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MOTOR DE PARTIDA (ARRANQUE)

Introdução

Os motores de combustão interna não conseguem entrar em


funcionamento sozinhos, como ocorre nos motores elétricos e a vapor. Para
dar a partida, é necessário um agente externo. Para dar partida ao motor, é
preciso vencer as resistências consideráveis oferecidas pela compressão,
fricção dos pistões, dos mancais das bielas, etc. Estas resistências variam de
acordo com os lubrificantes e com a temperatura. É fundamental que o sistema
de partida esteja sempre em boas condições.

O sistema de partida

Componentes do Sistema:
Bateria – fornece energia elétrica para o sistema.
Interruptor de ignição – aciona o motor de partida.
Motor de partida – coloca o motor de combustão interna em
funcionamento.
Funcionamento
Ao se acionar o interruptor de ignição, este envia um sinal elétrico ao
motor de partida que transforma energia elétrica em energia mecânica, por
meio de efeitos elétro-magnéticos.

Motor de partida

Define-se como o componente do sistema de partida responsável por


permitir ao motor principal do veículo a dar seus primeiros giros. Dando início
então, ao funcionamento do motor de combustão interna.Estes componentes
se caracterizam-se pela potência, tensão, forma e tamanho. Demandado pela
necessidade.

Constituição (básica)
Relê de partida (automático ou chave magnética);
Carcaça (as vezes constituído com bobinas de campo e sapatas polares,
como será descrito, ou com imãs acoplados diretamente na carcaça);
Induzido;
Pinhão (bendix).
Funcionamento

Embora os diversos tipos de motor de partida, todos partem de um


mesmo princípio de funcionamento, ou seja, o de atração e repulsão de polos
magnéticos.

Sempre que uma corrente elétrica contínua percorre um condutor,


formará uma força magnética com sentido (polaridade) determinados. Quando
a corrente é alternada a força magnética terá sentido indeterminado.

No motor o campo magnético produzido nas bobinas de campo flui


através da carcaça, das sapatas polares e do induzido. O campo magnético
produzido numa bobina é proporcional ao número de espiras e à corrente que
flui sobre a mesma.

Para que haja rotação do motor é preciso que haja uma troca constante
do sentido da corrente e do campo magnético. Como fica impossível fazer essa
troca nas bobinas de campo é introduzido um comutador (composto pelo
coletor de escovas) que faz a inversão da corrente e, consequentemente da
polaridade magnética. A rotação se dá com as bobinas de campo atraindo os
polos contrários das bobinas do induzido e repelindo os polos iguais.

O motor de partida é constituído de bobinas com espiras de fios


relativamente grossos e com ligação em série entre bobinas de campo e o
induzido. Assim haverá maior passagem de corrente elétrica e ao mesmo
tempo uma corrente uniforme em qualquer ponto do circuito, o que contribui
também para um bom aproveitamento de energia elétrica.

A chave de ignição e partida fecha o circuito de ação da chave magnética


(automático). O automático tem como finalidade comutar altas correntes por
meio de correntes relativamente baixas. Com o desenvolvimento da tecnologia
este relé também auxilia no engrenamento do pinhão.

Ao se acionar a partida, a chave magnética (presente dentro do


automático) desloca a alavanca de comando contra a ação de uma mola, sem
que o circuito principal esteja fechado. Neste momento, o motor ainda
permanece imóvel, a alavanca empurra o pinhão contra a cremalheira (volante
do motor principal) através do anel de acoplamento. O fuso de avanço provoca
um efeito rotativo nas peças, suavizando o engrenamento.

Estando o pinhão totalmente acoplado a cremalheira, e os contatos


principalmente do relé fechados, o volante do motor de combustão é impelido
através da roda livre e do arraste que transmitem o torque do motor de partida
a cremalheira.

Quando o motor de combustão interna entra em funcionamento, atinge


imediatamente rotações muito elevadas, que causariam danos ao motor de
partida se não fosse imediatamente desfeito o acoplamento. Quem fica
responsável por isso é a roda-livre que transmite o torque somente no sentido
no sentido do induzido para a cremalheira e nunca no sentido contrário,
protegendo o induzido contra rotações excessivas enquanto o botão de partida
estiver acionado. Durante esse tempo, o pinhão e a cremalheira continuam
acoplados.

Somente quando a chave de partida é acionada, ocorre o


desengrenamento do pinhão, por ação da mola de retrocesso, que mantem
retraído mesmo em trepidações.

Obs: como os motores de partida consomem em média duas vezes e


meia a capacidade da bateria, não devem ser acionados por mais de 10
segundos ininterruptamente, sob pena de sanifica-la.

Conheça os 5 principais defeitos no motor de arranque

Como ele só é acionado quando o veículo dá a partida, o motor passa por


muito pouca atividade durante seu tempo de vida, então raramente dá algum
defeito. É mais comum encontrar problemas nele quando o veículo já é bem
antigo.

Em todo caso, ainda é importante que você se atente aos primeiros sinais
de defeito nesta peça e faça a manutenção necessária. Para isso, tente
perceber os 5 defeitos mais comuns e como veja como você pode lidar com
cada um deles.

1.Escovas

Pode ser que, enquanto você dá a partida no veículo, o giro inicial do


motor de partida fique muito “pesado”, como se algo estivesse gerando atrito
ou emperrando as engrenagens. Nesse caso, na ausência de outros sinais, é
bem provável que você tenha um problema nas escovas do motor.

As escovas são feitas de material leve e macio, para facilitar os giros.


Porém, isso também significa que elas tendem a sofrer desgastes mais
rapidamente do que outros componentes, requerendo um pouco mais de
atenção e manutenção.
Felizmente, o trabalho aqui tende a ser rápido e barato, pois é uma peça
fácil de substituir. Basta verificar o estado do equipamento e confirmar se ele é
a causa do problema.

2. Automático de partida

Também chamado de “chave magnética”, o automático de partida é a


peça do motor de arranque que gera o campo magnético que cria os primeiros
giros. Quando ele apresenta algum defeito, é bem provável que o sistema não
dê partida.

Um sintoma bem claro de que o automático está com defeito é quando,


após girar a chave, tudo que você ouve é um estalo. Isso acontece porque o
campo magnético é gerado, mas não é mantido, fazendo a peça bater e parar.

A única solução, infelizmente, é a troca. Não há como recuperar o


componente depois que ele começa a fazer esses estalos.

3. Induzido

O induzido, por sua vez, é a peça que fica próxima ao bendix e à bobina.
O que ela faz é, de forma simples, agir como condutor para a onda elétrica:
assim, ela circula e faz os demais componentes trabalharem corretamente.
Sem essa peça, essa corrente pode apresentar problemas.

As principais causas de defeitos no induzido são o uso constante do


arranque ou quando o bendix fica preso ao volante, mas também pode ocorrer
como consequência natural de desgaste. Os sinais são similares aos de defeito
na escova, então é sempre importante verificar o conteúdo antes para
confirmar.

Infelizmente, se o problema está no induzido, é provável que o aparelho


como um todo já esteja muito danificado. É melhor fazer uma troca completa do
que arriscar a aparição de novos defeitos.

4. Bendix

Também chamado de “pinhão”, ele é o componente do motor de arranque


que transmite o giro do volante até o motor. Comparado às
demais peças envolvidas na partida, é a que mais sofre pressão, então
costuma ficar com defeito mais rapidamente.

Em geral, o sinal mais claro de que o bendix é a parte com problemas é


quando você escuta um ruído bem alto, como uma serra motorizada. Isso
geralmente acontece quando o bendix está fixado demais ao volante ou não se
encaixa mais apropriadamente nas outras peças.

Lubrificação e limpeza podem ajudar a diminuir o desgaste e prolongar o


tempo de vida do sistema. Porém, se já houver um defeito sério, você terá que
substituí-lo também.

5. Ruídos ao ligar ou desligar

O sinal mais claro de que há algo errado em um carro é algum ruído alto
quando você liga o motor ou quando tira a chave da ignição. No caso do motor
de partida, o mais provável é que o defeito seja no rolamento, já que ele não
utiliza nenhum tipo de correia. Mas como este é um sintoma bem abrangente, o
ideal é fazer um diagnóstico mais aprofundado da peça.

Testando o motor de arranque

Antes de condenar o motor de partida, você deverá verificar alguns


pontos importantes como:

a) Teste a tensão da bateria e verifique se os cabos e os terminais estão


limpos, em bom estado e não apresentam mau contato.

b) Se escutar um estalo ao virar a chave e o motor não girar, é sinal de


que a chave magnética recua e empurra o pinhão corretamente, fazendo com
que entre em contato com o volante.

c) Barulhos do metal do pinhão batendo no volante significam que o


primeiro estágio foi cumprido e opróximo estágio é que não está funcionando,
nesse caso, o induzido pode estar com defeito, devido à falta de rotação ou de
contato da chave magnética. Meça as espirais do induzido, conforme a
indicação do fabricante, e faça um teste para ver se estão em curto-circuito
e/ou curto-circuito na carcaça, o mesmo se aplica com as escovas do induzido.

d) Os fios de cobre são isolados por uma camada especial (verniz) e


quando enrolados não podem dar curto-circuito.

e) Desgaste nos dentes do pinhão acontecem quando a chave na ignição


é mantida por muito tempo depois que o motor funciona. Nesse caso, é
necessário trocar o pinhão e às vezes, até o volante, dependendo do estrago.

f) Desgaste natural das escovas, que ficam em contato com o induzido, é


a avaria mais comum. Fique atento quando girar a chave de ignição e não ouvir
barulho no atracamento do pinhão.

g) Relés de comando no painel de fusíveis também devem ser


verificados.

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