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Índice

Planificação curricular para o ensino do violino na iniciação.................................................................3


Materiais para a iniciação.....................................................................................................................11
Avaliação do material “Maia Bang Violin Method – Part I”..................................................................16
Avaliação do material “Stepping Stones”.............................................................................................28
Planificação curricular para o ensino do violino no 5º grau.................................................................38
Materiais para o 5º grau.......................................................................................................................48
Avaliação do material “The School of Violin Technics, Book I”.............................................................52
Avaliação do material “Concerto em Lá menor, no. 1” (Jean-Baptiste Accolay)..................................59
Planificação curricular para o ensino do violino na iniciação

Domínio Objectivos Conteúdos/Materiais


 Conhecer os componentes do  Exposição oral;
instrumento (arco, violino e  Utilização de
subpartes) e as suas funções desenhos e jogos,
básicas; tanto para adquirir a
 Aprender a colocar e tirar, de informação como para
Conhecimento uma forma adequada, o violino consolidá-la;
do instrumento da caixa, bem como prepará-lo  Utilização dos termos
para a execução; para referir uma certa
 Fazer uma manutenção parte do instrumento,
adequada do violino e do arco; de forma a que o
 Conhecer de modo geral a aluno se habitue a
família das cordas. usá-los também.
Postura  Postura-base correta: pernas  Execução de
abertas na direção dos ombros, exercícios de
costas direitas, pescoço ereto, e relaxamento;
violino apoiado levemente pelo  Estabelecimento de
queixo; relações entre
 Privilegiar o relaxamento e a diversos aspetos da
posição natural do corpo. postura e situações do
quotidiano (por
exemplo, a posição
dos pés é semelhante
à segunda posição do
ballet);
 Utilização de jogos
(por exemplo, apontar
os erros na posição do
professor);

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 Uso do espelho na
aula e em casa.
Execução  Reproduzir
Instrumental/ corretamente a  Demonstração do
técnica posição da mão, professor;
sem criar apoios  Uso do espelho na
desnecessários; aula e em casa;
 Exercer pressão  Utilização de jogos
suficiente na corda (por exemplo, apontar
Mão e através dos dedos; os erros na posição do
braço  Dominar a primeira professor);
esquerdo posição;  Sugestão através de
s  Articular processos criativos
independentement (por exemplo,
e os dedos; comparar posição a
 Entender as túnel ou uso dos
diferenças de dedos a borboleta);
posição do braço  Estudo de repertório
em função da corda adequado.
que dedilha.
Mão e  Reproduzir  Demonstração do
braço corretamente a professor;
direitos posição da mão;  Uso do espelho na
 Compreender a aula e em casa;
diferenças de  Utilização de jogos
pressão exercida (por exemplo, apontar
sobre o arco na os erros na posição do
ponta e no talão; professor);
 Manter a vara com  Utilização de material
uma inclinação de apoio ou do meio
mínima e paralela físico envolvente (por
ao cavalete;
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 Dominar a
velocidade de arco
de acordo com as
exemplo, parede);
figuras rítmicas e as
 Sugestão através de
dinâmicas;
processos criativos e
 Dominar as duas
exercícios
formas básicas de
correspondentes (por
articulação: curta e
exemplo, exercício da
longa;
aranha);
 Entender as
 Estudo de repertório
diferenças da altura
adequado.
do braço de acordo
com a corda em
que está a tocar;
 Executar pizzicato.
 Coordenar e desenvolver a
 Estudo de repertório
independência básica entre as
adequado.
duas mãos.
Execução  Ser capaz de manter a pulsação  Interiorização da
Musical ao longo de uma peça; pulsação através do
 Executar as dinâmicas de forte, ato de caminhar, com
piano e mezzo forte, bem como o acompanhamento
crescendos e decrescendos; de um segundo
 Apresentar cuidado com o som; instrumento
 Ser capaz de tocar em duos do (professor ou colega,
mesmo instrumento. no caso de aulas de
grupo), e mais tarde
com o próprio solfejo;
 Sugestão através de
processos criativos
(por exemplo,
associação de estados
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de espírito ou animais
às diferentes
dinâmicas ou aos
diferentes tipos de
som);
 Audição e imitação do
professor;
 Utilização de
acompanhamentos,
sempre que possível,
e execução frequente
de duos com colegas
ou com o professor,
pondo sempre a
tónica na interação
com o
colega/professor.
Domínio  Adquirir noções básicas de  Iniciação do estudo de
Auditivo afinação, estabelecendo novas peças através
relações com o canto; do canto ou da
 Memorizar pequenos trechos e audição de outra
reproduzi-los, fazendo a pessoa;
memorização apenas através da  Comparar
audição; desafinações no
 Executar as mais simples escalas instrumento com o
e tonalidades maiores, Sol M, Lá canto da passagem
M e Ré M, numa oitava; em questão;
 Distinguir auditivamente  Estudo das escalas
diferentes figuras rítmicas; referidas, e respetivos
 Distinguir auditivamente entre arpejos;
compasso binário e ternário.  Utilização de uma
segunda voz para

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comparação (por
exemplo, utilizar
bordões que
acompanhem o aluno
enquanto toca escalas
e arpejos);
 Executar as escalas de
forma desfasada, com
uma ou duas pessoas;
 Utilização de jogos
(por exemplo, o
colega/professor toca
um pequeno trecho, e
o aluno tem de o
reproduzir em
seguida, cantando e
tocando);
 Estabelecimento de
associação entre
compasso e
movimento, através
de exercícios e jogos.
Domínio da  Inventar pequenas melodias,  Utilização de
Criatividade com variabilidade rítmica, exercícios de invenção
melódica, e dinâmica, com ou de pequenos trechos
sem instrução do professor; musicais;
 Improvisar, com orientação do  Fazer jogos de
professor, pequenas sequências improvisação,
nas tonalidades estudadas, com alternando entre
um baixo definido. melodia e baixo, em
reação, ou não, ao

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colega/professor;
 Memorizar pequenos trechos e  Aprendizagem de uma
reproduzi-los, fazendo a nova música através
memorização com recurso a da audição;
partitura ou referências visuais,  Utilização de jogos
ou apenas através da audição. (por exemplo, o
colega/professor toca
um pequeno trecho, e
Domínio o aluno tem de o
Cognitivo reproduzir em
seguida, cantando e
tocando);
 Execução das peças de
cor, ao fim de um
tempo de estudo
adequado e que a isso
permita.
 Ler corretamente em clave de  Exposição oral;
sol;  Mobilização dos
 Conhecer as figuras rítmicas conhecimentos
Domínio mais elementares; referidos através do
Teórico  Conhecer os apontamentos da diálogo com o
partitura – dinâmicas, sinais de professor e na
cima/baixo, etc. execução de peças ou
exercícios.
Autorregulação  Apontar aspetos básicos menos  Exercício de
positivos da sua prestação e autoavaliação em
soluções ou estratégias para todas as aulas (por
resolver os seus problemas; exemplo, com recurso
 Estabelecer hábitos de estudo às questões: o que fiz
autónomo. bem, o que fiz menos
bem, que estratégias

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posso utilizar para
melhorar, etc.);
 Recapitulação, no final
da aula, dos aspetos a
ter em atenção
durante a semana,
podendo utilizar
suporte escrito se já
for capaz disso;
 Sensibilização para o
estudo pela
professora, e
utilização de
elogios/encorajament
o quando o aluno
cumpre mesmo
pequenas quantidades
de estudo;
 Utilização de sistemas
de recompensa (por
exemplo, sistema de
fichas).
Comportament  Ser pontual e assíduo;  Exemplo e indicações
o  Desenvolver uma relação do professor;
positiva com os colegas, assente  Reforço positivo;
no respeito e incentivo mútuos;  Correção de
 Respeitar regras básicas de comportamentos
comunicação (por exemplo, não menos adequados.
falar por cima das outras
pessoas);
 Apresentar cuidado com o

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material, próprio e alheio.

Materiais para a iniciação

Repertório
 “Building Technique with Beautiful Music”, Samuel Applebaum
 “Bravo! Violin”, Carol Barratt
 “Fiddle Time Scales”, Kathy and David Blackwell
 “Fiddle Time Runners”, Kathy and David Blackwell
 “String Time Joggers”, Kathy and David Blackwell
 “O Meu Primeiro Livro de Violino”, Marilyn Correia Brito
 “Tocar a Audiar!”, Madalena Cabral et al
 “Stepping Stones”, Katherine e Hugh Colledge
 “Waggon Wheels”, Katherine e Hugh Colledge

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 “Fast Forward”, Katherine e Hugh Colledge
 “Abracadabra Violin”, Peter Davey
 “Strictly Strings”, Jacquelyn Dillon et al
 “Canções para Pequenos Violinistas”, Amaia Pérez Eizaguirre
 “New Tunes for Strings”, Stanley Fletcher
 “Learn with Tunes”, Carl Grissen
 “Violin Star 1”, Edward Huws Jones
 “Violin Star 2”, Edward Huws Jones
 “36 Elementary and Progressive Studies”, Heinrich Kayser
 Concertino in G Major, Op. 11; Ferdinand Küchler
 “The Public School Class Method for the Violin”; Albert G. Mitchell
 “Piece by Piece”, Sheila M. Nelson
 “Fiddle Magic”, O’Reilly
 Concerto in D Major, op. 36; Oskar Rieding
 Concerto in G, op. 34; Oskar Rieding
 “The ABC’s of the Violin for the Absolute Beginner”, Janice Tucker Rhoda
 “Early Start on the Violin, Book 1”, Kurt Sassmannshaus
 “Early Start on the Violin, Book 2”, Kurt Sassmannshaus
 “Exercises in the First Position”, Otakar Ševčík
 “20 Studies in the First Position”, Hans Sitt
 “Violin Christmas for the Beginner”, Hannah Sheats
 “Violin Hymns for the Beginner”, Hannah Sheats
 “First Etude Album”, Harvey Whistler
 “Elementary Scales and Bowings for Strings”, Harvey Whistler et al
 “40 Elementary Studies”, Franz Wohlfhart

Métodos
 “Easy Violin – Method Book”, Joselito C. Alejandrino
 “String Builder”, Samuel Applebaum
 “Maia Bang Violin Method”, Maia Bang
 “New Directions for Strings – Violin Book I”, Joanne Erwin et al

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 “New Directions for Strings – Violin Book II”, Joanne Erwin et al
 “Solo time for strings: for string class or individual instruction “, Forest R. Etling
 “Viva Vibrato!”, Geral Fischbach et al
 “Basics”, Simon Fischer
 “Spotlight on Strings”, D. Gazda et al
 “A Tune A Day for Violin”, C. Paul Herfurth
 “Modern Violin Method”, L. Hersey
 “Practical Violin Method Book 1”, Christian Hohmann
 “De Bériot Method for the Violin”, George Lehmann
 “The First Year Violin Tutor”, Neil Mackay
 “Müller-Rusch String Method”, J. Frederick Müller et al
 “Simply strings”, Denise Odegaard
 “First Lessons of Violin Playing”, K. Rodionov
 “Violin Method Vol. I”, G. Sandór
 “Violin School for Beginners”, Otakar Ševčík
 “Music reader for violin”, S. Shalman
 “Suzuki Violin School, Book I”, Suzuki (entre outros materiais)
 “Colourstrings Violin ABC”, Géza Szilvay
 “The Journey Through Pre-Twinkle”, Kerstin Wartberg et al
 “Introducing the Positions”, Harvey Whistler
 “Easiest and Elementary Methods for Beginners”, Franz Wohlfhart
 Mimi Zweig, vários materiais

Livros de apoio ao professor:


 “O Arco – Contributos didáticos para o Ensino do Violino”, Ana Catarina Pinto
 “Dinâmica e Repertório Musicais Infantis”
 “Ideokinesis: A Creative Approach to Human Movement and Body Alignment”, André
Bernard et al

Canais de Youtube:
 Corpo e Violino

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 CURSOSEDON
 Dicas para Violinistas
 Escola de Música Josélia Jantsch Ferla
 Escola Musical
 Fiddlerman
 Heather Kaye
 Para Violinistas
 StringClub
 Take Lessons
 Violin Hero
 Violin Lab
 Violin Tutor Pro
 Violino Didático

Perfis de instagram:
 https://www.instagram.com/learnviolinlessons/
 https://www.instagram.com/emily__desiree/
 https://www.instagram.com/broadwayviolinschool/

Grupos de Facebook:
 Aulas de Violino
 Violin Teaching
 Violino Didático

Aplicações:
 Additio – Livro do Professor, Didactic Labs, S. L.
 Afinador de Violino, Pedro Daniel
 Afinador e Metrónomo, soundcorset
 BandBlast – The Music Education Revolution, Music Lifeboat
 Fiddle Companion, Infinaut Technologies Inc
 Google Classroom

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 iDoceo – Livro do Professor, Bert Sanchis
 Jameasy – Practise Violin easy, Jameasy Inc
 MyOngaku – Violin Volume 1, MyOngaku
 Professional Violin, Alyaka
 Remind: School Communication, Remind101
 Seesaw, Seesaw Learning Inc
 Violin Real, Son Truong Ngoc

Websites:
 https://pt.m.wikihow.com/Tocar-Violino-Como-Iniciante
 https://planetamusica.net/como-tocar-violino-melhor/
 https://takelessons.com/blog/violin-youtube-z08
 https://violinsheetmusic.org
 https://www.astastrings.org
 http://estastrings.org
 http://violinmasterclass.com
 https://www.violinonline.com
 https://www.beginnerviolintips.com
 https://www.8notes.com
História e Organologia: livros ilustrados, websites:
 “Zin! Zin! Zin! A violin”, Marjorie Priceman et al (organologia)
 Constituição do Violino
 Cordofones
 História e Constituição do Violino
 História e Constituição do Violino II

Objectos de apoio:

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 Dispositivo para o polegar direito
 Lápis
 Meia rolha de garrafa

Avaliação do material “Maia Bang Violin Method – Part I”


Título: “Maia Bang Violin Method – Part I” (1919)
Tipo de material: Método
Disponibilidade (online/ física): Online e física
URL (se aplicável):
http://ks.imslp.net/files/imglnks/usimg/7/7a/IMSLP118437-
PMLP239662-1.pdf

1. Adequação do material ao plano curricular:

1.1 Para que domínios/objetivos/conteúdos da planificação posso utilizar este material?


Conhecimento do instrumento (componentes e manutenção), postura (pernas e
queixo), execução instrumental/técnica (posição das mãos e braços), e domínio

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teórico (leitura). Posso ainda utilizá-lo como apoio secundário aos domínios auditivo,
cognitivo, e da criatividade.

1.2 O conteúdo do material é adequado a:


nada pouco medianamente muito
a) orientações curriculares
x
(programas)
b) Planificação do professor
x
(domínios, objetivos, conteúdos)
c) Objetivos a curto-prazo (ex:
x
preparar para audições, exames)
d) Objetivos a longo-prazo (ex:
desenvolvimento de x
competências a longo-prazo)

Justifique cada uma das suas respostas:


O método faz uma exposição bem resumida dos tópicos essenciais para a
aprendizagem inicial do violino. Entre as páginas 6 e 21, a autora vai expondo, na seguinte
ordem: os componentes do violino e do arco, e suas funções; considerações acerca da
manutenção do instrumento; a postura adequada à execução; a pauta e o nome das notas; o
compasso e as figuras rítmicas. Todos os textos e considerações feitas pela autora são
acompanhados de ilustrações, que tornam muito mais clara a informação – principalmente
quando falamos de uma criança. Estes textos são adequados ao cumprimento de objectivos
presentes tantos nos programas das escolas, em geral, como no meu. São poucos os
elementos presentes nos programas que não são tratados por Maia Bang – por exemplo, no
meu programa é referido que o aluno deve “entender as diferenças de posição do braço em
função da corda que dedilha” e “compreender a diferenças de pressão exercida sobre o arco
na ponta e no talão”. É também de referir que Maia Bang atribui uma grande importância ao
trabalho do pulso direito, questão que só é tratada no programa do 1º grau do
Conservatório Calouste Gulbenkian (este programa de 1º grau é direcionado para todo o
tipo de alunos, incluindo aqueles que não fizeram iniciação, sendo por isso que o incluo).
Apesar de o pulso ser, sem dúvida, fulcral para um bom uso do arco, penso que deve ser

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trabalhado de forma instintiva e tendo em conta o corpo como um todo, quase sem uma
“consciência” total do aluno em relação ao uso que está a fazer dele.
A seguir, a autora inclui exercícios muito progressivos em cordas soltas, abordando
uma corda de cada vez e com ritmos que vão progressivamente da semínima para a
semibreve, o que permite um trabalho de arco coincidente com o que se pretende para este
nível, tendo em conta todos os programas consultados e o meu.
Chegando ao uso da primeira posição, a autora inclui um pentagrama que faz a
distinção entre tom e meio tom, nomeadamente no uso do segundo dedo, o que não está
contemplado nos programas, que indicam apenas escalas em que há um tom entre o
primeiro e segundo dedo. Os dedos são introduzidos progressivamente, contudo, na minha
opinião, sem exemplos suficientes para um trabalho a longo prazo – isto é, teriam de ser
usados conteúdos extra-método para consolidar, por exemplo, o uso de cada dedo. A partir
daqui vai incluir, para dos os conteúdos, pequenas peças com acompanhamento do
professor, indicações de “atmosfera” (por exemplo, “Lively”, “With Dignity”, ou
“Peacefully”), e títulos sugestivos (por exemplo, “The Ring”).
Depois de estudada a primeira posição, a autora apresenta a escala maior e a escala
menor – a escala menor apenas é considerada no programa do Orfeão de Leiria, para o 1º
grau. Não incluo esse conteúdo no programa e penso que seria mais adequado introduzi-lo
apenas depois de bem consolidada a escala maior e feito trabalho auditivo a este nível (por
exemplo, improvisação).
Introduz, em seguida, os ritmos pontuados, as ligaduras, e o cruzamento de dedos,
sendo que esta última pode ser uma competência manifestamente exagerada para este
nível, dependendo do aluno em questão. Mais tarde, a autora incluirá dinâmicas e a
distinção entre as articulações curta e longa, o que está incluído apenas no meu programa.
Considero que o faz no momento adequado da aprendizagem.
A partir deste momento, a autora vai revisitando conteúdos já expostos
anteriormente, mas com maior e progressiva dificuldade.
Deve ser dito que, ao longo de todo o método, a autora aborda todos os temas com
alguma profundidade, sendo que tal não é absolutamente necessário num nível inicial ou
nos momentos exatos em que ela inclui essas explicações.
No que toca ao domínio da Execução Musical, nomeadamente à questão da
produção de som, a autora refere várias vezes a importância de um som bonito e produzido

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sem esforço, pondo sempre a tónica no relaxamento e num arco leve. O método é também
adequado ao trabalho em duo, uma vez que todas as peças incluídas são escritas a duas
vozes.
Há uma série de conteúdos que não são abordados diretamente, nomeadamente o
trabalho de audição (incluindo a relação com o canto), de memória, e de improvisação.
Contudo, e em relação à audição, a autora trata exaustivamente a escala e os acordes
correspondentes.
De um modo geral, este é um método que cobre absolutamente ou quase os
objectivos da iniciação de todos os programas consultados, permitindo ainda ir além deles.
Em relação ao meu, que é mais exaustivo, na medida em que inclui competências auditivas,
pode dizer-se que não é completamente adequado em relação a essa parte.

2. Coloque um X no espaço que melhor represente a sua resposta.


Factores Avaliação
A. Qualidade do conteúdo 1- 2- 3- 4- 5- N/A
Insuficiente Suficiente Bom Muito Excelente
Bom
 Descrição do autor
sobre o material é x
clara
 Assistência dada aos
professores sobre x
utilização é útil
 Objetivos de ensino-
aprendizagem são x
claros
 O conteúdo é
completo no seu
âmbito, sem deixar de x
parte informação
importante

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 Conteúdo é bem
fundamentado e está
de acordo com x
recentes teorias e
práticas de ensino.
 Conteúdo é atual x

Justifique cada uma das suas respostas:


A autora utiliza sempre uma linguagem correta, consequente, e direta, sendo as suas
indicações claras tanto para alunos como para professores. Contudo, não se pode dizer que
seja uma linguagem adequada à infância, porque é extremamente formal e em alguns
momentos exige o desenvolvimento de pensamento mais complexo. É muito clara em
relação aos objectivos que pretende atingir com os seus exercícios e explicações, não sendo
demasiado abrangente.
É preciso também dizer que o livro é bastante completo em relação ao conteúdo que
apresenta, podendo apenas criticar-se a forma como o apresenta – na minha opinião, não é
progressiva o suficiente; muitas vezes apresentando de uma só vez uma série de conteúdos
já suficientemente difíceis para um aluno de iniciação quando são apresentados
individualmente.
Penso que os conteúdos apresentados não estão ultrapassados e adequam-se
perfeitamente à forma como ainda hoje tocamos e ensinamos violino. Contudo, como já fui
escrevendo ao longo deste documento, não se coaduna com a progressão mais lenta e a
exposição mais lúdica da informação que são praticadas hoje em dia.

B. Significância 1- 2- 3- 4- 5- N/A
Insuficiente Suficiente Bom Muito Excelente
Bom
 Conteúdo é único, raro,
x
difícil de encontrar
 Material oferece x
método inovador de

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ensino-aprendizagem

Justifique as suas respostas:


O conteúdo, apesar de bom e bem organizado, pode ser encontrado noutros
métodos para violino. Penso que o mérito deste método é a forma como apresenta a
informação: de uma forma bastante metódica e completa, sendo que, por essa
característica, poderá servir de guia para o trabalho a seguir- por si só, o método não seria
uma boa opção na hora de encontrar, por exemplo, peças.
O material não oferece um método inovador de ensino-aprendizagem, sendo
bastante convencional.

C. Métodos de ensino: 1- 2- 3- 4- 5- N/A


Material eficaz como Insuficiente Suficiente Bom Muito Excelente
ferramenta de aprendizagem Bom
 Conteúdos introduzidos
de forma progressiva x
(progressão adequada)
 Material apresenta
oportunidades para
aprendizagem x
experiencial (baseada
em tarefas)
 Conteúdo do material é
variado (ex: coletânea
de peças contém x
diferentes estilos
musicais)
 Conteúdos são
abordados em x
profundidade
 Métodos de avaliação x
apropriados para os

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resultados de
aprendizagem
esperados
 O material leva o aluno
a associar o conteúdo
x
com as suas
experiências pessoais
 A interação do material
(ex: feedback) com o x
aluno é eficaz
 A abordagem do
conteúdo é
multissensorial
x
(estimula abordagem
visual, auditiva,
motora)

Justifique as suas respostas


Os conteúdos não são introduzidos de forma progressiva. Não é passado tempo
suficiente a consolidá-los e há, por vezes, saltos demasiado grandes entre conteúdos (por
exemplo, não passa tempo suficiente em cada dedo; ou passa imediatamente das cordas
soltas para o diagrama dos dedos).
O material não inclui oportunidades para aprendizagem experiencial, sendo sempre
expositivo – explica como se faz e, a seguir, oferece exercícios e, apenas depois, pequenas
peças. Não apresenta tarefas que impliquem a descoberta por parte do aluno.
Não há qualquer variedade de estilos musicais.
Como já escrevi anteriormente, o material aborda os conteúdos com muita
profundidade – pode dizer-se que, por vezes, até o faz em demasia (por exemplo, ao
introduzir as escalas maiores e menores, inclui logo a diferença das terceiras numa e
noutra).

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Nas pequenas peças que são incluídas há indicações de “atmosfera” e títulos que são
sugestivos e podem evocar, ao aluno, acontecimentos do seu dia-a-dia. Fora isso, não são
incluídos outros paralelos com o quotidiano.
A interação com o aluno não é particularmente feliz pela linguagem formal que
apresenta, e por vezes densa, com muito texto, o que pode até ser aborrecido.
O conteúdo apresenta algumas imagens, não incluindo outros estímulos.

D. Apresentação: O material é 1- 2- 3- 4- 5- N/A


apresentado eficazmente e é Insuficiente Suficiente Bom Muito Excelente
fácil de utilizar Bom
 Conteúdo é
apresentado com
x
clareza, foco e
organização
 Conteúdo pode ser
utilizado de forma x
flexível
 Comunicação oral ou
escrita é de fácil
x
compreensão e aplica
vocabulário apropriado.
 Informação
apresentada de uma
x
forma familiar para o
estudante
 O material é fácil de
navegar (fácil de x
encontrar conteúdos)
 Material é
autoexplicativo e x
intuitivo de usar

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 Material oferece
funções de “ajuda” x
eficazes
 A estrutura do material
x
é bem organizada
 As ilustrações
apresentam o x
significado pretendido
 A forma como a
notação é apresentada
x
é de fácil leitura para o
aluno

Justifique as suas respostas


Como já escrevi anteriormente, o material é muitíssimo claro, organizado e focado.
A autora não especifica qual deve ser a forma de utilização do método, contudo, este
adequa-se a ser utilizado de forma flexível, em interação com outros materiais.
Apesar de ter uma linguagem perfeitamente acessível a um professor ou aluno mais
velho, o mesmo não se pode dizer em relação a um aluno mais pequeno, como são os que
frequentam a iniciação. Tendo em conta que o método foi publicado em 1919, é quase óbvio
dizer que não está adequado aos padrões de comunicação ou de apresentação que temos
hoje em dia para as crianças. É um material bastante árido, com poucas ilustrações para
além das primeiras páginas, e pouca conexão com as experiências pessoas do aluno. Assim,
não é um material que deva ser utilizado pelo aluno sozinho, sem o apoio de um professor,
uma vez que será difícil servir as especificidades de cada aluno e assegurar que este
perceberá todas as recomendações.
Estando os conteúdos bem organizados e numa ordem lógica, que faz todo o sentido,
é bastante fácil encontrar aquilo que procuramos, e utilizar, até, o livro como material de
consulta.
As ilustrações, infelizmente apenas presentes na parte inicial, têm boa qualidade, são
exaustivas, úteis e claras. Também a notação utilizada está perfeitamente em linha com a
que utilizamos ainda hoje.

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E. Motivação 1- 2- 3- 4- 5- N/A
Insuficiente Suficiente Bom Muito Excelente
Bom
 Conteúdo cativa o
x
interesse dos alunos
 Conteúdo
proporcionará processo
de aprendizagem x
positivo, relaxado,
agradável
 Conteúdo permite
manter níveis de
x
energia elevados na
sala de aula

Justifique as suas respostas


Tendo em conta o tipo de linguagem que apresenta, a forma como expõe os
conteúdos e a inexistência de interação direta entre o aluno e o livro, não me parece que o
conteúdo, por si só, seja passível de cativar o interesse dos alunos.
Em seguimento da conclusão, já exposta anteriormente, que o material, por si só,
não é suficiente, é também claro que este precisa de ser adaptado pelo professor, de forma
a que a aprendizagem seja “positivo, relaxado, agradável” e que sejam mantidos níveis de
energia elevados na sala de aula. Em suma: o material oferece uma boa base e conteúdos
bem abordados, mas a sua apresentação desadequada à faixa etária que vai até aos 10 anos
implica que o professor faça um trabalho de adaptação, de modo a que o processo de
aprendizagem esteja em linha com os padrões que hoje temos.

3. Adequação do conteúdo às necessidades do aluno


Descreva o perfil do aluno para o qual este material será avaliado:

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A “Maria” tem 8 anos, frequentando o 2º ano do ensino regular. Começou a tocar violino
há seis meses. É uma criança inteligente e vivaz, sendo boa aluna na escola. Para além do
violino, também frequenta aulas de dança. Os pais são jovens e bastante empenhados no
desenvolvimento da filha. Tem uma irmã mais nova.

Esta é já a segunda professora de violino da Maria. No início, esta aluna não parecia
particularmente interessada ou entusiasmada nas aulas. Contudo, com o passar do tempo e
a construção de uma relação de confiança com a professora, assente no reforço positivo; a
criação de jogos interativos, quer a nível individual, quer em conjunto com a colega de aula;
e a execução sempre feita em conjunto com a colega (acompanhamentos harmónicos
simples); a Maria foi-se tornando mais entusiasmada, ativa e participativa nas aulas,
tomando muitas vezes a iniciativa.

Pode dizer-se que os pontos fortes da Maria são o seu raciocínio rápido, os altos níveis
de energia, a capacidade lógica e a facilidade de leitura. Os pontos fracos são a audiação, a
afinação (apesar de melhorias, ainda tem alguma dificuldade no canto), algumas falhas de
concentração (de resto, normais na idade), a dificuldade em tocar em conjunto, e o estudo
nem sempre regular.

3.1 O conteúdo do material é adequado a


nada pouco medianamente muito
a) Idade do aluno x
b) Género do aluno x
c) Estilo de aprendizagem x
d) Pontos-fortes do aluno x
e) Pontos-fracos do aluno x

Apesar de ter uma leitura fluente e uma boa interpretação de texto, este material não
seria adequado a uma aluna como a Maria, pela sua idade – como já foi exposto
anteriormente, a linguagem e apresentação utilizadas são pouco adequadas à infância, com
a exceção de alguns poucos elementos.
Em relação ao género, não me parece que o material faça distinção entre os dois ou
ponha entrave à identificação do aluno com o mesmo em relação a essa característica.

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Como foi explicado no perfil do aluno, este é uma discente que aprende mais e melhor
quando envolvida em jogos e situações de “descoberta”, pelo que um material tão
expositivo não seria, por si só, adequado; teria de haver uma adaptação por parte da
professora.
Sendo os domínios lógico e teórico os pontos fortes da aluna, este seria um material que
iria contribuir para cimentar essas características. Contudo, a aluna precisa de trabalhar o
ouvido e a execução em duo, algo que não é explorado o suficiente pelo livro (na medida em
que os exemplos fazem saltos de desempenho grandes) e, quando é, é feito sempre pelo
professor (descartando a interação com a colega de aula, que considero essencial). Assim,
mais uma vez, teria de haver uma adaptação por parte da professora e, no caso do trabalho
auditivo (identificação, canto, improvisação, etc.), teriam de ser utilizados ou inventados
outros materiais.

4. Outros
4.1 O material é de fácil acesso? Sim.
4.2 Relação qualidade-preço (se aplicável). É justa, tendo em conta os preços que vi em
alguns sites.

Outros comentários:

Este é um método bastante completo, que cobre todas as áreas da iniciação ao


violino. Contudo, não é completamente adequado aos padrões de ensino atuais, não sendo
suficientemente lúdico, adequado à infância, e promotor do espírito crítico, nem cobrindo as
áreas do desenvolvimento auditivo e da criatividade, essenciais para as correntes educativas
atuais.

25
Avaliação do material “Stepping Stones”

Título: “Stepping Stones”


Tipo de material: Repertório
Disponibilidade (online/ física): Online e física
URL (se aplicável):
https://partiturasviolincupeta.files.wordpress.com/2015/08/stepping-
stones-by-sheila-nelson-very-easy-violin-and-piano1.pdf

1. Adequação do material ao plano curricular:

1.1 Para que domínios/objetivos/conteúdos da planificação posso utilizar este material?

26
Execução instrumental/técnica (mão e braço esquerdos, mão e braço direitos),
execução musical, domínio cognitivo, domínio teórico, autorregulação. Posso ainda
utilizá-lo como apoio secundário aos domínios auditivo, cognitivo, e da criatividade.

1.2. O conteúdo do material é adequado a:

nada pouco medianamente muito


a) orientações curriculares
x
(programas)
b) Planificação do professor
x
(domínios, objetivos, conteúdos)
c) Objetivos a curto-prazo (ex:
x
preparar para audições, exames)
d) Objetivos a longo-prazo (ex:
desenvolvimento de x
competências a longo-prazo)

Justifique cada uma das suas respostas:


Em relação ao Plano Curricular de Violino da Academia de Música Valentim Moreira
de Sá, pode dizer-se que o material é adequado a apenas certos pontos do programa,
nomeadamente: desenvolvimento do som, trabalho de arco (ângulo, divisão), coordenação
das duas mãos, memorização, e desenvolvimento da capacidade performativa.
No caso do meu programa, penso que é bastante útil para a consolidação da posição
de ambas as mãos e braços, para desenvolver o domínio da primeira posição, trabalhar o
arco (adquirir requisitos técnicos mas também saber usá-lo), interiorizar a pulsação e mantê-
la ao longo da peça, desenvolver o som, trabalhar a memorização, e desenvolver a leitura.
O facto de ser um compêndio, construído à base de pequenas peças, de dificuldade
progressiva, faz com que seja adequado à preparação de audições e momentos de avaliação.
Também a grande quantidade de objectivos e conteúdos de base que trabalha faz com que
seja adequado ao desenvolvimento de competências a longo prazo.

2. Coloque um X no espaço que melhor represente a sua resposta.

27
Factores Avaliação
A. Qualidade do conteúdo 4-
1- 2- 3- 5-
Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Descrição do autor
x
sobre o material é clara
 Assistência dada aos
professores sobre x
utilização é útil
 Objetivos de ensino-
aprendizagem são x
claros
 O conteúdo é completo
no seu âmbito, sem
x
deixar de parte
informação importante
 Conteúdo é bem
fundamentado e está
de acordo com recentes x
teorias e práticas de
ensino.
 Conteúdo é atual x

Justifique cada uma das suas respostas:


Apesar de não incluir qualquer texto ou imagem, penso que as peças em si (incluindo
a forma como estão escritas e organizadas) são autoexplicativas, sendo bastante claros os
objectivos – consolidar uma série de conteúdos, do domínio do instrumento à leitura.
Tendo em conta que tem objectivos tão específicos (não se propondo, por exemplo, a
explicar conhecimento teórico, ou ilustrar as partes do violino nem educar para questões de
manutenção do instrumento, ou desenvolver diretamente questões auditivas), e sendo estes
desenvolvidos num nível tão básico, penso que se pode dizer que o conteúdo é completo

28
neste âmbito. Contudo, se estivermos a pensar em objectivos de médio-longo prazo, este
não será um material completo.
O conteúdo por si só não está de acordo com as recentes teorias e práticas de ensino,
dependendo da forma como é usado por professor. De qualquer forma, a informação
continua a ser atual.
Os autores, Katherine e Hugh Colledge, são conhecidos pela sua coleção de livros de
peças acessíveis e progressivas.

4-
1- 2- 3- 5-
B. Significância Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo é único, raro,
x
difícil de encontrar
 Material oferece
método inovador de x
ensino-aprendizagem
Justifique as suas respostas:
O conteúdo não é raro nem difícil de encontrar. O seu valor reside na progressividade
ideal que vai exibindo de peça para peça.
O material não oferece um método inovador, sendo bastante convencional.

C. Métodos de ensino: 4-
1- 2- 3- 5-
Material eficaz como Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
ferramenta de aprendizagem Bom
 Conteúdos introduzidos
de forma progressiva x
(progressão adequada)
 Material apresenta x
oportunidades para
aprendizagem
experiencial (baseada

29
em tarefas)
 Conteúdo do material é
variado (ex: coletânea
de peças contém x
diferentes estilos
musicais)
 Conteúdos são
abordados em x
profundidade
 Métodos de avaliação
apropriados para os
resultados de x
aprendizagem
esperados
 O material leva o aluno
a associar o conteúdo
x
com as suas
experiências pessoais
 A interação do material
(ex: feedback) com o x
aluno é eficaz
 A abordagem do
conteúdo é
multissensorial
x
(estimula abordagem
visual, auditiva,
motora)

Justifique as suas respostas


A progressão dos conteúdos é ideal, introduzindo apenas uma coisa de cada vez.
Apesar de só incluir cordas soltas e o primeiro dedo; semibreves, semínimas e mínimas; as

30
peças apresentam bastante variedade e permitem uma verdadeira consolidação destes
conteúdos mais básicos.
O material não apresenta qualquer variedade de estilos musicais.
O material não apresenta os conteúdos nem explicações teóricas, pelo que é preciso
o apoio do professor para primeiro introduzir qualquer conceito. Aquilo que o material faz é
fornecer muitas oportunidades para a consolidação e, nesse aspeto, fá-lo com suficiente
profundidade.
A apresentação das peças é bastante adequada a um público infantil, incluindo
sempre títulos e imagens sugestivas, estas últimas desenhadas para serem coloridas pelos
alunos, o que ajuda bastante à identificação deste com o material.
O conteúdo faz uma abordagem visual, mas também auditiva, devido ao CD que o
acompanha e que permite play-along, e que permite uma introdução harmónica, do ponto
de vista auditivo, que é muito útil.

D. Apresentação: O material é 4-
1- 2- 3- 5-
apresentado eficazmente e é Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
fácil de utilizar Bom
 Conteúdo é
apresentado com
x
clareza, foco e
organização
 Conteúdo pode ser
utilizado de forma x
flexível
 Comunicação oral ou
escrita é de fácil
x
compreensão e aplica
vocabulário apropriado.
 Informação x
apresentada de uma
forma familiar para o

31
estudante
 O material é fácil de
navegar (fácil de x
encontrar conteúdos)
 Material é
autoexplicativo e x
intuitivo de usar
 Material oferece
funções de “ajuda” x
eficazes
 A estrutura do material
x
é bem organizada
 As ilustrações
apresentam o x
significado pretendido
 A forma como a
notação é apresentada
x
é de fácil leitura para o
aluno

Justifique as suas respostas


O conteúdo pode ser utilizado de forma flexível, sendo adaptável a diferentes ritmos
de aprendizagem – se for mais rápido, podemos excluir determinadas peças; se for lento, o
material permite uma progressão igualmente lenta e sustentada.
O material não apresenta qualquer índice ou indicações aquando da introdução de
novos conteúdos.
Apesar de ser necessário fazer uma introdução teórica e prática antes da utilização do
material, este é bastante autoexplicativo para um trabalho de consolidação.
O material é muito bem organizado, decorrente do seu alto índice de progressividade
e de incluir um novo conteúdo de cada vez, passando depois muito tempo antes de incluir o
próximo.
A notação é perfeitamente percetível, tendo um tamanho adequado.

32
4-
1- 2- 3- 5-
E- Motivação Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo cativa o
x
interesse dos alunos
 Conteúdo
proporcionará processo
de aprendizagem x
positivo, relaxado,
agradável
 Conteúdo permite
manter níveis de
x
energia elevados na
sala de aula

Justifique as suas respostas


Penso que a sonoridade das peças, a sua apresentação e o play-along são por si
interessantes para os alunos, pelo menos num primeiro contacto. O professor é responsável
por manter ou aumentar o interesse do aluno de acordo com a forma como o aborda e/ou
desenvolve.

3. Adequação do conteúdo às necessidades do aluno


A “Maria” tem 8 anos, frequentando o 2º ano do ensino regular. Começou a tocar
violino há seis meses. É uma criança inteligente e vivaz, sendo boa aluna na escola. Para
além do violino, também frequenta aulas de dança. Os pais são jovens e bastante
empenhados no desenvolvimento da filha. Tem uma irmã mais nova.

Esta é já a segunda professora de violino da Maria. No início, esta aluna não parecia
particularmente interessada ou entusiasmada nas aulas. Contudo, com o passar do tempo e
a construção de uma relação de confiança com a professora, assente no reforço positivo; a
criação de jogos interativos, quer a nível individual, quer em conjunto com a colega de aula;

33
e a execução sempre feita em conjunto com a colega (acompanhamentos harmónicos
simples); a Maria foi-se tornando mais entusiasmada, ativa e participativa nas aulas,
tomando muitas vezes a iniciativa.

Pode dizer-se que os pontos fortes da Maria são o seu raciocínio rápido, os altos
níveis de energia, a capacidade lógica e a facilidade de leitura. Os pontos fracos são a
audiação, a afinação (apesar de melhorias, ainda tem alguma dificuldade no canto), algumas
falhas de concentração (de resto, normais na idade), a dificuldade em tocar em conjunto, e o
estudo nem sempre regular.

3.1 O conteúdo do material é adequado a


nada pouco medianamente muito
a) Idade do aluno x
b) Género do aluno x
c) Estilo de aprendizagem x
d) Pontos-fortes do aluno x
e) Pontos-fracos do aluno x

A apresentação do material (ilustrações, títulos), bem como o conteúdo musical deste, e


a inclusão do play-along, fazem deste livro uma ferramenta extremamente adequada para o
ensino inicial de crianças com o perfil e a idade da Maria.
A questão do género é irrelevante, uma vez que o livro é adaptado a qualquer
identificação de género.
Como é explicitado acima, esta é uma aluna que aprende mais e melhor quando
envolvida em jogos e situações de “descoberta”. Apesar de o livro não incluir actividades ou
texto que guiem o processo de aprendizagem/estudo, poderia ser, em alguns momentos,
interessante deixar que a aluna o abordasse sozinha e “resolvesse” sozinha os problemas
que lhe surgissem, até porque tem grande facilidade de leitura. Por outro lado, esta poderia
ser uma escolha arriscada, e que poderia desmotivar a aluna, e também pobre se for feita
sistematicamente (o trabalho auditivo não é interessante o suficiente). Assim, seria útil, na
maior parte das vezes, que houvesse uma adaptação por parte da professora. Portanto, o
livro é bastante adequado aos pontos-fortes do aluno, mas não tem contribuições para

34
resolver os seus pontos fracos, apesar de poder ser usado como base para uma série de
actividades que envolvam execução em duo, canto, memorização, improvisação, etc. O play-
along pode ser bastante útil para a consolidação de aspetos auditivos em casa, e também
para maximizar a motivação da aluna, incitando-a a estudar em casa.

4. Outros
3.1 O material é de fácil acesso? Sim.
3.2 Relação qualidade-preço (se aplicável): Boa.

Outros comentários:
Na minha opinião, este livro é bom para fornecer repertório, tendo uma
apresentação e play-along adaptados à infância, que são interessantes e motivam o aluno.
Contudo, para um trabalho mais profundo, e introdução de conceitos técnicos e teóricos, é
necessário que seja adaptado pelo professor. Para além disso, é apenas adequado para uma
fase muito inicial, do trabalho com cordas e o primeiro dedo. Assim, tem um âmbito muito
delimitado, e é útil como compêndio para conceitos muito específicos e básicos.

35
Planificação curricular para o ensino do violino no 5º grau

Domínio Objectivos Conteúdos/Materiais

 Manter o instrumento limpo;


 Apresentar cuidado com as
 Exposição oral;
Manutenção do condições de acomodação do
 Exemplo da
instrumento instrumento (por exemplo, não o
professora.
sujeitar a temperaturas
desadequadas).

Postura  Privilegiar o relaxamento e a  Exposição,


posição natural do corpo, demonstração, e
desenvolvendo a consciência correção por parte
corporal; da professora (por
 Adaptar o corpo às necessidades exemplo, deixar
da execução, sem descurar a que o aluno toque
consciência corporal; nos músculos, de
 Desenvolvimento da autonomia na forma a entender a
identificação de tensões. sensação a atingir);
 Execução de

36
exercícios de
relaxamento;
 Execução de
exercícios de
aquecimento e
alongamentos;
 Sensibilização dos
alunos para a
importância da
consciência
corporal e da
preparação física;
 Uso do espelho na
aula e em casa.

Execução Mão e  Consolidar a  Exposição,


Instrumental/técnica braço posição da mão demonstração, e
esquerdos (e fazer correção parte da
pequenas professora, com
correções, se foco na consciência
necessário), de corporal;
forma a manter  Trabalho de
uma afinação escalas, exercícios
estável; técnicos, e estudos;
 Conhecer e  Exercícios
dominar todas específicos para o
as posições, até desenvolvimento
à 5ª posição; do vibrato.
 Consolidar as
mudanças de
posição, até à

37
5ª posição;
 Aperfeiçoar a
técnica de
vibrato;
 Introduzir as
cordas
dobradas
(execução
harmónica);

Mão e  Domínio da  Exposição,


braço flexibilidade dos demonstração, e
direitos dedos e do correção parte da
pulso, tendo em professora, com
conta o uso do foco na consciência
arco; corporal e nas
 Manter o sensações a atingir;
ângulo correto  Uso do espelho na
de contacto aula e em casa;
com a corda;  Estudo de
 Desenvolver o repertório
uso do peso do adequado (por
corpo sobre a exemplo, estudos
corda; do Kreutzer, peças
 Dominar o dos períodos
detaché e o clássico e barroco,
staccato; etc.);
 Desenvolver o
martelé e o
spiccato

38
 Dominar a
gestão do arco,
com base nas
necessidades
musicais e
técnicas.

Execução  Estabilidade de pulsação e  Mobilização de


Musical andamento; capacidades
 Rigor rítmico e de articulação; desenvolvidas em
 Realização de dinâmicas; anos anteriores
 Desenvolvimento da capacidade (manutenção de
de fraseado; pulsação; rigor
 Som cuidado. rítmico; dinâmicas);
 Sugestão através
de processos
criativos (metáfora,
imagética);
 Audição e imitação
do professor;
 Utilização de
escalas ou
exercícios para
desenvolver
competências de
fraseado, execução
de dinâmicas, e a
qualidade de som;
 Utilização de
acompanhamentos,
sempre que

39
possível, e
execução frequente
de duos com
colegas ou com o
professor, pondo
sempre a tónica na
interação com o
colega/professor.

Domínio  Afinação (autocorreção);  Utilização do canto,


Auditivo  Começar a afinar o instrumento sempre que seja
sozinho; possível;
 Introduzir as cordas dobradas  Estudo das escalas
(execução harmónica – terceiras e referidas, e
sextas); respetivos arpejos;
 Domínio de todas as escalas,  Utilização de uma
relativas menores, e respetivos segunda voz para
arpejos. comparação (por
 Identificação de padrões musicais exemplo, utilizar
nas peças estudadas bordões que
(nomeadamente escalas ou acompanhem o
arpejos). aluno enquanto
toca escalas e
arpejos);
 Execução as escalas
de forma
desfasada, com
uma ou duas
pessoas;
 Execução de
exercícios

40
específicos para as
cordas dobradas
(por exemplo,
manter a posição
completa, mas só
tocar uma das
vozes; ter alguém
que toque uma das
vozes; concentrar-
se numa voz de
cada vez, etc.);
 Sensibilização do
aluno para os
batimentos entre
as cordas dobradas,
de forma a
conseguir afinar de
forma harmónica.

Domínio da  Desenvolver a capacidade de  Utilização de


Criatividade improvisação, e a criatividade na exercícios de
mesma; invenção de
 Criar trechos musicais; trechos musicais;
 Desenvolvimento de dedilhações  Fazer jogos de
próprias, sem ajuda da professora. improvisação,
alternando entre
melodia e baixo,
em reação, ou não,
ao
colega/professor;

41
 Mobilização de
conhecimentos
adquiridos para a
elaboração de
dedilhações no
contexto do estudo
individual (por
exemplo, o estudo
de escalas ou de
peças).

Domínio  Memorizar pequenos trechos e  Utilização de jogos


Cognitivo reproduzi-los, apenas através da (por exemplo, o
audição; colega/professor
 Tocar de cor; toca um pequeno
 Ler à primeira vista; trecho, e o aluno
 Desenvolver a autonomia de tem de o
ideias. reproduzir em
seguida, cantando
e tocando);
 Execução das peças
de cor, ao fim de
um tempo de
estudo adequado e
que a isso permita;
 Realização de
momentos de
leitura à primeira
vista, tendo em
vista estratégias
pré-definidas em

42
diálogo com o
professor (por
exemplo, ter
imediatamente
atenção à armação
de clave,
reconhecimento de
padrões, etc.);
 Requerimento e
incentivo, por parte
do professor, a que
o aluno apresente
ideias ou dê a sua
opinião em relação
a aspetos/trechos
da obra que está a
estudar.

Domínio Teórico  Ler corretamente em clave de sol,  Exposição oral;


com linhas suplementares;  Mobilização dos
 Análise de padrões musicais nas conhecimentos
peças estudadas (nomeadamente referidos através
escalas ou arpejos); do diálogo com o
 Fazer pequenas investigações em professor e na
relação à contextualização execução de peças
histórica da obra e às gravações ou exercícios;
existentes, de forma a contribuir  Mobilização de
para a formação de uma opinião e conhecimentos
do espírito crítico. adquiridos no
estudo de escalas,
arpejos e cordas

43
dobradas;
 Diálogo com o
professor acerca
dos aspetos
musicais e a
contextualização da
obra (por exemplo,
falar das diferenças
entre gravações).

Autorregulação  Apontar aspetos básicos menos  Exercício de


positivos da sua prestação e autoavaliação em
soluções ou estratégias para todas as aulas (por
resolver os seus problemas; exemplo, com
 Manter a autonomia no estudo; recurso às
 Preparação inicial do repertório de questões: o que fiz
forma autónoma (nomeadamente bem, o que fiz
aspetos básicos: afinação e menos bem, que
respeito de indicações da estratégias posso
partitura); utilizar para
melhorar, etc.);
 Recapitulação, no
final da aula, dos
aspetos a ter em
atenção durante a
semana, utilizando
suporte escrito;
 Sensibilização para
o estudo pela
professora;

44
 Desenvolvimento
de um diário de
estudo.

 Apresentações públicas  Preparação das


frequentes (pelo menos uma por apresentações na
período, idealmente duas). aula, através de
exercícios ou do
diálogo, com foco
Domínio nos aspetos
performativo psicológicos e
emocionais da
performance;
 Criação de
oportunidades de
performance.

 Ser pontual e assíduo;


 Exemplo do
 Desenvolver uma relação positiva
professor;
com os colegas, assente no
 Diálogo com o
respeito e incentivo mútuos;
professor;
Comportamento  Respeitar regras básicas de
 Reforço positivo;
comunicação e demonstrar
 Correção de
maturidade nas relações
comportamentos
interpessoais;
menos adequados.
 Desenvolver a autoconfiança.

45
Materiais para o 5º grau

Escalas e exercícios
 “Scale system” (C. Flesch)
 “Esercizi per Violino, applicati alle scale maggiori e minori” (E. Polo)
 “The School of Violin Technics” (H. Schradieck)

Estudos
 “Estudos”, op. 37 (J. Dont)
 “36 Études ou Caprices pour Violon”, op. 3: nº 5, 6, 9, 11 ao 23 (F. Fiorillo)
 “36 Violin Studies”, op. 20 (H. E. Kayser)
 “42 Études ou Caprices”: nº 1, 2, 3, 4, 7, 9, 11, 16, 17, 19, 20, 24 (R. Kreutzer)
 “Petite Gymnastique du Jeune Violiniste”, op. 40: nº 18, 23, 24, 25, 28, 32, 34, 44, 45,
46, 48 (H. Léonard)
 “Études brillantes”, op. 36: nº 1, 11, 14, 21, 24, 29, 32, 35, 36, 39, 43, 47, 52, 55 (J. F.
Mazas)
 “20 Études”, op. 32, volume II (H. Sitt)
 “Peters-Violinschulwerk, Etüden II” (coletânea da editora Peters, inclui vários
autores)

Sonatas e Partitas (J. S. Bach)


 Doubles da Partita nº 1 em Si menor, BWV 1002
 Allemande e Giga da Partita nº 2 em Ré menor, BWV 1004
 Bourrée e Giga da Partita nº 3 em Mi Maior, BWV 1006

Sonatas
 12 Sonatas para violino, op.5 (A. Corelli)
 Sonata em Lá Maior, BWV 1015 (J. S. Bach)
 Sonata em Sol Maior, BWV 1019 (J. S. Bach)
 Sonatina, op. 100 (A. Dvořák)
 6 Sonatas, op. 1 (G. F. Händel)

46
 Sonata em Mi b Maior, K. 302 (W. A. Mozart)
 Sonata em Mi menor, K. 304 (W. A. Mozart)
 Sonata em Lá Maior, K. 305 (W. A. Mozart)
 Sonata em Fá Maior, K. 377 (W. A. Mozart)
 Trio Sonata em Sol menor, Z.780 (H. Purcell, arr. Bridge)
 Sonatina em Ré Maior, op. 137, nº 1 (F. Schubert)
 “6 Sonates à violon seul accompagné par le clavessin” (G. P. Telemann)
 “12 Sonate accademiche”, Op. 2, N.º 3 (F. M. Veracini)
 Sonata em Ré Maior, op. 2, nº 11, RV. 9 (A. Vivaldi)

Peças
 “Gavottes” (T. Arne)
 “Variationen über Volksweisen”, op. 105 e op. 107 (L. V. Beethoven)
 “Romanze” em Lá Maior (B. Campagnoli)
 “La Folia” em Ré menor (A. Corelli)
 “Lyric Pieces”, op. 38, nº 1, 5, 6 (E. Grieg)
 “Lyric Pieces”, op. 43, nº 2, 5, 6 (E. Grieg)
 “Nocturno” em Mi menor (J. Field)
 “Nocturno” em Sib Maior (J. Field)
 “Allegro” em Sol Maior (J. H. Fiocco)
 “Solos”, op. 41, nº 1 e 3 (H. Léonard)
 “6 Morceaux”, op. 85, nº 3: “Cavatina” (J. Raff)
 “Polonaise” em Ré Maior, op. 86 (A. Seybold)
 “Sérénade Mélancolique”, op. 26 (P. I. Tchaikovsky)
 “Largo” em Fá# menor (F. M. Veracini)
 “Violin School”, volume IV (S. Suzuki)
 “Violin School”, volume V (S. Suzuki)

Concertos
 Concerto em Lá menor, no. 1 (Jean-Baptiste Accolay)
 Concerto em Lá menor, BWV 1041 (J. S. Bach)

47
 Concerto em Sol Maior, Hob.VIIa:4 (J. Haydn)
 Concerto em Mi menor (P. Nardini, arr. Hauser e Sitt)
 Concertino, op. 24 (O. Rieding)
 Concertino, op. 25 (O. Rieding)
 Concerto nº 1 em Ré Maior, op. 7 (F. Seitz)
 Concerto, op. 7 nº 5 (F. Seitz)
 Concerto em Sol menor, op. 12, nº1, RV. 317 (A. Vivaldi)
 Concerto em Lá menor, op. 3, nº 6, RV. 365 (A. Vivaldi)
 Concertino em Lá menor, op. 70 (H. Sitt)
 Concertino nº3, op. 110 (Hans Sitt)

Duos
 “3 Duos”, op. 15 (C. Dancla)
 “3 Violin Sonatas”, op. 138 (C. Dancla)
 “6 Duos concertans”, op.71 (J. F. Mazas)

Grupos de Facebook:
 Aulas de Violino
 Violin Teaching
 Violino Didático

Aplicações:
 Additio – Livro do Professor, Didactic Labs, S. L.
 Afinador de Violino, Pedro Daniel
 Afinador e Metrónomo, soundcorset
 Fiddle Companion, Infinaut Technologies Inc
 Google Classroom
 iDoceo – Livro do Professor, Bert Sanchis
 Professional Violin, Alyaka
 Remind: School Communication, Remind101
 Seesaw, Seesaw Learning Inc

48
 Violin Real, Son Truong Ngoc

Websites:
 https://www.astastrings.org
 https://bulletproofmusician.com/
 http://estastrings.org
 https://iclassical-academy.com/
 https://www.musiciansway.com/practice/
 http://violinmasterclass.com
 https://www.violinonline.com

Canais de Youtube:
 Masterclasses de Benjamin Zander
 The Violin Channel

Vídeos:
 Masterclasses e interpretações das peças em estudo (principalmente no Youtube,
mas também noutros motores de busca – Dailymotion, Vimeo, etc.)

Livros de apoio ao professor:


 “Ideokinesis: A Creative Approach to Human Movement and Body Alignment”, André
Bernard et al
 “The musician's way: a guide to practice, performance, and wellness”, Gerald
Klickstein
 “The Cambridge companion to the violin”, Robin Stowell

49
Avaliação do material “The School of Violin Technics, Book I”

Título: “The School of Violin Technics, Book I” (Henry Schradieck)


Tipo de material: Repertório
Disponibilidade (online/
Online e física
física):
http://ks.imslp.net/files/imglnks/usimg/3/37/IMSLP26801-
URL (se aplicável) PMLP59431-
Henry_Schradieck_School_of_Violin_Technics_Bk.1.pdf

1. Adequação do material ao plano curricular:

1.1. Para que domínios/objetivos/conteúdos da planificação posso utilizar este


material?
Poderei utilizar este material nos seguintes domínios, e respetivos objectivos:
 Mão e braço esquerdos – consolidação da posição da mão; domínio de todas
as posições, até à 5ª posição; consolidação das mudanças de posição, até à 5ª
posição.
 Mão e braço direitos – domínio da flexibilidade dos dedos e do pulso; manter
o ângulo correto de contacto com a corda; desenvolver o uso do peso do
corpo sobre a corda; dominar a gestão de arco.
 Execução musical – estabilidade de pulsação; rigor rítmico; som cuidado.
 Domínio auditivo – afinação; identificação de padrões musicais.

1.2. O conteúdo do material é adequado a:


nada pouco medianamente muito
a) orientações curriculares
x
(programas)
b) Planificação do professor
x
(domínios, objetivos, conteúdos)
c) Objetivos a curto-prazo (ex: x

50
preparar para audições, exames)
d) Objetivos a longo-prazo (ex:
desenvolvimento de x
competências a longo-prazo)

Justifique cada uma das suas respostas:


No que toca aos programas de outras escolas que foram por nós usados como
modelo, estes exercícios seriam adequados à questão da consolidação da posição e
mudanças de posição até à quinta posição.
No caso da minha planificação, estes exercícios podem ser usados para o
desenvolvimento de outras competências, para além das já referidas acima: consolidação da
posição da mão, questões relacionadas com o arco, e a identificação de padrões musicais.
Estes exercícios não são adequados à apresentação em audição, mas sim ao estudo
individual, para o desenvolvimento de competências a longo-prazo, nomeadamente a
consolidação da posição e uso de ambas as mãos e ambos os braços, afinação harmónica, e
identificação de padrões musicais.

2. Coloque um X no espaço que melhor represente a sua resposta.


Factores Avaliação
4-
1- 2- 3- 5-
A. Qualidade do conteúdo Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Objetivos de ensino-
aprendizagem são x
claros
 Conteúdo é atual x

Justifique cada uma das suas respostas:


O conteúdo mantém-se atual nos dias de hoje, uma vez que os problemas técnicos
comuns a todos os violinistas e as bases fundacionais de uma boa técnica violinística se
mantêm inalterados.

51
As indicações dadas pelo autor são mínimas, pelo que não as avalio – limita-se a fazer
recomendações em relação à necessidade de adaptar o tempo ao aluno, à importância da
elasticidade dos dedos, e ao objectivo ou âmbito da secção de exercícios. Contudo,
considero que os exercícios são bastante autoexplicativos.

4-
1- 2- 3- 5-
B. Significância Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo é único, raro,
x
difícil de encontrar

Justifique as suas respostas:


Penso que este tipo de livros são raros de encontrar, nomeadamente no que toca ao
tipo de exercícios, progressivos, organizados, coerentes, úteis e relevantes; e à qualidade
com que trabalham as competências essenciais.

C. Métodos de ensino: 4-
1- 2- 3- 5-
Material eficaz como Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
ferramenta de aprendizagem Bom
 Conteúdos introduzidos
de forma progressiva x
(progressão adequada)

Justifique as suas respostas


Os exercícios vão sendo apresentados com uma progressividade absolutamente
adequada em termos de posição, tonalidade, número de cordas, dificuldade rítmica,
padrões, e dificuldade de trabalho de arco. Por exemplo, os exercícios começam na
tonalidade de Lá Maior, na corda lá, pelo que o nível de dificuldade é bastante baixo, o que
dá espaço para trabalhar aspetos mais complexos como a posição da mão, a afinação, a
destreza, etc. Da mesma forma, nos exercícios finais, em que são introduzidas as cordas
dobradas, estamos na tonalidade de Sol Maior, também acessível aos violinistas.

52
Também ao nível do ritmo, por exemplo, começamos por ver apenas semicolcheias
em compasso simples, e só mais tarde são introduzidas tercinas e fusas.
Os exercícios começam também por se concentrar apenas numa corda de cada vez,
depois duas, e assim sucessivamente.

D. Apresentação: O material é 4-
1- 2- 3- 5-
apresentado eficazmente e é Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
fácil de utilizar Bom
 Conteúdo é
apresentado com
x
clareza, foco e
organização
 Conteúdo pode ser
utilizado de forma x
flexível
 O material é fácil de
navegar (fácil de x
encontrar conteúdos)
 Material é
autoexplicativo e x
intuitivo de usar
 A estrutura do material
x
é bem organizada

Justifique as suas respostas


O conteúdo é apresentado de forma bastante simples, clara, autoexplicativa, e
organizada, com indicações, em cada parte, da posição ou número de cordas em que os
exercícios devem ser tocados, e também dedilhações, ligaduras, e repetições. É óbvio que,
para fazer um trabalho mais profundo e adequado às necessidades específicas do aluno,
será preciso um acompanhamento e uma adaptação por parte do professor.
Assim, o material poderá ser utilizado de forma flexível, estudando os exercícios
correspondentes à dificuldade do aluno (por exemplo, mudanças de corda, intervalos

53
específicos, determinada posição, etc.), ou utilizando-o como base para desenvolver
competências diferentes daquelas para as quais foram escritos.
A numeração das secções e a sua pequena descrição fazem com que seja fácil
encontrar os conteúdos pretendidos.

4-
1- 2- 3- 5-
E- Motivação Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo cativa o
x
interesse dos alunos
 Conteúdo
proporcionará processo
de aprendizagem x
positivo, relaxado,
agradável
 Conteúdo permite
manter níveis de
x
energia elevados na
sala de aula

Justifique as suas respostas


Penso que este material, uma vez que este é apenas um substrato de trabalho, e a
forma como é trabalhado e apresentado ao aluno depende muito do professor e do uso que
este lhe der, pelo que os níveis de interesse dos alunos e de energia na aula dependerão da
forma como o professor o utilizar.

3. Adequação do conteúdo às necessidades do aluno


Descreva o perfil do aluno para o qual este material será avaliado:
A Marta tem 14 anos e frequenta o 9º ano/5º grau em regime articulado. É
uma aluna que não apresenta grande motivação para o violino nem para o
prosseguimento de estudos. Os seus hábitos de estudo são extremamente
irregulares (há semanas em que quase não estuda, porque passa todo o seu tempo a

54
preparar os testes de outras disciplinas), também por alguma culpa dos pais, que
colocam o violino num segundo plano, apesar de a filha frequentar o regime
articulado.
Assim, a Marta apresenta um nível técnico e musical que se fica pelo
aceitável, apesar de ter capacidades intelectuais, musicais, e sensibilidade para fazer
um melhor trabalho.
No que toca ao estilo de aprendizagem, pode dizer-se que é uma aluna que
responde bem tanto a um estilo mais convencional como alternativo. Tem um
pensamento muito rápido, e percebe novos conceitos com bastante facilidade. É
muito comum a resolução rápida de problemas em aula, e retrocesso nas mesmas
áreas durante a semana seguinte, comprometendo o seu desenvolvimento a longo
prazo.
Os pontos fortes da Marta são as suas capacidades intelectuais, sensibilidade,
e som cuidado. Os seus pontos fracos são uma posição da mão ainda instável,
mudanças de posição pouco consolidadas (mesmo as mais simples, como da primeira
para a terceira posição), falta de som, e falta de contacto com a corda.

2.1 O conteúdo do material é adequado a:


nada pouco medianamente Muito N/A
a) Idade do aluno x
b) Género do aluno x
c) Estilo de aprendizagem x
d) Pontos-fortes do aluno x
e) Pontos-fracos do aluno x

O material está perfeitamente adequado à idade da Marta, nomeadamente em


termos do nível de maturidade e de proficiência no instrumento. O género é irrelevante.
Penso que o material poderá adequar-se a diferentes estilos de aprendizagem, uma
vez que permite uma utilização muito flexível por parte do professor. Assim, mesmo que
essa utilização seja convencional, este material estará adequado ao estilo de aprendizagem
da Marta, até pela sua faceta cerebral e excelente organização em termos de pensamento,
que poderão agradar a uma aluna deste género.

55
Os seus pontos fortes, nomeadamente as capacidades intelectuais e o som cuidado,
permitirão que este material não esteja fora do alcance da Marta, e esta consiga avançar
com relativa facilidade. Por outro lado, os seus pontos fracos poderão ser melhorados: a
posição da mão (através do trabalho de padrões, intervalos, e afinação), as mudanças de
posição (a maior parte dos exercícios foca-se nessa questão), a falta de som e contacto com
a corda (em termos técnicos, os grandes desafios dos exercícios serão precisamente esses,
por vezes em junção a questões de mudança de corda e distribuição de arco, questões
pouco relevantes na aluna em questão).
Os exercícios também poderão ser utilizados para algum trabalho auditivo, ou
mesmo para trabalho musical, mediante adaptação dos mesmos.
Tendo em conta que se trata de uma aluna com um ritmo de trabalho muito
irregular, será necessário fazer ajustes frequentes.

4. Outros
4.1. O material é de fácil acesso? Sim.
4.2. Relação qualidade-preço (se aplicável): Boa.

Outros comentários:
Este é um excelente material para o trabalho técnico requerido num 5º grau, por
todas as razões já expostas acima. Para além disso, contém exercícios de grande qualidade e
fiabilidade, que permitem uma boa base de trabalho, enquanto também apresenta
flexibilidade e dá espaço ao professor e ao aluno para o utilizarem da forma mais adequada.
Os exercícios variam entre um nível médio e alto de dificuldade e são algo repetitivos,
pelo que é necessário que o professor esteja atento aos níveis de motivação do aluno
(fazendo as adaptações necessárias) e que o sensibilize, recorrentemente, para a consciência
corporal, de forma a que os movimentos repetitivos não criem lesões músculo-esqueléticas.

56
Avaliação do material “Concerto em Lá menor, no. 1” (Jean-Baptiste
Accolay)

Concerto em Lá menor, no. 1 (Jean-Baptiste


Título:
Accolay)
Tipo de material: Repertório
Disponibilidade (online/ física): Online e física
http://ks.imslp.net/files/imglnks/usimg/3/36/IMSLP80093-
URL (se aplicável):
SIBLEY1802.10639.cb84-39087004937118violin.pdf

1. Adequação do material ao plano curricular:

1.1. Para que domínios/objetivos/conteúdos da planificação posso utilizar este


material?
Poderei utilizar este material para os seguintes domínios, e respetivos objetivos:
 Mão e braço esquerdos – consolidar a posição da mão; dominar todas as
posições, até à 5ª posição; consolidar as mudanças de posição, até à quinta
posição; aperfeiçoar a técnica de vibrato; introduzir as cordas dobradas.
 Mão e braço direitos - domínio da flexibilidade dos dedos e do pulso; manter
o ângulo correto de contacto com a corda; desenvolver o uso do peso do
corpo sobre a corda; dominar o detaché e o staccato; dominar a gestão do
arco, com base nas necessidades musicais e técnicas.
 Execução musical - estabilidade de pulsação e andamento; rigor rítmico e de
articulação; realização de dinâmicas; desenvolvimento da capacidade de
fraseado; som cuidado.
 Domínio auditivo - afinação (autocorreção); introduzir as cordas dobradas;
identificação de padrões musicais.
 Domínio da criatividade – desenvolvimento de dedilhações próprias.
 Domínio cognitivo – tocar de cor; desenvolver a autonomia de ideias.
 Domínio teórico - ler corretamente em clave de sol, com linhas
suplementares; análise de padrões musicais; fazer pequenas investigações em

57
relação à contextualização histórica da obra e às gravações existentes, de
forma a contribuir para a formação de uma opinião e do espírito crítico.

1.2. O conteúdo do material é adequado a:


nada pouco medianamente muito
a) orientações curriculares
x
(programas)
b) Planificação do professor
x
(domínios, objetivos, conteúdos)
c) Objetivos a curto-prazo (ex:
x
preparar para audições, exames)
d) Objetivos a longo-prazo (ex:
desenvolvimento de x
competências a longo-prazo)

Justifique cada uma das suas respostas:


O concerto em análise é perfeitamente adequado às planificações consultadas (é até
recomendado nesses programas) e à minha, uma vez que apresenta várias situações
desafiantes, tanto a nível musical como técnico, para um nível inicial (do 5º grau), pelo que
poderão potenciar, em muito, o desenvolvimento do estudante. De facto, esta é uma obra
que faz um bom compromisso entre aspetos técnicos e musicais (isto é, não deixa de ser um
concerto de estudo, focado em elementos técnicos, mas tem também interesse e conteúdo
musical, sendo adequado ao desenvolvimento de competências interpretativas e musicais,
nomeadamente ao nível do trabalho de arco).
É um elemento-chave do repertório, pelo que é adequada a sua apresentação em
audições e provas.
Esta é, na minha opinião, uma obra excelente para trabalhar uma série de objetivos e
competências fulcrais para um 5º grau, de cuja consolidação depende um bom
desenvolvimento do aluno a longo-prazo.

2. Coloque um X no espaço que melhor represente a sua resposta.


Factores Avaliação

58
4-
1- 2- 3- 5-
A. Qualidade do conteúdo Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo é atual x

Justifique cada uma das suas respostas:


O concerto continua a ser perfeitamente atual aos desafios de um aluno de 5º grau
nos dias de hoje, uma vez que os problemas técnicos comuns a todos os violinistas e as
bases fundacionais de uma boa técnica violinística se mantêm inalterados.

4-
1- 2- 3- 5-
B. Significância Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo é único, raro,
x
difícil de encontrar

Justifique as suas respostas:


Este concerto apresenta, pela sua escrita e pelos desafios apresentados ao
executante, um bom e equilibrado cruzamento entre competências diferentes,
principalmente no seu nível de dificuldade. Assim, já exige algum trabalho musical, enquanto
continua a ter exigência técnica (principalmente ao nível da mão esquerda – mudanças de
posição, destreza, cordas dobradas), sem nunca se tornar excessivo. Apesar de haverem
outras obras que façam esta síntese para um nível de 5º grau, esta obra é particularmente
relevante para um momento inicial do 5º grau (em termos ideais).

C. Métodos de ensino: 4-
1- 2- 3- 5-
Material eficaz como Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
ferramenta de aprendizagem Bom
 Conteúdos são x
abordados em

59
profundidade
 O material leva o aluno
a associar o conteúdo
x
com as suas
experiências pessoais

Justifique as suas respostas


O material aborda vários aspetos com profundidade, como as mudanças de posição,
os arpejos, mudanças de corda, legato, staccato, extensões, dinâmicas, fraseado. Com uma
profundidade superficial, aborda as cordas dobradas (estando, portanto, perfeitamente
adequado à introdução das mesmas – isto é, as passagens são desafiantes, mas acessíveis).
Se sensibilizado para isso mesmo, o aluno poderá mobilizar as suas experiências
pessoais, de forma a incluí-las na sua interpretação.

4-
1- 2- 3- 5-
E. Motivação Muito N/A
Insuficiente Suficiente Bom Excelente
Bom
 Conteúdo cativa o
X
interesse dos alunos
 Conteúdo
proporcionará processo
de aprendizagem X
positivo, relaxado,
agradável
 Conteúdo permite
manter níveis de
X
energia elevados na
sala de aula

Justifique as suas respostas

60
Penso que, apesar de ser um concerto com muitos elementos e um certo desafio
técnico (principalmente a nível da destreza da mão esquerda e das mudanças de posição
que exige, mas também a nível do trabalho de arco), tem uma escrita clara e uma
sonoridade apelativa para qualquer aluno (o que, infelizmente, nem sempre acontece neste
repertório). O tipo de aprendizagem e os níveis de energia em aula dependerão muito do
uso que o professor fizer do material, mas penso que este não colocará qualquer entrave a
uma experiência de aprendizagem positiva.

3. Adequação do conteúdo às necessidades do aluno


Descreva o perfil do aluno para o qual este material será avaliado:

A Marta tem 14 anos e frequenta o 9º ano/5º grau em regime articulado. É uma aluna
que não apresenta grande motivação para o violino nem para o prosseguimento de estudos.
Os seus hábitos de estudo são extremamente irregulares (há semanas em que quase não
estuda, porque passa todo o seu tempo a preparar os testes de outras disciplinas), também
por alguma culpa dos pais, que colocam o violino num segundo plano, apesar de a filha
frequentar o regime articulado.

Assim, a Marta apresenta um nível técnico e musical que se fica pelo aceitável, apesar de
ter capacidades intelectuais, musicais, e sensibilidade para fazer um melhor trabalho.

No que toca ao estilo de aprendizagem, pode dizer-se que é uma aluna que responde
bem tanto a um estilo mais convencional como alternativo. Tem um pensamento muito
rápido, e percebe novos conceitos com bastante facilidade. É muito comum a resolução
rápida de problemas em aula, e retrocesso nas mesmas áreas durante a semana seguinte,
comprometendo o seu desenvolvimento a longo-prazo.

Os pontos fortes da Marta são as suas capacidades intelectuais, sensibilidade, e som


cuidado. Os seus pontos fracos são uma posição da mão ainda instável, mudanças de
posição pouco consolidadas (mesmo as mais simples, como da primeira para a terceira
posição), falta de som, e falta de contacto com a corda.

3.1. O conteúdo do material é adequado a


nada pouco medianamente muito

61
a) Idade do aluno x
b) Género do aluno
c) Estilo de aprendizagem x
d) Pontos-fortes do aluno x
e) Pontos-fracos do aluno x

Este concerto é adequado à idade da Marta, tanto pelo nível de maturidade como
pelo nível de exigência de capacidades violinísticas (técnicas e musicais). O género é
irrelevante.
Não tendo a Marta um estilo de aprendizagem absolutamente definido, e este
concerto passível de ser adaptado de diferentes formas, é uma escolha acertada a esse nível.
Em relação aos pontos fortes da Marta, este concerto permitir-lhe-ia fazer uso deles,
e também expandi-los ainda mais (nomeadamente a sensibilidade e a qualidade de som,
através das qualidades melódicas e musicais da obra). Por outro lado, no que toca aos
pontos fracos, esta também seria uma boa escolha, pelo grande treino que faz a nível de
pequenos padrões, mudanças de posição, arpejos; para além de permitir uma boa
introdução às cordas dobradas. Para além disso, seria ainda possível desenvolver
determinados aspetos que se tornaram mais relevantes do 6º grau em diante, como é a
questão do pulso, do contacto com a corda, e da procura de cores e interpretação musical
própria.

4. Outros
4.1. O material é de fácil acesso? Sim.
4.2. Relação qualidade-preço (se aplicável): Boa.

Outros comentários:
Como já referi acima, este concerto faz uma boa síntese entre diferentes aspetos
musicais e técnicos e é adequado a uma fase inicial do 5º grau. Penso que, com uma
abordagem adequada, pode ter grande valor no início de um trabalho musical mais “sério”
(interpretação, cores, desenvolvimento da imaginação do aluno, desenvolvimento do
instinto, etc.), usando a música como guia para o trabalho técnico, e não o contrário.

62
Contudo, idealmente, deveria haver um desenvolvimento técnico para além do que
vemos neste concerto, pelo que é preciso ter cuidado para não se ficar demasiado preso a
ele, ou deixar que o aluno se acomode e não avance.

63

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