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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS

UNIDADE DE JOÃO MONLEVADE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA DE QUÍMICA ANALÍTICA

JOÃO MONLEVADE – MG
2021
CRISIAN RAMOS
HAYSLA BARONY
LAURA REGINA MIRANDA
NATÁLIA CLARA XAVIER

PRÁTICA VI EQUILÍBRIO ENVOLVENDO ÁCIDO BASE

Relatório apresentado à professora da disciplina de Química


Analítica do Curso de Graduação em Engenharia de Minas da
Universidade do Estado de Minas Gerais, como requisito
parcial para aprovação na referida disciplina.

Docente: Evaneide Nascimento Lima

JOÃO MONLEVADE – MG
2021

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SUMÁRIO:

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 4
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.............................................................................. 5
3. OBJETIVOS GERAIS ............................................................................................. 7
4. MATERIAS .............................................................................................................. 7
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL ................................................................ 8
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................ 10
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 12
8. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 13

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1. INTRODUÇÃO:

A classificação de certas substâncias como ácidas ou básicas teve sua origem na observação de
algumas propriedades físicas e químicas que estes compostos conferem às suas soluções
aquosas e de algumas características organolépticas dessas substâncias.

Os ácidos são substâncias eletrolíticas de sabor azedo, que reagem com diversos metais (os
chamados metais ativos) liberando gás hidrogênio, reagem também com carbonatos liberando
gás carbônico, avermelham o papel de tornassol e destroem as propriedades das bases.

As bases são substâncias eletrolíticas amargas, escorregadias ao tato, deixam o papel de


tornassol azul e destroem as propriedades dos ácidos. As teorias sobre ácidos e bases foram
propostas para explicar o comportamento dessas substâncias baseando-se em algum princípio
mais geral. Como se pode verificar, as reações entre um ácido e uma base, segundo Bronsted-
Lowry, envolvem transferência de H+ e têm dois pares ácido-base conjugados.A expressão do
equilíbrio de um ácido ou uma base pode ser descrita com uma constante de equilíbrio.

Para os ácidos, tem-se no geral:

Onde: Ka: constante de ionização do ácido, [H3O+] é a concentração em mol/L do íon hidrônio,
[A-] a concentração em mol/L da base conjugada, no caso do ácido acético, o íon acetato, e
[HÁ] é a concentração em mol/L do ácido.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

Com base na teoria de Brönsted-Lowry, o comportamento como ácido e como base depende da
reação da qual a espécie participa. Os ácidos foram definidos como espécies capazes de doar
prótons numa reação química, e as bases, como espécies capazes de receber prótons numa
reação química.
Esse comportamento pode ser representado por: Ácido ⇌ H+ + Base
Assim, quando um ácido perde um próton resulta em uma espécie deficiente de próton, que por
sua vez se comporta como uma base conjugada. O ácido e a sua base correspondente formam
um par ácido-base conjugado. Para que um ácido possa doar um próton, torna-se necessário a
presença de uma base para recebê-lo e vice-versa.
Em especial, o mecanismo de dissociação ou ionização dos ácidos em uma solução deve ser
entendido como a transferência de um ou mais próton(s) do ácido para o solvente. Da mesma
forma, o mecanismo de dissociação ou ionização das bases em solução pode ser entendido como
a transferência de próton(s) do solvente para a base:
Por exemplo, em soluções aquosas podemos descrever a ionização do ácido clorídrico por:
HCl + H2O → H3O + + Cl-
Ácido1 Base 2 Ácido 2 Base 1

HCl e o íon cloreto (Cl-) formam um par conjugado de ácido-base e a H2O e o íon hidrônio
(H3O +) formam o outro par conjugado de ácido e base.

Ademais, o solvente que pode, ora agir como uma base, ora como um ácido como na ionização
da amônia, por exemplo. Essas Substâncias, como a água, que se comportam como ácidos ou
bases, dependendo das outras substâncias (reagentes) que estão presentes em uma solução são
denominadas anfóteros.

Além disso, as reações ácido-base não estão limitadas apenas a água, mas podem ocorrer com
outros solventes que tenham caráter ácido ou básico.
EX: HCl + H3CCOOH ⇌ H3CCOOH2 + + Cl-
Ácido1 Base 2 Ácido 2 Base 1

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Força de ácidos e bases:

A força de um ácido ou de uma base é devida a extensão da reação do ácido ou da base com
água. Esta força representa fisicamente a tendência que um ácido tem em doar ou que uma base
tem em receber prótons. Assim, se um ácido tem uma grande tendência em doar prótons, a sua
base conjugada tem, necessariamente, pouca tendência em recebê-los, e vice-versa. Essa
conclusão é fundamentada pelos valores das chamadas constantes de acidez Ka e basicidade
Kb. Em suma, quanto maior a constante ácida Ka, maior é a força do ácido e quanto maior a
constante básica Kb , maior é a força da base.
PH e POH
Nas discussões sobre equilíbrio químico, frequentemente, trabalhamos com números muito
pequenos para as constantes Ka de um ácido ou Kb de uma base. Deste modo, trabalhamos com
esses números em uma escala logarítmica.
Definimos em mol/L: pH = -log([H+ ])
Analogamente, definimos pOH como o recíproco do logaritmo da concentração de íons
hidroxila [OH-], em mol/L , em uma solução: pOH = -log [OH- ].
Dessa forma, as soluções são classificadas, em geral, como soluções ácidas se o seu pH é menor
que 7, e como soluções básicas se o seu pH é maior que 7. Soluções com pH=7 são classificadas
como neutras.

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3. OBJETIVO GERAL:

Medir o pH da água, depois adicionar gotas de ácido e medir o pH da solução novamente, como
segundo paço adicionar gotas de uma base e posteriormente produzir um tampão usando ácido
acético glacial e acetato de sódio e após esse procedimento, medir novamente o pH. Observar
a variação do pH obtida nas soluções com mistura do ácido e nas soluções com mistura de base.

4. MATERIAIS:

• 5 Tubos de ensaio
• PHmetro

1º Água pura + acido:

• 4 ml de Água
• 15 gotas de ácido clorídrico

2º Água pura + base:

• 4 ml de água
• 15 gotas de hidróxido de sódio

3º Solução tampão + ácido clorídrico:

• 4 ml de água
• 1 gota de ácido acético glacial
• 2 gotas de acetato de sódio
• 15 gotas de ácido clorídrico

4º Solução tampão+ hidróxido de sódio:

• 4 ml de água
• 1 gota de ácido acético glacial
• 2 gotas de acetato de sódio
• 15 gotas de hidróxido de sódio

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5º Água + ácido acético

• 4 ml de água
• 1 gota de ácido acético

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

5.1 PH da água destilada e efeito da adição de ácido forte (HCl) e base forte (NaOH)

Em um tubo de ensaio adicione 4 mL de água destilada, com a ajuda do pHmetro verifique o


pH aproximado e anote o valor do pH na Tabela 1.

Tubo I: adicione gota a gota solução de ácido clorídrico, agitando e anotando o pH aproximado
conforme a Tabela 2.

Tubo II: adicione gota a gota solução de hidróxido de sódio, agitando e anotando o pH
aproximado conforme Tabela 3.

5.2 Efeito do íon comum: Dissociação de ácido fraco (ácido acético) e efeito da adição
de íon comum (acetato) na dissociação do ácido acético

Em um tubo adicione 4 mL de água destilada, acrescente uma gota de ácido acético glacial,
homogeneíze e registre novamente o pH do sistema (Tabela 1).

A este tubo junte 2 gotas de solução saturada de acetato de sódio, homogeneíze, verifique o pH
e preencha a Tabela 1. Divida o conteúdo em duas partes (tubos IA e IIA) e guarde os mesmos
para o procedimento posterior.

5.3 Efeito Tampão: Adição de ácido e de bases fortes ao tampão ácido acético/ acetato
de sódio (tubos IA e IIA, respectivamente).

A um dos tubos (IA) de ensaio do item 5.2, verifique o efeito da adição de ácido clorídrico 0,1
mol /L sobre o pH da solução (Tabela 2). No outro tubo (IIA), verifique o efeito da adição de
hidróxido de sódio 0,1 mol/L (Tabela 3).

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6. RESULTADOS E DICUSSÕES:

TABELA 1: VALORES APROXIMADOS DE PH.


SOLUÇÕES PH EQUAÇÃO DE DISSOCIAÇÃO

H2 O 2,27 H2O H+ + OH-


CH3COOH 2,39 CH3COOH CH3COO- + H+

CH3COOH + 2,67 CH3COOH + CH3COONa CH3COO- + Na+


CH3COONa

TABELA 2 – EFEITO DA ADIÇÃO DE HCL 0,1 MOL L-1 NA ÁGUA E NAS SOLUÇÕES
TAMPÃO (PH OBSERVADO)
HCl (N° TOTAL DE GOTAS H2 O CH3COOH/CH3COO
ADICIONADAS)
0 2,27 3,07
1 2,09 2,53
2 1,97 2,27
4 1,77 2,01
7 1,60 1,78
10 1,48 1,71
15 1,35 1,47

TABELA 3 – EFEITO DA ADIÇÃO DE NAOH 0,1 MOL L-1NA ÁGUA E NAS


SOLUÇÕES TAMPÃO (PH OBSERVADO)
NAOH (N° TOTAL DE GOTAS H2 O CH3COOH/CH3COO
ADICIONADAS)
0 2,27 2,67
1 2,73 2,79
2 3,54 2,94
4 8,57 3,18
7 10,55 3,44
10 11,21 3,67
15 11,59 3,95

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O estudo do equilíbrio ácido-base permite, entre outras coisas, prever a força dos ácidos e bases,
ou seja, a capacidade que um tem de doar próton e outro de receber.

A classificação de certas substâncias como ácidas ou básicas teve sua origem na observação de
algumas propriedades físicas e químicas que estes compostos conferem às suas soluções
aquosas e de algumas características organolépticas dessas substâncias.

Os ácidos são substâncias eletrolíticas de sabor azedo, que reagem com diversos metais (os
chamados metais ativos) liberando gás hidrogênio, reagem também com carbonatos liberando
gás carbônico, avermelham o papel de tornassol e destroem as propriedades das bases.

As bases são substâncias eletrolíticas amargas, escorregadias ao tato, deixam o papel de


tornassol azul e destroem as propriedades dos ácidos.

Uma propriedade importante dos pares ácido e base conjugados surge de uma relação de
reciprocidade que ocorre para a tendência entre receber ou doar prótons: se um ácido tem uma

grande tendência em doar prótons, a sua base conjugada tem, necessariamente, pouca tendência
em recebê-los, e vice-versa. Se um ácido tem uma pequena tendência em doar prótons, a sua
base conjugada tem, necessariamente, uma grande tendência em recebê-los. Desta forma,
entendemos que um ácido relativamente forte dá origem a uma base conjugada relativamente
fraca e, reciprocamente, um ácido relativamente fraco dá origem a uma base conjugada
relativamente forte.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

As bases também podem ser consideradas polipróticas; contudo, a diferença está no


recebimento desses prótons oriundos dos ácidos.

Então, podemos verificar a relação existente entre equilíbrio químico dos ácidos e bases,
definidos pelos ka e kb. E, uma vez conhecendo esses valores, podemos estimar a força de um
ácido ou de uma base quanto às suas respectivas ionização e dissociação em água.

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8. REFERÊNCIAS:

VOGEL, A. I. Química Analítica Qualitativa. 5 ed. São Paulo: Mestre Jou, 1981.ROCHA, J.;

ROSA, A.; CARDOSO, A., Introdução à Química Ambiental. 2ª edição,Bookman, 2009.

OLIVEIRA, I.M.F.; SILVA, M.J.S.F.; TÓFANI, S.F.B.; Fundamentos de Química Analítica,


Introdução ao Equilíbrio Ácido-Base. Aula 4,UFMG, 2010.

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