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Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC

Sumário

Introdução ................................................................................................................... 3
Doenças Degenerativas .............................................................................................. 3
Principais Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso............................................. 3
Doença de Alzheimer .................................................................................................. 3
BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER . 6
Doença de Parkinson ................................................................................................ 12
Estudos de Fisioterapia na DP .................................................................................. 14
A Importância da Fisioterapia na Doença de Parkinson e as técnicas
fisioterapêuticas mais utilizadas ................................................................................ 18
Esclerose Múltipla ..................................................................................................... 22
Reabilitação do Doente com Esclerose Múltipla ....................................................... 24
Fisioterapia na Esclerose Múltipla ............................................................................. 26
Exercícios na Esclerose Múltipla ............................................................................... 29
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) .......................................................................... 31
A Doença de Huntington ........................................................................................... 35
FISIOTERAPIA NA FASE INICIAL DA DH ................................................................ 37
FISIOTERAPIA NA FASE INTERMEDIÁRIA DA DH ................................................ 39
TERAPIA FÍSICA NO ESTÁGIO AVANÇADO DA DH .............................................. 41
Tratamento fisioterapêutico após um AVC ................................................................ 42
Exercícios de reabilitação após AVC ........................................................................ 42
Resultados da fisioterapia após AVC ........................................................................ 45
Epilepsia .................................................................................................................... 46
Alguns exercícios indicados para epiléticos .............................................................. 48
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49

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Introdução

Doenças Degenerativas

As doenças degenerativas são aquelas que comprometem as funções vitais


do indivíduo em caráter irreversível e crescente. Elas recebem esse nome porque
causam a degeneração de células, tecidos e órgãos.
As causas do surgimento de doenças degenerativas são relacionadas com
aspectos genéticos, fatores ambientais, má alimentação e sedentarismo.
Atualmente, não há cura e nem tratamento específico para essas doenças. O uso de
medicamentos alivia os sintomas da doença e proporciona melhores condições de
vida aos doentes.

Principais Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso

As doenças degenerativas que comprometem o Sistema Nervoso também


são chamadas de neurodegenerativas. As principais são:

Doença de Alzheimer

Fonte: https://www.mdsaude.com/2011/03/mal-alzheimer.html

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A Doença de Alzheimer é um tipo de demência progressiva,


neurodegenerativa, irreversível e de curso lento, com duração aproximadamente de
08 a 12 anos. Pode aparecer tardiamente, após os 60 anos, ou precocemente por
volta dos 40 anos, principalmente se houver casos na família.
Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a
Doença de Alzheimer. No Brasil, encontra-se cerca de 15 milhões de pessoas com
mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer,
segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ).
A principal causa de demência em adultos com mais de 60 anos é a DA, que
é responsável por alterações de comportamento, de memória e de pensamento
(OLIVEIRA; GORETTI; PEREIRA, 2006). Quando diagnosticada no início, é possível
retardar o seu avanço e obter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor
qualidade de vida ao paciente e a família. Seu nome oficial refere-se ao médico Alois
Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906.
A DA é a presença da demência com perda em pelo menos duas áreas
cognitivas como, linguagem, memória, planejamento, de caráter progressivo. O
comprometimento do SNC gerado é atribuído a alterações histopatológicas: Placas
senis, emaranhados neurofibrilares e também pela perda neuronal difusa. É
caracterizada por um processo neurodegenerativo, associado a uma deterioração
progressiva, tanto das funções cognitivas como no comportamento e personalidade.
A doença ou mau de Alzheimer afeta o cérebro e causa a morte de neurônios.
As áreas afetadas no cérebro comprometem a memória, a capacidade de linguagem
e o comportamento.
Além disso, ocorre um declínio da memória recente, em razão da depleção da
acetilcolina nos núcleos basais de Meynert e da atrofia do lobo temporal. Há uma
formação em excesso de placa beta amilóide e deposição de placas senis no
cérebro (MENDONÇA, 2011).
O diagnóstico da DA é feito fundamentalmente através de critérios clínicos
preestabelecidos juntamente com a exclusão de outras possíveis causas para a
demência (APRAHAMIAN; MARTINELLI; YASSUDA, 2009). As perdas neuronais
não acontecem de maneira homogênea, as áreas comumente mais atingidas são as
de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções
executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas.

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Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas. A


intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da doença de
Alzheimer ao atuar tanto na manutenção quanto na melhora do desempenho
funcional do indivíduo (ELY; GRAVE, 2009).
A doença de Alzheimer não tem cura. O tratamento consiste no uso de
medicamentos para estabilizar a doença e oferecer alívio e conforto aos doentes.

Sintomas
• Perda progressiva da memória é comum à lembrança de fatos mais antigos e
o esquecimento de situações do cotidiano;
• Perda progressiva da capacidade cognitiva;
• Redução da capacidade de relação social.

Alzheimer e suas fases

De acordo com Machado et al (2002), a sintomatologia da doença pode ser


descrita nos seguintes estágios:
A fase inicial dura, em média, de 2 a 3 anos e é caracterizada por sintomas
vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente. Há comprometimento da
memória; podem, também, apresentar perda de concentração, desatenção,
depressão, agitação e hiperatividade; dificuldades no trabalho, para lidar com
situações complexas e para o aprendizado de novos fatos; perder objetos pessoais,
se esquecer de alimentos em preparo no fogão; problemas espaciais e de
percepção (reconhecer faces e locais familiares); há desorientação progressiva com
respeito ao tempo e ao espaço.
Nesse estágio o portador apresenta dificuldade em pensar com clareza, pode
cometer lapso e, se confundir facilmente, além de demonstrar diminuição no seu
rendimento funcional em tarefas mais complexas (ABREU, 2005).
A fase intermediária dura entre 2 e 10 anos, é caracterizada por deterioração
acentuada da memória e pelo aparecimento de sintomas focais, que incluem afasia,
apraxia, agnosia e alterações visoespaciais. Distúrbios de linguagem progridem. O
declínio cognitivo, a capacidade de aprendizado fica alterada, a memória remota
pode ficar comprometida. O julgamento torna-se alterado e o paciente

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frequentemente fica alheio aos seus déficits, tornando-se notória as dificuldades


para a realização de tarefas complexas. A capacidade de fazer cálculos, abstrações,
resolver problemas, planejar tarefas em etapas torna-se seriamente afetada
(MACHADO et al., 2002).
Nesse estágio moderado os problemas são mais evidentes e restritivos,
encontrando dificuldade nas atividades de vida diária, necessitando de ajuda de um
cuidador. Ocorre uma maior dificuldade na higiene pessoal, na comunicação,
movimentos e fala repetidas, mudanças de humor repentinas, alterações de
percepção e de ordem motora, delírios, são alguns dos sintomas encontrados
(ABRAZ, 2012).
No estágio severo ou final, o portador da Doença de Alzheimer perde a
capacidade de ser independente devido sua perca funcional e suas limitações de
amplitude de movimento. Os distúrbios de memória são mais evidentes e severos,
apresentando dificuldade na alimentação independente, como também na
higienização e suas AVD’s, dificuldade na locomoção, incontinência urinária e fecal,
comportamento inadequado perante a sociedade (ABRAZ, 2012).
Essa fase tem duração média de 8 a 12 anos, e no estágio terminal, todas as
funções cognitivas estão gravemente comprometidas, havendo até mesmo,
dificuldades para reconhecer faces e espaços familiares. Devido a perda total da
capacidade para realizar atividades de vida diária, os pacientes tornam-se
totalmente dependentes e passam a comunicar-se somente através de sons
incompreensíveis e jargões semânticos, até alcançarem o mutismo. Finalmente
ficam acamados, com incontinência urinária e fecal.

BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE


ALZHEIMER

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Fonte: http://www.planoboaviagem.com.br/s/fisioterapia-ajuda-pacientes-com-alzheimer-a-desenvolver-
atividades-diarias/

Para a Confederação Mundial de Fisioterapia (2003), Somos responsáveis


pela atenção às pessoas e a populações, com o intuito de desenvolver, manter e
restaurar o movimento e a capacidade de todo o ciclo da vida. Incluindo prestação
de serviços em circunstâncias nas quais o movimento e as funções estão
ameaçadas pelo processo de envelhecimento, no contexto da promoção, prevenção,
tratamento e, na reabilitação de disfunções.
Para O COFFITO (2003), a fisioterapia é a ciência que estuda, previne e trata
os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes do corpo humano em geral, gerados
por trauma, doenças adquiridas e por alterações genéticas.
Chiappetta (2003) informa que, nos últimos anos, o interesse pela intervenção
fisioterapêutica tem aumentado para estes pacientes, com diferentes formas de
reabilitação.
Este profissional de saúde trabalha junto a outros profissionais, para melhorar
a efetividade das tarefas diárias importantes para o paciente, dando ênfase nas
técnicas de reabilitação neurológica, para fortalecer o paciente através do
treinamento funcional e da sugestão cinestésica (KAUFFMAN, 2001).
A doença de Alzheimer afeta principalmente o psicomotor em ocorrência da
desmielinização da área cerebral afetada.
Segundo Bastos et ali (2006), a doença de Alzheimer causa uma série de
efeitos tanto ao nível de pensamento quanto ao nível motor. O que interessa para o
fisioterapeuta é o sistema motor, que ao ser estimulado, obtém-se como resultado
uma melhora na qualidade de vida. É necessário realizar primeiramente uma
avaliação do paciente colhendo todos os dados a respeito da doença e de seus

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sintomas, para que depois possa ser feito um plano de tratamento para este
paciente. O tratamento fisioterapêutico é constante e por tempo indefinido. Existem
melhoras, mas o paciente nunca recupera suas funções totalmente, já que é uma
demência e há comprometimento de uma área do cérebro.
O tratamento fisioterapêutico dependerá das necessidades do paciente, mas
a criatividade do fisioterapeuta na escolha das atividades é muito importante. A
cinesioterapia pode ser utilizada para manter ou melhorar a amplitude e força
muscular (FREITAS et al., 2002).
A intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da doença de
Alzheimer para manter o indivíduo mais ativo e mais independente possível, seja no
domicílio, seja numa instituição (KOTTKE, 2002). A instituição de qualquer atividade
terapêutica deve assegurar que o paciente permaneça seguro, independente e
capaz de realizar atividades da vida diária e atividades da vida diária instrumental
pelo máximo de tempo que possível (REBELATTO, 2004). No maior grau possível, a
intervenção fisioterapêutica deve ser encorajada para manter a amplitude de
movimento, a força e o estado de alerta (KOTTKE; LEHMANN, 2002).
No início da doença, quando o portador da doença ainda caminha, segundo
Portugal (2000), a fisioterapia melhora a deambulação e retarda a rigidez dos
músculos. Mais tarde, quando o doente não mais caminha, ainda a fisioterapia é útil,
porque uma rigidez menor dos músculos vai tornar mais fácil a troca de roupa, além
do cuidado específico com pontos de pressão, para evitar o surgimento de úlceras
de decúbito.
Ainda Freitas et al. (2002), a psicomotricidade deverá ser estimulada com
maior ênfase à lateralidade, à auto imagem, à percepção corporal, coordenação e ao
equilíbrio. A orientação quanto ao tempo e espaço e a estimulação da memória e do
raciocínio complementam a terapia.
Dessa forma, se o paciente apresenta alterações de postura, o fisioterapeuta
trabalhará com ele exercícios de alongamentos de grupos musculares encurtados;
se for detectado alteração no equilíbrio será trabalhado com ele exercícios que
recuperem esta condição.
O fisioterapeuta deve orientar também o cuidador quanto à importância de
cuidar da pele do paciente, evitando que a mesma fique ressecada ou que haja a
formação de escaras. È essencial que o terapeuta observe o trofismo e o tônus

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muscular para que se possa ter conhecimento do grau de incapacidade surgido pela
demência. O paciente com hipotonia pode ser tratado com estímulos elétricos, crio
estimulação e solicitação verbal de contração muscular. O tônus espástico pode ser
trabalhado no sentido de alongamento da musculatura atingida e através da
facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Avaliar o grau de sensibilidade do
paciente; se o grau estiver diminuído pode-se trabalhar com diversos estímulos
sobre a pele, como com diferentes texturas, agentes térmicos e estímulos dolorosos.
E quanto às atividades da vida diária, avaliar se o paciente é capaz de realizar as
atividades sozinho ou se é dependente, procurando então diminuir as dificuldades
dele em realizá-las (BASTOS et ali., (2006).
O Mal de Alzheimer é uma doença crônica degenerativa do sistema nervoso
central, que desencadeia uma série de efeitos tanto a nível intelectivo quanto a nível
motor. Se houver estimulação motora, haverá como consequência, uma melhora do
quadro intelectivo. O exercício físico é importante para esses pacientes, pois com a
melhora da parte física, o psiquismo do doente também melhora, já que ele evita o
recolhimento em si e continua a executar as atividades do mundo externo (SALLES
et al, 2000).
As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que usamos nas pessoas de
terceira idade que não apresentam demência, mas a maneira de abordá-las exige
habilidade especial. O paciente pode parecer desinteressado em saber como a falta
de flexibilidade articular, a fraqueza muscular ou o edema poderá afetá-lo, pois ele
não tem mais a capacidade de entender a relação que existe. Para facilitar tanto
para o fisioterapeuta como para o paciente, o preparo das explicações claras e
simples deverá se fazer presente; a instrução deverá ser repetida da mesma forma,
já que o emprego de diferentes palavras poderá confundir o paciente (OLIVEIRA et
al., 2006).
Freitas et al. (2006) ainda traz que a cinesioterapia pode ser utilizada para
manter ou melhorar a amplitude de movimento e a força muscular. Nas fases iniciais,
um programa de alongamento, exercícios com carga e aeróbios serão necessários
para a prevenção de problemas osteoarticulares e cardiovasculares. Portanto, para
Freitas et al.
(ibid.), as metas primárias na DA seriam melhorar a qualidade de vida,
maximizar o desempenho funcional dos pacientes e promover o mais alto grau de

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autonomia factível em cada um dos estágios da doença. Para isso, o enfoque


principal do tratamento é direcionado para as medidas de intervenção sobre as
alterações cognitivas, do humor, dos sintomas psicológicos e do comportamento.
Além disso, é fundamental que as intercorrências clínicas, relacionadas com outros
problemas médicos agudos ou comorbidades preexistentes, sejam sempre
identificadas e tratadas o mais precocemente possível para que os déficits dos
pacientes com a doença não sejam agravados ainda mais.
Para Costoso et al. (2007), a técnica ideal para tratamento das deformidades
acometidas pela evolução do Alzheimer seriam os exercícios terapêuticos utilizando
diversos mecanismos facilitadores, com a finalidade de promover e melhorar a
contração muscular, a coordenação, o equilíbrio e o relaxamento muscular, sendo
indicado assim a técnica de Kabat para pacientes acometidos por Alzheimer.
Reichel (1998), afirma então que a utilização da técnica de Kabat propicia o
aumento da amplitude do movimento, melhora a estabilidade das articulações,
facilitando assim a de ambulação e outras atividades funcionais. Direciona um
movimento ativo por meio da introdução de resistência ideal, da maneira correta.
Além de estimular os movimentos coordenados por meio da sincronização correta
dos estímulos e ampliar a resistência.
Os princípios do método Kabat, definidos por Voss et al. (1987), Reichel
(1998),
Costoso et al. (2003), Melo et al. (2006) estão incorporados no tratamento do
paciente com Alzheimer: devem ser realizados exercícios de alongamento e
mobilidade corporal, onde o alongamento visará aumentar o comprimento de tecidos
moles a fim de melhorar a flexibilidade da articulação e a mobilidade, melhorando a
rigidez e a dor, já que a mobilização mantém a amplitude de movimento, o que
facilita a realização de atividades de vida diária e transferências.
Também é importante que sejam evitadas as atrofias por desuso e fraqueza
muscular, os encurtamentos de tecidos moles e as deformidades esqueléticas
(KAUFFMAN, 2001;
REBELATTO et al., 2004). Exercícios terapêuticos direcionados para os
padrões do funcionamento cardiorrespiratório também são muito importantes, uma
vez que no indivíduo portador da doença de Alzheimer a capacidade funcional da

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fala, a respiração, expansão torácica e função venosa vão diminuindo


progressivamente (O’SULLIVAN et. al., 2004).
A assistência fisioterapêutica é baseada na avaliação individualizada do
paciente, ou seja, o tratamento será de acordo com os sinais, os sintomas e as
limitações do paciente. Como a DA é uma afecção caracterizada por um processo
degenerativo progressivo, sem perspectivas terapêuticas que impeçam a sua
evolução, postula-se que tratamentos, dentre eles o fisioterapêutico, que possam
melhorar ou estabilizar, mesmo que temporariamente a evolução da mesma, ao que
já representam um ganho relevante à qualidade de vida destes indivíduos (ZAIONS;
PAVAN; WISNIEWSKI, 2012).
A intervenção fisioterapêutica vai auxiliar as funções vitais do cérebro,
estimulando os circuitos neurais, focalizando atenção, associando fatos a imagens,
auxiliando no planejamento motor e desenvolvendo pistas cognitivas que ajudem a
realizar determinadas tarefas.
Os exercícios realizados para estimulação da memória através da fisioterapia
cognitiva possibilitam novos processos mentais internos através de estímulos
externos percebidos pela própria pessoa, melhorando o desempenho nas tarefas
cognitivas, auxiliando na melhora da capacidade de concentração e favorecendo a
formação de novas associações de neurônios. Esses exercícios vão desde criar
associações para se lembrar de uma informação até lembrar informações
importantes.
Além da atividade intelectual, a atividade física é uma importante ferramenta
na função de proteger e amenizar os impactos causados por um processo demencial
(FEITERA, 2007).
A cinesioterapia associado a hidroterapia e o padrão respiratório são
essenciais, uma vez que a capacidade funcional da fala, respiração, expansão
torácica e função venosa vão diminuindo aos poucos nos portadores de DA (ELY;
GRAVE, 2009).
A fisioterapia também inclui orientações à família ou cuidadores, adequa o
ambiente físico conforme as necessidades do mesmo, prevenir complicações como
quedas, perda de mobilidade articular e deformidades, e assim melhora a qualidade
de vida do individuo portador do mal de

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Alzheimer (FEITEIRA, 2007). Mesmo havendo dificuldades e resistência do


individuo com a doença de Alzheimer em fazer atividade física, vale lembrar que o
exercício proporciona a sensação de bem-estar, aumentando a qualidade de vida
dos mesmos.

Doença de Parkinson

Fonte: https://www.mdsaude.com/2010/08/mal-parkinson.html

A Doença de Parkinson (DP) é uma das doenças degenerativa mais


frequentes do sistema nervoso central.
Caracteriza-se por acometimento de neurônios da zona compacta da
substância negra com presença dos corpúsculos de Lewy, diminuição da produção
de dopamina, resultando em desordens do movimento.
De etiologia incerta a DP parece estar ligada a distúrbios genéticos e a fatores
ambientais.
Aproximadamente 1 a 2% da população acima de 65 anos apresenta DP.
Modernamente considera-se a DP como afecção do adulto, progressiva,
responsiva à lev dopa e comumente associada a manifestações motoras.
Muito se tem avançado no tratamento da DP nos últimos anos, apesar de não
conseguirmos evitar a progressão inexorável desta entidade. A levodopa é o mais
potente e o mais tolerado medicamento. Pode-se usar a levodopa isoladamente ou

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associada à agonistas dopaminérgicos, sendo o pramipexol, o ropinerol, a


cabergolina, a lisuruda e a rotigotina os mais empregados.
Outros fármacos utilizados são os inibidores da MAO B como a selegilina e a
rasagilina, a amantadina, os anticolinérgicos e a apomorfina. Mesmo sendo o
medicamento mais eficaz e mais usado, a levodopa apresenta efeitos colaterais
precoces ou tardios em cerca de 80% dos pacientes com DP: as flutuações, o
“wearingoff ”, o fenômeno “on-off”, as discinesias e os distúrbios mentais. Podem-se
associar os inibidores da enzima catecol-O-metiltransferase (COMT), com a
finalidade de diminuir os efeitos colaterais da levodopa. A procura por medicamentos
neuroprotetores é grande, porem não existe ainda substância que interrompa a
evolução natural da doença
O tratamento cirúrgico consiste na estéreo coagulação de algumas estruturas
extrapiramidais como a talamotomia e a palidotomia ou a introdução de eletrodos
bilateralmente em regiões talâmicas ou subtalâmicas, associado ao tratamento
médico deve-se orientar os pacientes para cuidados fonoaudiológicos e fisioterapia.
O exercício terapêutico é um elemento central na maioria dos planos de
assistência da fisioterapia, complementado por outras intervenções, com a finalidade
de aprimorar a função e reduzir uma incapacidade
A doença ou mau de Parkinson é causada pela destruição de neurônios, na
área conhecida como substância negra. Essa região é responsável pela produção
do neurotransmissor dopamina. Dentre as várias funções da dopamina está o
controle dos movimentos corporais.
Os cientistas acreditam que a destruição dos neurônios na substância negra
esteja relacionada com o envelhecimento.
O tratamento da doença de Parkinson consiste no uso de medicamentos.

Sintomas
• Rigidez muscular;
• Distúrbio da fala;
• Tontura;
• Alterações no sono;
• Tremores nos membros superiores.

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Estudos de Fisioterapia na DP

Um grande número de ensaios tem sido feitos para avaliar o resultado da


fisioterapia na DP. As terapias podem ser em grupo ou individual. Quase todas
focam em atividades como andar, subir escadas, pegar objetos, preensão,
“hobbies”, praticar esportes, atividades sociais, etc. Descreveremos de inicio alguns
trabalhos efetuados para avaliar o benefício dos exercícios fisioterápicos na DP.

Principais estudos realizados

(1) A fisioterapia na DP foi fundamentada primeira por Morris em 2000.


Descreveu estratégias específicas para melhorar atividades como marcha
transferências, atividades manuais, evitar quedas e manter a capacidade física. As
estratégias incorporavam estímulos externos visuais, auditivos e proprioceptivos. A
aplicação destes estímulos faria com que circuitos alternativos do sistema
extrapiramidal fossem ativados. Morris também enfatizou a importância de
cuidadores para tornar a reabilitação fisioterápica mais útil.
(2) O primeiro ensaio de tratamento fisioterápico na DP foi realizado por
Gibberd et al. (1981). Vinte e três pacientes foram submetidos à facilitação
proprioceptiva neuromuscular e aos métodos Bobath e Peto, visando melhorar o
equilíbrio, a festinação, a rigidez e a mobilidade em geral. Após três meses foram
reavaliados e submetidos por mais três meses à terapia ocupacional. Concluíram
que não houve melhora com o tratamento realizado. Entretanto, os autores não
saram escalas conhecidas nas avaliações de enfermos e não fizeram estudo
randomizado.

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(3) Comella et al. (1993) realizaram estudo em 16 pacientes com DP


submetendo-os a exercícios por período de quatro semanas e verificaram se seis
meses após os prováveis benefícios persistiriam. Foram escolhidos enfermos com
DP nos estágios 2 e 3 de H&Y. Após o período de exercícios, verificou-se melhora
significativa no UPDRS e na AVD. O tratamento consistiu de 69 exercícios
repetitivos visando à melhora da mobilidade, equilíbrio, marcha e destreza manual. A
rigidez e a bradicinesia foram as deficiências mais beneficiadas, enquanto que o
tremor permaneceu inalterado. Seis meses após os exercícios os enfermos
retornaram ao estado inicial. Concluíram os autores que, os ganhos adquiridos com
o tratamento não persistiram após o término dos mesmos.
(4) No Reino Unido e na Holanda as metas principais das práticas
fisioterápicas estabelecidas na DP foram a marcha, equilíbrio, postura, mobilidade
articular, mudanças de posições (virar-se na cama, levantar da cama ou cadeira, etc.
Foram enviados questionários a os enfermos com perguntas sobre AVD e
satisfação com o tratamento fisioterápico. Questionados os fisioterapeutas.
responderam que as metas principais eram melhorar e facilitar as AVD. Eram quatro
as áreas mais trabalhadas: marcha, equilíbrio, postura e ansferências. De todos os
pacientes, 95 tinham problemas graves, porem 41% não recebiam atamento
fisioterápico. A maioria do tratamento fisioterápico era feito no domicílio sendo 88%
com atamento e o restante em grupo. O tratamento consistia de exercícios ativos
para melhorar a marcha, equilíbrio, transferências, mobilidade, capacidade
cardiovascular relaxamento. Poucos fisioterapeutas utilizavam estímulos musicais e
visuais no tratamento. A maioria dos pacientes (96%) respondeu que o tratamento
ajudara a aliviar seus problemas. Os autores concluíram que: 1) nos últimos anos
aumentou o número de pacientes com DP submetidos a tratamento fisioterápico; 2)
o maior número de pacientes na Holanda seria atribuído à gratuidade do serviço; 3)
o tratamento fisioterápico pode evitar quedas, ensinando aos pacientes estratégias
de movimentos compensatórios; 4) a fisioterapia pode ser útil na reabilitação de
pacientes com DP, porém necessitar-se-ia de mais estudos randomizados e
controlados para efetivar o uso desta modalidade terapêutica.
(5) Baatile et al. (2000) estudaram a técnica de colocar mastros com
diferentes distâncias, para os pacientes com DP treinarem a marcha, cruzando os
mastros ao andar. Apesar do pequeno número de pacientes (sete), todos referiram

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melhora da habilidade após os exercícios. Foram avaliados pelo UPDRS e pelo


PDQ. Acham os autores que psicologicamente e fisicamente os exercícios afetam o
dia a dia destes enfermos. Sentem-se mais firmes, autoconfiantes com incremento
da força e da memória.
(6) O treinamento da marcha é um dos objetivos principais da reabilitação na
DP. Na tentativa de melhorar a marcha destes enfermos e evitar quedas, alguns
pesquisadores têm feito treinamento da marcha com estímulos visuais colocados no
solo. Dias et al. (2005) estudaram 16 pacientes com DP, randomizados em dois
grupos de oito cada. O primeiro foi submetido a treino de marcha com estímulos
visuais e fisioterapia convencional e o segundo só com fisioterapia. Os estímulos
eram fitas adesivas colocadas no solo. Avaliaram a cadência e a velocidade da
marcha após o tratamento (20 sessões) e 30 dias após o término. Observaram
aumento do comprimento do passo, da velocidade da marcha e melhora da
cadência, imediatamente e 30 dias após o treinamento. No grupo controle não houve
melhora.
(7) Parece que os pacientes com DP treinando a marcha fixando em algum
foco, obteriam melhora do andar, evitando assim quedas. O foco pode ser interno,
isto é o paciente fixando-se nos pés, ou externo, como fixando em faixas no solo.
Assim Landers et al. (2005) em 22 pacientes com DP. fizeram treinamento de
marcha convencional, com foco interno e foco externo.
O terceiro treinamento (foco externo) foi superior aos dois primeiros,
melhorando o equilíbrio e diminuindo o número de quedas.
(8) Chuma (2007) realizou questionário para avaliar 325 pacientes com DP
em uma cidade japonesa sendo 146 homens e 179 mulheres, com média de idade
de 68,3 (±8,5) anos. O questionário constava de sexo, idade, idade do início,
duração da doença, medicamentos utilizados, distúrbio da marcha, história de
quedas, fraturas por quedas, etc. O resultado mostrou risco de quedas com o
avançar da enfermidade (aumento no H&Y). Os pacientes com muitas quedas
passavam a ter medo de andar e muitos usavam bengalas. A finalidade dos
exercícios empregados foi: 1) treinamento para distúrbios primários como rigidez,
bradicinesia, distúrbio da marcha e equilíbrio e 2) melhorar distúrbios secundários
como fraqueza muscular, restrição de movimentos e insuficiência cardiopulmonar.
Estudaram o efeito do tratamento dos exercícios de rotação axial para fraqueza

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muscular por desuso, para desempenho da velocidade da marcha e da bradicinesia


por quatro semanas, obtendo melhora. Acharam que exercícios apropriados
preveniriam fraqueza muscular e insuficiência cardiorrespiratória, mantendo a AVD e
a QV nestes pacientes. Concluem que, os exercícios devem ser aeróbicos, de
estiramento a alongamento. O ideal seria 20 minutos de exercícios três vezes por
semana.
Referiram que, a utilização de sons rítmicos e a música poderiam ser efetivas
para melhorar o distúrbio da marcha e motores na DP.
(9) As alterações cognitivas estão presentes em pacientes com DP, Parecem
estar ligadas à disfunção das conexões entra as regiões pré-frontais e estruturas
subcorticais, tais como o estriado. Destas alterações cognitivas as funções
executivas são as mais alteradas, em seus quatro componentes: vontade,
planejamento, ação proposital e ação efetiva. Estas são processadas no córtex pré-
frontal dorsolateral. Os exercícios aeróbicos regulares podem beneficiar, prevenindo
perdas neuronais. Taneka et al. (2009) estudaram 20 pacientes com DP sem quadro
de demência e sem fazer exercícios previamente. Foram distribuídos em dois grupos
de 10 cada. O primeiro grupo participou dos exercícios propostos e o segundo não
entrou em nenhum protocolo de exercícios. Foram avaliados por testes de função
executiva (“Wisconsin Card Sorting Test-WCST”). O protocolo de exercícios foi
basicamente aeróbico: flexibilidade, resistência muscular, coordenação motora e
equilíbrio. Foram realizados 60 minutos de sessão, três vezes por semana durante
seis meses. Verificaram que no grupo submetido a exercícios aeróbicos houve
melhora significativa nas variáveis da função executiva: capacidade para abstração
e flexibilidade mental. Entretanto, nas variáveis que verificam os erros por
desatenção e concentração da atenção não houve alterações nos dois grupos.
Atribuem os autores a não modificação nestes dois itens, à depressão e à ansiedade
comumente associada à DP.
Acham que a melhora observada poderia ser devido ao aumento do fluxo
sanguíneo cerebral incrementando o metabolismo de neurotransmissores,
aumentando a atividade de enzimas anti-oxidantes, induzindo a síntese do “Brain
Derived Neurotropic Factor-BDNF” e incrementando as sinapses responsáveis pela
sociabilidade e melhor sensação de bem estar.

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(10) Fisher et al. (2008) estudaram 30 pacientes com DP. Dividiram os


enfermos em três grupos. O primeiro foi submetido a exercícios de grande
intensidade. Um segundo grupo foi submetido à exercícios leves, tradicionais. O
terceiro grupo não fez exercícios. A escala do UPDRS e H&Y foi utilizada antes e
após oito semanas. Foi realizado o exame do potencial evocado motor antes e após
o ensaio, para avaliar o período silencioso. Todos os grupos tiveram pequena
melhora no UPDRS. O primeiro grupo obteve melhora significativa na marcha e no
teste de sentar e levantar..
Somente o primeiro grupo obteve aumento do período silencioso sugerindo
que exercícios mais intensos podem normalizar a excitabilidade corticomotora.
(11) Hirsch et al. (2003) submeteram um grupo de pacientes com DP, a
exercícios de equilíbrio e de resistência e outro grupo só a exercícios de equilíbrio.
Os exercícios de resistência eram de alta intensidade e realizados em
aparelhos especiais. Os exercícios de equilíbrio duravam 30 minutos e eram feitos
três vezes por semana. A melhor resposta foi no grupo combinado (equilíbrio e
resistência). Os benefícios deste grupo continuaram por no mínimo mais quatro
semanas.

A Importância da Fisioterapia na Doença de Parkinson e as técnicas


fisioterapêuticas mais utilizadas

A atuação da fisioterapia não deve se restringir à ativação da função motriz do


sujeito. Mesmo na doença de Parkinson (DP), doença eminentemente motora, a
estimulação cognitiva deve ser potencializada. A ativação das estruturas neurais
hierárquicas e paralelas é importante, tendo em vista que promove a ação de
sinapse nervosa de vias aferentes, eferentes e associativas (CHRISTOFOLETTI, et
al., 2010).
A fisioterapia é empregada como tratamento adjunto aos medicamentos ou a
cirurgia utilizada na doença de Parkinson (DP). Mesmo assim ainda existem dúvidas
acerca deste tratamento coadjuvante. Seu valor subestimado talvez se deva à
comparação com o tratamento medicamentoso. A reabilitação deve compreender
exercícios motores, treinamento de marcha (sem e com estímulos externos),
treinamento das atividades diárias, terapia de relaxamento e exercícios respiratórios.

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Outra meta é educar o paciente e a família sobre os benefícios da terapia por


exercícios. Devem ser avaliados os sintomas neurológicos, a habilidade para andar,
a atividade da vida diária (AVD), a qualidade de vida (QV) e a integração psíquica
(SANTOS, et al., 2010, apudv NIEUWBOER, 2007, KWAKKEL, 2007).
Na doença de Parkinson, a fisioterapia busca diminuir a disfunção física e
permitir ao indivíduo realizar atividades de seu dia a dia com a maior eficiência e
independência possível. Para isso, o alongamento em pacientes com doença de
Parkinson é necessário para a melhora da amplitude de movimento (HALL, 2005).
A fisioterapia para mal de Parkinson tem um papel importante no tratamento
do indivíduo portador desta doença, pois irá proporcionar uma melhora no seu
estado físico geral, tendo como objetivo principal a restauração ou manutenção da
função, incentivo à realização das atividades de vida diária de forma independente,
dando assim mais qualidade de vida (VALVERDE, 2015).
O tratamento da DP é baseado no uso de terapia medicamentosa que
influencia marcadamente a desempenho motor, contudo o tratamento com drogas
não pode abolir todos os sintomas, e fisioterapia é então recomendada. Dependendo
da concentração sérica do medicamento, o paciente terá um período “on” (com
efeito máximo da droga) e um período “off” (com o mínimo efeito da droga).
Pacientes no período “on” estão mais capacitados a realizarem exercícios físicos,
portanto o uso da medicação deve ser ajustado ao inicio de uma atividade de maior
esforço (VARA, et al., 2012 apudREUTER, 2002).
Portadores da Doença de Parkinson mostram padrões de desequilíbrio
musulares, os quais promovem a distorção do alinhamento, benefiaciando uma
sobrecarga indevida nas articulações, ligamentos e músculos, levando o paciente,
quando na posição bípede, a adotar uma flexão de todas as articulações, levando a
uma posição símea. O manuseio realizado por meio de alongamentos são técnicas
excelentes na melhora da mobilidade da coluna e tecidos, mantendo postura ereta,
equilíbrio e manutenção da independência funcional (HAASE, et al., 2008).
A fisioterapia tem um papel importante na manutenção física dos pacientes
com a DP colaborando na melhora dos aspectos motores, psíquicos e melhorando a
sua qualidade de vida tendo uma maior independência para realizar suas atividades
evitando o aparecimento de posturas inadequadas e deformidades que contribuem
para o agravamento dos sintomas (SILVA, eta al., 2006).

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Como a Doença de Parkinson é progressiva, as intervenções de exercícios


não devem ser em curto prazo, mas se tornar parte do estilo de vida diário. Muitos
clínicos e pesquisadores acreditam que a fisioterapia deve começar tão cedo quanto
o estabelecimento do diagnóstico, para prevenir a atrofia muscular, a fraqueza e a
capacidade de exercício reduzida (MORRIS, 2000).
No Parkinson a principal preocupação é com a rigidez devido a ter perda de
amplitude de movimento e a locomoção devido à falta de equilíbrio. Para isso, a
fisioterapia tem utilizado programas de reabilitação e treinamentos para ajudar
principalmente na capacidade física do paciente, no ganho de amplitude de
movimento, equilíbrio, postura, autoestima, bem-estar, qualidade de vida. Porém,
nos estudos encontrados a maioria fala-se de tratamento multidisciplinar, o que não
tem acontecido. E os efeitos da fisioterapia vêm sendo comprovados quando estão
associados ao tratamento medicamentoso. E isso depende muito da progressão e
do estágio em que se encontra a doença (SILVA & MEJIA, 2014).
A fisioterapia desponta como uma ferramenta de fundamental importância
para os pacientes com Doença de Parkinson, devendo ser aplicada desde os
primeiros momentos de instalação desta patologia; devendo atuar diretamente nos
sinais e sintomas da doença (FILHO & MEJIA, 2014).
Medidas auxiliares são muito importantes no tratamento da Doença de
Parkinson. Dentre essas medidas auxiliares, estão a educação do paciente e dos
familiares, a terapia farmacológica, a de nutrição e a fisioterapia, que tem papel
primordial no tratamento desta patologia, reabilitando o paciente no aspecto
funcional e introduzindo-o novamente na sociedade (SANT, et al., 2007).
A fisioterapia voltada a DP tem o objetivo de minimizar os problemas motores,
ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades de vida
diária e melhorando a sua qualidade de vida com o exercício, o aumento da
mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contratura,
além de ajudar a retardar a demência (CAMILO, 2015).
Os exercícios fisioterapêuticos são fundamentais para atenuar os principais
sintomas e distúrbios da DP, especialmente quando direcionados para as
especificidades e necessidades funcionais pertinentes a cada paciente, devendo
estar associados ao tratamento medicamentoso. Os fisioterapeutas devem estar
atentos a programas terapêuticos adequados para o individuo com DP a cada

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momento, com intuito de prevenir as incapacidades motoras e favorecer a


funcionalidade e as atividades de vida diária, já que, como é sabido, o indivíduo
envelhece, as comorbidades surgem e a doença progride independente da
terapêutica instituída. Desta forma, as avaliações funcionais constantes e
reavaliações terapêuticas se fazem necessárias (GONÇALVES, et al., 2011).
Evidências científicas comprovam que exercícios físicos e Fisioterapia podem
melhorar a qualidade de vida de pessoas portadoras da doença de Parkinson,
diminuindo escores das escalas UPDRS, melhorando o equilíbrio, mobilidade,
aumentando a resistência muscular, proporcionando melhor qualidade de vida, além
de aumentar proteção cardiovascular, promove a neurogenese e fatores de proteção
e crescimento do cerebro BDNF e GDNF, diminuindo o tremor e bradicinesia, diminui
risco de quedas entre outros comprometimentos motores, melhorando a
autoconfiança e qualidade de vida no questionário PDQ-39 (FILHO & MEJIA, 2014).
Segundo a Associação Brasil Parkinson (2007), a fisioterapia visa a uma
reeducação e manutenção da atividade física, permitindo que o tratamento tenha
uma melhor eficácia e, ainda, uma melhora psicológica do paciente portador de DP
(STEIDL, et al., 2007).
Um programa de fisioterapia personalizada para o paciente pode ajudar nos
problemas posturais, nas deformidades e distúrbios da marcha. Incluem-se no
programa exercícios passivos e ativos, treinamento da caminhada, desenvolvimento
de atividades diárias, calor, gelo, estimulação elétrica e hidroterapia (CRAM, 2002).
Para melhorias na atividade motora e marcha junto ao paciente com DP deve-
se o fisioterapeuta, optar por treino de marcha na passadeira para alongar o
comprimento do passo e caso, não seja suficiente, progredir na mesma com peso
suportado para maior eficácia. Em relação à IP e ao equilíbrio deve-se realizar treino
de mesmo, adjuvado de exercícios de fortalecimento dos MI e, se possível, realizar o
também em meio aquático e com vibração para aumento do controlo postural e
diminuição da IP. As PS levam a melhorias mais rápidas já que facilitam os
indivíduos na iniciação e durante o movimento. Em relação à QDV e outras variáveis
psicológicas, qualquer tipo de atividade física em grupo melhora os sintomas
depressivos e aumenta o humor (SANTOS, 2013).

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Esclerose Múltipla

Fonte: http://nucleonumi.com.br/esclerose-multipla-por-que-mindfulness/

A Esclerose Múltipla é um distúrbio neurológico pertencente ao grupo das


doenças desmielinizante. É uma doença crónica do sistema nervoso central (SNC),
de caracter auto-imune, degenerativo e por vezes progressivo (Poster, 2005). Esta
doença afeta principalmente adultos jovens entre os 20 e 40 anos.
As mulheres são mais acometidas pela doença, assim como a raça branca
são duas vezes mais afetados que a raça negra (Pavan, Miguez, Marangoni, Tilbery,
& Lianza, 2010).
Foi descrita em 1822, nos diários de um homem inglês e depois retratada em
um livro de Anatomia em 1858, por um médico inglês. O Dr. Jean Cruveilhier, um
médico francês, utilizou pela primeira vez a terminologia. Contudo, em 1868 o Dr.
Jean Martin Charcot, que definiu a doença pelas suas características clínicas e
patológicas: paralisia, sintomas cardeais de tremor intencional, nistagmo,
posteriormente denominadas síndrome de Charcot (Pedro, 2010; Costa et al., 2005;
O`Sullivan & Schmitz, 2010).
Segundo Silva e Valença (2003) os fatores causais ainda não são
completamente conhecidos, sabe-se que há uma possível relação entre fatores
genéticos e ambientais, ou seja uma determinada predisposição genética combinada
com um fator ambiental desconhecido (provavelmente viral) originaria um distúrbio
imunológico de ação inflamatória que afetaria a substância branca do SNC,

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acarretando a perda de oligodendrócitos e mielina, prejudicando a condução dos


impulsos nervosos.
Sobre os fatores genéticos, cerca de 15% dos indivíduos com esclerose
múltipla têm um familiar afetado, o que aumenta o risco de seus descendentes em
2% e aos irmãos em 5% de serem acometidos pela doença (Porter, 2005). O que
parece é que os indivíduos não herdam a doença, mas existe uma susceptibilidade
genética para disfunção do sistema imune, que quando exposto ao agente ambiental
podendo desencadear uma resposta imune (O`Sullivan & Schimitz, 2004)
A desmielinização atingi qualquer área do SNC, causando alterações nas
suas funções.
O seu curso é altamente imprevisível, com várias formas de apresentação,
desde aquelas com um curso benigno e indolente, até formas rapidamente
progressivas e incapacitantes. Apesar desta variabilidade, o padrão clínico, atinge
cerca de 60% dos doentes, surgindo assim antes dos 40 anos de idade, e
caracteriza-se por períodos de exacerbação e de remissão. Entre as manifestações
clínicas estão os distúrbios visuais, fadiga intensa, deficit de equilíbrio e
incoordenação motora. Os sinais podem se desenvolver rapidamente, em seis a
quinze horas ou em questão de dias ou semanas(Almeida, Loureiro, & Maki, 2008) .
De acordo com Jones Jr. (2006) a forma evolutiva mais comum de esclerose
múltipla é a de surtos e remissões onde as manifestações dos sintomas
desaparecem após alguns dias de forma completa ou parcial. Mais raramente a
esclerose múltipla tem um curso crónico e progressivo em que os sinais e sintomas
progridem gradualmente.
O aparecimento dos sintomas se dá geralmente entre os 20 e 40 anos de
idade, por isso é considerada uma doença de adultos jovens (Kumar et al., 2005).

Sintomas
A esclerose múltipla apresenta uma variedade de sintomas, conforme a área
do cérebro e nervos comprometidos. Em geral, alguns sintomas podem estar
relacionados com a doença:
• Alterações na sensibilidade;
• Tontura;
• Cansaço e fraqueza muscular;

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• Perda da visão e audição;


• Falta de coordenação nos movimentos.

Reabilitação do Doente com Esclerose Múltipla

Reabilitação define-se com um processo ativo de mudanças, pela qual uma


pessoa deficiente adquire e usa o conhecimento físico, psicológico e social. O
princípio subjacente esta em que a pessoa afetada e a sua família são fatores
centrais para o melhor desempenho do indivíduo no programa, tornando a
reabilitação num processo constantemente evolutivo (Umphred, 2010)
A avaliação é considerada como o ponto-chave da reabilitação. Compreender
como os cuidados são prestados na esclerose múltipla e que barreiras existem para
a obtenção de cuidados de qualidade são os principais elementos para mudar a
estratégia de prestação de serviços. Inclui a aquisição de dados sobre a relação
custo-eficácia de vários tratamentos, compreensão do impacto da doença na família
e no indivíduo, avaliar e melhorar o acesso aos sistemas de prestações e cuidados
de saúde (Edwards, 2004)
A fisioterapia, como parte fundamental da equipe de reabilitação, atua
seguindo estes objetivos e, para tal busca otimizar o condicionamento físico e
minimizar complicações adversas. Outros aspetos contempladas na abordagem da
fisioterapia é o controle do equilíbrio e coordenação motora, considerando a
funcionalidade do paciente (Moura, Lima, Borges, & Silva, 2010)
Os indivíduos com a esclerose múltipla devem beneficiar da intervenção da
fisioterapia, que é direcionada a melhorar os comprometimentos, as limitações
funcionais e as incapacidades. (Furtado & Tavares, 2005)
As metas e afirmações que refletem o resultado da intervenção na
reabilitação focam em facilitar os comprometimentos e recuperar a independência
funcional enquanto promovem a habilidade do autocuidado. Com o progressivo
desenvolvimento da doença, as metas e resultados importantes tornam-se cada vez
mais importantes, promovendo aceitação e ajuste das limitações, promovendo a
qualidade de vida (Edwards, 2004).

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A intervenção na reabilitação de indivíduos com esclerose múltipla é essencial


perceber o controlo motor. Neste sentido foram desenvolvidos alguns modelos
baseados em sistemas A faculdade de conhecer as diferentes abordagens é
necessário para o fisioterapeuta. Os modelos sustentavam a organização
hierárquica do SNC, na qual lesão no SNC resultavam em alterações no tónus
musculares e na emergência de reflexos anormais, os estímulos sensoriais
periféricos podiam impedir reflexos inapropriados e tornar fácil padrões de
movimentos adequados, e o efeito de repetir os movimentos por impulsos sensoriais
resultava em mudanças positivas e permanentes no SNC (Teixeira, 2008)
A intervenção preventiva é focada na melhoria de possíveis dificuldades,
comprometimentos, inabilidade mediante a progressão da doença. Há este
procedimento podemos defini-la como prevenção primária. As diligências
preventivas para o paciente com esclerose múltipla são planificadas para a
diminuição da duração e da gravidade dos sintomas ou para uma emergência tardia
das sequelas da doença através de uma detenção e intervenção precoce, a isso se
chama prevenção secundária. A prevenção também pode ter o objetivo de melhorar
o grau da incapacidade, definida prevenção terciária. As finalidades e os postulados
refletivos dos resultados da intervenção de prevenção têm enfoque na promoção da
saúde, bem-estar, boa forma física e preservação do funcionamento ideal
(O`Sullivan. & Schmitz, 2010)
A reabilitação é muito útil nos efeitos do tratamento em indivíduos com
esclerose múltipla, uma vez que as normas no ato ou efeito de reabilitar manifestam-
se através de mudanças graduais, e consequentemente processos de reabilitação
do indivíduo ao meio. Mudanças essas relacionadas os mecanismos quer
intrínsecos e extrínsecos do indivíduo, melhorar as mudanças na qualidade de vida,
segundo os objetivos indivíduas (Pedro, Pais Ribeiro, & Pascoa Pinheiro, 2011)
Dada a multiplicidade dos sintomas e a diversidade dos problemas pela
esclerose múltipla, é na generalidade, aceite que, de modo a ser efetiva, a
reabilitação requer aproximação multidisciplinar coordenada e global. A esclerose
múltipla é idealmente ajustada á filosofia da reabilitação. Uma equipe de
interdisciplinar organizada é essencial para observar diretamente o extenso
processo de avaliação e tratamento necessários para cuidar dos problemas
complexos e multifacetados dos pacientes (Ginis & Hicks, 2007).

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A necessidade de trabalho de equipe cuidadosamente coordenada torna-se


cada vez mias fulcral á medida que a doença progride e que os problemas seguem.
Nesta equipe torna-se ainda imprescindível o envolvimento ativo do doente e da sua
família para que os recursos sejam bem direcionados e rentabilizados (O`Sullivan &
Schmitz, 2010; Cardoso, 2010). Os objetivos específicos de cada paciente devem se
adequar as características de cada caso e levar em consideração as
particularidades da doença, incluindo a sua progressão esperada. Para isso, o
conhecimento do diagnóstico do indivíduo é crucial para o sucesso do programa de
reabilitação. (Moura, Lima, Borges, & Silva, 2010)

Fisioterapia na Esclerose Múltipla

Fonte: http://prosense.com.br/entenda-o-papel-da-fisioterapia-no-tratamento-da-esclerose-multipla/

A intervenção da fisioterapia em pacientes portadores de doença que causam


degeneração deve ser fundamentada na correção, recuperação ou na compensação
de limites funcionais ou incapacitantes identificados (Mimoso, 2007).
Os fisioterapeutas devem atuar em todos os níveis, recuperando a
funcionalidade dos indivíduos com esclerose múltipla e prevenindo disfunções
cinético- funcionais, visando a promoção a saúde do paciente. No entanto, este
profissional não pode ser visto como um mero reabilitador, sendo imprescindível que
este procure a realidade social (do individuo) e verifique as atividades diárias, as
suas limitações, para então proceder aos encaminhamentos e orientações
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psicossociais mais pertinente em cada caso (Pereira, Vasconcellos, Ferreira, &


Teixeira, 2012).
Segundo Pereira et al., (2012) as técnicas de facilitação neuromuscular
propriocetivas e os exercícios de Frenkel são eficazes no tratamento dos
pacientes com esclerose múltipla, sendo necessário um maior tempo de
intervenção para melhores resultados.
O fisioterapeuta deve ser um técnico de mente aberta, não dogmática,
avaliando de forma sistemática e metódica na adaptação do plano de tratamento à
situação clinica e poder trabalhar em parceria com outros profissionais de saúde, de
modo a rentabilizar o bem- estar, conforto e qualidade de vida do individuo. Nestes
doentes é essencial potenciar a sua funcionalidade através da manutenção da sua
condição física e psicológica, do fortalecimento, equilíbrio, propioceptividade e
coordenação motora. Assim a intervenção do fisioterapeuta resume-se basicamente
em dois aspetos psicossociais e físico:
1- Aspetos psicossociais- a pessoa dependente está permanentemente
sujeita a profunda transformações e crises, com consequência do aparecimento do
agente stressor (esclerose múltipla), surgindo uma multiplicação que dos problemas
sociais que dos sentimentos de culpa do próprio individuo. O correm rápidas
mudanças no seu sistema de valores e nos estilos de vida assistindo, com
consequente perda de peso na tomada de decisões na família e uma inevitável
deterioração mental e física.
2- Aspeto Físico- o tratamento de reabilitação do paciente com esclerose
múltipla, não é o tratamento específico que irá assegurar a remissão dos sintomas.
O tratamento é centrado na diminuição dos sintomas, na melhoria do nível de
atividades funcional e no retorno do paciente à sua vida de rotina antes da doença.
A educação, tanto do paciente como da sua família é importante para melhor
compreender o curso da doença.
Um dos objetivos primordiais da fisioterapia na gestão de esclerose múltipla é
a adaptação da tonicidade do músculo á exigência comportamentais. Com a ajuda
de uma avaliação contínua das capacidades do doente, os objetivos terapêuticos
são continuamente ajustadas às necessidades especiais da situação de cada
individuo (Cardoso, 2012).

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As técnicas em fisioterapia, na esclerose múltipla, têm como objetivo a


prevenção e tratamento de contraturas musculares de forma a permitir às
articulações um maior número possível de movimentos; redução da hipotonia
muscular; treino de postura e movimentos automatizados, com indução de
movimentos voluntários; treino de coordenação envolvendo estímulos táteis
acústicos e visuais, treino de equilíbrio e marcha, e melhorar as atividades de vida
diária. Cada um destes ou para todas as fases da doença. A colocação dos objetivos
e a seleção do tratamento deverão ser cuidadosamente planeadas, tomando – se
em conta as deficiências e as necessidades dos pacientes (Cardoso, 2012).
Embora que as amplitudes dos movimentos estejam disponíveis para tornar
lenta a progressão de restrições das atividades (limitações funcionais) em algumas
pessoas com esclerose múltipla, muitas pessoas com a doença têm limitações em
suas habilidades para conduzir atividades de vida diária. A reabilitação é direcionada
para maximizar a função, prevenir complicações desnecessárias, capacitar os
indivíduos a realizarem seu potencial mais alto e melhorar sua qualidade de vida
como um todo. Embora nas intervenções de reabilitação não eliminem a lesão
neurológica da esclerose múltipla, elas podem reduzir a incapacidade e acentuar a
funcionalidade. Em 2004, a National MS Society publicou um relato de opinião
recomendando intervenção de reabilitação para a esclerose múltipla em todos os
estágios da doença (Umphred, 2010)
A indicação oportuna dos serviços de neuroreabilitação é a chave para uma
administração bem-sucedida das limitações funcionais, incapacidades e questões
sobre a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla. É bastante
frequentes, os serviços não serem iniciados até que o indivíduo se torne
severamente incapacitado. Um extenso plano de tratamento com referências a todas
as necessidades do paciente, que enfatize as atividades funcionais significativas, a
instrução do paciente e o gerenciamento próprio é ideal para uma desordem
neurodegenerativa tão complexa (Meneses, et al., 2010).
As atividades que demonstram ser atingíveis e seguras estimulam o sucesso
do paciente e constroem auto eficácia. Muitos pacientes com esclerose múltipla
relatam não possuírem conhecimento e habilidades necessárias para se exercitarem
com segurança. Os programas supervisionados que objetivam o exercício regular, a
atividade compassada, a conservação de energia e comportamentos saudáveis em

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geral promovem o domínio do exercício. A equipe interdisciplinar precisa fazer


esforços abrangentes que forneçam um tratamento coordenado e continuado,
exigido antecipadamente pelos episódios de tratamento na internação, ambulatorial
e em casa / comunidade (Mimoso, 2007).

Exercícios na Esclerose Múltipla

Fonte: http://www.radiotangara.am.br/noticias/saude/19577/sus-oferece-tratamento-clinico-e-reabilitacao-
para-esclerose-multipla.html

A reabilitação é muito importante nos resultados do tratamento em indivíduos


com esclerose múltipla, uma vez que os processos de reabilitação ocorrem através
de mudanças graduais, e consequentemente processos de readaptação do indivíduo
ao meio. Estas mudanças integram mecanismos intrínsecos e extrínsecos do
indivíduo, promovendo as mudanças na qualidade de vida, segundo os objetivos
individuais.
A fraqueza muscular e a diminuição da resistência são frequentemente
encontradas em pacientes com esclerose múltipla. Além disso, os pacientes com
esclerose múltipla normalmente adotam um estilo de vida sedentário e limitam a
atividade física, por vezes através de um conselho equivocado dos profissionais de
saúde que procuram minimizar as recaídas e os sintomas de fadiga. Os benefícios
do exercício foram consistentemente estabelecidos no que diz respeito à produção
de mudanças significativas físicas e psicológicas, melhorando o funcionamento,

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diminuindo a incapacidade e realçando a qualidade de vida (Moura, Lima, Borges, &


Silva, 2010)
Os indivíduos com alterações mínimos a moderados (EDSS 1 e 6) e
doença estabilizada, demonstram a melhor tolerância ao exercício. Isso se
traduz em necessidade de instituir exercícios no início do desenvolvimento da
doença. As respostas ao exercício dos pacientes com esclerose múltipla são
influenciadas pelos fatores de base que exigem uma atenção cautelosa durante o
exercício, como fadiga, espasticidade, incoordenação, equilíbrio prejudicado, perda
sensitiva e dormência, tremor e intolerância ao calor. A depressão pode afetar a
adesão. Os terapeutas então devem fornecer reforços constantemente e um
ambiente positivo (O`Sullivan. & Schmitz, 2010).
Os estudos feitos têm vindo tornar evidente os benefícios da atividade física e
do exercício integrando nas rotinas diárias do indivíduo, no intuito de desenvolver o
bem- estar físico e a qualidade de vida, através do progresso da atividade física
diária, nos hábitos da vida ou através de práticas de exercício supervisionados por
fisioterapeutas (Bertotti, Lenzi, & Portes,2011; Rodrigues, Nielson, & Marinho, 2008).
(Latimer-Cheung, et al., 2013). Indicam como bom a realização do exercício
aeróbio de intensidade moderada para um total de 20 a 30 minutos por sessão,
variando com períodos de descanso, duas a três vezes por semana. Para pessoas
com índice de EDSS não superior a 7.
O condicionamento aeróbico e o fortalecimento muscular alteram
positivamente os metabólicos, o que explica a diminuição de fadiga. Avaliação e a
programação dos exercícios devem ser individualizado respeitando o pormenor de
que cada caso é um caso, a realização de atividades em grupo, pode aumentar a
aderência e a motivação à prática dos exercícios.(Pedro, Pais Ribeiro, & Pascoa
Pinheiro, 2011)
Os exercícios resistidos utilizados em indivíduos com esclerose múltipla têm
demonstrado efeitos positivos quando usados com moderação. Doentes com
comprometimentos mínimos e doença estável parecem ter melhor tolerância aos
exercícios e, portanto, obtêm o máximo benefício. É importante considerar que os
exercícios com intensidade submáxima (baixa a moderada) são tolerados, enquanto
os exercícios máximos não. Têm sido relatadas melhorias significativas nas medidas
de força e resistência da fadiga periférica muscular (O`Sullivan & Schimitz, 2004).

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Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)

Fonte: https://blog.maxieduca.com.br/esclerose-lateral-amiotrofica/

Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é a doença do neurônio motor mais


comum em adultos. Embora reconhecida e caracterizada primeiramente por
degeneração dos neurônios motores no córtex, tronco encefálico e medula espinhal,
a ELA é atualmente melhor conceituada como uma doença multissistêmica em que
o sistema motor é tipicamente o primeiro e o mais drasticamente afetado.
A incidência da ELA na população mundial é relativamente uniforme e estão
entre 1,5 e 2,5 casos por 100.000 habitantes por ano. Pesquisas mostram que a
incidência aumenta após os 40 anos, alcançando um pico entre 60 e 75 anos,
seguido por um rápido declínio.
Os indivíduos do sexo masculino são levemente mais afetados que os do
sexo feminino, em uma proporção em torno de 1.5:1 2,3.
A causa exata da ELA permanece desconhecida.
Cerca de 5 a 10% dos pacientes têm história familiar. Entretanto, nenhum
componente genético é evidente na maioria dos casos. Hipóteses atuais acerca dos
mecanismos patológicos da seletiva degeneração dos neurônios motores que ocorre
na ELA incluem: dano oxidativo, acúmulo de agregados intracelulares, disfunção
mitocondrial, defeitos no transporte axonale excitotoxicidade.
As características clínicas da ELA são indicativas de degeneração dos
neurônios em todos os níveis do sistema motor.
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Tanto os neurônios motores superiores quanto os neurônios motores


inferiores são afetados. Portanto, sinais e sintomas desta doença podem incluir:
fraqueza e atrofia muscular, fasciculações, cãibras, espasticidade, disartria e
disfagia.
O tratamento dos pacientes com ELA é um desafio. O pouco conhecimento
acerca dos mecanismos patológicos e a relativa raridade desta doença são dois
fatores que tornam difíceis o desenvolvimento e avaliação de pesquisas clínicas.
Atualmente, uma abordagem multidisciplinar é preferível.
Pacientes que recebem cuidados multidisciplinares demonstram melhores
prognósticos.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença rara que pode ser
adquirida ou hereditária.
A ELA provoca o desgaste e a morte dos neurônios motores do cérebro e da
medula espinhal, responsáveis pelos movimentos voluntários e involuntários. Em
estágios avançados da doença, até o movimento involuntário da respiração é
prejudicado. Não há comprometimento da capacidade psíquica.
A ELA não tem cura. O tratamento consiste no uso de medicamentos e
fisioterapia.

Sintomas
• Fraqueza progressiva;
• Atrofia muscular;
• Perda de equilíbrio;
• Cãibras musculares;
• Perda de peso;
• Gagueira e alterações na voz;
• Contrações involuntárias dos músculos.

O Tratamento

O tratamento de pacientes com ELA é complexo e tem mudado


consideravelmente nos últimos anos. Embora esta condição seja incurável, uma

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abordagem multidisciplinar pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a


sobrevivência dos indivíduos acometidos.
A fisioterapia tem um papel importante no tratamento de pacientes com ELA.
Muitos problemas que surgem com a progressão da doença podem ser tratados
utilizando-se métodos e técnicas fisioterapêuticas.

Educação ao Paciente

A educação ao paciente, seus familiares e cuidadores é fundamental no


manejo da ELA. Muitos problemas podem ser evitados ou diminuídos quando
pacientes e pessoas envolvidas em seu cuidado recebem orientações acerca do
diagnóstico, progressão da doença e assuntos relacionados à qualidade de vida. Os
objetivos do tratamento fisioterapêutico devem ser tratados de maneira clara, e a
escolha dos métodos e técnicas deve, sempre que possível, ser discutida com o
paciente.

Exercício Aeróbico

Fonte: http://blogfisioterapia.com.br/tratamento-fisioterapeutico-ela/

Exercícios aeróbicos têm sido amplamente estimulados para manter a aptidão


cardiorrespiratória e melhorar diversas outras funções corporais em indivíduos
saudáveis e doentes. Contudo, evidências que suportem esta abordagem em
pacientes com ELA ainda são insuficientes.
Não existem ainda ensaios clínicos bem delineados publicados acerca dos
efeitos do exercício aeróbico em indivíduos com ELA.
Dois estudos utilizando exercício aeróbico em pacientes com ELA foram
realizados com o objetivo de examinar o metabolismo oxidativo.

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Estes estudos mostraram a ocorrência de alteração no metabolismo oxidativo


nos músculos exercitados dos pacientes com ELA.
.
Alongamento

Fonte: http://www.clinicaprogredir.com.br/index.php/noticias/item/346-fisioterapia-auxilia-no-tratamento-da-
esclerose-lateral-amiotrofica

Há diversos tipos de intervenções fisioterapêuticas que buscam aumentar a


mobilidade dos tecidos moles.
Alongamento e mobilização são termos gerais que descrevem manobras com
o objetivo de aumentar a extensibilidade dos tecidos moles.
Em pacientes com ELA, é comum o aparecimento de alterações
musculoesqueléticas, tais como: encurtamento muscular, contraturas e má postura.
Isso ocorre, principalmente, devido à perda progressiva da força muscular e
desequilíbrio entre os grupos musculares agonistas e antagonistas. Alongamentos,
ou exercícios que melhoram a flexibilidade, podem manter a extensibilidade dos
músculos e tecidos moles e prevenir estas alterações.

Mobilização Articular

Mobilização articular refere-se a técnicas usadas com o objetivo de tratar


disfunções articulares que limitam a amplitude de movimento.
São técnicas passivas manuais aplicadas a articulações e tecidos moles
relacionados com fins terapêuticos, utilizando amplitudes e velocidades variadas.

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Movimento é essencial para a saúde articular. A perda progressiva da força


muscular que ocorre na ELA e, por conseguinte, a perda da capacidade do indivíduo
de movimentar-se leva a alterações articulares e dor.
Em pacientes com ELA, mobilização articular passiva regular é importante
para a manutenção da mobilidade articular e independência funcional, contanto que
possível.

A Doença de Huntington

A DH é uma doença neurológica progressiva que afeta a cognição (a


habilidade de pensar e de fazer julgamento e a memória), o sistema motor e o
controle emocional. Os sintomas da DH são causados pela perda de células em uma
parte do cérebro chamada de “gânglio basal”. Os sintomas aparecem
gradativamente, em geral na meia idade, e duram de 15 a 20 anos após a
manifestação. Apesar de haver uma constância dos sintomas, não há um padrão
sintomático e a gravidade dos sintomas pode variar bastante de pessoa para
pessoa. Para algumas pessoas os movimentos involuntários podem se manifestar
desde o início, enquanto que outras podem ter poucos ou nenhum. Algumas podem
apresentar problemas emocionais e outras não. Apesar do padrão e da gravidade da
doença variarem, o curso da DH pode ser dividido em 3 fases – inicial, intermediário
e avançado – que servirão de base para a discussão das estratégias de tratamento.

O DISTÚRBIO MOTOR

O distúrbio motor na DH é caracterizado pela presença de movimentos


involuntários e alterações nos movimentos voluntários.

MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS

• Os movimentos involuntários podem ter início com akatisia ou


distúrbios motores (inquietação motora) que consiste na dificuldade de manter
qualquer posição ou numa necessidade de constante movimento.

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As pessoas descrevem essa sensação como se estivessem “ligadas na


tomada” o tempo todo. Uma pessoa a descreveu como se ela só quisesse correr por
horas;
• Distonia é uma postura anormal de sustentação de uma parte do corpo.
Pode aparecer como uma curvatura das costas ou uma torção do pescoço para um
lado só, sendo que ambas as posições se mantém por vários segundos;
• O movimento involuntário mais comum é a “coreia” e refere-se a
movimentos rápidos e irregulares que podem ter baixa ou alta duração. A “coreia”
pode se manifestar por meio de movimentos súbitos dos dedos, dos ombros e do
rosto ou pode ser muito mais evidenciada por meio de movimento descontrolado e
desordenados dos braços e pernas.
Deve-se observar que mesmo que a medicação possa ajudar a reduzir os
movimentos involuntários como a “coreia”, muitas pessoas preferem reduzi-los sem
medicação devido aos efeitos colaterais. As pesquisas revelaram que a “coreia” não
é o primeiro fator de deficiência do distúrbio motor e em muitos casos pode ser
ignorado. É particularmente importante que os terapeutas tomem conhecimento
desse fato, já que a primeira iniciativa é frequentemente para conter a “coreia”. Uma
alternativa para a medicação é fazer com que os membros fiquem mais pesados
para diminuir a duração do movimento. Porém, isso tende a resultar em fadiga dos
músculos e numa diminuição da habilidade motora.

MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS

Os movimentos voluntários podem ser alterados por:


• Bradykinesia ou movimentos lentos. Isso é frequentemente evidente no
modo de andar e nas mudanças de posição;
• Deficiências no controle da força do movimento. Isso é frequentemente
claro na fase avançada quando o paciente tem a intenção de fazer pequenos
movimentos, mas eles acabam resultando em grandes movimentos bruscos. Por
exemplo, uma pessoa que queira levantar-se de uma posição pode, sem intenção,
pular de uma cadeira ou de uma cama;
• Início retardado ou incapacidade de iniciar o movimento motor. O
atraso pode durar vários segundos.

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• Esse déficit pode geralmente ser confundido com a falta de interesse


ou de atenção. Pode ser visto em vários movimentos desde responder uma pergunta
até levantar-se de uma cadeira;
• Reação retardada aos distúrbios de equilíbrio externamente
produzidos. Chão desnivelado, susto ou chamar a pessoa pelas costas pode causar
queda já que a habilidade de recuperar-se desses estímulos externos é lenta;
• Descoordenação de movimento ou alteração de movimentos rítmicos e
repetitivos. Essa descoordenação fica evidente em atividades como andar, mascar e
até mesmo respirar.

O DISTÚRBIO COGNITIVO

O distúrbio cognitivo na DH é caracterizado por memória deficiente, funções


cognitivas e pensamento lentos. A memória é afetada durante a fase de
recuperação, isto é, a pessoa com DH tem dificuldades de lembrar informações já
armazenadas no cérebro. Todavia, armazenar informação nova também pode ser
difícil.
As funções cognitivas incluem organizar, priorizar e regular informação.
Deficiências nessa área causam dificuldades no julgamento, na habilidade de
resolver problemas, no pensamento lógico e na habilidade de lidar com mais de uma
tarefa ao mesmo tempo. Os processos de pensamento também podem ser lentos já
que é necessário mais tempo para responder perguntas e para realizar tarefas
rotineiras.

FISIOTERAPIA NA FASE INICIAL DA DH

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Fonte: http://fisioterapia.com/fisioterapia-na-doenca-de-huntington-o-que-as-evidencias-nos-dizem/

Antes de discutir áreas problemáticas e específicas, deve-se levar em


consideração a condição física como um todo, incluindo o aspecto cardiovascular. O
início da doença traz mudanças físicas que não são logo aparentes. Pode haver
fraqueza da musculatura de estabilização da parte superior das costas e do tronco
afetando a postura e a habilidade de respirar fundo. Essas mudanças geralmente
levam o indivíduo a uma vida sedentária que, por sua vez, resulta em um declínio
geral da saúde do paciente.
Normalmente, as mudanças na cognição e/ou na emoção fazem com que
essas mudanças físicas passem despercebidas. Nesse momento, um programa de
exercícios físicos pode ser significativamente útil.
Esse tipo de programa pode ser prescrito por um fisioterapeuta e, assim,
realizado em casa ou em uma academia.
Um programa típico pode consistir no seguinte:
• Exercícios de alongamento para os músculos usados no controle da
postura;
• Exercícios de alongamento para os principais músculos do corpo;
• Exercícios progressivos de equilíbrio;
• Atividade aeróbica para melhorar a função cardiovascular.
Começar um programa de exercícios físicos no início da doença não somente
serve para manter as funções físicas, mas também ajuda a reduzir um pouco do
estresse que a doença causa. Um programa diário de exercícios físicos também
pode ser muito útil no tratamento da depressão que é comum na DH. Apesar de um
programa desse tipo estabilizar os sintomas de uma pessoa ele não altera o curso
da doença.

DÉFICITS MOTORES COMUNS QUE LEVAM À QUEDA


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Fraqueza muscular

A fraqueza dos músculos pode se espalhar pelo corpo todo dependendo do


nível da atividade da pessoa. As áreas comuns de fraqueza são:
• Músculos de alongamento do pescoço;
• Músculos posturais do tronco;
• Músculos intrínsecos das mãos e dos pés.
As fraquezas podem causar inclinação da cabeça, curvatura dos ombros e
inchaço da barriga. Pegar objetos pequenos com as pontas dos dedos pode se
tornar difícil. Igualmente, os músculos do pé enfraquecidos impedem os dedos de se
fixarem ao chão causando perda de equilíbrio. Outras consequências incluem
deficiência respiratória ou dificuldade de respirar fundo, suficientes para expectorar
secreção.

FISIOTERAPIA NA FASE INTERMEDIÁRIA DA DH

À medida que a DH progride, as dificuldades encontradas na fase inicial da


doença se tornam mais evidentes. Os movimentos involuntários, principalmente a
“coreia”, podem piorar e a medicação para contê-los pode ser útil. Deve-se observar,
porém, que os efeitos colaterais dos remédios podem causar dificuldades crescentes
para engolir, falar e andar e devem ser monitoradas de perto. Muitos dos problemas
que a “coreia” causa são sociais e as pessoas com DH podem frequentemente lidar
com a coreia relativamente bem sem o uso de medicamentos.

PROBLEMAS MOTORES COMUNS E SOLUÇÕES

As soluções e o equipamento podem reduzir o risco de machucados, além de


ajudar os portadores da doença a manterem o máximo de independência possível.
PROBLEMA
As mudanças na coordenação dos músculos são comuns nessa fase da
doença, o que pode levar o indivíduo a sentir enrijecimento dos músculos e a andar
de maneira desajeitada.

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SOLUÇÃO
Técnicas de relaxamento podem reduzir esse problema.
PROBLEMA
Estabilidade proximal reduzida ou o enfraquecimento que afeta a musculatura
postural e impede que esse grupo de músculos estabilize as costas. Isso causa
dificuldades para manter-se me pé.
SOLUÇÕES
• Exercícios e atividades que estimulem a estabilidade proximal podem
ser prescritos por um fisioterapeuta;
• Um fisioterapeuta também pode ajudar a adaptar os móveis da casa
para promover melhora na postura.
PROBLEMA
A falta de equilíbrio pode causar muitos problemas. Até mesmo sentar-se em
uma cadeira requer uma mudança de equilíbrio em um dos pés e para aqueles com
equilíbrio deficiente isso pode levar a quedas.
Déficits na noção de espaço podem constituir problemas de equilíbrio fazendo
com que as tarefas diárias se tornem perigosas.

SOLUÇÕES E EQUIPAMENTO

Sentar-se: ensine a pessoa com DH a tocar no móvel antes de sentar-se. Em


um processo de
• TOCAR-VIRAR-SENTAR, a pessoa aproxima-se da cadeira e a toca
(para ter estabilidade), depois ela se vira e finalmente senta. Essa simples estratégia
resolve o problema de equilíbrio bem como o problema de percepção de não
conseguir calcular distâncias;
• Levantar-se: a pessoa deve, primeiramente, colocar suas mãos no
joelho, trazendo o peso do corpo para frente e assegurando-se que está inclinando
da cintura para cima. Os pés devem, então, ser colocados diretamente embaixo dos
joelhos. O passo final é empurrar-se para trás para ficar na posição de sentar.
Observação: todas as estratégias devem ser ensinadas e ensaiadas nas
fases iniciais da DH.

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• Andadores. Equipamento especializado como um andador pode ser


útil. Um andador deslizante com rodas giratórias é a melhor opção para aqueles que
têm coordenação motora nos braços. Um andador deslizante com rodas giratórias é
a melhor opção para aqueles que têm coordenação motora nos braços. Um andador
deslizante com posição das mãos ajustável é a melhor opção para aqueles que têm
menos coordenação motora e precisam ter o centro de gravidade trazido para frente
para reduzir as quedas de costas;
• Equipamento de segurança tal como um capacete ou joelheiras e
cotoveleiras podem dar a proteção necessária aos indivíduos quando estiverem
aprendendo novas habilidades ou tentando manter uma certa independência. Não é
de se surpreender que é geralmente difícil convencer um indivíduo de usar o
equipamento de proteção. Um protetor macio para a cabeça é às vezes mais aceito
e pode oferecer boa proteção contra machucados causados pelas quedas;
• Estabeleça um horário para usar o protetor para a cabeça durante
períodos curtos cada dia. Dessa maneira, o indivíduo pode decidir a que hora do dia
ele usará o equipamento e assim então ter mais controle sobre a sua decisão. Isso
ajudará a promover aceitação e estimular o uso regular do equipamento.

TERAPIA FÍSICA NO ESTÁGIO AVANÇADO DA DH

Estratégias para melhorar a função cognitiva.


À medida que o distúrbio motor progride, o distúrbio cognitivo pode interferir
na aprendizagem de novas atividades. Para amenizar a situação, algumas
estratégias podem ser usadas pelos membros da família assim como enfermeiros.
• Para fortalecer o processo de aprendizagem:
• Divida a tarefa em passos simples;
• Pratique por meio de repetição;
• Permita um bom tempo para a aprendizagem;
• Forneça dicas ou pistas verbalmente ou por meio da escrita, mas
mantenha um feedback direcionado com um objetivo.

Para fortalecer atenção e concentração:

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• Ofereça um ambiente tranquilo com poucas distrações;


• Tenha expectativas claras e direcionadas;
• Sublinhe e repita os pontos-chave nas direções;
• Mantenha equipamentos suficientes;
Em estágios avançados da doença, o controle motor é altamente reduzido. A
maioria dos indivíduos tornam-se mais rígidos e têm pouca habilidade para mudar
de posições voluntariamente. A coreia pode também piorar. Além disso, a
dificuldade em controlar a força dos movimentos gera um novo conjunto de cuidados
e problemas referentes à segurança.
Os mesmos problemas existem independentemente da pessoa ser cuidada
em casa ou numa casa de repouso. Todavia, muitas casas de repouso são bem
preparadas para os problemas emergentes da Doença de Huntington. Considerando
esse fator, as seguintes sugestões são primeiramente direcionadas às casas de
repouso, mas também podem ser utilizadas em casa.

Tratamento fisioterapêutico após um AVC

A fisioterapia após AVC melhora a qualidade de vida e a recuperar os


movimentos perdidos. O principal objetivo é devolver a capacidade motora e fazer
com que o paciente seja capaz de realizar suas atividades da vida diária sozinho,
sem necessitar de um cuidador.
As sessões de fisioterapia devem começar o quanto antes, ainda no hospital
e deve ser realizada preferencialmente todos os dias, pois quanto mais rápido o
paciente for estimulado, mais rápida será a sua recuperação.

Exercícios de reabilitação após AVC

Alguns exemplos de exercícios de fisioterapia para AVC são:

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Outros exemplos de exercícios de fisioterapia para AVC são:


• Abrir e fechar os braços, à frente do corpo, podendo variar em: Abrir
somente um braço de cada vez e depois os dois ao mesmo tempo;
• Caminhar em linha reta, e depois alternando entre ponta dos pés e
calcanhares;
• Usar a bicicleta ergométrica por 15 minutos, depois pode-se variar
resistência e distância alcançada;
• Caminhar na esteira durante cerca de 10 minutos com ajuda do
terapeuta.
Estes exercícios podem ser feitos de forma contínua por mais de 1 minuto
cada um. Além desses exercícios é importante realizar alongamento muscular em
todos os músculos para melhorar a amplitude dos movimentos e realizar exercícios
respiratórios para evitar o acúmulo de secreções que podem levar a pneumonia, por
exemplo.
Também podem ser usados exercícios com bolas, resistências, espelhos,
pesos, camas elásticas, rampa, faixas elásticas e tudo o que for necessário para

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melhorar a capacidade física e mental do paciente. Entretanto, também pode-se


recorrer ao uso de TENS, ultrassom e bolsas de água quente ou gelo, conforme a
necessidade.

Resultados da fisioterapia após AVC

A fisioterapia pode conseguir muitos benefícios, como:


• Melhorar a aparência do rosto, deixando mais simétrico;
• Aumentar a movimentação dos braços e pernas;
• Facilitar o andar, e
• Tornar o indivíduo mais independente nas suas atividades diárias,
como pentear o cabelo, cozinhar e se vestir, por exemplo.

A fisioterapia deve ser realizada diariamente, ou no mínimo, 3 vezes por


semana

Apesar do trabalho intenso da fisioterapia, alguns pacientes podem não


apresentar grandes melhoras, pois os exercícios devem ser bem feitos e isso
depende também da vontade do paciente. Como uma das sequelas do AVC é a
depressão, estes pacientes podem ter uma maior dificuldade em ir às sessões e
sentirem-se desanimados, não realizando os exercícios corretamente, o que dificulta
a sua recuperação.
Por isso, é necessário que um paciente que tenha sofrido um AVC seja
acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo e psicólogo.

Quanto tempo fazer

A fisioterapia pode iniciar logo do dia seguinte ao AVC, estimulando a pessoa


para ficar fora da cama do hospital, sendo recomendado cerca de 3 à 6 meses de
tratamento de fisioterapia neurológica individualizada. As sessões duram cerca de 1
hora, com exercícios realizados com a ajuda do terapeuta, ou sozinhos, segundo a
capacidade que a pessoa possui.

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Além dos exercícios realizados em consultório, pode ser preciso realizar


exercícios e alongamentos em casa, para um estímulo muscular diário. Colocar o
paciente para jogar videogames que exercitam todo o corpo como o Wii e a X-box,
por exemplo, para manter o estímulo muscular também em casa.
É importante que o tratamento fisioterapêutico seja realizado continuamente e
que o indivíduo tenha muito estímulo para evitar que as contraturas musculares
aumentem e o arco de movimento fique cada vez menor deixando o indivíduo
acamado e totalmente dependente do cuidado de outros.

Epilepsia

Epilepsia é uma doença neurológica crônica, podendo ser progressiva em


muitos casos, principalmente no que se relaciona a alterações cognitivas, frequência
e gravidade dos eventos críticos. É caracterizada por crises convulsivas recorrentes,
afetando cerca de 1% da população mundial.
Uma crise convulsiva é uma descarga elétrica cerebral desorganizada que se
propaga para todas as regiões do cérebro, levando a uma alteração de toda
atividade cerebral. Pode se manifestar como uma alteração comportamental, na qual
o indivíduo pode falar coisas sem sentido, por movimentos estereotipados de um
membro, ou mesmo através de episódios nos quais o paciente parece ficar "fora do
ar", no qual ele fica com o olhar parado, fixo e sem contato com o ambiente.
A descarga elétrica neuronal anômala que geram as convulsões podem ser
resultante de neurônios com atividade funcional alterada (doentes), resultantes de
massas tumorais, cicatrizes cerebrais resultantes de processos infecciosos
(meningites, encefalites),isquêmicos ou hemorrágicos (acidente vascular cerebral),
ou até mesmo por doenças metabólicas (doenças do renais e hepáticas), anóxia
cerebral (asfixia) e doenças genéticas. Muitas vezes, a origem das convulsões pode
não ser estabelecida, neste caso a epilepsia é definida como criptogênica.

Como se desenvolve?

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O mecanismo desencadeador das crises pode ser multifatorial. Em muitas


pessoas, as crises convulsivas podem ser desencadeadas por um estímulo visual,
auditivo, ou mesmo por algum tipo específico de imagem. Nas crianças, podem
surgir na vigência de febre alta, sendo esta de evolução benigna, muitas vezes não
necessitando de tratamento.

Nem toda crise convulsiva é caracterizada como epilepsia. Para tal, é preciso
que o indivíduo tenha apresentado, no mínimo, duas ou mais crises convulsivas no
período de 12 meses, sem apresentar febre, ingestão de álcool , intoxicação por
drogas ou abstinência, durante as mesmas.

O que se sente?
A sintomatologia apresentada durante a crise vai variar conforme a área
cerebral em que ocorreu a descarga anormal dos neurônios. Pode haver alterações
motoras, nas quais os indivíduos apresentam movimentos de flexão e extensão dos
mais variados grupos musculares, além de alterações sensoriais, como referidas
acima, e ser acompanhada de perda de consciência e perda do controle
esfincteriano.
As crises também podem ser precedidas por uma sintomatologia vaga, como
sensação de mal estar gástrico, dormência no corpo, sonolência, sensação de
escutar sons estranhos, ou odores desagradáveis e mesmo de distorções de
imagem que estão sendo vistas.
A grande maioria dos pacientes, só percebem que foram acometidos por uma
crise após recobrar consciência, além disso podem apresentar, durante este
período, cefaleia, sensibilidade à luz, confusão mental, sonolência, ferimentos orais
(língua e mucosa oral).

Como o médico faz o diagnóstico?

O diagnóstico é realizado pelo médico neurologista através de uma história


médica completa, coletada com o paciente e pessoas que tenham observado a
crise. Além disso, pode ser necessário exames complementares como
eletroencefalograma (EEG) e neuroimagem, como tomografia e/ou ressonância

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magnética de crânio. O EEG é um exame essencial, apesar de não ser


imprescindível, pois o diagnóstico é clínico.
Ele ao serve apenas para o diagnóstico, como também para monitorar a
evolução do tratamento. Outro exame complementar que pode ser utilizado é o
vídeo-EEG, no qual há registro sincronizado da imagem do paciente tendo a crise e
o traçado eletroencefalográfico deste momento. As técnicas de neuroimagem são
utilizadas para investigação de lesões cerebrais capazes de gerar crises
convulsivas, fornecendo informações anatômicas, metabólicas e mesmo funcionais.

Alguns exercícios indicados para epiléticos

Exercícios aeróbios

São aqueles realizados com intensidade baixa ou média, por tempo


prolongado, em geral acima de 15 a 20 minutos. São indicados a caminhada durante
uma hora, corrida por tempo variável, dependendo do condicionamento físico,
esteira ou bicicleta ergométrica em academias. Eles ajudam na melhora das funções
cardiorrespiratórias e vascular, frequência cardíaca, a qual suportará esforços
físicos, o trabalho muscular e a produção de massa óssea, que podem ser
comprometidas pelas medicações antiepilépticas.

Exercícios anaeróbios

São aqueles de grande intensidade e curta duração, como corrida intensa por
um breve período, impulsões em exercícios coletivos como futebol, basquetebol e
voleibol, nos quais se alterna atividade aeróbia e anaeróbia. Esse tipo de atividade
ajuda no desempenho esportivo e na sociabilização. No exercício anaeróbio, há
aumento de produção de ácido láctico, o qual promove acidose que, como o jejum e
a dieta cetogênica, exercem efeito inibitório sobre as descargas epilépticas.

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