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IVA - Falsas triangulares

PT17536 - IVA / Falsas triangulares


01-08-2016
IVA - Falsas triangulares

Um contabilista certificado tem uma mercadoria para um cliente da Suiça (país terceiro), mas a mercadoria vai
ser entregue na Alemanha, Suécia e Finlândia (países comunitários).
A empresa solicita o reembolso de IVA mensalmente. Perante este cenário, o contabilista deve tratar estas
faturas como intracomunitárias e mencionar também na declaração recapitulativa de IVA ou deve tratar as
faturas como exportações e mencionar apenas na declaração periódica de IVA?
Se as faturas forem tratadas como exportações é necessário ter despacho alfandegário?

Parecer Técnico

A - Empresa sediada em território nacional;


C - Empresa adquirente sediada em país terceiro (Suíça);
B - Empresas sediadas em EM. 

A empresa "A" estabelecida em Portugal fatura a "C" determinadas mercadorias, mas, por ordem deste entrega-as diretamente
noutros Estados membros. 
Apesar de "A" faturar os bens a uma empresa da Suíça, não poderá considerar a operação isenta de IVA, uma vez que os bens
não saem do território da União Europeia, não lhe sendo, por isso, aplicáveis as normas que regulam as exportações. 
A empresa "A" não efetua, no entanto, uma transmissão intracomunitária a "C", se este não estiver devidamente registado
para efeitos de IVA num Estado Membro. 
Deste modo, a empresa "A" deverá incluir na fatura emitida a "C" o valor do IVA correspondente aos bens transmitidos, a
menos que este adote um dos seguintes procedimentos: 
- Proceda ao seu registo em Portugal ou aqui nomeie representante.
Nesta hipótese, "C" fará uma aquisição sujeita a IVA em Portugal, cujo imposto será liquidado por "A", seguida de uma
transmissão intracomunitária isenta para "B". 
- Faça o seu registo nos outros Estados membros ou aí nomeie representantes (que deve constar no VIES) 
Neste caso, A far-lhe-á uma transmissão intracomunitária isenta de IVA. 
- Efetue o seu registo noutro Estado Membro ou nele nomeie representante 
Nesta situação estaremos perante uma operação triangular que "A" declarará como uma transmissão intracomunitária isenta.
Somos a referir que o que deve ser questionado ao cliente é se tem número de identificação fiscal de um Estado membro e
que o indique para que o fornecer possa comprovar, mediante consulta do sistema VIES (Sistema de Informações de Trocas
Intracomunitárias), se o número de contribuinte é válido, ou seja, que este adquirente estará enquadrado como um sujeito
passivo de IVA e que estará abrangido no regime de tributação das transações intracomunitárias, podendo-se dessa forma o
fornecedor isentar a transmissão intracomunitária de bens.

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