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Accao Da Seleccao Natural W EM GRUPO
Accao Da Seleccao Natural W EM GRUPO
Momade Bastonio
Universidade Rovuma
Nacala Porto
Novembro de 2021
Antónia Paulino
Momade Bastonio
Universidade Rovuma
Nacala Porto
Novembro de 2021
III
Índice
Introdução...............................................................................................................................4
Seleção natural........................................................................................................................5
Princípios gerais.....................................................................................................................7
Coloração de aviso.................................................................................................................8
Camuflagem.........................................................................................................................10
Mudança de cor....................................................................................................................11
Pela dieta..............................................................................................................................12
Mecanismo do mimetismo...................................................................................................13
Tipos de mimetismo.............................................................................................................13
Conclusão.............................................................................................................................18
Referências...........................................................................................................................19
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Introdução
Para o alcance destes objectivos neste trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica.
Seleção natural
Seleção natural (AO 1945: Selecção natural) é o processo proposto por Charles
Darwin e Alfred Wallace, os dois responsáveis pela teoria da evolução por seleção
natural. A alta fecundidade e a recorrente competição pela sobrevivência em cada
espécie geram o pressuposto para esse processo. Outros mecanismos de evolução das
espécies incluem a deriva genética, o fluxo gênico, as mutações e o isolamento
geográfico.
O conceito básico de seleção natural é que características favoráveis que são
hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de
organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias
tornam-se menos comuns. A seleção natural age no fenótipo, ou nas características
observáveis de um organismo, de tal forma que indivíduos com fenótipos favoráveis
têm mais chances de sobreviver e se reproduzir do que aqueles com fenótipos menos
favoráveis. Gradativamente, desenvolveu-se a ideia de diversidade de espécies,
decorrente da especiação. Em uma população, indivíduos de uma espécie apresentam
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Dito de outro modo, os fenótipos apresentam uma base genética, então o genótipo
associado com o fenótipo favorável terá sua frequência aumentada na geração seguinte.
Com o passar do tempo, o mecanismo de seleção natural resulta em adaptações que
especializarão organismos em nichos ecológicos particulares e pode resultar na
emergência de novas espécies. A seleção natural não distingue entre seleção ecológica e
seleção sexual, na medida em que ela refere-se às características, por exemplo, destreza
de movimento, nas quais ambas podem atuar simultaneamente. Se uma variação
específica torna o descendente que a manifesta mais apto à sobrevivência e à
reprodução bem sucedida, esse descendente e sua prole terão mais chances de
sobreviver do que os descendentes sem essa variação.
A seleção natural tardia diminui a variabilidade genética, assim, quanto mais intensa a
seleção natural sobre um determinado grupo de indivíduos menor será sua variabilidade,
pois há a seleção dos genótipos. O processo atua em todas as populações, mesmo em
ambientes regulares, eliminando os fenótipos desviantes. A heterogeneidade espacial e
temporal concede diferentes impactos seletivos sobre o conjunto gênico da população,
impedindo a eliminação de determinados genes que não seriam mantidos em um
ambiente estável. Exemplo disso é o que acontece com o aperfeiçoamento na população
humana de genes que normalmente seriam eliminados, como o gene que causa a anemia
falciforme.
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Princípios gerais
A maioria das características são influenciadas pelas interações de muitos genes, mas
algumas características são governadas por um único gene nos moldes das Leis de
Mendel. Variações que ocorram em um de muitos genes que contribuem para uma
característica podem ter somente pequenos efeitos no fenótipo, produzindo um
continuum de valores fenotípicos possíveis; o estudo desses padrões de hereditariedade
tão complexos é chamado de genética quantitativa.
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Quando todos os organismos em uma população compartilham o mesmo alelo para uma
característica particular, e esse estado apresente-se estável ao longo do tempo, se diz
que os alelos se fixaram naquela população. É essa variação genética que destaca
características fenotípicas; um exemplo comum é a de que certas combinações de genes
para cor dos olhos em humanos correspondem a genótipos que originam o fenótipo dos
olhos azuis.
Coloração de aviso
A coloração de aviso é uma estratégia que consiste em, como o nome diz, exibir
determinados padrões de cores em seu exterior, representando uma sua função
fisiológica interna, ou qualquer outra função sua que sirva para intimidar seus
predadores ou atrair o sexo oposto.
Animais que possuem coloração aposemática estão enviando uma mensagem muito
clara aos outros, e a mensagem é: não me toque, sou perigoso. Esse perigo pode ser
evidenciado na forma de impalatabilidade, ou seja, algo que não seja palatável, atraente
ao paladar dos predadores, ou mesmo na forma de substâncias tóxicas presentes no
animal.
A coloração evidente também pode ter outra função além de sinalizar perigo. Ela pode
ser utilizada como “ferramenta de atração”. Além da seleção natural, Charles Darwin
descreveu outro mecanismo, o da seleção sexual. Os indivíduos selecionam os melhores
parceiros para reprodução, e em sua grande maioria essa seleção parte das fêmeas: elas
escolhem os machos. E em algumas espécies a coloração exerce fator primordial nessa
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seleção, uma vez que quanto mais evidente, mais vistosa e mais chamativa a coloração
do macho, mais saudável ele é, logo, um parceiro reprodutivo melhor.
Camuflagem
A camuflagem pode ocorrer pela cor, ou forma de cobertura do animal. É difícil, por
exemplo, distinguir um veado novo entre as folhagens, por causa da cor parda e às
pintas escuras. Como o objetivo final da camuflagem é esconder o animal de outros que
querem caçá-lo, a fisiologia e o comportamento de seus predadores ou de suas presas é
altamente significante. Um animal não desenvolverá nenhuma camuflagem que não o
ajude a sobreviver, então nem todos os animais se misturam em seu meio ambiente da
mesma maneira. Por exemplo, não há sentido em um animal replicar a cor de seu meio
ambiente se o seu principal predador for insensível às cores. O fator mais importante é o
meio ambiente.
Há duas maneiras pelas quais os animais produzem cores diferentes. Uma é por meio
dos biocromos, que são pigmentos naturais microscópicos presentes no corpo de um
animal que produzem cores quimicamente. Sua maquiagem química é tanta que eles
absorvem algumas cores da luz e refletem outras. A cor aparente de um pigmento é a
combinação de todos os comprimentos de onda de luz visíveis que são refletidas por
esse pigmento.
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Mudança de cor
Alguns animais, assim como várias espécies de sépias (molusco da classe Cephalopoda
- a mesma de lulas e polvos), podem manipular seus cromatóforos para a troca total da
cor de sua pele. Estes animais possuem uma coleção de cromatóforos e cada um deles
contém um pigmento singular. Um cromatóforo simples pode estar envolto por um
músculo que pode contrair ou expandir. Quando o músculo da sépia se contrai, todos os
pigmentos são empurrados para a parte superior do cromatóforo. No topo, a célula fica
achatada dentro de um disco largo. Quando o músculo relaxa, a célula retorna ao seu
formato natural de um pequeno pingo. Este pingo é muito difícil de ser visto porque a
parte larga do disco constringe a célula. Constringindo os cromatóforos com um
determinado pigmento e relaxando todos os outros com outros pigmentos, o animal
pode trocar toda a cor do seu corpo.
Pela dieta
Na verdade, algumas espécies de animais trocam os pigmentos que existem em sua pele.
Nudibrânquios trocam sua coloração por alterar sua dieta. Quando um nudibrânquio
alimenta-se de um tipo específico de coral, seu corpo deposita os pigmentos deste coral
na pele e extensões externas do intestino. Os pigmentos aparecem, e o animal torna-se
da mesma cor que o coral. Como o coral não é só a comida da criatura, é também seu
habitat, a coloração é a camuflagem perfeita. Quando a criatura se move para um coral
de cores diferentes as do anterior, seu corpo troca de cor com a nova fonte de comida.
Muitas espécies de peixe gradualmente produzem diferentes pigmentos sem mudar sua
dieta. Isto funciona mais ou menos como troca de pelagem sazonal em mamíferos e
pássaros. Quando o peixe troca de meio ambiente, ele recebe sinais visuais de um novo
modelo de ambiente. Baseado no seu estímulo, estas espécies começam a liberar
hormônios que mudam a maneira de seu corpo produzir pigmentos. Com o tempo, a
coloração dos peixes muda para combinar com seu novo meio ambiente.
Mecanismo do mimetismo
O mecanismo da mudança de cor que certos animais possuem em relação ao meio foi
amplamente estudado experimentalmente. Variandose as cores do ambiente artificial
onde eles foram criados, produziam harmônicas variações cromáticas. Verificou-se que
na pele desses animais existem células chamadas cromatóforos, carregadas de
granulações pigmentadas, que se dispõem de diversos modos e lhes permitem produzir
as diferentes cores. A mudança de cor se verifica pela concentração de algumas
granulações e expansão de outras, segundo o tipo de radiação luminosa que recebam
do ambiente (AS ESPÉCIES..., online, 2006).
Menegotto (1980) e Hickman et al. (2004) relatam que a luz actua sobre as células
pigmentadas determinando uma contração ou uma mudança de posição dos
cromatóforos, que se dispõem ora espraiando-se em formas estreladas, ora retraindo-se
como diminutas esferas; cada tipo de cromatóforo absorve um determinado
comprimento de onda do espectro solar, e a ação conjunta dos cromatóforos
profusamente espalhados pela pele origina uma mudança total da cor. É indiscutível que
no mimetismo intervêm certos órgãos efetores, cujas atividades se traduzem por reações
ante os estímulos do exterior e que estão sob a dependência do sistema nervoso,
aceitando-se assim que exista um sistema efetor pigmentar capaz de obedecer à ação
estimulante do ambiente (AS ESPÉCIES..., online, 2006).
Verificou-se também que algumas secreções endócrinas dos animais superiores exercem
grande influência sobre o sistema pigmentar.
Nos anfíbios, a hipófise influi nas mudanças de cor uma vez que sua extirpação
determina uma contração nos melonóforos, acarretando a descoloração permanente da
pele, enquanto que a injeção dos produtos hipofisários restaura a pigmentação cutânea
(MENEGOTTO, 1980).
Tipos de mimetismo
De acordo com "As espécies..." (online, 2006), dos numerosos tratados sobre o
assunto fica clara a discordância e confusão reinantes entre os diferentes autores com
relação aos tipos de mimetismo. Segundo alguns autores, podem ser caracterizados
três tipos de mimetismo: topomórfico: quando um animal imita os objetos que o
cercam ou ainda o aspecto ou a coloração do ambiente; fitomórfico: quando o animal
se assemelha aos vegetais sobre os quais se instala; e o Zoomórfico: quando o animal
parece com outros de outra espécie.
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Cada um destes tipos de mimetismo pode ser de forma, de cor ou misto. Quando o
mimetismo é de forma, denomina-se homotípico ou isotípico ou isomorfo; se é de cor,
denomina-se homocromático. Outra corrente de autores coloca os seguintes tipos de
mimetismo:
1. Mimetismo propriamente dito: trata-se da imitação de um animal por outro.
Existem três subtipos principais:
1.1. Mimetismo Batesiano: quando um ser fraco imita um mais forte. Um indivíduo
inofensivo (o imitador) adquiri as formas e as cores de outro mais agressivo, para
confundir seus predadores. Se a espécie imitada for numerosa e perigosa, é possível que
o predador abandone a presa, por causa de uma má experiência anterior. Como
exemplo, temos o das cobras-corais-falsas, não-venenosas, que possuem uma cor mais
ou menos semelhante à das corais verdadeiras, extremamente venenosas (Dicionário
Ecológico, online, 2006). Takyia; Ceotto (online, 2006) retratam que mecanismos para a
protecção contra predadores em algumas espécies de cigarrinhas (que compõem a
família Cicadellidae) foram reportados na literatura, especialmente o mimetismo
batesiano. Algumas espécies possuem características como uma constrição na base do
abdome, coloração predominantemente preta e amarela e asas bastante transparentes e
alongadas, lembrando vespas, que são indiscutivelmente animais agressivos e
geralmente impalatáveis. Um desses casos apresenta inclusive um tipo de mimetismo
comportamental, onde a cigarrinha, quando ameaçada, abre as asas numa posição
semelhante às asas de uma vespa em repouso, deixando à mostra a impressionante
constrição do abdome. Um outro caso interessante de mimetismo em cigarrinhas é o de
mimetismo dual, extremamente vantajoso, onde cada sexo apresenta um padrão de
coloração diferente (o que não é muito comum na família) e mimetiza modelos
diferentes de vespas. Para que uma relação de mimetismo batesiano seja eficiente o
número populacional dos mímicos tem que ser baixo, e esse é regulado pelo número
populacional dos modelos. Num caso de mimetismo dual, que é regido por dois
modelos diferentes, o número populacional dos mímicos tende a aumentar, já que o
controle do número de indivíduos de cada sexo depende de modelos diferentes. Outro
caso de mimetismo batesiano na família Cicadellidae inclui a espécie Teletusa limpida,
encontrada no Norte e Sudeste Brasileiro, que apresenta uma semelhança morfológica
com abelhas (em Minas Gerais, o provável modelo mimético seria Megachile
neoxanthoptera), animais também pouco palatáveis (AS ESPÉCIES..., online, 2006).
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1.2. Mimetismo Mülleriano: dois seres são completamente diferentes, mas possuem uma
qualidade em comum, um mesmo padrão identifica um grupo de espécies. O predador,
ao ter experiências desagradáveis com alguns desses indivíduos, acaba por associá-las
ao grupo todo. Como exemplo, temos o das borboletas Licoria e Helicorneus, cuja
característica comum é um mau-cheiro. Desta forma, uma ave insetívora, uma vez
conhecendo as desagradáveis características da Licoria, evitará destruir a Helicorneus
(Dicionário Ecológico, online, 2006).
1.3. Mimetismo Parasitário: neste caso, o parasito procura imitar o hospedeiro, como
acontece com a mosca do gênero Vollucella, que se assemelha a certa vespa e deposita
seus ovos junto aos desta, na tentativa de enganá-la (Dicionário Ecológico, online,
2006).
2. Homocromia: o animal passa a apresentar a mesma cor dominante do meio que o
cerca.
3. Homotipia ou homomorfia - consiste na imitação da forma ou disposição do
ambiente. Além destas, uma terceira classificação pode ainda ser considerada, usando-
se a homocromia e a homotipia num sentido mais generalizado, segundo o qual o
mimetismo se verifica quando o ser imita a cor e a forma de outros animais e ainda dos
objetos que o cercam e dos substratos em que se dispõem:
I. Homocromia: consiste na imitação das cores de outros animais, dos objetos e do
substrato. O mimetismo homocromático está muito difundido entre os insetos cujos
ovos são verdes quando depositados sobre vegetais e adquirem variados matizes quando
depositados sobre o solo. Muitas mariposas noturnas possuem a mesma tonalidade cinza
esverdeada dos líquens sobre os quais repousam durante o dia, e os insetos do gênero
Locusta têm a mesma cor verde das plantas em que pousam (AS ESPÉCIES..., online,
2006). As pequenas rãs Hyla arborea dificilmente são percebidas porque tomam a
mesma cor dos arbustos que crescem nas redondezas de seus habitats (VAZ, online,
2006). O arminho muda sua cor de neve quando ocorre o degelo, substituindo-a por
tonalidade cinza. Por habitar regiões com estações muito pronunciadas, adquire durante
uma parte do ano um aspecto acinzentado, confundindo-se com a vegetação estival, e no
inverno tornam-se brancos para se confundirem com a paisagem coberta de neve.
O camelo, o antílope do deserto e os pássaros do Saara tomam uma cor quase neutra e
uniforme (AS ESPÉCIES..., online, 2006). A lebre alpina é um bom exemplo de
adaptação de um animal ao seu habitat natural.
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Quando seu território fica coberto de neve, a lebre é completamente branca, com duas
pequenas pintas pretas nas pontas das orelhas. Na primavera, ela se torna cinzenta, em
abril se cobre de pintas e em maio o seu pêlo se torna marrom-avermelhado. As patas
são acolchoadas e os dedos, bem separados. Quando abertos, esses dedos permitem à
lebrecorrer sobre a neve sem escorregar.
II. Homotipia ou homomorfia: consiste na imitação das formas dos animais, dos
objetos e dos substratos. Um exemplo característico é o da borboleta Caligo que, vista
de cabeça para baixo e pela face inferior, dá a impressão de coruja. Os do gênero
Bacillus e Proscospis, vulgarmente conhecidos como bicho-pau, tomam a forma e a
cor de um graveto quando sobre uma árvore, confundindo-se com ela. A mariposa
Kallima paralecta toma o aspecto de uma folha a que não faltam nervuras. Entre os
vegetais, cita-se a alga Caulerpa, que possui órgãos que se assemelham a raízes, hastes
e folhas das plantas superiores (AS ESPÉCIES..., online, 2006).
É interessante observar que, de maneira geral, em todos os grupos zoológicos o
indivíduo adquire a forma e a coloração do ambiente ou de outros animais com o intuito
de levar vantagem contra seus agressores ou suas vítimas; assim, pode-se dizer ainda
que existe um mimetismo defensivo e um mimetismo agressor.
Há insetos que, para além de possuírem cores idênticas à do meio que freqüentam, têm
ainda uma morfologia semelhante a folhas, paus ou outras estruturas com as quais se
possam confundir. O expoente máximo do mimetismo são os animais que conseguem
fazer variar a sua coloração em função da cor e do padrão que os rodeia (VAZ, online,
2006). O mesmo autor, acresce que muitas espécies de mariposas da América do
Sul têm as asas de brilhantes cores avermelhadas, amarelas ou azuis, mas quando
pousam, fecham as asas e tomam o aspecto de uma folha seca, semelhança grandemente
reforçada pela própria forma das asas que terminam em uma espécie de cauda parecida
com a haste da folha. Há ainda uma linha escura que atravessa transversalmente as duas
asas e termina nessa cauda, simulando uma nervura. Para completar o mimetismo, a asa
anterior apresenta um ponto transparente, semelhante a um orifício de folha seca. Mas
não são todas as espécies que possuem tais características. Algumas borboletas, ao
contrário, possuem cores vivas, que se mostram claramente mesmo quando estão
pousadas.
O camaleão é um dos mais populares e conhecidos casos de mimetismo, sua cor imita
o meio ambiente. O cavalo-marinho imita as folhagens submarinas, com a cauda
enroscada nas algas pardas, entre as quais se oculta, balouça suavemente, enganando
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outros peixes. O urso branco, auxiliado por esse fenômeno, confunde-se com a neve,
tornandose alvo difícil e perigoso adversário (VAZ, online, 2006).
Outro exemplo é o matamatá, um cágado que tem a aparência de uma folha apodrecida.
Esta característica o ajuda tanto a conseguir alimento, como a se proteger, evitando que
se transforme em jantar. Imóvel dentro dos rios, o matamatá se confunde com as algas e
sedimentos passando despercebido a seus predadores e presas. Assim disfarçado, o
matamatá abre bastante a boca e dilata a garganta, criando um fluxo de água que suga
peixes e invertebrados aquáticos (ROCHA, online, 2006). Existem seres do mar
que, na água, ficam transparentes. O camaleão e a rã podem mudar de cor.
Esta, quando está sobre a grama, torna-se verde e, sobre um tronco de árvore, mostra-
se marrom (VAZ, online, 2006).
O polvo quando se sente ameaçado, a primeira táctica que adota é formar inúmeras
protuberâncias na pele, com aspecto de algas que associadas a uma coloração parecida
com o ambiente, conferem-lhe grande mimetismo (MELLO, online, 2006). Os
nectônicos são peixes que nadam ativamente, porém mantêm uma relação com o
substrato marinho, onde alguns fazem sua moradia. A coloração do corpo, que varia
muito, usualmente apresenta pintas, manchas ou listas claras ou escuras com um
fundo contrastante mais escuro ou mais claro. Alguns possuem um bom mimetismo
com o fundo onde vivem. Como exemplos têm-se meros, salemas, budiões, ciobas,
robalos e pescadas (OCEANOGRAFIA..., online, 2006).
Raros são os casos em que o mimetismo é observado nos vegetais.
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Conclusão
Referências