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R E C E I TAS CO M

P R O D U TO S P O RT U G U E S E S
CARNES
Rodrigo Castelo
B O A C A M A B O A M E S A

ÍNDICE
20 PRODUTOS | 20 RECEITAS

P.4 O PROJETO BORREGO


P.28 MOLHINHOS DE BORREGO
P.6 CHEF RODRIGO CASTELO COM FEIJÃO-BRANCO

FEIJÃO VERMELHO PORCO MALHADO


P.10 SOPA DA PEDRA P.30 POUPINHAS COM MOLHO
DE MEXILHÃO
POMBO
P.12 CANJA DE POMBO CODORNIZ
E COGUMELOS SHITAKI, P.32 CODORNIZ FRITA
ALGA KOMBU E LIMÃO COM MOLHO TÁRTARO

PÃO RIBATEJANO GALO COCÓ


P.14 SANDES DE LENTRISCA P.34 CABIDELA DE GALO COCÓ,
COM MAIONESE DE MOLHO HORTELÃ E ROMÃ
DE OSTRA E PICKLES
DE PEPINO PORCO
P.36 PEZINHOS DE COENTRADA,
TOIRO PICKLES DE PERA
P.16 TÁRTARO DE TOIRO BRAVO, E BERBIGÃO
TOSTAS PICANTES E BARRIGA
DE CARPA PATO
P.38 ARROZ DE PATO COM
GRÃO-DE-BICO COUVES GRELHADAS
P.18 MÃO DE VACA COM GRÃO
“CASAL VOUGA” E CACHAÇOS TOIRO
DE BACALHAU P.40 CARBONARA DE LÍNGUA
E BARRIGA DE TOIRO
BODE FUMADAS COM CECINA
P.20 CAPADO ASSADO NO FORNO
COM ARROZ DAS LEZÍRIAS, JAVALI
GRÃO-DE-BICO E MIÚDOS P.42 JAVALI COM PURÉ
DE CASTANHAS E RAIZ
VACA DE AIPO, E PLEUROTOS
P.22 PICA-PAU DE LOMBELO
À CAMPINO INHAME
P.44 CORNOS E TENTÁCULOS
CARACOLETA COM PURÉ DE INHAME
P.24 JARDINEIRA
DE CARACOLETAS BIMI
E LAGOSTIM DO RIO P.46 B
 OCHECHA DE PORCO
COM MIGAS DE BIMI
LEBRE
P.26 ESCABECHE DE LEBRE, CARNEIRO
DIÓSPIRO DE ROER E CHIPS P.48 ENSOPADO DE CARNEIRO
DE CABELO DE ANJO À RIBATEJANA

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P R O D U T O S P O R T U G U E S E S

O PROJETO

RECEITAS DE PORTUGAL Volume I


Entradas e Petiscos,
100 RECEITAS | 5 COZINHEIROS por João Rodrigues
Autor das receitas semanais do Expresso,
chef do restaurante Feitoria e mentor
do Projecto Matéria, que promove os
É comum afirmar-se que gastronomia entradas e petiscos; peixes e mariscos; produtores nacionais com boas práticas
é cultura, que é um dos fatores mais vegetarianos; carnes; e sobremesas. agrícolas, João Rodrigues sugere
importantes na identidade nacional, Entradas e Petiscos.
que é um património de todos, social e João Rodrigues, Noélia Jerónimo,
cultural, em síntese, um “bem imaterial Ljubomir Stanisic, Rodrigo Castelo e
do património cultural de Portugal”, já Michele Marques foram convidados a Volume II
reconhecido oficialmente. Para este “bem fazer brilhar os produtos endógenos e Peixes
nacional” os produtos e os produtores sazonais, alguns quase desconhecidos por Noélia Jerónimo
são essenciais. É a matéria que nos une, e pouco usados nas cozinhas dos A partir de Cabanas de Tavira, no Algarve,
tendo por base as diferentes identidades portugueses, em 100 receitas Noélia Jerónimo, premiada com um Garfo
territoriais do país. Com este projeto, devidamente adaptadas para que de Prata - guia “Boa Cama Boa Mesa”,
o Expresso oferece aos seus leitores possam ser feitas em casa. apresenta 20 pratos de peixe e marisco,
cinco suplementos com receitas que com “muito sabor e amor”.
dão a conhecer e fazem o elogio de 100 Além das características únicas dos
produtos portugueses, muitas vezes produtos, de informações úteis ou
injustamente colocados em segundo curiosidades, cada suplemento é Volume III
plano, através da criatividade e mestria composto por 20 receitas, apresentadas Vegetarianos
de cinco cozinheiros. Ao longo de cinco de forma simples, com a descrição de por Ljubomir Stanisic
semanas, a partir de uma seleção de ingredientes, quantidades, preparação Chef do 100 Maneiras, que ostenta um
ingredientes, cada um dos chefs sugere 20 e confeção, de pratos idealizados para Garfo de Prata, e do Bistro 100 Maneiras,
receitas para cada momento da refeição: quatro pessoas. ambos em Lisboa, Ljubomir Stanisic,
que lançou uma loja online com diversos
produtos, assina 20 receitas vegetarianas.

Volume IV
Carnes
por Rodrigo Castelo
Com um Garfo de Prata, na Taberna
Ò Balcão, em Santarém, Rodrigo
Castelo elogia diariamente o património
gastronómico do Ribatejo. Neste volume
dá a conhecer pratos de carne e de
fumados.

FICHA TÉCNICA
Volume V
Conteúdos Expresso | Boa Cama Boa mesa Chef convidado Rodrigo Castelo Sobremesas
Coordenação do projeto Susana Freixo Fotografias Tiago Miranda por Michele Marques
Design Sara Henriques Produção gráfica João Paulo Batlle y Font Nascida no Brasil, o Alentejo é a pátria
Impressão e acabamento Lisgráfica gastronómica que não se cansa de elogiar
e divulgar. A partir da cozinha do Gadanha
Este suplemento faz parte integrante do Expresso, – Mercearia & Restaurante, em Estremoz,
não podendo ser vendido separadamente. surpreende com receitas de sobremesas.

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CHEF
Rodrigo Castelo
Chef e proprietário
do restaurante Taberna
Ó Balcão, em Santarém,
apresenta 20 receitas de carne e fumados

Com estas receitas trago-vos aquilo que encantam. O quebrar barreiras e o risco
sou… de conjugar ingredientes improváveis,
aliado a poder assistir in loco à reação dos
Uma receita é feita de sentimento, de outros, eleva a cozinha a um verdadeiro
sensibilidade, de tudo o que o produto espetáculo.
nos pode oferecer, respeitando-o e
dignificando-o desde a sua origem até à Aqui trago-vos tudo isso, pratos mais
produção final, mantendo sempre a sua complexos, para que arrisquem, e outros
identidade. menos complexos, mas que não deixam
de nos trazer memórias e sentimentos
O ato de cozinhar desperta em mim tão bons como um abraço que neste
muitas memórias e sentimentos momento tanta falta nos faz.
positivos, sempre cozinhei em família
e com amigos, e poucas coisas há de Espero que se divirtam
melhor do que partilhar a mesa com
quem mais gostamos. Um abraço gastronómico

Hoje, a cozinhar profissionalmente


faço-o com a mesma entrega, paixão
e dedicação de sempre, despertando
ainda em mim outras emoções que me

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FEIJÃO VERMELHO
Vermelho ou encarnado, este tipo de
feijão apresenta uma textura cremosa,
um sabor distinto dos “irmãos” e a
vantagem de oferecer uma excelente
capacidade de absorção de sabores de
outros alimentos, como é fácil perceber
em pratos como a sopa da pedra. Antes
de cozer deve ser demolhado durante
cerca de 8 horas (uma parte de feijão
para quatro partes de água). Segundo
dados oficiais, o feijão corresponde
a cerca de 75% do consumo de
leguminosas em Portugal. Originário
da América Central, o feijão apresenta
um alto teor de proteína e fibra.

SOPA DA PEDRA
4h Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação prévia)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

200 g de feijão vermelho seco Salgar as carnes no dia anterior.


½ chouriço Numa panela colocar cebola, louro,
½ chouriço negro alhos e azeite. Refogar bem, adicionar
2 folhas de louro a massa de pimentão e refrescar com
3 g de massa de pimentão vinho branco. Juntar os restantes
350 g de cebola (picada) ingredientes com a exceção dos
30 g de alho (picado) enchidos. Deixar levantar fervura
30 g de raiz de coentros e reduzir para lume médio. Cozinhar,
60 ml de azeite com a panela tapada, durante 3,5
50 g de vinho branco horas.
450 g de faceira Destapar para adicionar os enchidos
150 g de barriga de porco e deixar cozinhar por mais 30
425 g de chispe minutos.
3 l de água Coar a sopa, picar as carnes e cortar
200 g de batatas (aos cubos) os enchidos às rodelas.
Servir tudo em conjunto.

Com o apoio

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POMBO
O uso da carne de pombo na cozinha
é ancestral, com referências na Roma
Antiga e no Egito dos faraós. Na Europa
medieval ganhou estatuto nas mesas
da realeza. Com a cozinha francesa, os
pratos de pombo atingiram o patamar
da alta cozinha, onde ainda hoje são
parte integrante de diversos menus de
autor. Em Portugal, o Alentejo e Trás-os-
-Montes são as regiões com receituário
que elogia as qualidades desta ave, graças
à tradição da caça. Existem três espécies
de pombos, com a designação geral de
pombos-bravos: pombo-torcaz, pombo-
-das-rochas e pombo-bravo.

CANJA DE POMBO E COGUMELOS


SHITAKI, ALGA KOMBU E LIMÃO
50' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

500 g de pombo Marque os cogumelos e uma cabeça


50 g de cogumelos shitaki de alho partida ao meio na chapa.
desidratados Assim que escurecerem e libertarem
290 g de cebola aromas, reserve.
Azeite (q.b.) Marque bem o pombo no fundo do
4 unidades de cravinho tacho com um fio de azeite, para
200 ml de vinho branco libertar a gordura. Refresque com
20 cl de aguardente vinho branco e adicione os restantes
Sal (q.b.) ingredientes com a exceção da alga
Pimenta (q.b.) kombu, do limão e da massa pevide.
20 g de alho assado Deixe cozinhar durante cerca de
40 g de toucinho branco 30 minutos, com o tacho tapado.
10 g de hortelã Adicione a alga e destape o tacho.
50 g de raiz de coentro Junte a massa pevide e cozinhe entre
80 g de cenoura 8 a 10 minutos.
20 g de aipo em rama Pique todos os ingredientes, desfie
5 g de salsa o pombo e sirva com hortelã e umas
4 l de água gotas de sumo de limão.
1 embalagem de massa pevide
1 limão
1 alga kombu
Com o apoio

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PÃO RIBATEJANO
O pão ribatejano, na designação de
“saloio ribatejano”, tem atualmente
400 ou 800 g. Tradicionalmente é feito
de farinha ligeiramente escura (obtida
por processo rudimentar em moinhos
de vento ou azenhas). Composta por
mais de três partes de água por uma de
farinha de trigo, da massa nascia um pão
mole e macio. Dizem os antigos que esta
característica resultava das donas de casa
molharem bastantes vezes as mãos para
a massa não se agarrar. Antes de entrar
no forno, a massa é cortada a meio com
uma tesoura de alfaiate.

SANDES DE LENTRISCA
COM MAIONESE DE MOLHO
DE OSTRA E PICKLES DE PEPINO
30' Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

1 kg de entremeada de porco Deixe as entremeadas (lentriscas) a


sem courato (lentrisca); 3 limões; marinar de um dia para o outro, em
2 colheres de sopa de alho em pó; sumo de limão, louro, alho em pó, sal
sal (q.b.); 2 folhas louro; pimenta (q.b.); e pimenta.
1 l de óleo para fritar; 150 g de pão Passe as entremeadas por farinha,
ralado; 3 ovos batidos; 6 fatias de ovo e pão ralado e frite em óleo.
pão (sem côdea); 3 colheres de sopa Com o rolo da massa passe pelo pão
de manteiga; 1 colher de sobremesa sem côdea. Derreta manteiga, pincele
de mostarda; cebolinho (q.b.) o pão e leve ao forno a 160°C.
Sirva as lentriscas dentro do pão
Para os pickles de pepino: torrado com manteiga e coloque
Sementes de mostarda; pickles e mostarda a gosto, assim
500 ml de vinagre; 200 g de pepino; como o cebolinho.
150 g de açúcar; sal (q.b.) Para fazer os pickles, juntar o açúcar,
as sementes de mostarda e o sal ao
Para o molho maionese de ostra: vinagre. Depois de o açúcar derreter
1 colher de sobremesa de maionese; adicionar as rodelas de pepino.
1 colher de sobremesa de molho Para preparar o molho de maionese
de ostra; folhas de tomilho-limão de ostra basta envolver todos os
condimentos.
Com o apoio

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TOIRO BRAVO
A “Carne de Bravo do Ribatejo”,
proveniente de bovinos da raça Brava
de Lide, está registada como produto
de Denominação de Origem Protegida
(DOP) desde 2013. Mas, na verdade,
a criação de bovinos da raça Brava de
Lide data já de 1840. A extensão da
exploração agrícola, como acontece
na lezíria ribatejana, é um fator
fundamental na produção de bovinos
desta raça, caracterizados pelo porte
atlético. A carne, com cor vermelho-
-cereja-escuro brilhante, e de sabor
acentuado e persistente, apresenta
gordura infiltrada no músculo, com
marmoreado próprio e característico,
que contribui para a grande suculência
e macieza. É um dos petiscos mais
apreciados na região.

TÁRTARO DE TOIRO BRAVO, TOSTAS


PICANTES E BARRIGA DE CARPA
20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

Para o tártaro: Para o tártaro: Cortar a carne


250 g de lombo de toiro; raiz de rábano de toiro aos cubos, bem como os
forte (ralado); mostarda; alcaparras; restantes alimentos e envolver tudo.
gema de ovo; molho de soja; Para a carpa: Grelhar, só com sal,
molho inglês; maionese; sumo de lima; até ficar a lascar.
picante; cebola roxa picada; coentros; Para as tostas picantes: Torrar e ir
azeite; mel; flor de sal pincelando com o azeite picante.

Para a carpa:
200 g de carpa; sal (q.b.)

Para as tostas picantes:


4 fatias de pão caseiro;
150 ml de azeite picante
com dentes de alho

Com o apoio

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GRÃO-DE-BICO
O grão-de-bico é uma leguminosa que
integra a dieta mediterrânica, conhecido
por acompanhar lindamente pratos
tradicionais portugueses. A recuperação e
valorização de uma variedade autóctone
- Casal Vouga - permitiram trazer aos
pratos confecionados o sabor presente
nas nossas memórias. Esta variedade
apresenta um calibre generoso, tempo de
cozedura menor e paladar mais autêntico.
É grão com sabor a grão. Tem também
excelentes vantagens agronómicas na
preservação dos solos e na rentabilidade
dos agricultores.

MÃO DE VACA COM GRÃO “CASAL


VOUGA” E CACHAÇOS DE BACALHAU
3h20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

150 ml de azeite; 160 ml de vinho Para o caldo da mão de vaca, juntar


branco; 80 g barriga de porco todos os ingredientes e deixar
fumada; 80 g de chouriço; cozinhar durante 3 horas.
300 g de cebola; 30 g de alho; Para o estufado de grão com mão de
40 g de raiz de coentros; 250 g vaca deve juntar, no fundo do tacho,
de mão de vaca (já cozida e partida azeite, chouriço e barriga de porco
em cubos); 25 g de massa de picados, bem como raiz de coentros,
pimentão; 25 g de polpa de tomate; cebola e alho. Deixar refogar bem.
600 g de caldo de mão de vaca; Adicionar a massa de pimentão, a
230 g de cenoura (em cubos polpa de tomate e a mão de vaca.
pequenos); 460 g de grão-de-bico; Refrescar com vinho branco. Deixar
sal (q.b.); pimenta (q.b.); raspa ferver e juntar o caldo. Adicionar o
de 1 limão; 20 g de coentros grão já cozido e a raspa de limão.
Retificar temperos.
Para os cachaços de bacalhau: À parte, num tabuleiro, usar azeite
4 cachaços de bacalhau; até cobrir os cachaços de bacalhau.
2 dentes de alho Levar ao forno a 180˚C durante
10 minutos.
Para o caldo de mão de vaca: Servir junto da mão de vaca.
100 ml de azeite; 1 dente de alho;
2 folhas de louro; 5 l de água

Com o apoio

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BODE CAPADO
Desconhece-se a origem desta tradição,
mas em Amiais de Baixo, a curta
distância de Santarém, o bode capado,
ou seja castrado, é obrigatório na
alimentação da comunidade, que até
lhe dedica um festival. Tal como outros
animais, ao ser castrado à nascença, faz
com o que bode ganhe peso e gordura.
O talho dos Irmãos Santos é o guardião
maior desta tradição.

CAPADO ASSADO NO FORNO


COM ARROZ DAS LEZÍRIAS,
GRÃO-DE-BICO E MIÚDOS
2h30' Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

Arroz da matança: Demolhar durante 12 horas e cozer o


230 g de coração; 200 g de língua; grão com o dobro da água durante
280 g de bucho; 20 g de alho; 45 minutos. Reservar a água.
240 g de cebola; 150 g de limão; À parte ferver o bucho e a língua,
3 folhas de louro; 2 unidades durante uma hora, com louro, sumo
de cravinho; 240 g de arroz; 3 g de de limão, hortelã e sal. Retirar a capa
colorau; 7 g de raiz de coentros; da língua.
9 g de hortelã; 200 g de grão-de- Fazer um refogado com azeite, alho,
-bico; 120 g de água de grão; louro, colorau, cravinho, hortelã, raiz
17 g de sal; 360 g caldo de capado; de coentros e o coração cortado
vinho branco; vinagre; picante (q.b.) em pedaços durante 10 minutos.
Refrescar com vinho branco e deixar
Capado no forno: apurar. Adicionar o caldo de cozer o
3,1 kg de mãos de capado (paleta); grão, o bucho, aos pedaços, a língua,
20 g de raiz de coentros; 15,6 g de o caldo de capado e deixar cozinhar
salva; 13 g de manjerona; 8 g de durante 10 minutos. Retificar com
salsa; 8 g de hortelã; 8 g de tomilho; sal, pimenta e picante. Juntar o
5 g de alecrim; 30 ml de azeite; arroz e cozinhar durante 15 minutos.
600 ml de vinho branco; 60 g de Adicionar o grão, temperar com
massa de pimentão; 40 ml de sumo vinagre e retificar temperos.
de limão; 2 folhas de louro; 2 g de Para preparar o capado deve colocar
poejo; 2 g de cominhos; 20 g de sal; todos os ingredientes num tabuleiro
picante (q.b.); 40 g de massa de alho a marinar durante 24 horas. Cozinhar
durante 2 horas a 220˚C, em vapor
Com o apoio ou com o tabuleiro tapado, e mais
2 horas a 150˚C, já destapado,
voltando…

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VACA
Atualmente, em Portugal, estão
reconhecidas oficialmente 15 raças
autóctones de bovinos: alentejana,
algarvia, arouquesa, barrosã, brava,
cachena, garvonesa, jarmelista,
marinhoa, maronesa, mertolenga,
minhota, mirandesa, preta e ramo
grande. Com forte vocação para o
trabalho, as raças portuguesas estão
a ganhar maior projeção e atenção
por parte dos consumidores, graças
a diversas certificações e à atenção
dada pelos principais chefs de cozinha
nacionais à maturação das carnes. Cada
português consome, em média, 20,4 kg
de carne bovina por ano.

PICA-PAU DE LOMBELO À CAMPINO


10' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

200 g de lombelo de vaca Colocar o azeite numa frigideira,


150 ml de azeite deixar aquecer e colocar a carne aos
50 g de manteiga cubos. Selar bem de ambos os lados,
2 folhas de louro adicionar os alhos laminados, o louro
Sal (q.b.) e a mostarda.
Pimenta (q.b.) Refrescar com vinho branco e
Picante (q.b.) temperar de sal, pimenta e picante.
5 g de mostarda Baixar o lume e colocar a manteiga
20 ml de vinho branco fria aos pedaços, até o molho ficar
20 g de pickles (picados) homogéneo.
8 g de coentros Servir com pickles picados e coentros.

Com o apoio

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CARACOLETA
com a caracoleta moura, o amarelinho
ou riscadinho e o caracol pequeno
(Theba pisana) que, de abril a setembro,
é rei de muitas tascas e cervejarias. A
caracoleta é apanhada quando atinge
entre 18 e 20 g e são cozinhadas das
mais variadas formas, das mais comuns,
à portuguesa ou assadas, até às versões
guisadas ou de cebolada. Em Portugal,
De nome científico Helix aspersa, a a linha do Mondego divide quem odeia
caracoleta é uma das quatro espécies (norte) e quem adora (Sul) caracóis e
comestíveis de gastrópode terrestre, a par caracoletas.

JARDINEIRA DE CARACOLETAS
E LAGOSTIM DO RIO
1h20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

600 g de caracoletas Num tacho juntar cebola, alho, louro e


100 g de miolo de lagostim do rio raiz de coentros. Deixar refogar até a
250 g de ervilhas cebola quebrar. Adicionar o chouriço
100 g de cenouras e barriga de porco, fumada e cortada
170 g de batatas (em cubos) em cubos. Deixar cozinhar bem e
40 g de massa pimentão acrescentar uma colher de polpa de
40 g de polpa de tomate tomate e massa pimentão.
100 ml de azeite Juntar as caracoletas, adicionar água
50 g de manteiga e deixar cozinhar. Tempere com sal,
1 limão pimenta e picante.
5 dentes de alho À parte, saltear os lagostins em
250 g de cebola azeite, manteiga, alho, picante, sumo
2 folhas de louro de limão, sal (q.b.).
33 ml de vinho branco Adicionar à jardineira e servir
1 chouriço de carne com coentros picados, orégãos
80 g de barriga de porco fumada e zeste de limão.
(em cubos)
3 raízes de coentros
1 mão de coentros
Sal (q.b.)
Pimenta (q.b.)
Orégãos (q.b.)
1 l de água

Com o apoio

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LEBRE
Com alguma frequência confundida
com o coelho, a lebre distingue-se pelo
tamanho superior, pela cor, amarela-
-acastanhada e, sobretudo, pelas
grandes orelhas, bastante maiores
que o comprimento da cabeça e com
pontas negras. O tamanho dos membros
posteriores é também maior e ajudam a
lebre a atingir velocidades na ordem de
60 km/h. Em Portugal, a lebre espalha-se
por todo o território, ainda que seja mais
comum no Alentejo. Espécie cinegética,
a lebre é considerada um produto de
excelência na cozinha, entre petiscos e
pratos mais apurados.

ESCABECHE DE LEBRE, DIÓSPIRO


DE ROER E CHIPS DE CABELO DE ANJO
2h10' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

½ coelho Cortar a lebre aos pedaços. Num


400 g de cebola tacho adicionar azeite e deixar
160 g de cenoura (em palitos) aquecer. Caramelizar bem a lebre,
40 g de raiz de coentros juntar as raízes de coentros, as
150 ml de azeite folhas de louro, e regar com vinho
7 g de sal branco. Temperar com sal e pimenta.
2 g de pimenta Adicionar a água e deixar reduzir até
5 bagas de zimbro 1/3.
2 folhas de louro Retirar a lebre e desfiar. Reservar.
0,5 l de vinho branco No mesmo tacho colocar a cebola,
0,5 l de vinagre de vinho tinto o restante azeite e deixar refogar.
0,5 l de água Adicionar a lebre desfiada, a cenoura
10 g de coentros picados em palitos fininhos. Deixar apurar até
50 g de topinambur (em juliana) ficar cremoso. Adicionar o vinagre e o
1 dióspiro zimbro, e deixar ferver.
1 mão de coentros Conservar no frio.
Servir envolvido com topinambur frito
em cabelo de anjo e coentros picados.
No topo colocar uma rodela de
dióspiro de roer.

Com o apoio

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BORREGO
um ano, fala-se em carne de carneiro,
que tem odor e sabor mais acentuados.
Existe, também, o borrego de leite,
com idade até um mês e, como o
nome indica, apenas se alimentou
de leite. Tradicionalmente, apenas se
encontra à venda na Páscoa. O borrego é
transversal a todo o país, com receituário
diversificado e, muitas vezes, associado
a festas religiosas. Existem várias raças
O borrego é o nome dado ao gado classificadas como DOP (Denominação
ovino com cerca de 12 meses. Quando de Origem Protegida) e IGP (Indicação
o abate é feito ao animal com mais de Geográfica Protegida).

MOLHINHOS DE BORREGO
COM FEIJÃO-BRANCO
2h20' Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

1 kg de estômago de borrego Demolhar o feijão durante 6 horas.


2 cebolas Cortar o estômago do carneiro com
½ chouriço de carne formato retangular e formar rolinhos.
½ chouriço de sangue Temperar com sal, pimenta, azeite,
3 dentes de alho louro e vinho branco.
2 folhas de louro Cozer o feijão em água com uma
2,5 dl de azeite cebola e um fio de azeite. Guardar a
250 g de cenoura água da cozedura.
150 g de polpa de tomate Cozer os molhinhos em água com
200 g de feijão sal. Quando os molhinhos estiverem
½ de salsa cozidos, deitar fora a água da
2 dl de vinho branco cozedura.
1 rasgo de vinagre de figo Paladin Fazer um refogado com alho, cebola
Cominhos (q.b.) e os enchidos picados. Adicionar
Sal (q.b.) vinho branco. Juntar a polpa de
Pimenta (q.b.) tomate e depois adicionar os
Picante Sakana (q.b.) molhinhos juntamente com a salsa,
acrescentando um pouco da água
onde cozeu o feijão e deixar estufar
durante cerca de 2 horas.
Temperar com cominhos, pimenta,
picante e sal se necessário. No final,
Com o apoio colocar um rasgo de vinagre de figo.
Colocar o grão cozido no estufado
e servir bem quente.

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PORCO MALHADO
O malhado de Alcobaça é uma das três
raças suínas autóctones portuguesas,
a par da alentejana e da bísara. A raça,
também chamada de torrejano ou
porco da granja, terá tido origem, em
1865, após sucessivos cruzamentos
entre porcos bísaros açorianos e porcos
ingleses. O malhado de Alcobaça esteve
quase extinto, mas hoje a raça está
de novo a ser produzida e divulgada,
garantindo a sobrevivência do porco
malhado. A carne de alta qualidade,
principalmente a carne grelhada, os
enchidos, o presunto, a morcela de arroz
e o leitão assado.

POUPINHAS COM MOLHO


DE MEXILHÃO
20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

250 g de poupinhas (rojões); Para a confeção das poupinhas,


20 g de massa de pimentão; colocar o azeite na frigideira, marcar
20 ml de vinho branco; 1 dente bem a carne e adicionar o vinho
de alho; 30 g de manteiga; branco e os restantes ingredientes.
picante (q.b.); 10 ml de água; Reservar.
pimenta (q.b.); sal (q.b.); À parte, colocar os mexilhões num
80 ml de azeite; 1 folha de louro; tacho e deixar abrir. Reserve a água e
20 g de coentros o miolo dos mexilhões.
Num tacho pequeno, refogar bem o
Para os mexilhões: azeite, o sal, a manteiga e as chalotas
400 g de mexilhões com casca; laminadas.
10 g de azeite; 45 g de chalota No final, adicionar os restantes
(laminada); 35 ml de espumante; ingredientes e preparados.
10 g de sumo de limão; 15 g de natas;
15 g de manteiga; 4 g de lemon grass;
sal (q.b.); pimenta (q.b.)

Com o apoio

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CODORNIZ
Espécie cinegética, a codorniz é uma ave
da família dos fasianídeos, bem como
as perdizes, faisões e pavões. Elogiada
pela carne delicada e saborosa, pelo
valor nutricional e pela versatilidade
gastronómica, a codorniz é muito difícil
de observar, apesar de existir em grande
parte do território nacional. No Alentejo,
nomeadamente, junto a albufeiras e
lameiros com vegetação densa rasteira,
é provável o avistamento ainda que,
não raras as vezes, apenas quando
levanta voo aos pés do observador. Mais
facilmente se ouve o seu canto repentino.

CODORNIZ FRITA
COM MOLHO TÁRTARO
30' Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

4 codornizes; 33 ml de vinho; pimenta Marinar as codornizes durante


(q.b.); sal (q.b.); 2 g de colorau; 2 horas no frio.
2 g de cominhos; sumo de 1 limão; Retirar da marinada, escorrer bem
3 dentes de alho; 2 folhas de louro; e fritar em óleo abundante a 180˚C.
1 l de óleo À parte preparar o molho tártaro.
Picar todos os ingredientes
Para o molho tártaro e envolver bem.
200 g de maionese; Empratar as codornizes com o molho.
50 g de cornichon (picado);
35 g de sumo de limão;
50 g de alcaparras; sal (q.b.);
pimenta (q.b.); 50 g de cebola roxa
(picada); 10 g de mostarda;
5 g de alho (em pó); 20 g de coentros
(picado); 2 gotas de picante;
25 g de ketchup

Com o apoio

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GALO COCÓ
Em Portugal existem várias
denominações para a raça garnisé, que
define várias espécies de galináceos
mais pequenos do que o galo ou galinha
comum, dos quais descende. Para
além de cocó, expressão muito usada
no Ribatejo, é também possível ser
identificado como galinha-da-índia,
coquinha ou coquita. Tudo aponta para
que o nome garnisé tenha origem no
topónimo Guernesey, uma ilha britânica
do canal da Mancha, de onde terão
chegado as primeiras aves a Portugal.

CABIDELA DE GALO COCÓ,


HORTELÃ E ROMÃ
2h10' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

1,7 kg de galo cocó Partir o galo aos pedaços e, com o


470 g de cebola azeite quente, corar bem a carne.
150 ml de azeite Reservar.
70 g de alho No mesmo tacho, aproveitando
10 g de salsa a gordura, adicionar alho, cebola,
2 folhas de louro louro, alecrim, salsa, coentros,
10 g de raiz de coentros cravinho. Juntar o galo e envolver
10 g de alecrim bem. Refrescar com os vinhos e
130 g de sangue deixar ferver. Juntar a água e deixar
30 g de vinagre cozinhar durante 2 horas.
0,6 l de vinho tinto Coar e reservar o galo. Triturar todo
0,4 l de vinho branco o caldo, com a exceção das folhas de
1,5 l de água louro.
240 g de arroz carolino Juntar o caldo triturado ao galo.
7 cominhos À parte, num recipiente envolver o
10 g de hortelã sangue com o vinagre, e depois juntar
Sal (q.b.) ao cozinhado. Adicionar o arroz e
1 romã deixar cozinhar durante 9 minutos.
Pimenta (q.b.) Servir com hortelã picada e as
sementes da romã.

Com o apoio

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PORCO
de 44 kg de carne de porco por ano.
A tradição nacional, baseada numa
alimentação de subsistência, aprendeu
a aproveitar o porco, da cabeça ao rabo,
e ainda conservar, em curas de sal ou de
fumo, e a transformar diversas partes do
animal, com destaque para os enchidos.
A carne suína continua a ser a mais Em Portugal existem três raças suínas
consumida em Portugal, com cada autóctones: alentejana, bísara (Trás-os-
habitante a comer, em média, cerca -Montes) e malhado de Alcobaça.

PEZINHOS DE COENTRADA,
PICKLES DE PERA E BERBIGÃO
4h Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES ingredientes até a cebola caramelizar.


Adicionar os pezinhos e o vinho e
1 kg de pezinhos de porco; deixar apurar. Juntar água e cozinhar
200 ml de azeite; 250 g de cebola; durante 4 horas, em lume baixo, com
30 g de alho; 5 g de raiz de coentros; o tacho tapado. No final, desossar os
4 cravinhos; 1 g de açafrão; 1 g de pezinhos e adicionar a cenoura em
cominhos; 3 g de massa de pimentão; quadradinhos e os coentros frescos.
1 g de colorau; 30 cl de vinho branco; Envolver bem e fazer uma terrina.
sal (q.b.); 4 l de água; pimenta (q.b.); À parte, num tacho abrir o berbigão.
20 g de coentros Retirar e reservar o miolo. Coar a
água.
Para os pickles de pera: Para o berbigão: Num tacho ao lume
Sementes de mostarda; colocar o berbigão, assim que abrir
500 ml de vinagre; 200 g de pepino; retirar, reservar o miolo, e coar a
150 g de açúcar; sal (q.b.); 1 pera água passando por um filtro ou pano.
Molho holandês: Coloque as gemas
Para o berbigão: num recipiente, junte a água do
500 g de berbigão berbigão e o sumo de limão. Bata
com vara de arames. Tempere
Para o molho holandês: com sal e pimenta. Leve ao lume
5 gemas de ovos; 160 g de manteiga; em banho-maria batendo sempre.
50 g de àgua de berbigão; Quando o molho estiver cremoso,
sumo de limão juntar mais uns pingos da água
Com o apoio do berbigão. Sem parar de bater,
adicione a manteiga em pequenas
porções.
Pickles de pera: Juntar ao vinagre,
PREPARAÇÃO as sementes de mostarda, o açúcar
e o sal (q.b.). Depois de o açúcar
Salgar os pezinhos de porco no incorporar, colocar a pera e o pepino
dia anterior. Refogar bem todos os descascados e cortados em palitos.

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PATO
Reza a lenda que o pato foi domesticado
pelos chineses. Mas, garantidamente,
muito antes já integrava a alimentação
humana. A maioria das espécies
domesticadas descende do pato-real,
ainda muito abundante em Portugal.
Oriundo da caça ou de criação, o pato é
um elemento de excelência e com vasto
receituário, com destaque para os pratos
no forno, uma vez que a assadura é
considerada o método de confeção que
melhor se adapta a esta ave.

ARROZ DE PATO
COM COUVES GRELHADAS
1h Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

Para o caldo: Para o caldo: Levar o pato,


1,2 kg de pato; 3 folhas de louro; os enchidos e as laranjas ao forno a
250 g de chouriço; 130 g de alho; 200˚C durante 20 minutos (refrescar
50 g de salsa; 2 malaguetas secas; com vinho branco).
15 g de tomilho; 400 g de cebola; Numa panela colocar os restantes
20 g de toucinho; 4 l de água; ingredientes e juntar o preparo
500 ml de vinho branco do forno. Deixar cozinhar durante
40 minutos.
Base para arroz: Coar o caldo, cortar o chouriço
1 folha de louro; 100 ml de azeite; às rodelas e o pato em lascas
1 kg de cebola (picada); 20 g de alho grandes. Reservar.
(picado); 1 malagueta seca; Para a base do arroz: Refogar todos
sal (q.b.); pimenta (q.b.); os ingredientes e deixar caramelizar
240 g de arroz carolino bem. Juntar o arroz, o pato e o
chouriço, e saltear. Adicionar 480 ml
Para as couves: de caldo e tapar, sem mexer, para
½ couve-galega secar e até caramelizar por baixo.
Numa chapa, grelhar a couve.
Empratar o arroz entre a couve,
com caldo reduzido.

Com o apoio

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TOIRO
Em parceria com a Escola Superior
Agrária de Santarém, o chef Rodrigo
Castelo tem estado a estudar e a
desenvolver dois produtos, que já
podem ser provados no restaurante,
feitos a partir da maturação de carnes
bovinas, nomeadamente, a língua e a
barriga, curadas e fumadas, mas também
a cecina, um presunto de vaca. Famosa
é já a “língua na pombinha”, um pão
doce do Ribatejo, que caiu (quase) no
esquecimento. Os fumados e curados vão
ser comercializados em breve.

CARBONARA DE LÍNGUA E BARRIGA


DE TOIRO FUMADAS COM CECINA
20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

Massa: Massa: Num tacho leve a massa


400 g de massa “ninhos com ovo”; a cozer durante 8 minutos. Retire
100 ml de azeite virgem; 1 folha e escorra.
de louro; 1 dente de alho Recheio: Numa frigideira, com
os curados bem laminados, saltear
Recheio: em azeite com a chalota picada.
50 g de barriga de vaca fumada; Adicionar a folha de louro, tomate
25 g de língua fumada de toiro bravo; aos cubos descascado. Juntar
25 g de cecina (presunto de vaca); o whisky e depois o vinho branco
1 chalota; 1 folha de louro; 2 colheres e deixar refogar bem. Adicionar
de sobremesa de manteiga; a manteiga. Colocar as natas e deixar
20 cl de vinho branco; 1 tomate engrossar. Temperar de sal, pimenta
descascado; 80 ml de natas; 2 e picante a gosto.
colheres de sopa de azeite virgem; Numa tigela, bater os ovos com
2 ovos (tamanho M); um pouco de água. Colocar o lume
50 g de parmesão ralado; 1 lima; no mínimo e, num tacho, adicionar
pimenta (q.b.); picante (q.b.); sal (q.b.); o preparado e a massa.
10 cl whisky Ralar parmesão e zeste de lima
por cima e envolver bem.

Com o apoio

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JAVALI
é de 130 kg. Com o corpo revestido
por cerdas rígidas e compridas, com
tonalidades de castanho, cinzento ou
preto, e os dentes caninos da mandíbula
inferior muito desenvolvidos, é
um animal omnívoro, ainda que
maioritariamente herbívoro. Comum em
vastas áreas do território continental é
mais abundante nas regiões fronteiriças
O javali, também designado por porco e a sul do Tejo. O porco doméstico, pelo
selvagem, porco-bravo e porco-montês, é menos em parte, é originário das três
uma espécie cinegética cujo peso médio espécies de javali.

JAVALI COM PURÉ DE CASTANHAS


E RAIZ DE AIPO, E PLEUROTOS
2h30' Tempo de preparação | 4 Pessoas
(Esta receita requer preparação antecipada)

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

800 g de carne da perna de javali Confeção do javali: Marinar a carne


(em cubos); 1,5 l de vinho tinto; de javali em vinho e em todos os
5 cl de aguardente; 3 folhas de louro; aromáticos durante várias horas.
200 ml de azeite; 50 g de banha; Num tacho colocar o azeite e a
80 g de alho; 400 g de cebola; banha e corar bem a carne de ambos
150 g de cenoura; 1 ramo de alecrim; os lados. Juntar a cenoura e a
1 ramo de tomilho cebola picada, aos cubos pequenos.
Lentamente, adicionar a marinada
Para a salva: com todos os ingredientes.
4 folhas de salva; 1 colher Para o puré de aipo: Descascar a
de sobremesa de manteiga; raiz de aipo e cortar aos cubos. Num
pimenta (q.b.); sal (q.b.) tabuleiro, juntar todos os ingredientes
e levar ao forno durante 30 minutos a
Para o puré de aipo: 180˚C. Mexer de 10 em 10 minutos.
470 g de bolbo de aipo; Triturar o preparado no robô de
150 g de natas; 75 g de manteiga; cozinha na velocidade máxima até
3 g de sal; 1 g de pimenta; 1 g de noz- ficar cremoso. No final temperar com
-moscada; sumo de ½ limão sumo de limão.
Para as castanhas: Lamine finamente
Para as castanhas: o miolo de castanhas (congelado).
50 g de castanhas; 100 ml de óleo Fritar a 180˚C.
de girassol; sal (q.b.); pimenta (q.b.) Temperar de sal e pimenta.

Com o apoio

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INHAME
O inhame é um tubérculo com origem
nos países africanos e do sul da Ásia,
mas cuja produção se espalhou por
várias regiões do planeta. Como todos
os tubérculos é rico em hidratos de
carbono, sobretudo amido e fibra.
Nos Açores, cuja cultura remonta ao
século XVI, o inhame (branco, roxo
e vermelho) é muito utilizado como
acompanhamento à carne de porco.

CORNOS E TENTÁCULOS
COM PURÉ DE INHAME
2h30' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

Língua de toiro: Língua: Ferver a língua durante 1,5


1,4 kg de língua de toiro; 300 ml de horas e retirar a pele. Estufar com
vinho tinto; 500 g de cebola; 40 g de todos os ingredientes, durante 2,5
alho; 40 g de sal; 150 ml de azeite; horas. Aparar e deixar apenas 4
150 g de cenoura; 20 g de alecrim; tornedós. Marcar os tornedós em
20 g de manteiga manteiga, alho e louro.
Puré de inhame: Em água corrente
Tagliatelle de Lulas: lavar os inhames até a água sair limpa.
800 g de lulas; 55 ml de azeite; 20 g Cozinhar, em lume médio, os inhames
de alho; 5 g de louro; 28 g de raiz de num tacho durante 50 minutos. Levar
coentros; 2 g de casca de limão; 4 g os inhames ao robô de cozinha e
de zeste de lima; 5 g de vinagre de triturar na velocidade máxima, com
tomate; 2 g de pimenta; Picante (q.b.) as natas e a manteiga. Temperar com
sumo de limão, noz-moscada, sal e
Tentáculos: pimenta. Infusionar as cascas durante
60 g de tentáculos de lula; 100 g de 5 minutos com as natas e passar num
farinha de milho; 200 ml de óleo filtro. Adicionar ao puré.
Lulas: Retirar a pele, abrir pela
Puré de Inhame: costura, tirar a espátula, reservar a
500 g de inhame; 200 g de cascas tinta e o interior da lula. Retirar o bico
inhame; 400 ml de natas; 250 g de da lula do interior dos tentáculos.
manteiga; 20 g de sal; 40 ml de sumo Ferver durante 2 minutos, com alho,
de limão; 5 g de noz-moscada; 2 g de louro, um fio de azeite e casca de
pimenta limão. Reservar no frio. Laminar a
lula muito finamente com uma faca
bem afiada ou com uma fiambreira.
Com o apoio Adicionar zeste de limão, sumo de
limão e azeite, com o apoio de sal,
pimenta e picante.

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BIMI
Bimi é um vegetal da família dos
brócolos, que se destaca pelo sabor
suave, macio e doce. Trata-se do
resultado do cruzamento natural entre
os brócolos e um tipo de repolho oriental
denominado kailan. Muito versátil na
cozinha e fácil de preparar, o bimi pode
ser consumido cru, grelhado, cozido
ao vapor ou salteado, entre outras
confeções, em menos de 5 minutos.
Considerado “a verdura do momento”,
o bimi apresenta várias qualidades
nutricionais, é antioxidante, rico em
vitamina C, fibra e ácido fólico.

BOCHECHAS DE PORCO
COM MIGAS DE BIMI
3h20' Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

8 bochechas de porco Bochechas de porco: Cobrir o fundo


40 g de dentes de alho do tacho com azeite e preparar o
500 g de cebola grande (picada) refogado com alho laminado, folhas
3 tomates (maduros) de louro, cebola picada, um pouco de
1 l vinho tinto pimenta e sal. Deixar refogar bem e
0,5 l água adicionar o tomate picado, sem pele.
Juntar as bochechas e deixar apurar
Migas de bimi: durante 5 minutos em cada lado da
200 g de bimis carne. Adicionar vinho tinto até cobrir
500 g de pão caseiro as bochechas e deixar cozinhar em
150 ml de azeite lume brando durante 3 horas.
50 g de manteiga Migas de bimi: Cortar apenas as
½ ramo de coentros cabeças aos bimis e reservar. Saltear
1 limão o tronco dos bimis com azeite, alho
40 g de alho picado e manteiga. Finalizar com
Sal (q.b.) limão, sal e manteiga. Adicionar
Pimenta (q.b.) a água, deixar levantar fervura
e desligar. Com o auxílio de um
escorredor coar o líquido.

Com o apoio

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CARNEIRO
Em Portugal estão registadas 15 raças
autóctones de ovinos, entre as quais
a Bordaleira, Serra da Estrela, Merina,
Churra, Campaniça, Mondegueira e
Saloia. Graças à função leiteira, com
destaque para a produção de queijos, as
ovelhas ganharam estatuto ao macho, o
carneiro, que se distingue pelos cornos
enrolados. Apenas após os dois anos
de idade do animal, a carne de cordeiro
passa a ser denominada “de carneiro”. No
Ribatejo, uma das receitas tradicionais
são os Molhinhos de carneiro com grão.

ENSOPADO DE CARNEIRO
À RIBATEJANA
3h Tempo de preparação | 4 Pessoas

INGREDIENTES PREPARAÇÃO

1,900 kg de carneiro (com osso Num tacho colocar o azeite, deixar


e em pedaços); 38 g de farinha; aquecer bem e juntar a carne de
15 cl de azeite; 40 g de polpa de carneiro aos cubos. Corar bem todos
tomate; 40 g de massa de pimentão; os lados. Refrescar com vinho branco.
300 ml de vinho tinto; Raspar o fundo do tacho e adicionar
300 ml de vinho branco; 35 g de alho; a farinha para engrossar o molho.
420 g de cebola; 3 folhas de louro; Adicionar cebola, alho, louro, tomilho,
aguardente; 1,7 l de água; coentros, hortelã, massa de pimentão
20 g de hortelã; 60 g de raiz e polpa de tomate e deixar refogar
de coentros; 3 g de tomilho; bem.
manjericão; 50 g de tomate cherry; Acrescentar vinho tinto e água,
4 fatias de pão caseiro; pimenta (q.b.); e depois, sal, pimenta e picante.
sal (q.b.); picante (q.b.); batatas Agria Frite as batatas aos quadrados
(em cubos); óleo e junto ao empratar.
Acompanhe com as fatias de pão
fritas em óleo abundante.

Com o apoio

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P R O D U T O S P O R T U G U E S E S

PORQUE RIGOR, HIGIENE


ALIMENTAR E SUSTENTABILIDADE
TAMBÉM SE APLICAM AO NOSSO
SORTIDO DE CARNES

A temperatura a que a carne é


conservada é um dos critérios que as
nossas lojas seguem com todo o rigor.
Respeitamos a cadeia de frio adequada
para que as nossas carnes mantenham
altos padrões de qualidade e frescura.
David Antunes
CEO Makro Portugal Todas as nossas carnes são certificadas
e passam por um rigoroso controlo e
seleção de fornecedores nacionais e
Diria que a nível gastronómico nunca internacionais provenientes de alguns
assistimos a uma diversidade de países da Europa, América, África
consumo tão grande como a atual. e Oceânia. Temos uma plataforma
Os consumidores estão cada vez mais tecnológica destinada ao processamento
informados, sendo de igual forma, de carne, que cumpre todos os requisitos
cada vez mais exigentes ao nível das de HACCP, sendo possível responder aos
suas escolhas e respetivas compras. pedidos dos nossos clientes.
Esta realidade também se aplica aos
apreciadores de carne. Apostamos forte nos produtos
portugueses, porque também nesta
Este produto continua a ser muitíssimo área Portugal dá cartas de elevadíssimo
procurado nas nossas lojas, pelo que há nível. Por exemplo, disponibilizamos a
muitos anos que fazemos questão de nossa Carne dos Açores, com indicação
oferecer uma gama completa de carnes IGP – Indicação Geográfica Protegida,
frescas e congeladas, preparadas com que garante que a carne é nascida, criada
todo o rigor e dedicação pelos nossos e abatida no arquipélago dos Açores,
profissionais que se encontram aptos segundo o método tradicional: ao ar livre,
para aconselhar e corresponder a todas alimentada com leite materno até aos 3
as necessidades dos nossos clientes. meses e seguidamente com pastagens
Com origem Nacional e Internacional, locais. Trata-se de um método de produção
a nossa carne segue criteriosos padrões 100% natural, incluindo-se livre acesso ao
de seleção em termos de peças, cortes pasto, garantindo o nível de bem-estar.
e calibres, garantindo uma qualidade
muito acima da média, incluindo carne Do prado ao nosso cliente, são adotadas
de bovino, vitela, suíno, borrego, caprino, regras de higiene e de segurança
e aves. Carnes como a maturada e a alimentar que vão ao encontro das
halal, muito difíceis de encontrar no exigências dos nossos profissionais
mercado pelas suas especificidades, da restauração. Oferecemos produtos
fazem também parte do sortido da nacionais com sabores únicos, ricos em
Makro, assim como a carne de caça. No histórias e origens inerentes ao modo
nosso talho é possível ainda encontrar de produção tradicional. Temos muito
carne de javali, veado, lebre, coelho, pato orgulho no nosso sortido, um dos mais
selvagem, codorniz e perdizes. completos e únicos em Portugal.

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