
desejadas para as mesmas e da tecnologia utilizada
• Capacidade de transporte
• Depende das condições atmosféricas
• Tipo de condutor
• Número de condutores por fase
• Tipo de apoio (e disposição dos condutores)

Linhas aéreas – Capacidade de transporte
A capacidade de transporte de uma linha aérea é
fortemente dependente das condições
atmosféricas – definem-se limites térmicos.
Exemplo para linhas MAT da RNT

Condutores
Existem diversas famílias de condutores elétricos para linhas aéreas. Os
mais comuns são:
• ACSR (Aluminum Conductor Steel Reinforced) – o tipo mais utilizado em redes
de transporte. Elevada robustez mecânica e baixo custo.
• AAC (All Aluminum Conductor) – mais leves que os ACSR mas menos
resistentes mecanicamente. Normalmente utilizados em linhas curtas.
• AAAC (All Aluminum Alloy Conductor) – semelhantes aos AAC, mas a liga de
alumínio garante uma maior robustez mecânica.
• ACSS (Aluminum Conductor Steel Supported) – semelhantes aos ACSR mas
com maior rigidez (para aplicações onde a flecha tem que ser reduzida)
• ACCC (Aluminum Conductor Composite Core) – novo tipo de condutor de
elevada robustez mecânica e com alta capacidade de transporte de energia

Condutores - ACSR

Condutores - ACCC

Condutores para cabos de guarda
Nos cabos de guarda utilizam-se
tipicamente condutores do tipo OPGW
(Optical Power Ground Wire) que contém
uma estrutura tubular com um ou mais
cabos de fibra óptica destinados a redes
de comunicação
• Assegura rede de comunicações dos
Operadores de rede

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Alta Tensão - Nuno Amaro

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.69

Médio prazo (1 mês - 1 ano)

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.71

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.73

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.74

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.76

• Causou três CC adicionais

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.77

• Custos – Aprox. 10 milhões de euros

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.78

• Únicos dispositivos com capacidade de corte

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.79

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.80

SPCC não estão integrados no disjuntor,

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.81

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.83

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.84

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.85

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.86

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.87

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.88

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.89

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.90

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.92

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.93

• Seccionadores de painel vs Seccionadores de Terra

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.95

Também são utilizados para alimentar circuitos auxiliares como relés de

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.96

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.97

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.98

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.99

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.100

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.101

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.102

Utilizados em todos os (restantes) ativos, tendo assim um

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.104

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.105

Cerâmica e Vidro Polimeros

Vidro Porcelana Resina Compósito

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.106

Material do isolador Rigidez dielétrica (kV/mm)

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.107

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.108

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150 kV 220 kV 400 kV

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Esteira horizontal - simples

Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.119

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Ano letivo: 22/23 Alta Tensão - Nuno Amaro 1.123

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