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7º grupo
Dias AlfaneAmisse
Isabel Bartolomeu
Lacerda Eduardo Joaquim
Leandro Agostinho Maquina
Lúcia Leonardo Licaneque

Bases biológicas e formas de evolução de comportamentos sócias


(sociobiologia)

Universidade Rovuma
Nampula
2019
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7º grupo

Dias AlfaneAmisse
Isabel Bartolomeu
Lacerda Eduardo Joaquim
Leandro Agostinho Maquina
Lúcia Leonardo Licaneque

Bases biológicas e formas de evolução de comportamentos sócias


(sociobiologia)

Trabalho da cadeira de Biologia de


Comportamento, a ser apresentado ao
Departamento de Ciências Naturais e
Matemática, Curso de Biologia 4º Ano.

Docente: MA: Celestino João

Universidade Rovuma

Nampula

2019
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Índic

I. Introdução............................................................................................................................................3

2. Bases biológicas e formas de evolução de comportamento.....................................................................4

2.1. Formas de evolução do comportamento social.....................................................................................5

2.1.1. Filogenese..........................................................................................................................................6

2.1.2. Ontogénese........................................................................................................................................6

2.1.3. Cultura...............................................................................................................................................7

3. Factores de evolução do comportamento.................................................................................................8

4. A vida em grupos sociais.........................................................................................................................8

V. Conclusão.............................................................................................................................................10

VI. Bibliografia.........................................................................................................................................11
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I. Introdução

A sociobiologia é a ciência da adaptabilidade biológica do comportamento social, animal e


humana. Porque o comportamento social desempenha um papel absolutamente essencial nos
esforços de autoconservação e reprodução dos organismos, esta sujeito a força formadora e
optimizadora dos processos evolutivo-biológicos.(VOLAND, 1993).O termo comportamento
social pode sugerir uma contraposição com o que seria “comportamento individual”, Implicando
que os modos como as pessoas agem, pensam, falam, aprendem etc. A ontogénese, como o
campo que está relacionado com a selecção pelas consequências, onde ocorre a história de
aprendizagem individual através do processo do condicionamento operante, a cultura é o campo
das contingências culturais ou seja, continências especiais de reforço mantidas por um grupo.

Muitos animais estão mais protegidos dentro de grupos sociais, por exemplo, porque o perigo
(predador) é reconhecido mais depressa, ou por que este pode ser atacado mais facilmente em
grupo, ou ainda porque a fuga despolarizada do grupo (no sentido de orientação espacial
multidimensional) dificulta a perseguição. Em alguns animais, sobretudo nos mamíferos, existem
inclusivamente autênticos guardas ou sentinelas que alertam o grupo sobre perigos.
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2.Bases biológicas e formas de evolução de comportamento

A novidade básica da sociobiologia de Wilson consistiu em trazer os principais factos da


organização social dos animais da etologia clássica e fundamenta-los com base na ecologia das
populações e genética, de modo a demonstrar a sua evolução e adaptação, daiqueele define a
sociobiologia como sendo a investigação sistemática das bases biológicas do comportamento
social nas suas diferentes expressões, onde todas as espécies animais são abarcadas, (PIRES,
2000).

A sociobiologia é a ciência da adaptabilidade biológica do comportamento social, animal e


humana. Porque o comportamento social desempenha um papel absolutamente essencial nos
esforços de autoconservação e reprodução dos organismos, esta sujeito a força formadora e
optimizadora dos processos evolutivo-biológicos.(VOLAND, 1993).

A sociobiologia procura esclarecer o comportamento social de animais com base na teoria da


evolução de Darwim, partindo da premissa de que nada na biologia faz sentido sem ser no
contexto de uma evolução, razão pela qual o comportamento observado na sociedade é resultado
de uma evolução, (PIRES, 2000).

O termo evolução, provem do latim “evolvere” que significa transformação, também é usado no
sentido de desenvolvimento. Hoje, o termo evolução é largamente utilizado em diferentes
disciplinas que significa modificações irreversíveis de coisas, porem, estas modificações
necessitam de tempo, isto é, para que ocorra a evolução, o factor tempo é essencial (PIRES,
2000).

Quando falamos da evolução, referimo-nos em primeiro lugar a um acontecimento em resultado


do qual nos podemos reconstruir a história filogenética dos seres vivos ou das suas propriedades
que chamamos de filogenese.
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De acordo com Voland, (1993), os elementos de uma população reproduzem-se através de um


número diferente de descendentes. Este facto determina consequências evolutivo-biológico de
grande alcance, pois uma das características da evolução biológica é o facto de os programas
genéticos dos organismos se expandirem numa população na mesma proporção em que
contribuam para a reprodução bem-sucedida das suas ‘’máquinas de sobrevivência’’ transitória.

O mecanismo da selecção natural, descrito pela primeira vez por Charles Darwin (1859), avalia,
no interior das populações, as soluções encontradas pelos indivíduos para os problemas
biológicos fundamentais da auto-conservação e da reprodução em conformidade com a
respectiva eficácia. Os indivíduos biologicamente mais bem-sucedidos deixam uma maior
descendência e, por consequência, os seus programas genéticos aumentam na população,
(PIRES, 2000).

As concepções actuais sobre os mecanismos de evolução biologia baseiam-se nas teorias de


Darwim que até agora são validas. A teoria sintética da evolução concedida por Darwim
reconhece os seguintes mecanismos:

 A selecção (ambiental), actuam sobre indivíduos que competem por fontes naturais;
 A selecção ocorre através das propriedades de características portadoras de funções
(fenótipos) dos indivíduos;
 A selecção favorece neste percurso informações genéticas individuais;
 Indivíduos são elementos de um sistema de uma população de espécies, assim como de
unidades reprodutivas; este sistema possui propriedades que não devem ser vistas como
soma das propriedades dos seus indivíduos, isto é, elas possuem sua qualidade própria;
 Como fonte de mutabilidade servem: mutações, recombinações, e outras formas de
diversidade genética.

2.1. Formas deevolução do comportamento social

Segundo Skinner (1981), behaviorismo radical, consistiu em uma teoria na qual o


comportamento humano é analisado de acordo com o pressuposto do modelo de selecção pela
sequência. Assim o comportamento humano é interpretado como produto de interacção de três
níveis de variação e selecção:
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 I nível:afilogenese (história evolutiva);


 II nível: aontogénese (história do individuo);
 III nível: a cultura.

2.1.1.Filogenese

Segundo Skinner (1981), a filogenese é o processo da evolução da espécie, onde a


susceptibilidade a aprendizagem e o desenvolvimento da cultura são variações que favorecem a
selecção da espécie humana, por essa razão a selecção natural possibilitou a evolução das
espécies e de novas características. As quais possibilitam a espécie humana comportar-se de
maneiras cada vez mais complexas, na filogenese as variações por contingências de
sobrevivência, ou seja, o comportamento que permite a sobrevivência, reprodução de espécies,
são transmitidos as novas geraçõesatravés de dotação genética.

Por exemplo: a colecta de frutos e a forma de conservação de produtos para não morrer fome
em épocas de escassez de produtos alimentares.

A susceptibilidade dos organismos as continências de reforços permitiu a evolução do nível II.

2.1.2. Ontogénese

A ontogénese, é o campo que esta relacionado com a selecção pelas consequências, onde ocorre
a história de aprendizagem individual através do processo do condicionamento operante, que
através deste, o meio ambiente modela o nosso repertório básico e mudanças ambientais podem
levar a ajustes comportamentais rápido, com a aquisição de novas respostas e esticão de antigas
ou o aumento da eficiência de alguns comportamentos.

Uma vez que existem variações comportamentais, comportamentos que apresentaram


consequências favoráveis para o indivíduo podem ser seleccionados, no sentido de que as
possibilidades de sua ocorrência aumentem e, por outro lado, comportamentos que apresentam
consequências desfavoráveis podem ser enfraquecidos, até mesmo extintos.
Postula-se que a estampagem ocorra uma única vez e de modo irreversível, e que também que
existem fases ontogenéticas específicas para cada tipo de estampagem, dentro das quais cada
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comportamento deve ser estampado, são as chamadas fases sensíveis ou críticas de


aprendizagem por estampagem. A não ocorrência desta na fase apropriada leva o indivíduo a não
desenvolver aquele tipo de comportamento, o que minimiza o fitness reprodutivo individual,
(PIRES, 2000).

2.1.3.Cultura

A cultura (terceiro nível da selecção) é o campo das contingências culturais ou seja, continências
especiais de reforço mantidas por um grupo. O facto principal para o desenvolvimento do
ambiente social foi quando a musculatura vocal na espécie humana passou a ser sensível ao
controleoperante, o que por sua vez permitiu a evolução do comportamento verbal, o qual
possibilitou os indivíduos da espécies humana desenvolverem padrões comportamentais de
cooperação, formação de regras e aconselhamentos, aprendizagem por instrução,
desenvolvimento de práticas éticas, técnicas de auto gestão eo desenvolvimento da consciência.

Exemplo: A reprovação de um indivíduo em um nível escolar condiciona uma aprendizagem


para o ano seguinte a tomada de decisão individual.

Neste nível, permite que o comportamento humano esteja relacionado com o bem da cultura, e
ainda pode estar relacionado com três tipos de bens:

 O bem do indivíduo, relacionado aos efeitos de reforçadores, devidas as susceptibilidades


de ordem filogenética. São aqueles que produzem consequências que adquiriram a função
de reforço durante a história evolutiva da espécie. Exemplo: alimento, sexo, segurança
física e todo comportamento que permite a sobrevivência do indivíduo;
 O bem dos outros relacionados aos efeitos dos reforçadores derivados dos reforçadores de
ordem pessoal. São aqueles que produzem consequências reforçadas para outra pessoa,
este emerge e é mantido por relações de reorçamento recíproco, ou seja, ao se comportar
o indivíduo produz consequências reforçadas para outras pessoas mas também produz
consequências reforçadas para si.

Exemplo: vontade de procura de abrigo “contracção de casa”;


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 Bem da cultura, relacionado aos fortalecimentos da cultura. São aqueles comportamentos


relacionados com o bem-estardos outros, mas outros no futuro. Assim as consequências
dessa possibilitam o fortalecimento da cultura através de manutenção de práticas culturais
que aumentam a chance da cultura sobreviver. Ex.: Ritos de iniciação.

Segundo Skinner (1981), diz que para entendermos a origem do comportamento precisamos
investigar de onde vieram as estruturas que assim se comportam, desta forma, as variações que
permitem a evolução da espécie também devem permitir a evolução de algum tipo de
comportamento ou capacidade que proporcione aos organismos a capacidade de se comportar,
porem, qualquer tipo de comportamento que possibilitasse a sobrevivência da espécie poderia
então ser seleccionados por contingência filogenética. Portanto a evolução do comportamento
está intimamente relacionado a evolução natural.

Exemplo: desde a origem da vida e do ser humano, este tende a se ajustar e adequar o seu meio
ambiente e social o que culmina com a manifestação de vários tipos de comportamento, para
fazer comida e aquecer seus corpos o homem descobre o fogo e agora aquecedores eléctricos.

3.Factores de evolução do comportamento

Comportamentos sociais evoluíram a partir de uma selecção natural. A maior pressão para a
evolução deste tipo de comportamentos e que constitui, ao mesmo tempo, a vantagem biológica
deste tipo de comportamentos, relaciona-se certamente com os seguintes ciclos problemáticos:

 Evitação de predadores (optimização da defesa);


 Exploração de recursos alimentares (maximização dos ganhos);
 Aprendizagem social
 Regulação da temperatura;
 Competição reprodutiva.

4.A vida em grupos sociais

Muitos animais estão mais protegidos dentro de grupos sociais, por exemplo, porque o perigo
(predador) é reconhecido mais depressa, ou por que este pode ser atacado mais facilmente em
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grupo, ou ainda porque a fuga despolarizada do grupo (no sentido de orientação espacial
multidimensional) dificulta a perseguição. Em alguns animais, sobretudo nos mamíferos, existem
inclusivamente autênticos guardas ou sentinelas que alertam o grupo sobre perigos. No caso
específico de primatas, esta função pode ser desempenhada pelo macho de elevada posição
social. Gatos selvagens que caçam em grupos têm maior probabilidade de capturar a presa do
que indivíduos isolados. Portanto, uma vantagem particular da formação de grupos sociais
consiste na aprendizagem uma vez que indivíduos jovens aprendem dos adultos, (DEL-CLARO,
2003).

De uma maneira geral, dentro dos conteúdos de aprendizagem nos grupos sociais os mais
destacados são:
 Formas e estratégias eficazes de caça. Um leão aprende a saber como morder a presa para
que esta não escape (mordedura na região do pescoço);
 Formas de evitação de perigo;
 Períodos do dia apropriados para a caça (pode ocorrer através de sincronização de fases
dos períodos de comportamentos com um “Zeitgeber” e, não necessariamente com as
fazes do objecto funcional);
 Produção e uso de instrumentos (primatas superiores);
 Comportamentos sexuais (mesmo que trate-se de estampagem).

Na Biologia do Comportamento emprega-se muito o termo tradição (do Latim, traditio) para
designar tudo o que se aprende de geração para geração, no contexto dos comportamentos
sociais, (DEL-CLARO, 2003)

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V. Conclusão

Na Análise do Comportamento, de fato, o termo tem sido utilizado sempre que uma acção
envolve a participação ou mediação de outra pessoa como ambiente relevante para a acção
analisada. O que pode ser aceito como participação ou mediação, entretanto, ainda é objecto de
discussão.A sociobiologia procura explicar em termos neodarwinianos a evolução dos
comportamentos ou interacções sociais dos animais, sem exclusão do homem. Ela pretende haver
dado, dessa maneira, interpretação científica a muitos fenómenos que antes se descreviam sem
lhes investigar o porquê, a causa primeira. As características actuais de qualquer organismo ou
sistema vivo resultam assim de uma longa série de compromissos adaptativos, um momento de
uma longa e quantas vezes penosa cadeia evolutiva, Portanto, a genética desempenha um papel
importante nocomportamento, ela integra as ciências do comportamento às ciências naturais. O
reconhecimento da importância da genética é uma das mudanças mais marcantes nas ciências do
comportamento durante as duas últimas décadas.
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VI. Bibliografia

DEL-CLARO, Kleber. As distintas fases do comportamento animal. 1ª edição, Editora Prezoto,


Lisboa, 2003.

MURRIETA, Rui Sérgio Sereni. A evolução do comportamento cultural humano. 2013.

PIRES, Cristiano. Introdução ao comportamento animal. Em prelo. 2000.

SKINNER, B. F. selection by consequences.Science. New York. 1981.

VOLAND, Eckart. Elementos de sociobiologia. Lisboa. Portugal. 1993.

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