Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
VENDIDA - Homens Implacaveis 3 - Lady Dark N Evil
VENDIDA - Homens Implacaveis 3 - Lady Dark N Evil
1ª Edição
Edição Digital | EUA
Sasha Solotov é uma jovem linda e delicada, viveu toda a sua
vida presa entre os muros da mafia russa, ate que um dia num
trágico acidente perdeu o pai e também a visão. Graças a esse
acidente que a deixou cega ela vive muitos preconceitos e
humilhações dentro da própria família. Ate que um dia seu irmão, seu
próprio sangue, a informa que se casará com um homem
desconhecido devido as dividas que ele acumulou, seu próprio irmão
a entregou como uma mera moeda de troca. E quando ela ouvi a voz
daquele homem sombrio soube que sua vida mudaria por completo.
Christopher Parker sombrio e silencioso é um homem que
carrega muitas feridas, sua nica forma de se livrar dos fantasmas do
passado é causando dor aos outros, dominando e subjugando suas
submissas ele encontrou a forma mais prazerosa de satisfazer seus
desejos sádicos. Ate que um dia seus olhos comtemplam um lindo
anjo tocando piano, ele não pensou duas vezes e decretou que ela
seria dele de todas as formas possíveis. O que ele não sabia e que
ela seria bem mais do que um de seus jogos sádicos.
E assim duas almas entravam em batalha de sentimentos
intensos e sombrios.
Atenção: obra independente, não precisa ler os outros para
entender a história. Mas para melhor entender a série completa
recomendo a leitura.
Querido leitor, esse e um romance sombrio (dark), onde serão
trazidos temas e assuntos polémicos que fazem parte do género
literário em alusão, onde podemos citar nomeadamente: violência
verbal, psicológica, física e psicológica, cenas de sexo explícito e de
dominação e submissão, sexo com consentimento duvidoso,
exaltação do nazismo, assassinato entre outros.
Se for sensível a aos assuntos acima citados ou não aprecia este
tipo de género por favor não prossiga com a leitura. Essa e uma
história fictícia, todas as ações, comportamentos e criação de
personagens são mera criatividade da autora.
Apesar de ler e escrever o género dark não significa que
compactuo com o comportamento violento ou psicológico de alguns
personagens específicos.
ATENCAO: leia e avalie mas não desrespeite o autor. Seja
respeitosa durante a sua colocação de opinião sobre o livro.
Obrigada.
Com carinho
Lady Dark n Evil
A você leitor, por aceitar a embarcar em mais uma aventura
literária com essa autora amadora.
Mesmo sem poder enxergar nada é possível sentir a quantidade
de emoção e sentimentos que passam por ele nesse momento, meu
corpo está suado e minhas coxas friccionam uma na outra em busca
de um alívio que não chega. Desde que cometi aquela loucura eu
sabia que ele me puniria, é sempre assim quando faço algo errado,
ele me mostra que é capaz de me machucar sem nem sequer me
tocar. Daqui é possível ouvir seus passos em contato com o piso de
madeira, entrar no quarto de jogos é quase que como um ritual para
ele, aqui ele é meu senhor.
Estou completamente nua, meus braços estão pendurados e
algemas de couro prendem meus pulsos deixando meu corpo
suspenso, estou completamente exposta para ele, exatamente do
jeito que ele gosta, meu corpo vibra ao ouvir o estalar do chicote no
ar e a seguir na minha bunda, me sinto uma vagabunda blasfema por
ansiar tanto que esse chicote atinja de forma erótica uma parte
específica do meu corpo.
Sinto sua respiração bem atrás da minha orelha, enquanto seus
dedos passeiam pelas laterais do meu corpo e também nos meus
seios que já se encontram enrijecidos, a cada centímetro que seus
dedos descem em direção a minha virilha mais gemidos saem da
minha boca, penso em implorar mas ele odeia que eu o faça quando
está me castigando aqui ele manda e só me dará. Após tanta
espectativa finalmente posso sentir seus dedos gelados na minha
intimidade, passeando por ela, gemo enlouquecidamente até que
seus dedos me abandonam e ele diz que estou fazendo muito
barulho e por isso vai me castigar. Antes que eu pudesse dizer
alguma coisa senti meu seio esquerdo entrar em contato com o
couro do chicote.
― Está pronta para mim anjo? ― Sua voz rouca sussurra no meu
ouvido, emitindo uma energia eletrizante que imediatamente arrepia
todo meu corpo.
― Oh... Sim senhor.
― Qual a palavra de segurança?
― VENDIDA.
― Ahh Yeva, você sabe que não tenho quase ninguém para
chamar a essa festa de aniversário, não tenho amigas para além de
você e também amanhã tem o concerto. ― Ela finge uma cara de
ofendida. Eu conheço ela desde criança, nossos pais são amigos e
frequentam os mesmos meios, como por exemplo a máfia, papai
tenta esconder mas eu sei o motivo de vivermos rodeados de
seguranças. Assim como eu Yeva aprecia uma boa música, aqui no
conservatório ela estuda e pratica violino, e de forma clandestina ela
toca guitarra sem que os pais saibam.
― Nada disso, amanhã nós vamos festejar. Não se preocupe eu
peço para o meu pai falar com o seu. Já que eu odeio a bruxa das
montanhas da sua madrasta. ― Gargalhamos. É sempre assim com
Yeva, ela odeia a Natasha por ser tão chata e nariz em pé.
Minha amiga e eu nos despedimos, ela foi até o carro onde a mãe
a esperava com um sorriso e eu entrei no carro onde os seguranças
iam me levar.
Quando os carros dão partida a pontada de inveja que eu não
queria sentir da Yeva por ter sua mãe com ela se apodera do meu
coração. Eu não sei o que aconteceu com minha mãe, na verdade
ninguém sabe, na mesma noite em que nasci, ela me deixou sozinha
no quarto do hospital e nunca mais foi vista. Papai a procurou por
anos, ele também sofreu bastante até que ele se casou de novo e
esse assunto foi esquecido. O nome dela é um assunto proibido na
nossa casa, meu pai é um homem bom, apesar disso ele raramente
me encara e eu sei que isso acontece por causa dos meus olhos que
são igualzinhos aos da minha mãe, nunca vou poder entender os
motivos que a levaram a nos abandonar, talvez se ela estivesse aqui
Dmitri teria se tornado uma pessoa melhor do que é hoje em dia.
Limpo a lágrima solitária encarando as ruas da cidade ficando para
trás, nós moramos fora da cidade, a mansão fica a algures do mar
báltico, do meu quarto é possível ouvir o barulho das ondas em
contato com as rochas isso se as margens não estiverem
congeladas pela neve.
Quando chego em casa o silêncio é minha única companhia como
de costume, vou ao meu quarto, tiro o goro e o casaco pesado. Fico
apenas com o uniforme do colégio, de imaginar que Natasha quase
convenceu meu pai a me trancafiar num colégio interno na Ucrânia,
se não fosse o Dimitri com certeza eu estaria lá nos dias de hoje.
Saio de meus pensamentos com a voz de uma das empregadas me
chamando para almoçar. Me acomodo na imensa mesa fazia.
****
Tudo é muito lindo, mas nada tira minha atenção e suspiros como
o piano de cauda de cor branca no meio do comodo, nesse momento
é inevitável segurar o choro, sonhei tanto com isso, achei que isso
nunca pudesse acontecer. Com as mãos trémulas toco a madeira
muito bem polida e o ébano brilhante, absolutamente este é o piano
mais lindo que alguma vez vi na minha vida e também o mais caro, o
marfim revestido nos teclados diz tudo. Fico ainda mais pasma
quando vejo a assinatura do dono dessa obra de arte ninguém
menos ninguém mais que Boris Butusov, o último descente dos
maiores designers de piano da história.
— Quero que saiba que nesse trabalho você vai matar pessoas
influentes, presidentes e até mafiosos — tomo mais um gole da
minha bebida.
Nunca imaginei que perderia meu pai tão cedo, naquele dia nós
fizemos tantos planos. Quando soube que não o veria nunca mais foi
como se minha vida tivesse perdido todo o sentido. Eu fiquei alguns
dias em coma e quando acordei meu pai já tinha sido enterrado, e
também recebi uma notícia que mudaria para sempre a minha vida,
os médicos me garantiram que minha situação era algo reversível,
passei por duas cirurgias para reverter minha deficiência mas
nenhuma delas resultou, e no final acabei aceitando que ficaria
assim para sempre, já me conformei, não há muito que se possa
fazer, essa é minha nova realidade agora.
— Ahh Sasha quando você vai parar de chorar hein? ― Saio do
meu devaneio ao ouvir a voz da Avani me advertindo — você está
parecendo uma velha amargurada trancada nesse quarto chorando.
Por isso ninguém quer sair com você, não reclame se um dia Dimitri
arranjar um marido barrigudo e velho pra você. — Suas palavras têm
certa satisfação.
Saio do meu devaneio quando ouço uma porta bater bem forte, e
sei muito bem quem é, com a mão tateio a cama em busca do meu
companheiro mais fiel, minha bengala. Ao alcança-la desdobro-a e
então me levanto da cama e começo a andar em direção a porta do
meu quarto, com o tempo meus outros sentidos me ajudaram a
decorar onde fica cada cómodo da casa ou como estão dispostos os
móveis, no princípio os médicos aconselharam minha madrasta a
diminuir os móveis da casa para que isso pudesse me ajudar a me
locomover, mas ela não aceitou isso muito bem, por isso foi difícil
decorar tudo, para chegar até o dia de hoje foi preciso derrubar
muitos vasos até chegar a perfeição.
— Dimit...
Caminho até a cozinha pra comer alguma coisa, ontem não comi
nada e hoje de manhã não tomei o café da manhã. De repente um
vento gélido passou por mim arrepiando minha espinha e trazendo
um forte aperto no meu coração, tão forte que por um momento
esqueço como é respirar. Deus tomara que seja apenas um prelúdio.
Com meu corpo apoiado na parede do quarto de jogos, aprecio
nosso novo brinquedo, submissa para ser mais delicado. A amarei
de costas para mim na pilastra de madeira em formato de cruz, seus
pulsos estão muito bem presos em um nó muito bem feito com
cordas grossas de lã, seu corpo nu está banhado de suor deixando
seu corpo bronzeado ainda mais apetitoso, sua respiração é pesada
e acompanha cada movimento que eu faço pelo quarto de jogos,
suas lindas pernas não param de friccionar uma na outra expondo
sua buceta super molhada, a fera dentro de mim parece gostar da
visão, e eu também. É inevitável não apreciar a visão a minha frente.
Antes que ela pudesse dizer alguma coisa aproveitei que sua
buceta estava bem visível para mim e dei a primeira chibatada nela,
não posso negar o barulho de buceta molhada em contato com o
chicote fez meu pau se contorcer dentro da calça. Dei uma segunda
surra na buceta dela e ela gemeu ainda mais alto.
—Você não pode gozar. Você está aqui apenas para nos servir.
Mesmo sentido a agitação dentro de mim tento manter o controle
para me concentrar no trabalho, cada vez mais está difícil me
controlar, meus dedos doloridos me lembram isso a cada cinco
minutos que os tenciono, ter esses ataques que as pessoas
julgariam ser de raiva é normal para mim, e ontem foi um desses
dias onde eu literalmente explodi, e se não tiver ninguém por perto
para poder machucar, meu corpo é que sofre, os intermináveis socos
que dei na parede ainda estão bem frescos na minha memória e no
meu corpo. Não lembro exatamente qual foi o motivo que me levou a
ter aquela explosão, na verdade eu raramente tenho motivo para
isso. Se eu fosse um ser humano considerado como normal era só
visitar um psicólogo ou alguém especializado nessa área, mas a
educação fodida que recebi não me permite me abrir e muito menos
conversar com ninguém, aquela que foi minha confidente, se foi e me
deixou aqui com essa carcaça dominada por uma besta. Mas a cinco
anos faço uma visita para alguém especializado no ramo.
— Chame Dimitri Solotov. E fale para ele que tem um minuto para
vir falar comigo. — Quando lanço meu pior olhar a elas me olham
espantadas e com medo imediatamente saem da minha frente.
Comunicação e paciência são outras coisas que definitivamente não
fazem parte de mim, não entendo a necessidade de trocar palavras
desnecessárias com pessoas que mal conheço e que pelo olhar deu
para notar que são duas mulheres na guerra a procura de um
homem rico para sustentá-las. Uma das funcionárias me leva até
uma sala .
Fiquei o tempo todo com as mãos nos bolsos da minha calça nem
me dei o trabalho de sentar, meu segurança entra com os papéis e
entrega nas mãos dele que imediatamente se senta e começa a ler
os documentos. Se o diploma dele for realmente autêntico ele vai
entender tudo o que está nesses papéis sem precisar que alguém o
explique nada. Enquanto ele continua lendo eu me viro para janela
que dá acesso ao lado de fora da casa, e um cómodo chama minha
atenção, ele tem uma parede totalmente de vidro, e pelo que vejo o
interior é totalmente branco e com alguns toques femininos, tento ver
se tem alguém dentro mas não tem ninguém, faz muito tempo que
não fico tão intrigado com algo como agora.
— Não vim aqui saber o que a casa significa ou não para você,
negócios são negócios, deveria ter pensado nisso antes de se
transformar num viciado em jogos. Ademais você colocou essa
propriedade como garantia e... — de repente a melodia mais calma e
triste que alguma vez ouvi na vida soa pela sala tirando toda minha
atenção, até o desgraçado a minha frente está ouvindo e está de
boca aberta — de onde vem isso? — Ele me olha espantado e com
medo, mas algo em mim insiste em querer continuar escutando, e
pela primeira vez eu não me entendo até a ferra dentro de mim
parece estar confusa. — Perguntei de onde vem isso porra! — O
seguro pelo colarinho e o aperto sobre a parede. Seu medo aumenta
quando meu olhar se concentra naquele cómodo de antes, mas
agora a porta na parede de vidro está aberta e por isso o som está
tão audível.
Ela parece um anjo ali sentada vestida com um vestido branco que
realça suas poucas curvas, mas ela não parece um anjo porque ela é
um anjo, o meu anjinho. Me aproximo mais para sentir o cheiro do
seu perfume doce, sua pele é tão branca como a neve e seus
cabelos negros são a perfeição, ela está absorta no próprio mundo
que não parece fazer parte desse mundo destruído. Ela será minha.
A observo por mais algum tempo até que sinto a presença do irmão
atrás de mim, ela também parece notar minha presença por isso
para de tocar o piano.
— Quem está aí? — Como não percebi isso antes? Seus olhos
estão sempre fixos num único lugar porque ela é cega, mas isso não
muda os meus planos.
— O quê? Você não vai ficar com minha irmã, sei muito bem que
você tem um jeito peculiar de tratar as mulheres. Minha irmã não
será mais uma vítima sua. — Fecho os olhos e respiro fundo para
não fazer nenhuma loucura.
— Você não pode fazer isso. Não pode levar minha irmã, ela é
deficiente visual e precisa de cuidados que só a família dela pode dar
— eu posso imaginar muito bem que tipo de cuidados eles dão a ela,
aquele olhar triste e desolado diz tudo sobre como são as coisas
nessa casa. De certa forma ela não viverá os melhores momentos
comigo, mas o instinto de posse me dominou no momento que a vi.
E em pouco tempo aquele serzinho acendeu uma pequena faísca em
mim, e por mais que eu seja um fodido isso é mais forte que eu.
Se não posso tirá-la daqui do meu jeito então vou apelar por outro
caminho nada honrado, se bem que de ambas partes não existe
nenhum resquício de honra.
— Qual proposta?
— Sim você sabe. É ela que eu quero, não ouse negar porque
estou te fazendo um favor ao propor tudo isso. Mesmo que você me
negue eu vou levá-la a força. — É impressionante que em menos de
uma hora eu tenha ficado tão obcecado por ela.
— Não posso fazer isso. Tudo bem que não tenho sido o melhor
dos irmãos. Mas você está me propondo que eu venda a minha irmã.
Isso vai muito além de tudo o que eu me transformei. Minha irmã é
inocente e deficiente visual, eu posso ser um filho da puta mas nunca
a entregaria para um cara como você. — Solto um suspiro alto
suficiente para reverbar na sala inteira.
— Como assim?
— Tudo bem já entendi. Cara minha irmã não tem noção do que é
viver com caras fodidos como você. Se quiser ficar com minha irmã
eu exijo uma condição — como já imaginava.
— Quero que se case com ela. Você não vai usar minha irmã e
depois descartar ela — como se eu realmente fosse fazer isso, ela é
minha desde que a vi até eu parar de respirar. — Ou você casa com
ela ou não tem negócio.
Ninguém machuca meu anjo e fica por isso mesmo, sei que a vou
machucar mas enquanto puder a proteger e a defender de mim
mesmo também farei. Porra o que essa menina tem que me faz agir
assim?
Algumas horas antes
Meu irmão mudou tanto desde a morte do nosso pai, não nego que
bem antes disso ele já era meio distante mas o ocorrido de a cinco
anos atrás o deixou completamente mudado, e por mais que ele
negue sei que a morte do nosso pai também o afetou fortemente,
nosso pai era um homem que deixava marcas por onde passava era
um grande empresário e apesar do pouco tempo ele fazia de tudo
por nós.
Esse era o plano, ou pelo menos alguns deles, pena que nem tudo
o que desejamos está a nosso alcance, principalmente quando a
vida resolve trazer mudanças drásticas. Fico imaginando como seria
minha vida hoje em dia se meus pais estivessem aqui comigo e com
Dimitri, sem dúvidas seríamos uma família feliz e unida, talvez até
seríamos como qualquer outra família, seríamos normais.
— Obrigada!
— Que assunto ele vinha tratar com Dimitri afinal? Eles ficaram
horas trancados, na sala de visitas e depois no escritório. — Será
que serão falando do homem estranho que me observava enquanto
tocava piano? Nunca vou esquecer aquela presença sombria.
— Bem que a Sasha podia vender aquele piano, que com certeza
deve custar uma fortuna — o quê?
— Mas você nem toca ele garota. A gente aqui nos privando de
algumas coisas básicas sendo que você tem uma relíquia de mais de
um milhão de euros guardada naquele seu estúdio ― eu sabia que
esse piano devia custar muito caro mas, não sabia que era tanto.
— Não por favor não façam isso — falo já com lágrimas nos olhos
e uma grande tristeza — a gente arranja outro jeito, mas o piano não,
eu imploro — Natasha grita comigo e me manda sair da mesa e ficar
no meu quarto. Realmente será inútil discutir, minha única esperança
é que Dimitri interceda por mim.
Cansada de implorar me levanto para me retirar, assim que abro a
porta do quarto me jogo na cama e os soluços que segurei na mesa
saem bem audíveis, tão audíveis que qualquer um me ouviria, mas
não mudaria nada porque ninguém viria me consolar. Assim como
das várias vezes que chorei eu própria me consolo e me conformo
com a vida e o tratamento que recebo, pelo menos eles ainda não
me mandaram embora e muito menos me casaram com aqueles
homens nojentos da máfia.
De repente sinto um arrependimento tão grande, por ter ficado
todo esse tempo sem tocar e agora que eu estava decidida a tocar
de novo, o último presente que meu pai me deu com tanto amor, uma
das únicas coisas que me fez lembrar do aniversário mais feliz e
triste da minha será retirado de mim.
Não sei quanto tempo dormi, quando acordei o relógio indicou que
já eram seis da tarde. Por causa do péssimo dia que tive decido não
sair para jantar, tomo um banho e visto um pijama confortável.
Sentada em frente a janela - que é o meu limite, pois a porta que dá
acesso a sacada está trancada por precaução - aprecio o som
maravilhoso das ondas do mar, lá fora os grilos já anunciam a
chegada da noite.
— Custa você deixar pelo menos um abajur ligado? Não sei como
consegue ficar nessa escuridão e você aí sentada está parecendo
uma morta viva — eu não sei se das vezes que a Avani faz
comentários do tipo é porque ela esquece que sou cega ou
simplesmente é por maldade que ela fala essas coisas para me
deixar ainda mais para baixo.
— Não preciso deixar nada ligado Avani, eu sou cega. O que você
quer? — Me admiro comigo mesma por falar desse jeito com ela.
— Então é assim? Sua querida irmã vem saber se você está bem
e é assim que me recebe?
— É mentira ele nunca faria isso comigo. Você só está falando isso
para me atormentar. Não acredito em nenhuma palavra sua, por
favor sai do meu quarto — me arrasto até a cabeleireira da cama me
encosto nela.
— Dimitri!
— Dimitri por favor, pela memória do nosso pai me jura que tudo o
que Avani disse são apenas calúnias contra você. Me fala que tudo
aquilo são só mentiras por favor — passo a mão em frente da outra,
é sempre assim quando fico nervosa ou ansiosa, e nesse momento
os dois me dominam.
Ele parece se controlar para não proferir a palavra que eu sei que
ficou instalada no garganta.
— Pode terminar, ninguém se casaria com uma cega não é isso?
— Me apoio na parede e com impulso me levanto e volto a ficar
parada — Obrigada irmão, muito obrigada por arranjar um
casamento tão bom para mim.
— Façam o que quiserem não irei gastar meu tempo com isso —
me aproximo deles — nunca mais entrem em contato comigo e muito
menos se metam no meio do meu caminho. Assim como vocês, eu
também tenho minhas armas. — Dou as costas a eles caminhando
em direção á saída.
— Eles voltaram!
Sempre achei que nada nunca ia superar a dor que senti quando
perdi meu pai ou quando descobri com apenas dez anos que minha
mãe me abandou ainda recém nascida, até esse momento, até o dia
que meu irmão achou que era meu proprietário e resolveu me
vender. Desde aquele dia minha mente não para de processar sobre
o ocorrido, eu ainda não estou conformada, e juro que se houvesse
uma forma de fugir de tudo isso eu fugiria para bem longe de todos.
Meu coração foi despedaçado pela grande decepção que meu irmão
me fez sentir quando com a voz mais fria disse que eu ia me casar
para salvar a fortuna da família. Se ele realmente não quisesse me
entregar sem dúvidas ele teria contactado a máfia. Mas como até a
organização é repleta de machistas e oportunistas tenho certeza que
me entregariam para meu futuro marido de qualquer jeito.
Tento engolir o choro que está por vir, mas é impossível quando na
sua cabeça passam as diferentes formas de ser infeliz ao lado de um
homem que não se ama. Um nó se forma na minha garganta e se
estende até a boca do estômago, seguro naquela região com a
intenção de aplacar os tremores que se espalham por meu corpo,
mas é impossível, em segundos meu corpo todo está tremendo e de
meus olhos transbordam lágrimas de dor, medo e incerteza do que
virá e será minha vida a partir de hoje.
Eu mal tive tempo para digerir a notícia de que fiquei noiva quando
como uma facada brutal Dimitri me informou que eu me casaria em
três semanas, foi aí que minha paz acabou de vez, porque minha
cabeça por mais que eu tentasse não parava de remoer meu destino
na minha cara. Três semanas se passaram, e nesse tempo minha
vida se resumia em pensar na chegada desse maldito dia. Por causa
da dor eu amaldiçoei meu próprio pai por ter morrido e me deixado
nesse mundo sozinha, porque se ele estivesse aqui sem dúvidas
nada disso estaria acontecendo, estaríamos juntos e felizes tal como
ele me prometeu naquele fatídico dia.
— Querida não chore! — não sei quem é essa mulher só sei que
ela faz parte da equipe que vai me arrumar para o abate ― venha
vamos tomar um banho relaxante na banheira, já preparei tudo para
você — sem parar de derramar uma lágrima se quer segurei na mão
dela e juntas caminhamos, provavelmente estaria me levando até o
banheiro.
Assim que entramos no cómodo eu não sabia o que fazer, aqui
não é a minha casa onde eu já sei onde fica cada cómodo e cada
objeto, saio do meu devaneio quando sinto as mãos de alguém no nó
do robe feito de seda fina que estou usando. Imediatamente me
afasto.
— Por favor Dimitri, fala para esse homem que eu não quero me
casar. Fala para ele que pode ficar com tudo o que quiser, e que nem
que leve a vida toda nós pagaremos a dívida caso a nossa casa não
seja suficiente para pagá-lo, por favor, eu te imploro. Não me
abandone irmão — sinto seus dedos frios limparem minhas lágrimas
com delicadeza.
Meus pés, que calçam uma sandália rasa sem salto entram em
contato com a grama fofa do jardim, as sandálias foram a única coisa
que eu pedi, porque não haveria de conseguir andar naqueles
sapatos de salto alto, nunca tive o costume de usar salto, a minha
deficiência também não ajuda muito.
A viagem está demorando tanto, faz uma hora que decolámos, era
suposto essa viagem levar menos de uma hora, e como meu marido
parece não ser adepto do diálogo eu fico com receio de perguntar
para onde estamos indo. Estou muito cansada e meu corpo está
começando a reclamar através do sono, tentei me manter acordada
porque não confio nesse homem para saber se não faria alguma
coisa comigo, mas final ele estaria em completo direito de uso.
Entro em desespero total após ouvir isso, será que para além dele
terei de me envolver sexualmente com mais alguém? Como se
percebesse meu espanto ele volta a falar.
Quando ele finalmente largou meus lábios mal tive tempo de falar
alguma coisa e minha camisola foi totalmente retirada do meu corpo,
meu corpo se arrepia todo quando o vento fresco da cidade
parisiense entra em contato com minha pele. Meus seios enrijecidos
são esmagados pelos lábios do meu marido, deixando eles com uma
dureza ainda maior, já se tornou impossível segurar os gemidos,
minhas pernas são abertas com brusquidão, antes que eu pudesse
protestar ele já estava no meio delas segurando minhas coxas
firmemente, sinto seu membro encostar na minha virilha e isso me
deixando ainda mais em brasa pois por conta própria meu corpo
procurava um alívio que nem eu mesma conhecia.
Meu quadril remexe se esfregando cada vez mais rápido naquele
membro que eu devia repudiar.
Quando ele se afastou, dos meus lábios saiu um protesto mais que
audível, não sei o que ele está fazendo mas ele parece estar
procurando algo.
Quando finalmente voltou para cama segurou meus pulsos e sem
minha autorização os amarrou no alto da minha cabeça com algo
que parecia uma corda. Sinto uma pontada de medo e com isso
tento me soltar, mas é impossível, porque os nós foram muito bem
feitos.
— O-o que vai fazer comigo? — Mesmo com medo essa maldita
excitação não se acalma.
Isso não foi um pedido e sim uma ordem, tentei não fazer o que
ele mandou mas meu corpo traiçoeiro o obedeceu. Ouço seu
rosnado após abrir ligeiramente as pernas. E imediatamente sinto
meu corpo ser puxado ainda na mesma posição.
— Você é minha anjo, minha! — Ela não tem mais escolha, ou ela
me dá tudo de si ou então a arrastarei comigo.
Minha consciência desperta fazendo meu corpo vibrar ao sentir
aquele corpo pequeno enroscado nos meus braços enquanto sua
cabeça descansa no meu peito. Depois de tantos anos é difícil
acreditar que finalmente tive a oportunidade de desfrutar de uma
noite tranquila de sono sem súbitas surpresas. Durante muito tempo
eu não soube o que era isso, esse privilégio me foi tirado a seis anos
atrás, numa inesquecível noite. Olho as horas no celular e ele marca
nove horas da manhã, muito mais tarde do que imaginava. No meu
estado normal a essas horas eu já teria esquecido que tinha
dormido.
Ela também não fica atrás, por ser cega seus outros sentidos
ficaram mais apurados, principalmente o tato ela é muito mais
sensível em alguns pontos do corpo, o que mais me deixa duro é ver
sua carinha e seus olhos lindos revirarem enquanto goza chamando
por mim. Quando meu nome sai da sua boca eu fico tão duro, minha
mão esquerda acaricia sua cintura e aperto a região pois a ereção
matinal está maior que nunca, sei que ela já está acordada só não
mostra isso pois está com vergonha.
— Não mais que eu. Agora mais do que nunca eu quero destruir
eles, transformar essa organização que eles tanto exaltam, em pó.
Eles foram longe demais ao me procurar depois de tantos anos.
Descobriu o que eles tanto procuram? — Apesar de não querer nada
que envolva a GENISIS eu preciso saber o que ela tanto queriam
comigo.
As pressas entro pela porta pela qual saí e me deparo com Sasha
parada de olhos arregalados enquanto os restos de um vaso estão
espalhados pelo chão, a passos largos caminho até ela e ordeno que
não se mexa para que não se machucasse, sem muita dificuldade
ergo seu corpo que se encontra enrolado no lençol. Em silêncio
caminho até o banheiro, coloco ela no chão.
— Ahh anjinho você não vai querer ir por esse caminho não é
mesmo?
Desperto sentindo uma de suas mãos grandes envolta ao meu
corpo e a outra sobre minha cintura pressionado aquele local de
forma intensa e brusca, não me atrevo a abrir os olhos, não quero
que ele saiba que já estou acordada. Minha vontade é de gritar com
ele e mandá-lo tirar suas mãos sujas do meu corpo. Não entendo
como eu pude corresponder às investidas dele ontem quando
mantínhamos relações.
Ele me fez sentir coisas inexplicáveis, ele fez meu corpo queimar
em brasa e meu subconsciente mergulhar no mais profundo prazer,
cheguei até achar que ia desmaiar com todas aquelas sensações.
Me sinto tão suja e vulgar por ter o correspondido sendo que
nosso casamento não passa de um negócio para ele, sinto que estou
traindo a memória do meu pai, porque isso está completamente
contra os princípios que me foram transmitidos.
Sei que não devia fazer isso mas eu saio da cama e fico parada
com as mãos apoiadas na borda da mesma. Deus estou parada feito
um bicho assustado, não sei o que fazer ou onde ir, onde tocar e
onde não.
Não sei quanto tempo fiquei parada com medo de avançar algum
passo e me machucar, até que finalmente ganho força e dou alguns
passos a frente, estava indo tão bem até que esbarrei em algum
objeto de porcelana que imediatamente caiu e se espatifou, o
barulho foi tão alto que com certeza quem estivesse a cem metros ou
mais ouviria, o susto foi tão grande que fiquei estática com as mãos
na boca após soltar um grito. As vezes me sinto tão inútil.
Quando ouvi a porta bater as pressas fui até o vaso e fiz minhas
necessidades, quando ia caminhar até a pia escuto a porta abrir,
travo no mesmo instante. Ele chega perto de mim e sob meus
protesto desce o lençol que cobria minha nudez, um nó se firma na
minha garganta, tento acompanhar seus movimentos durante o beijo
mas imediatamente acordo quando sinto um se seus braços me
segurar pela cintura e me erguer sem muito esforço, quando
chegamos ao que deduzi ser o box, ele continua com os beijos no
meu pescoço e na boca, quando ele percebe que não está mais
sendo correspondido me aperta ainda mais para perto dele. O choro
estridente que estava preso na minha garganta sai se misturando
com o som da água abatendo o chão do box.
Tento pedir que ele pare, mas ele age como se não estivesse
ouvindo minhas súplicas, quando dei por mim já estava sendo
esmagada na parede fria do boxe, ele vai me machucar.
— Por favor eu não quero, me solta. — Peço antes que seja tarde
demais, ele parece estar possuído. — Me larga seu monstro.
— Si-im eu estou.
Mas aqui tudo isso é possível, sentir o sol abraçando meu corpo, a
água do mar em meus pés e o melhor de tudo é ouvir o som das
ondas e as vozes felizes das pessoas, isso é contagiante.
— Anjo? — Nunca de sua boca o ouvi proferir meu nome, toda vez
que me chama assim é como se estivesse saboreando o mais
saboroso dos néctares, fico me perguntando como seria o som do
meu nome saindo da sua boca. Desde que nos casamos eu me
transformei no anjinho dele, na sua escrava da dor e do prazer. —
Anda saia daí!
Sua boca tapa meus lábios com um beijo feroz e sem delicadeza,
ele está sendo tão implacável nesse beijo que eu já tomei
consciência de que está fazendo isso para me punir, eu mal consigo
buscar o fôlego. Quando vi minha cintura já estava refém de um de
seus braços fortes e meu bumbum estava sendo esmagado pela
mão grande que já explorou todo meu corpo como se de um território
desconhecido se tratasse.
Tento buscar de forma urgente pelo ar mas sua boca gulosa não
deixa espaço para tal, e antes que eu pudesse pedir por ar, sua boca
abandona a minha e minhas costas batem com brusquidão na
parede me fazendo soltar um grito de dor e susto, doeu tanto que
meus olhos marejam e aquela névoa de paixão que já pairava no ar
desapareceu, pelo menos para mim, porque para ele aquilo não
mudou nada é só mais um dos seus jogos de dor e prazer, e rezo a
Deus para que a dor não supere tanto assim o prazer.
Ele me fez enlaçar minhas pernas em torno do seu corpo que sem
dúvidas é bem torneado e banhado de músculos, meu roupão é
tirado do meu corpo e mesmo estando pendurada entre ele e a
parede não foi difícil sentir a peça deslizar pelo meu corpo me
deixando completamente nua para ele. Sua respiração ofegante
queima minha pele da curva do pescoço enquanto suas mãos
apertão minhas coxas suspensas, seu membro duro e excitado
apesar de ainda estar dentro da calça já se faz sentir cutucando
minha entrada que já se encontra banhada pelo néctar do prazer. Eu
juro que eu não queria mas é mais forte que eu.
Meu quadril ganha vida e por conta própria rebola sem pudor
nenhum sobre seu membro quente, mesmo sem querer gemidos de
ansiedade saem de nossas bocas se misturando com barulho que
minhas costas fazem a cada vez que ele me prensa na parede com
mais força, estou tão entorpecida que não paro de rebolar. Só quero
que essa vontade acabe de uma vez.
Quando ele tira seu membro de dentro da calça posso sentir meus
músculos vaginais se contraírem pela perspectiva de recebê-lo
dentro de mim.
Calábria, Itália
— Eu vou. Eu juro.
— Oi! — Ela tem uma voz tão doce e calma e parece ser bem
jovem.
— Scott, está tudo certo para amanhã? — Acho que ele está
falando no celular — ótimo, chegarei em Nova Iorque no jato do meu
sócio no meio da tarde e a noite viajarei para Seattle, prepare meu
jato.
Seattle, Washington
Essa é uma das poucas vezes que janto com meu marido. Após
me arrumar e me vestir devidamente Morgan me acompanhou até a
sala de jantar, pelo que ela me disse essa casa é enorme e eu vou
levar um certo tempo até saber onde ficada cada cómodo e objeto.
Sem falar uma única palavra ele segura minha mão, mesmo sem
dizer nada eu entendo que tenho que ficar em pé, começamos a
andar, e a cada passo eu sinto meu coração se apertar porque não
sei o que me espera.
O medo triplica quando o trinco da porta soa no ambiente.
— Agora quero que pense numa palavra que irá usar a cada vez
que viermos para o quarto de jogos, e tem um porém. Você terá
direito a usar apenas dez vezes a palavra de segurança nas
primeiras dez secções que fizermos. Sobre a palavra, escolha algo
do seu agrado, algo que se identifique com você, você tem um
minuto — por longos trinta segundos torturantes eu pensei mas o
desespero parece ter bloqueado a minha capacidade de raciocinar e
formular palavras.
Fico atenta a cada movimento seu, não sei o que segue a seguir,
mas sinto seu olhar queimar minha pele e me deixar ainda mais
ofegante seu olhar é tão profundo que eu sinto que posso vê-lo com
os olhos da alma.
Em um par de minutos os dois ficamos em silêncio, eu perdida em
meus pensamentos e ele sem dúvidas apreciando a obra de arte.
Como um robô meu corpo treme ao mesmo tempo que meu ventre
se contrai e meu clitóris vibra me fazendo quase desfalecer
pendurada.
Eu mal me recuperei do orgasmo intenso e minhas pernas foram
levemente afastadas e antes que pudesse respirar direito um golpe
ligeiro acerta meus lábios vaginais provocando um barulho
características de quando algo molhado é golpeado .
— Deixe vir anjo — assim que ouço essas palavras meu corpo
treme intensamente que se não estivesse sendo segurada estaria no
chão agora, tremo tanto que minha consciência está quase me
abandonado, nunca senti algo assim essas reações me fazem gritar
e chorar, ao mesmo tempo que minha intimidade liberta o xixi sem
meu consentimento e mesmo quase desmaiando Christopher dá
mais algumas estocadas e se derrama dentro de mim sem se
importar de apertar meu bumbum dolorido, apenas solto um
resmungo porque estou fraca demais para tentar protestar ou fazer
qualquer outro movimento brusco.
Isso não pode se repetir, jurei que a história não ia se repetir e que
eu me moldaria e seria imune a fazer com que alguém ocupasse um
lugar proibido na porra da minha vida fodida. Após o banho coloquei
uma calça moletom e quando olhei o relógio ele marcava cinco e
meia da manhã, para alguém como eu que já está a acostumado a
não dormir não me admira.
Aprecio minha esposa que dorme serenamente como o anjo que
ela é, seus cabelos negros espalhados pela cama enquanto sua
respiração sobe e desce mostrando a curva dos seios gostosos que
ela tem.
Seguro sua mão quente, a faço levantar mas antes disso ela
protesta mas finalmente me obedece, juntos caminhamos pelo
corredor onde fica nosso quarto até um cómodo que mandei decorar
especialmente para ela, em meio a tantas cores sombrias, o lugar
aonde a estou levando é totalmente o contrário, tem muita luz
transmitida pela cor branca das paredes e dos móveis e também
grandes janelas de vidro por onde entra a luz solar nas manhãs em
que Seattle não está envolvida em nuvens nubladas.
A guio até o banco de frente para o piano dela, mandei trazer ele a
dias atrás da Rússia, o instrumento é tão branco que o vestido dela
se camufla nele, guio seus dedos ágeis sobre o teclado e ela fica
visivelmente emocionada ao sentir o marfim em seus dedos, depois
de alguns instantes me agacho para falar no seu ouvido.
Não sei quanto tempo fiquei ali a comtemplando, mas foi tempo
suficiente para saber que não importa o meio pelo qual nós nos
unimos, de uma coisa eu tenho a certeza, ela será minha para
sempre, até o fodido do mundo acabar.
— Eu nunca disse isso anjo, apenas disse que faria de tudo para
que você me aceitasse e se entregasse a mim sem qualquer
barreira, por bem ou por mal. Lembra? — Minha boca esbanja um
sorriso forçado ao perceber que meu anjinho não sabe onde se
meteu ao dizer sim na frente daquele altar, na verdade ela não teve
opção, mas mesmo assim ela ainda não sabe que está fodidamente
casada com um filho da puta.
Com apenas uma mão segurei sua cintura por trás e a suspendi
do chão sem separar nossas bocas, a coloquei sobre a cauda do
piano e intensifiquei ainda mais o beijo e minhas mãos não param de
percorrer por suas coxas e também de as apertar, largo seus lábios e
percorro o caminho do pescoço até sua virilha espalhando beijos,
lambidas e chupões. Sem sua autorização abri suas pernas sem
nenhuma delicadeza expondo sua buceta extremamente molhada e
rosada para mim, ela está tão excitada que posso ver o clitóris
pulsando ansiando por mim.
Dei uma soprada nela, isso foi suficiente para minha esposa
estremecer e soltar um gemido nada tímido, após vislumbrar o
quanto ela também me quer, passo minha língua no meio das suas
dobras escorregadias, e ela solta gemidos ainda mais altos e as
lágrimas que quase iam transbordar por seus olhos não existem
mais, sugo sua buceta como se fosse o mais delicioso dos néctares,
o que não foge da verdade, porque ela é doce e exala a fragrância
mais exótica de todas.
Quando finalmente sinto que ela está prestes a gozar minha boca
abandona seu centro do prazer volto a carregar seu corpo, mas
antes disso ouço seu protesto e isso me agrada. A levo em meus
braços até uma das extremidades da sala e a prenso na parede sem
delicadeza nenhuma, abro suas pernas e me acomodo nelas
buscando meu pau pulsante, e como se estivesse necessitando de
uma droga tiro ele de dentro da calça, já lambuzado de pré sémen.
Solto um gemido longo quando meu pau rochoso passa por seu
canal quente e apertado.
— Eu-eu Christopher — Meu nome sai tão trémulo por sua boca
enquanto sua buceta se contrai e aperta meu pau até ela se
desmanchar por completo em meus braços, trémula, exausta e como
sempre corada e envergonhada.
Sem muita opção fiquei ali sentada em silêncio, ficar sentada o dia
todo no piano já estava me deixando meio cansada, e sem ninguém
para me ajudar não posso trabalhar em novas composições. Meus
livros todos em braille ficaram na Rússia, logo, aqui não tem mais
nada para fazer.
— Aqui está seu celular novo. Ele já está programado para tudo
que você precisa. Funciona através do comando de voz, algo que
com certeza você já sabe usar e também sabe as funcionalidades do
aparelho. Os contatos da sua amiga, o meu e do seu irmão já estão
gravados. São as únicas pessoas para quais está autorizada a ligar.
— Sinto seus dedos alisando minhas bochechas — mas você não irá
depender durante muito tempo disso, afinal de contas fará a cirurgia.
— Não! Por favor, eu não quero fazer a cirurgia Christopher — ele
nem me deu ouvidos e saiu andando me deixando falar sozinha —
Christopher! Christopher!
— Sim Morgan.
Ele nem me deu tempo para falar com minha amiga, eu fiquei
inerte pensando que nem percebi que tanto tempo tinha passado.
Perguntei pra Yeva como ela soube que eu estava casada, e então
ela me contou que viu nas manchetes dos maiores jornais e revistas
dos Estados Unidos, segundo ela não tinha como um homem como
Christopher se casar e o mundo não saber, sendo um dos homens
mais ricos do país, e sendo que na cerimônia estiveram presentes
diferentes personalidades do mundo todo. Ela disse que ligou para
os pais para confirmar a informação, e foi isso que eles fizeram,
lembro que a mãe dela foi um grande consolo para mim no dia da
cerimônia.
Das vezes que fomos para aquele cómodo ele obrigou meu corpo
a fazer cada coisa, que as vezes duvido se em alguma dessas vezes
sairei viva de lá. E o pior de tudo é saber que enquanto ele me inflige
dor ele apenas retira de si de forma moderada seu espírito sádico, eu
sinto que ele pode ser ainda mais sádico e cruel do que já é, ele
apenas está se controlando, na verdade sinto que ele usa o quarto
de jogos para controlar algo ainda maior que mora dentro dele, algo
que duvido muito que eu possa suportar ou aguentar, ele guarda um
monstro que sei que se for liberto irá me esmagar da pior forma
possível.
— E você quer ir? — Volto a realidade com essa pergunta
pairando no ar — ah anjo você é uma caixinha cheia de surpresas.
Eu não estava pensando em ir hoje, mas com esse convite tentador
eu não posso recusar — não, o que eu fiz? — Vá se preparar, já
sabe como a quero.
Ele segura minha mão, mas diferente das outras vezes onde ele
costuma me algemar e me deixar pendurada, apenas me encaminha
até um canto, dou um tremelique quando minhas costas entram em
contato com alguma superfície gelada, meus pulsos são erguidos e
presos em uma espécie de algemas separada pois meus braços
tomam uma distância um dos outro entre meu corpo, sopro o ar
quando minhas pernas são abertas de forma bruta e presas pelos
calcanhares também por algemas de couro.
Antes que pudesse continuar com isso ouvi aquele objeto que já
me proporcionou orgasmos impossíveis de descrever fazendo aquele
som característico, um vibrador, foi isso que ele me falou. Assim que
o objeto desliza sobre minhas dobras e toca meu centro de prazer eu
perco a noção de tempo e espaço, meu quadril não para de mexer
querendo cada vez mais sentir aquela fricção. Gemo e choramingo
porque sei que não posso chegar ao ápice do prazer sem antes ele
autorizar.
— Anjo, você adora me dar prazer não é? Falei para você gozar?
— apenas nego com a cabeça e já é impossível segurar no choro,
ele vai me punir — Então vamos a sua punição.
Respiro fundo para controlar o que está crescendo dentro de mim,
ela tenta se desculpar trazendo justificativas aceitáveis pelo fato de
ter feito algo sem minha prévia autorização. A quem eu quero
enganar, no fundo eu faço o que faço com ela para que saia da linha
e me desobedeça e dessa forma eu possa a punir. Neste jogo eu
prezo completamente pelo contrário, não quero que ela me venere
como seu Dom, apenas quero tirar o pior dela, quero que ela me
desafie a cada vez que ordenar algo, quero que ela me odeie a cada
vez que eu demonstrar algum tipo de afetuosidade quero que grite
de dor toda vez que quebrar a porra das regras para que eu a puna,
porque para mim isso é uma necessidade. Preciso a fazer sentir dor
para que a ferra dentro de mim se acalme, a minha sobrevivência
também depende disso, mas necessito lhe dar prazer também,
porque a desejo como nunca desejei outra.
Seguro nas duas peças de prata, mesmo sob efeito das luz led,
elas reluzem como duas joias devido aos diamantes cravados neles.
As pontas por onde os mamilos são apertados são revestidas de
uma material capaz de esmagar os bicos dela, se assim eu quiser,
mas não é isso quero, pois ainda desejo imensamente chupar eles
inteiros e pontudos como sempre foram.
Após fechar a gaveta por onde tirei os prendedores, dei mais uma
olhada no meu anjo, o bichinho está quase tendo um colapso de tão
assustada, a grelha onde a mantenho presa deixa seu corpo
completamente exposto, ela está completamente aberta para mim.
Seu corpo demonstra o quanto está exausta, por ficar nesta posição,
o que ela não sabe é que ainda existem dezenas de posições para
imobilizar seu corpo do jeito que desejar, deitada, sentada,
ajoelhada, parada, de pernas abertas ou fechadas, encima ou em
baixo. E ela irá passar por todas elas.
— Por favor está doendo, tira — imediatamente tirei meu dedo pra
prestar atenção no real trabalho que aqueles prendedores fazem, a
região ao redor dos mamilos está ficando cada vez mais
avermelhada devido a pressão que está sendo feita nos mamilos —
está doendo.
De novo o silêncio. Será que ela está dormindo? Pra tirar minhas
dúvidas levanto do sofá e vou em direção às escadas que dão
acesso ao andar de cima. Caminho pelo corredor até que vejo a
porta do nosso quarto aberta mas a escuridão toma conta dele.
Provavelmente hoje ela cansou de me esperar, empurro a porta e
vou até o interruptor para ligar as luzes, assim que o faço quando me
viro para nossa cama o que vejo nela me choca de tal forma que
cambaleio devido a tonteira e me seguro na parede.
— Stacy amor! Fala comigo baby — sacudi seus ombros até que
vejo seus olhos castanhos abrirem de vagar, seus cachos cheios
estão espalhados pelo travesseiro, seu rosto cor de chocolate está
cheio de hematomas, ela tenta falar alguma coisa mas a obrigo a
ficar calma, seguro no celular para ligar para o 911, mas seu rosto de
medo olhando para o próprio ventre também me fazem vidrar essa
região. Não.
Sangue.
Faço mais força e apoio todo meu peso num único braço mas
antes de fazer qualquer movimento papai levanta a mão e apenas
nega com a cabeça, ele está dizendo para eu ficar onde estou,
minhas lágrimas fazem meus olhos arderem ainda mais.
— Papai não por favor — ele faz um sinal com a mão como se
quisesse me mostrar algo em seu pescoço, mas não me detenho
nisso porque a única coisa que quero é que ele saia dali e me leve
para casa para festejar o resto do meu aniversário como
combinamos mais cedo. Seus olhos marejados me olham com
admiração e com amor, antes que eu pudesse ver mais alguma coisa
ele diz que me ama de forma silenciosa e isso me faz chorar
copiosamente porque sinto como se fosse uma despedida. Em
segundos uma luz forte veio do carro e um vento forte atirou meu
corpo para ainda mais longe, quando consegui recobrar um pouco a
consciência, apesar da minha visão estar desfocado eu podia ver as
chamas consumirem o carro no meio da estrada.
— Papai — estou tão fraca que mal consigo chorar, tudo está
doendo e minha visão está cada vez mudando a cor, e meu corpo
não para de tremer devido a extrema baixa temperatura de São
Petersburgo durante as noites.
De repente uma sombra apareceu bem ao meu lado, não podia ver
seu rosto mas percebi que a pessoa está me olhando — pai!.
Limpo as lágrimas que não param de sair por meus olhos, é assim
toda vez que essas memórias se apoderam de mim. Cada
acontecimento daquele momento depois do concerto nunca saiu da
minha cabeça, cada som, cada gesto e cada imagem. Tudo isso
continua vivo dentro de mim, mesmo depois de quase cinco anos
terem se passado. E o pior de tudo também veio quando acordei no
hospital e me disseram que meu pai tinha morrido e que eu tinha
ficado cega. Naquele momento eu não queria acreditar eu achei que
não sobreviveria em minha situação, porque eu estava devastada
naquela época, num minuto você presencia uma explosão e no outro
você acorda e não enxerga nada, nem mesmo a escuridão, você vive
num mundo oco e sem cor.
Ele não me deu tempo para nada e minha boca foi esmagada em
um beijo urgente e agressivo, eu mal consigo respirar direito porque
ele está roubando todo o meu fôlego. Meu casaco é rasgado com
urgência, e isso está me deixa assustada. Suas mãos apertam meus
seios me causando dor, uma vez que meus mamilos não estão cem
por cento recuperados.
Eu o odeio
De vez em quando ela pode sair para passear pelo jardim mas sob
supervisão dos guardas e se o dono de seus pesadelos permitir. O
homem que ela mais odeia e deseja mais que tudo matar a faz refém
a anos, tempo suficiente para ter lhe quebrado e o pior, e tudo o que
mais odeia nele é fato de a torturar com coisas que acontecem fora
dos muros, ela odeia quando ele abre aquela boca asquerosa para
falar do sofrimento das pessoas mais preciosas da sua vida.
Os seus tesouros.
É assim que ela se refere a eles. Jurou para si mesma quando foi
ali trancafiada que um dia ainda contemplaria os olhos dos seus
tesouros, nem que fosse a última coisa que faria antes de ser
aniquilada. Diferente das outras manhãs lembrar que ainda existe
vida lá fora a faz reviver um dos dias mais importantes da sua vida.
O amor que sentiam um pelo outro era visível aos olhos de todos,
um amor genuíno e puro, duas almas que resolveram se unir pela
vida toda, era esse o sentimento que todos sentiam naquele
momento.
A única voz que ela ouve a anos chama sua atenção a tirando da
pouca felicidade que sentia recordando de suas memórias felizes o
sorriso que estava estampado no seu rosto some imediatamente ao
ver seu raptor postado a observando.
Continue!
Aquela voz, aquela outra parte de mim que chamo de ferra grita
dentro da minha cabeça, me deixando ainda mais estragado do que
já estou, posso sentir a podridão vindo de dentro de mim, eu sou
mesmo um doente filho da puta que não merece uma coisa preciosa
como essa, mesmo não a merecendo eu a quero. Se é isso que as
pessoas chamam de ser egoísta, então não me importo de sê-lo.
Sou um maldito egoísta filho da puta.
O corpo dela não para de tremer em meus braços, minha ereção
baixou momentaneamente assim que recobrei a consciência e voltei
ao controle, baixo seu vestido marrom enquanto isso ela continua se
encolhendo em meus braços, merda.
Meus lábios tocam de forma delicada sua testa enrugada, ela
provavelmente está confusa com minha mudança repentina, não a
culpo eu sou inconstante demais que às vezes também não me
entendo.
Nos últimos dois dias eu evitei minha esposa, não queria ficar em
sua presença enquanto a lembrança da outra me assombrava, não
quero que essas duas partes da minha vida se misturem e muito
menos se confundam, meu passado fez o que sou hoje, ele dita as
minhas ações hoje em dia e por mais que eu não queira Sasha ficou
com o pior de mim, enquanto a outra teve de tudo de bom que eu
podia sentir, ser e dar.
Minha falecida esposa dizia que todo ser humano é feito de amor,
e todos podemos dar e receber amor, basta querer, leigo engano ela
teve. Porque ela era o amor em pessoa e mesmo assim ela não
escapou da crueldade do ser humano, agora me pergunto se valeria
mesmo apenas nutrir tal sentimento? Não preciso responder tal
pergunta, pois os fatos são contundentes.
É tão bom ouvir várias vozes, pode parecer estranho mas para
uma pessoas que já viveu boa parte da vida isolada e ainda vive em
isolamento, conhecer Nova Iorque se equipara a um acontecimento
épico. Mesmo depois de ter passado por aquela situação humilhante
no avião não consigo esconder o tamanho da minha felicidade, sei
que Christopher está com os olhos em mim agora, mas não dou
nenhuma atenção, permaneço calada e centrada em ouvir cada
ínfimo barulho que a cidade pode proporcionar.
Sobre o que aconteceu mais cedo, meu coração ainda não está
cem por cento recuperado daquele susto, por um segundo achei que
ele teria a coregem de... de fazer aquilo comigo, me obrigando.
Agora estou animada mas um pouco insegura em ficar com ele,
Christopher é um homem muito inconstante, num segundo ele está
calmo e silencioso e no outro ele é pura raiva e a explosão em peso,
e não sei se tenho capacidade para suportar toda essa carga dele.
— Não senhora. Seu esposo avisou que não irão precisar de mim
hoje a noite.
Pelo caminho Rosa Angélica falou com uma amiga que disse que
tinha um primo que podia nos ajudar a sair de Nova Iorque. Nos
desfizemos de alguns dos nossos pertences, como celulares e as
joias para que não fossemos rastreadas, apenas ficamos com o
dinheiro e as roupas. Mesmo transparecendo uma certeza
inexistente uma luta incontrolável se formava dentro de mim, para as
meninas eu era a mais centrada a menos medrosa aquela que
carregava coragem.
Mas não vou deixar esse lado vencer, porque eu ainda existo e
vou lutar com todas as forças para que meu corpo esqueça que já
gostou de sentir dor. Eu vou me resgatar, vou resgatar o meu eu que
estava sendo contaminado por um sádico doente, que num momento
me tratava como a mais delicada flor e no outro momento me via
como seu objeto de prazer. Porque ele sentia o mais absoluto prazer
em me ver exaurida após intermináveis minutos de chibatadas e
gritos de dor e prazer, ele entrava em êxtase quando me via tremer
de prazer ao mesmo tempo que fios de sangue escoriam por alguma
parte do meu corpo.
— Amiga fica calma. Não vai acontecer nada, agora nós temos
uma a outra para proteger não chora por favor.
Não sei se algum dia voltarei pra Rússia, mas espero que isso
aconteça. Porque toda minha história está lá e a dos meus pais
também. Meu irmão está lá, e sei que apesar de ser um
inconsequente ele irá sentir minha falta e eu também, ele é minha
única família. Lembrar dele me aperta o coração, mesmo depois de
tudo o que ele me fez o chamado do sangue é mais forte que
qualquer desavença que tenhamos tido.
— Uma vez que está tudo dito sobre o contrato, acho que
podemos retornar ao salão de festas — os dois homens me olham
sem entender como eu si e a conversa está te minada se eu mal
prestei atenção ao que falavam e não escondi para ninguém que não
estava com a mínima vontade de intervir em alguma coisa, minha
assinatura é suficiente. O quero nesse momento é levar minha
esposa e ir embora de uma vez e sair dessa maldita cidade.
Depois de mais algumas minutos finalmente estávamos assinando
os contratos. Enrico irá se associar a nossa empresa virada á
construção e produção de armamento militar que por acaso a GENIS
tentou comprar. Porra, tinha me esquecido desses malditos e sinto
que então armando alguma nesse momento e essa desistência ema
relação a mim sei que é só fachada.
No momento em que os três íamos sair da sala Bruce chefe de
segurança do Nicholas adentra com uma cara nada boa e anuncia
que a esposa do Nicholas sumiu, isso não me afetou em nada. Mas
no momento em que ele disse categoricamente que Sasha e a
esposa do Enrico também desapareceram eu fiquei em alerta.
Sei que onde quer que ela esteja não para de pensar em mim, seu
corpo irá sentir falta de mim e da libertação que posso a
proporcionar, cada maldito por dela irá implorar por mim assim que
sua mente devolver cada momento de puro prazer que tivemos e
principalmente ela sabe que a qualquer momento eu a trarei de volta
nem que seja arrastada pelos cabelos, ela sabe que essa fuga não é
para sempre.
Soco mais uma vez com toda força possível o saco de pancada
enquanto lembranças e fantasmas do passado fervem como nunca
em minha cabeça. Mesmo banhando de suor e quase cansado nada
me distrai nada tira essa lembranças da minha cabeça, e sei mais do
que nunca o motivo disso estar acontecendo, é sempre assim
quando uma certa data se aproxima, é como se minha mente
tomasse o controle de meus pensamentos automaticamente assim
que meu corpo começa a sentir os primeiros resquícios do outono,
definitivamente outono não é a minha estação predileta em todos os
sentidos possíveis.
Fraco!
Meto nela com toda força enquanto minhas mãos apertam suas
coxas deixando marcas de dedos e minha boca sedenta não para de
chupar os mamilos rosados e durinhos. Ela grita meu nome enquanto
sua buceta me aperta ainda mais internamente a sensação de tê-la é
tanta que fico extasiado que passar meu pau naquele entrada
maravilhosa dá a vontade de nunca querer gozar, mas fica
impossível quando seus músculos vaginais praticamente espremem
meu pau de tal forma que gozo urrando feito um homem das
cavernas.
— Anjo, anjo parece que você terá que voltar para casa o mais
rápido possível. Não quero imaginar o que a fera fará se fosse não
voltar.
Já mandei prepararem o jato e provavelmente chegarei a
Washington apenas ao amanhecer uma vez que o relógio marca
nesse momento nove na noite.
Me concentrar no trabalho me fez sair um pouco da realidade e
escapar das empreitadas a que minha mente me submete. Se
alguma vez fiz algum tratamento para isso? Obviamente, o que não
resultou em nada, as vezes acho bom que as lembranças do passos
me atormente, porque isso faz eu me sentir vivo é como se eu
necessitasse disso para saber que existem pessoas que não
merecem viver nesse mundo. E mais uma vez ter de enfrenta-los.
— Então pode falar — ele se senta num dos sofás após tomar em
apenas um gole a dose de whisky que tinha o servido.
— Não sou a porra de um detetive e sei muito bem que você tem
como contratar os melhores nesse ramo para achar seu mais novo
brinquedinho.
— Até agora não me arrependo de ter matado nenhum dos que fui
designado a matar. Ele é outro obcecado pela esposa. Te dou um
conselho não se vicie nela, você sabe que no final vai se foder feio.
Você e os outros dois. — Até hoje a norte da sua família o afetou de
forma drástica, as vezes que ele se importa menos com a vida do
que eu.
Seattle, Washington
Já me foi dito que o que tenho não tem nada a ver com trauma, e
sim auto sabotagem, ou seja, segundo as avaliações médicas eu
tenho tendência a me auto deflagrar por um incidente que de certa
forma não tinha como evitar. Mas eu sei que isso não consta a
verdade, eu sei e conheço minha culpa no que aconteceu aquela
noite. Assumo a minha culpa, e meus pensamentos não são
tendenciosos a auto sabotagem, simplesmente não posso viver
enquanto aqueles que conspiraram e ajudaram o homem que me
concebeu a destruir a chance que eu tinha de voltar a viver, não
quando após anos vivendo sob as ordens daquele doente eu
finalmente tinha encontrado um motivo para viver, não quando as
vidas dos centros da minha naquela época foram ceifadas sem
piedade ou humanidade alguma.
— Não senhor Parker, não é isso que quero saber. Quero que me
diga se de alguma forma o casamento mexeu com seu interior, seu
coração e sua mente por exemplo — com as minhas mãos juntas e
com meus cotovelos apoiados nas laterais da poltrona apenas penso
em uma resposta que não irá delongar mais esse assunto sobre
minha vida conjugal.
— Então você considera ela como sendo sua âncora? — Ela não é
minha âncora, com certeza não. Ela é aquela que desperta a
perversão total existente em mim.
Morte
— Porquê morte?
Após me despir entro e no box, sinto a água fresca cair sobre mim
e solto até um gemido de satisfação devido ao calor intenso que
estava sentido, bem diferente da Rússia.
Eu e Emanuelle é que fomos fazer as compras, as duas
trabalhamos em uma escola no período da manhã até mais ou
menos o meio-dia, Rosa Angélica trabalho em tempo integral numa
biblioteca por isso ela só voltará mais tarde, á nossa saída da escola
eu e a Emanuelle fomos ao super mercado fazer algumas compras,
por ela estar numa fase crítica da gravidez eu carreguei as compras
todas pesadas sozinhas.
Sinto tanto pela minha amiga, ela está sempre cansada e com
dores e o pior o tempo todo pensando nas consequências da nossa
fuga. E eu a entendo.
Sinto que ele sabe que a todo momento estou pensando nele, ele
sabe que me angustia essa incerteza sobre o amanhã. Mas eu tento
ser forte por minhas amigas pois quero que elas tenham um pouco
de paz e sossego em sua vidas como gestantes. Tem dias que é
difícil segurar as lágrimas e gemidos de desespero. Por muitas noites
enquanto as meninas dormem eu me entrego a dor e a tristeza nas
lágrimas, eu sou humana e sentir é o que me torna um ser racional.
Respiro fundo para repelir a melancolia que tenciona se apoderar
de mim.
— Sim pelo que você falou eram realmente felizes. — falo sentindo
um nó na garganta.
— E você? Nunca me falou da sua mãe. O que ela faz? Onde ela
está?
— Qual seu pensamento hoje sobre a morte da Stacy e do seu
filho?
— Sasha! Você está bem? — não, porque eu não tenho uma mãe
como você teve Emanuelle. Respondo grosseiramente dentro de
mim, e é lá onde essas palavras permaneceram, porque eu nunca
diria isso para minha amiga.
— Não vou negar me parte o coração não ter crescido com minha
mãe ao meu lado. Meu pai sempre evitou falar sobre a minha mãe,
ele sofreu bastante com o desaparecimento repentino dela, e por
causa disso ele se transformou num homem distante meio frio. Mas
ele se esforçava para ser um bom pai. Quando ele se casou com a
minha madrasta eu devia ter apenas uns quatro ou cinco anos de
idade, e fiquei tão feliz, porque finalmente achei que teria uma mãe e
de bônus eu tinha ganhando uma irmã. Com o passar do tempo
minha madrasta deixou bem claro que não era minha mãe e que
nunca seria. Lembro que esse dia eu chorei tanto, eu tinha apenas
seis anos quando ela finalmente destruiu meus sonhos de ter uma
família perfeita, porque para mim ela era minha mãe e perguntei ao
Dimitri porquê que nossa mãe não gostava de mim e apesar de novo
naquela época Dimitri já era crescido se comparado a mim, e foi
então que ele me disse que aquela não era nossa mãe, ainda lembro
muito bem das suas palavras duras" aquela mulher não é nossa
mãe, nossa verdadeira mãe é uma vadia que nos abandonou" foi o
que ele disse.
— Depois disso eu finalmente me conformei. Mas sabe as vezes
eu sinto que nossa mãe não nos abanou eu sinto que por algum
motivo de força maior ela teve que ir embora. As vezes sonho com
ela enquanto escuto ela pedindo por ajuda.
— E seu irmão? Acha que hoje em dia procuraria por vossa mãe?
— Da última vez que falei sobre nossos pais Dimitri fechou a porta
do quarto dele na minha cara.
— Essa sua irmã não sabe o que está perdendo ao ter você como
irmã. Eu ia adorar ter uma irmã como você. — e não estou mentindo,
daria qualquer coisa para ter uma irmã tão meiga e carinhosa quanto
Emanuelle, — falando em irmã, já pensou no nome para o bebê?
Mas porquê imagina-lo com outra, está sendo tão doloroso para
mim? Se o que mais quero é ficar o mais longe possível dele, porquê
minha mente me leva a pensar nele a todo o instante?
— Quem é?
— Uma senhorita, ela diz se chamar Yeva Petrova, diz ser Amiga
da senhora Parker — deve ser a filha de um dos membros da máfia
russa, quando mandei investigarem o Dimitri, li no relatório sobre a
irmã alguma coisa sobre essa amiga dela, parece que as duas
praticamente cresceram juntas. Não me importa em nada a presença
dela qui, mas estou curioso em saber o motivo da visita.
— Bom, então eu vou indo — sedo espaço para ela passar e antes
que ela alcance a porta de saída chamo sua atenção.
Assentindo ela se despede e vai embora, não foi difícil deduzir que
ela achava que matei minha esposa, vivendo na máfia acho que as
mulheres esperam de tudo lá dentro, só queria assegurar a ela que
a amiga estava viva, mas não sei se na sua volta ela estará inteira
quando eu puder minhas mãos nelas.
Coloco minha mão no interior da banheira para sentir a
temperatura da água, que por sinal está gostosa de sentir. Lá fora
chove como nunca tinha visto aqui em Cuba. Brinco um pouco com a
espuma que se encontra sobre a água enquanto o cheiro aromático
dos sais de banho domina todo o espaço do nosso banheiro.
Ele não é nenhum homem das cavernas, mas ele não tem nada de
sensível. Eu não sei nem a metade sobre a vida dele antes de nos
casarmos ou até mesmo coisas sobre seu dia a dia, apenas sei o
básico, que ele é dono de banco, é americano, rico, influente, sádico,
doente da cabeça. Apenas sei coisas que quase todo mundo sabe
dele, mas ele nunca me deixou saber mais além disso.
Ele esbraveja.
Lembranças do passado
— Chris! — A voz fraca, o esforço que ela fez apenas para chamar
meu nome faz eu me sentir completamente estraçalhado por dentro.
Pela primeira vez algo estava dando certo na minha fodida vida, e
mais uma vez eu teria que aprender a perder.
— Amor, não se esforce, fica tranquila estamos quase chegando
no hospital — precisamos chegar, ou eu nunca vou me perdoar.
Presente
— Senhor Parker!
— O que vocês querem agora? Já falei que não voltarei pra porra
da vossa organização. — Hoje eles estão em número de dois,
mantemos uma distância de cerca de três metros.
Pelos vistos ainda existe algo que posso usar como arma contra
eles, preciso achar esse pendrive, sem dúvidas é algo que pode
acabar com eles, senão não estariam tão preocupados em encontrá-
lo.
De volta ao presente
Merda
Posso ser tudo o que as pessoas quiserem mas não sou infiel,
quando faço um juramento é para cumpri-lo, eu cumpro a risca com
os meus compromissos.
— Como pode ver elas estão ótimas, vivendo uma boa vida longe
dos três maridos possessivos. Eu já fiz minha parte o resto é com
você. Como pôde ver elas estão em San Tiago del Cuba, uma
pequena cidade localizada na região sul de Cuba. É um lugar calmo,
sem grande nível de criminalidade e a atuação do cartel no lugar é
quase impercetível.
— A GENISIS?
— Merda! Pelos vistos as nossas buscas por algo que irá destruí-
los continuam.
Meu dono tem toda razão quando afirma que eu viveria sob seu
jugo até o dia que um dos dois parar de respirar, e ele adora me
torturar com isso, e minha única resposta para suas provocações é o
meu silêncio. A única coisa que me dá certeza de que continuo
respirando são as lágrimas que derramo todos os dias a cada vez
que lembro dos meus tesouros, e me corrói saber que agora eles
estão sozinhos, sem mim e sem o pai.
Meu dono me contou que ela se casou, quando recebi essa notícia
fiquei tão contente porque de alguma forma minha filha teria uma
família de verdade, mas ele não demorou a estragar minhas
imaginações ao me lançar que o marido da minha filha era tão sádico
quanto ele, que ela também está sofrendo o mesmo que eu, porque
foi vendido pelo próprio irmão a esse homem que hoje em dia é o
marido dela.
Chorei por noites imaginando o quanto ela tem sofrido, ela é só
uma menina. E não fazer nada por ela está me matando, fico
imaginando todas vezes que ela chamou por mim enquanto chorava
mas eu não estava lá. As vezes desperto durante a noite ouvindo
seus choros de menina, e não sei se isso é realmente uma
premunição ou é apenas a minha mente brincando cruelmente
comigo.
Bichinho.
Meu corpo reage assim que sinto sua presença atrás de mim, seu
perfume inconfundível é o único aroma que perdura no ar. Não me
incomodo em me virar para ter a certeza de que é ele. Apenas
espero por ele, reagir é a pior coisa que posso fazer agora.
Ele me vira de frente para ele e dou te cara com seu peito nu, e
assim começa mais uma de minhas torturas. Ele usa meu corpo de
forma que bem entende e que satisfaça seus instintos predatórios, e
eu, aceitei tudo em silêncio. Em algumas vezes ele me obriga a
correspondê-lo e noutros momentos ele não liga que esteja
penetrando uma morta viva.
— Quero que fique linda, do jeito que você sabe que eu gosto. A
nossa visita deve estar prestes a chegar.
Visita?
Todo esse tempo que ele me mantém presa aqui nunca deixou
ninguém me ver, várias vezes parada naquela janela eu vi muitas
pessoas chegarem aqui, algumas levando muito tempo e outras nem
tanto. E hoje ele me diz que teremos uma visita? Essa ideia me
arrepia porque sinto que isso não irá me deixar feliz.
Faz muito tempo que não tanto medo, mas agora sem saber o que
vem a seguir eu tremo em antecipação.
— Sente-se — me indica uma poltrona aveludada de cor preta
com alguns detalhes dourados. Sem resistir me sento nela, e assim
tenho a visão da entrada da sala de estar. Parado atrás de mim ele
não para de alisar meus cabelos. — Espero que em breve você
acabe com essa mudez, afinal de contas tenho assuntos a discutir
com você, mesmo seu silêncio me agradar tanto.
Genro?
O tom nada amigável que ele usa para chamar a atenção do meu
dono me diz que nesse momento estou no meio de uma guerra entre
dois demônios.
Merda
E por causa do seu histórico violento com a GENIS ele teve que
entrar no avião disfarçado de assistente de bordo. Não podíamos
arriscar dele ser visto entrando no mesmo jato que eu, sabemos que
estão me vigiando.
Antonín Zimmerman
Seu nome está escrito como título da extensa biografia dele. Aqui
diz apenas que ele é um investidor em diferentes áreas do mercado
que sejam rentáveis para ele e para os associados, filho de um
general do exército militar alemão, um homem muito conceituado e
que fez muito trabalho para o sistema nazista que vigorou por anos
na Alemanha.
— Pode ser! A única coisa que tenho certeza é que um dia eu vou
acertar um tiro bem no meio da testa desse desgraçado, e não farei
isso escondido entre prédios ou florestas de roupa camuflada, será
cara a cara e olho no olho a apenas uma distância de um metro. —
Eu sei que ele irá cumprir com o que está dizendo, quando mexeram
com a família dele não sabiam o que estavam acordando.
Assim que entro no quarto, cómodo esse que faz parte do jato, me
desfaço do sobretudo o largando em qualquer canto do lugar. Me
acomodo na cama e imediatamente lembranças do que aconteceu
nessa cama e nas paredes desse quarto a meses durante a minha
dita lua de mel me assolam de forma violenta como uma avalanche.
Fecho os olhos e meu corpo agradece pois está sentido que aos
poucos eu vou cedendo a teimosia de manter os olhos abertos para
que os fantasmas do passado não se apoderassem dos meus
sonhos.
Como uma submissa ela desvia os olhos assim que percebe que
me encarou por tempo demais, o medo estampado, o corpo
contraído assim que ele toca seu queixo para me encarar, dizem
tudo sobre como as coisas funcionam entre os dois.
E sei que ela é muito mais que uma propriedade para ele, senão
não estaria com ela por tanto tempo. Seu olhar possessivo e certa
obssessividade sobre ela me dizem que ela ocupa sobre ele muito
mais que uma posição de uma obra de arte sem vida, e ele esconde
muito bem isso.
Sei que no fundo ele se acha igual a mim, consigo ver o lado
sádico nele, a maldade e frieza brilham nos seus olhos. Podemos até
ter colocado duas mulheres sob nosso jugo de formas nada
convencionais, mas a minha relação com a Sasha envolve muito
mais do que puro sadismo, entre nós existe o que as pessoas
chamam de, química, nossos corpos se comunicam e se entendem
quando entramos no meu mundo juntos, eu conheço todas as suas
sensações os pontos sensíveis do corpo dela.
Mas esse homem, não é igual a mim. Não sou narcisista e muito
menos escravizo seres humanos. Eu não procuro pelo poder.
— Suponho que irá contar pra sua esposa o que viu aqui.
— O que faço ou não faço com minha esposa não lhe diz respeito.
Vamos logo ao que interessa, não pretendo ficar muito tempo na
Alemanha. — Sua gargalhada parece ter saído de algum filme de
terror de tão rouca que é.
Ele tem toda razão, Antonín tem Katia Semyonava como sua mina
de ouro, aquela que ele pode usar para me chantagear em relação a
minha esposa. Mas também a tem como sua ruína, porque do
mesmo jeito que ele a vê como um ser fraco e indefeso ela também
pode ser aquela que pode destruí-lo de alguma forma se ela for uma
mulher inteligente e perceber que o tem nas mãos. Que al invés dela
ser o bicho de estimação dele ela pode se transformar naquela que
detém o poder.
— Como bem disse. Não gosto de rodeios, então vamos logo ao
ponto deste encontro — cruzo as pernas e repouso meus cotovelos
nos apoios da poltrona enquanto busco internamente pelo resto da
paciência que me resta.
Mas não devia sentir, é para isso que estou aqui Antonín já me
disse isso. Mas saber que tem alguém nos olhando enquanto ele não
se compadece com minha humilhação. Suas mãos grandes apertam
de forma ousada minha coxa esquerda, mordo meu lábio inferior
para conter o choro.
— Digamos que eles sabem que tudo isso é para um bem maior —
ele diz isso apertando minha cintura de forma sexual. — Por isso
precisamos do seu banco, preciso confessar, o banco prosperou
mais sob sua gestão. Você conseguiu fazer mais dinheiro do que seu
pai fez em vinte anos como presidente do banco. Não nego que
temos outros bancos á nosso serviço, mas o seu ultimamente tem se
destacado bastante, atraindo as diferentes esferas da sociedade,
não só nos Estados Unidos, mas no mundo todo. É por isso que
queremos que se junte a nós e a nossa causa.
Meu Deus!
As mãos frias como seu coração, que duvido muito que exista,
fazem carinho no meu rosto que mostra o quanto fiquei admirada
com o que o marido da minha filha disse.
— Já falei que a Sasha não tem nada haver com seus jogos
estúpidos — Sasha? Então o nome do meu tesouro é Sasha, então
meu amado colocou nela o nome que nós sempre desejamos.
Não sei se fico aliviada por saber que minha filha não está mais
nas mãos do marido ou com medo por ela, uma vez que está
exposta demais por aí.
Quando ao massacre feito aos seus homens, Antonín se refere a
matança que Dominic fez quando descobriu quem eram os
responsáveis pela morte da sua família. E foi assim que nos
conhecemos, éramos dois homens impulsivos que acabavam de
perder suas famílias, nós só queríamos sangue, e foi isso que
conseguimos
Merda
Filho da puta
Sem falar mais nada ele se levanta ao mesmo tempo que pega o
corpo da mulher em seus braços: — tic toc Senhor Parker. Lhe darei
um tempo para que pense melhor, enquanto isso vou desfrutar dessa
linda mulher.
— Retiro o que disse mais cedo sobre acertar um tiro bem no meio
da testa daquele narcisista filho da puta, eu vou tirar o couro
daquele desgraçado ainda em vida e dar para os crocodilos —
Dominic esbravejo depois da minha chegada na propriedade.
— Não meu caro. Nós precisamos acabar com eles primeiro. Caso
contrário ela não terá mais um marido daqui a algum tempo.
Meus pensamentos nos últimos dias tem me levado a pensar que
preciso fazer de tudo para que a história não se repita, desta vez eu
não vou deixar, não depois de tudo o que perdi. Me ajeito no banco
traseiro do carro enquanto o mesmo percorre o caminho de volta a
minha mansão. Enquanto isso os acontecimentos dos últimos dias
não param de assombrar minha cabeça, e pela primeira vez na vida
eu preciso assumir que o Dominic está certo.
Sangue
— Cara eu sei que sou um drogado filho da puta, mas minha irmã
é importante para mim. Eu não estaria aqui agora se ela não fosse.
Todo os dias eu morro de remorso toda vez que lembro que a vendi a
um doente feito você. Não vim aqui levá-la, só quero saber como ela
está. Fazem meses que não sei nada sobre ela Christopher — sim,
ele realmente parece preocupado com a irmã. E nesse momento ele
não é o único. Apesar de nossos motivos serem diferentes.
— Se isso te deixa tranquilo, sua irmã está ótima, ela apenas fez
uma pequena viagem, mas em breve estará de volta. — Ele me
analisa de forma desconfiada, mas não ligo para o que ele pensa de
mim, suas opiniões no momento não interessam em nada e não me
ajudam a resolver meus problemas. Na verdade os problemas os
quais meu pai me meteu quando resolveu se achar um deus e entrar
naquela organização.
— Depois da cirurgia você pode vir visitá-la. Sem dúvidas ela irá
ficar contente em voltar a ver seu rosto. Apesar do lixo humano que
você é.
— Não falarei mais nada para você Dimitri, espere que eu entre
em contato com você quando eu achar necessário. Você conhece o
caminho de volta á saída — dou as costas para ele e caminho em
direção às escadas, fazendo o percurso até meu quarto. Só o que
preciso nesse momento é uma bebida e colocar meus pensamentos
em dia.
Toda vez que coloco os pés na rua, sinto que sou observada e
seguida em todos os lugares. E isso acaba comigo porque não quero
preocupar as meninas, por isso fico no silêncio. Eu quero acreditar
que ainda não fomos descobertas. Mas sei que seis meses é tempo
demais para que três homens como aqueles não saibam onde
estamos. Principalmente se estivermos falando do Christopher,
Posso imaginar o seu estado alterado quando descobriu que eu tinha
fugido.
Papai
Para não parecer paranoica eu sigo meu dia, dando aula de piano
e brincado com as crianças. Na hora de voltar para casa, sigo o
caminho com o coração na mão. Apesar de estar na companhia de
um dos guardas da instituição. A escola se ofereceu a
responsabilizar alguém para me levar para casa, uma vez que a
Emanuelle está de licença.
E me dou conta que já passam seis meses desde a última vez que
meus olhos comtemplaram aqueles olhos hipnotizantes revirarem
enquanto o corpo da dona se contorce em meus braços, gozando
sob meus comandos. Até hoje seu cheiro feminino perdura em
minhas narinas como o mais doce aroma, e meu pau ainda lembra
com exatidão a maciez da buceta dela.
Porra
Porque por mais que eu queira, não consigo separar esse meu
lado estragado, do marido que eu deveria ser. Isso seria impossível,
afinal ambas as partes fazem parte de mim.
Merda.
Isso não deveria ter acontecido agora, não agora que um inimigo
maior que qualquer coisa está a solta ameaçando a vida dela.
Mas uma parte, vibra como nunca por causa dessa notícia. Aquele
lado meu que provavelmente a tenha traumatizado ou estragado.
É claro que ele não me daria prazer depois da afronta que foi a
minha fuga. Imediatamente fecho minhas pernas e me encolho na
cama cobrindo o que posso do meu corpo encoberto por trapos que
a pouco podiam se considerar roupas decentes.
— Você lembra?
Três semanas
Isso foi tempo demais para ter passado feito dois dias, parece que
foi ontem que meu marido foi me buscar, e desde então eu sou uma
mistura de preocupação e medo, preocupação pois até agora não
tive notícias das minhas amigas e medo porque não sei como serão
as coisas depois da cirurgia.
Desde a minha volta as únicas pessoas com quem tive contato são
o Christopher, que mal se desgruda de mim desde a minha volta, e
também tem a Morgan que costuma trazer minha roupas e alguns
pertences pessoais e objetos de higiene, que por acaso anda
estranha, certo que ela nunca foi receptiva às minhas conversas,
mas agora ela mais distante que nunca e em suas poucas palavras
sinto o tom de sarcasmo.
E ainda não ganhei coragem para a questionar se fiz algo de
errado.
Não sei quantos exames eu tive que fazer até chegar o dia de
hoje, o grande dia. Christopher demonstra de uma forma tão fria e
distante que está do meu lado nesse momento que mesmo assim me
sinto sozinha, eu não sei o que aconteceu com ele para que se
tronasse num homem incapaz de desmontar carinho e afeto. Ele
pode cuidar da minha segurança e do meu bem estar, mas não é
isso o que eu preciso. E sempre que penso nisso, as palavras que
ele me disse á semanas revigoram na minha mente.
Ele não acredita no amor, e deixou muito claro que não quer que
eu o ame. Meus sentimentos por ele são muito confusos, só sei que
é uma mistura de medo e vício ou dependência.
— Sasha, preciso que conte até dez para mim em voz audível. —
Tento dizer que isso é impossível pois sinto que a qualquer momento
eu irei dormir.
O prazo que aquele doente filho da puta nos deu está acabando e
até agora não tivemos êxito na busca pelo tal pendrive. E as provas
que temos contra eles não o atingiriam, elas apenas afetariam os
membros do baixo escalão, e todos eles seriam mortos antes de
colocar os pés no tribunal, por isso a necessidade de cortar a cabeça
do líder. Porque os outros integrantes não passam de meros peões
que podem ser movidos do jeito que ele bem entende. Não é atoa
que o antigo capitão do Domínic sabotou uma de suas missões.
Ainda não sei como ela reagirá quando souber sobre a mãe e tudo
mais que envolve a família dela e o alemão. O pior é saber se aquela
mulher sairá viva das garras daquele animal.
Após ser colocada na cama posso analisá-la com mais vagar, seus
olhos se encontram vendados por dois curativos. E ela ainda dorme
tranquilamente, pelos vistos o efeito da anestesia ainda não acabou.
Alguma coisa me diz que algo está para acontecer, porque de uma
hora para outra a segurança que cuida de mim triplicou. E raramente
ganho a autorização de passear pelos jardins, passam dias que não
sei o é sentir a grama em meus pés, Antonín está mais obcecado
que nunca. E nem a minha forma de tentar burla-lo com meus falsos
carinhos está funcionando mais.
Não faço ideia de quanto luto eu tive que aguentar sozinha presa
aqui. A cada vida que ele tirava sentia prazer de esfregar na minha
cara, para me atormentar e me mostrar no quanto sou insignificante
nesse mundo.
Ou teria?
A ansiedade me consome.
— Posso dizer que sim — ele fala com ironia, engulo em seco
quando ele se aproxima ainda mais de mim — mas o resto eu vou
resolver em casa, enquanto um certo corpo que eu me viciei está
acorrentado e gritando por mim implorando para gozar feito uma
deusa do sexo.
E ele não vai te deixar ter um orgasmo, sem antes ser castigada.
E mais uma vez caio sobre minha atual realidade. Mas mesmo
assim meu corpo insiste em quer corresponder às sua torturas.
— Pelos vistos não é agora que irei te foder com minha língua
enquanto se contorce nessa cama toda molhada para mim — suas
palavras me abalam de tal forma que esfrego minhas pernas uma na
outra. O tom de voz que ele usou me dá a certeza do quanto ele está
excitado como eu.
— Está pronta senhora Parker? — o médico questiona, e
internamente eu respondo que não, não estou pronta para receber
mais um golpe da vida. E se antes os toques de Christopher
conseguiram me deixar desnorteada saber que é agora que o
médico verá o resultado da cirurgia meu coração voltou a se situar.
Covarde.
— Por favor tente abrir os olhos aos poucos, não precisa ter
pressa. — concordo e apertando o tecido macio que está sobre meu
corpo eu vou abrindo meus olhos, e no mesmo momento uma
emoção incalculável toma conta de mim.
Olho para sua mão, mas continuo vendo as coisas sem muita
nitidez, não sei de onde mas arranjo forças suficiente para me
manter concentrada exatamente na mão do médico, e quando as
coisas vão ficando cada vez mais nítidas e sólidas me emociono
porque finalmente saí do abismo para vislumbrar tantas cores.
Quero poder gritar que não quero nada, mas seria inútil, e eu
estaria mentindo se o dissesse por isso permaneço quieta tentando
me recuperar da visão a minha frente. Ele é tão lindo como um anjo
das trevas, e me pergunto o que tanto viu em mim. São tantas
perguntas que tenho para ele, mas sei que não adiantaria nada fazê-
las agora.
— O médico disse que hoje mesmo você terá alta, tome um banho
se prepare. Iremos para casa em alguns minutos.
Insensível
Eu poderia inventar alguma desculpa para não receber alta tão já,
mas prefiro acabar logo com isso. Com ajuda da enfermeira tomo um
banho e desta vez eu morro de vergonha porque é constrangedor
que alguém que não seja meu marido me veja nua. Quando
Finalmente eu estava vestida num conjunto de moletom saímos eu e
meu marido do quarto hospitalar, a mão dele não desgruda da minha
cintura nem por um segundo.
Está na hora.
Não é o momento certo para sentir esse frio na barriga que estou
começando a sentir, mas não posso fazer nada. Nem sempre é
possível controlar as reações do corpo quando nos deparamos com
determinadas situações. E nem parece que foi a uma hora que me
sentei na mesa com ele para jantar. Ele estava mais elegante do que
eu podia imaginar o ver, e eu também estava, trajada dentro daquele
vestido, ele não precisou falar nada e eu sozinha deduzi que
estávamos comemorando.
Mas agora, agora não é meu marido que está parado a minha
frente. Meu dom é quem está me encarando nesse momento, e já
posso ver a chamas encriptando por seus olhos, seu caminhar
predatório e fatal fazem com que meu corpo fique imóvel no mesmo
ponto, e mesmo sabendo o motivo dele me olhar com tanta
profundidade eu não desvio meu olhar do seu, ele me devora da
cabeça aos pés através do desejo latente que seus traços já não
podem esconder.
A trança
Mas você é.
Pendurar a pessoa
A peça que estava vestindo é rasgada de uma única vez, tal como
previa. Sei que ele vai me torturar, e não sei se estou preparada para
isso.
Mesmo sem poder enxergar nada é possível sentir a quantidade
de emoção e sentimentos que passam por ele nesse momento, meu
corpo está suado e minhas coxas friccionam uma na outra em busca
de um alívio que não chega. Desde que cometi aquela loucura eu
sabia que ele me puniria, é sempre assim quando faço algo errado,
ele me mostra que é capaz de me machucar sem nem sequer me
tocar. Daqui é possível ouvir seus passos em contato com o piso de
madeira, entrar no quarto de jogos é quase que como um ritual para
ele, aqui ele é meu senhor.
― Está pronta para mim anjo? ― sua voz rouca, sussurra no meu
ouvido, emitindo uma energia eletrizante que imediatamente arrepia
todo meu corpo.
Não sei o que está acontecendo, mas ele não me ouve. É como se
ele não pudesse mais controlar suas ações. E agora não sei se sairei
desde quarto viva. E mais golpes sucessivos são fazem minha pele
arder e meu sangue borbulhar por dentro.
Até agora sinto em cada canto do meu corpo o ardor das marcas
de seus beijos exigentes, ele me marcou de todas formas possíveis,
e mesmo assim, nada conseguiu fazer eu esquecer que antes de
todo aquele prazer ele me fez sentir a pior dor de todas quando de
forma brutal desferiu golpes certeiros nas minhas costas e em outras
partes com o chicote. Ao lembrar disso automaticamente meus
olhos expelem lágrimas quentes mesmo eu estando de olhos
fechados, quando ele mergulha nossos corpos na água quente, uma
dor enorme se espalha por todo meu corpo e isso cria um
estremecer repentino em mim.
Como se soubesse que as consequências do seu descontrole
ainda me afetam ele me dá banho tomando todo cuidado para não
me machucar ainda mais, e eu não faço nada, apenas quero
permanecer na minha bolha fechada, estou cansada, meus
sentimentos muito confusos, minha vida está uma bagunça. O aroma
dos sais misturados na água se espalham no ambiente e de certa
forma meu corpo começa a relaxar.
É a primeira vez que o vejo tão atencioso comigo, certo que ele
sempre está de olho em mim, mas agora ele está tão... diferente eu
diria.
Merda
Eu preciso dela.
Quando ele pediu que lhe desse prazer fiquei tão espantada. Com
paciência e carinho ele me mostrou como e o que devia ser feito, até
que nós dois chegássemos ao ápice do prazer com ele apertando
minha cintura por cima dele, foi tão intenso que até agora posso
sentir os resquícios de lágrimas nos meus cílios.
— Que amigas?
— Não acredito que a esposa do filho da p... — sei muito bem que
ele ia xingar o marido da Emanuelle — esquece. Continue me
contando sobre essa sua aventura pela América latina.
E como não tenho nada para fazer resolvo fazer um tour pela casa
uma vez nunca me dei tempo para tal. Exploro os lugares que nunca
sequer coloquei os pés, e sei que não conhecerei toda essa casa em
apenas algumas horas, por isso faço tudo rápido. Conheço a
cozinha, a qual encontrei funcionários tão silenciosos que apenas se
dirigem a mim quando necessário, exploro também alguns quartos.
Olho para trás para ver se alguém me seguiu mas não vejo
ninguém. Então dou continuidade ao meu percurso, quando
finalmente me deparo com a porta na minha frente não penso duas
vezes em segurar na maçaneta, meu coração bate de forma
descompassada e a adrenalina me deixa no pico da ansiedade, testo
a maçaneta para verificar se ela se encontra trancada ou não, me
surpreendo quando ela abre, engulo em seco e empurro a porta.
Um berço!
— O que faz aqui? — o porta retratos que estava nas mãos cai e o
vidro se espatifa fazendo um barulho estridente.
Desde que acorrentei Sasha á minha vida, ir até ao escritório se
tornou algo que faço de vez em quando. E após muitos dias em casa
averiguando de perto a sua recuperação resolvi que estava na hora
de voltar a trabalhar, apesar dos últimos acontecimentos não posso
me ausentar do banco, existem coisas que exigem minha atenção.
Hoje minha esposa irá receber a visita do irmão. E espero que ele
não meta coisas na cabecinha dela, ou então nós iremos acertar
nossas pendências e não vou descansar até o achar no buraco onde
ele se esconde.
— Sou eu Parker!
— Certo, espero que dê tudo certo. Preciso que faça algo por
mim?
Merda
— Senhor, por favor não me tire da sua vida. Você não foi mais no
clube e desde a última vez que estive no quarto de jogos na sua
casa você me descartou — com os dedos massageio minhas
têmporas porque não quero me irritar aqui no escritório, senão sou
capaz de arremessar ela pela janela.
— Você precisa de mim. Porque você não vive sem ser um dom,
isso faz parte da sua essência. E eu sou a única capaz de aguentar
toda sua potência — me sento na minha cadeira para observar sua
loucura melhor.
— Nunca mais se atreva a abrir essa sua boca suja para falar da
minha esposa sua puta — ela está começando a ficar vermelha e
está cada vez mais ficando sem fôlego só mais um pouco e ela
morre — entendeu?
— O que faz aqui? — minha voz a assustou tanto que ela deu um
pulinho depois de espatifar pelo que vejo um dos porta retratos —
anda anjo, a caça ao tesouro acabou por hoje. Vamos sair daqui, já
chega de aventuras por hoje.
Ela não pensa, apenas me obedece imediatamente caminhando
em minha direção, quando ela tenta passar pela porta eu bloqueio o
caminho para que não saia. Mesmo nessa escuridão moderada é
possível ver seus olhos brilhando.
— Quem foi que abriu a porta para você? — Seguro seu queixo
para que sustente o olhar no meu.
— Ah anjo!
Maldito
Antonín Zimmerman
Uma mulher solitária, sem família. Sem vida amorosa mas com
conquistas académicas que nunca imaginei na minha vida existirem.
Mas quando o Antonín conseguir tudo que quer dele não vou
hesitar em atirar bem no meio da testa dele. Essa casa e todos
outros imóveis dele irão ficar para mim, assim como o Antonín me
prometeu.
Merda.
Depois de tanto tempo eu estou sentindo a textura da página de
um livro normal, um livro que posso ler olhando para cada letra ao
invés de senti-las, como foi durante mais de cinco anos da minha
vida.
Não que eu não goste de estar lá, porque na verdade é bom, mas
essa fase está muito melhor.
Fecho os olhos e respiro fundo para que o mal estar passe, leva
alguns minutos até eu me sentir cem por cento recuperada.
Permaneço mais um tempo sentada com medo que as tonturas
voltem. Não entendo o que está acontecendo, ontem também senti a
mesma coisa quando levantei da cama de manhã, mas deve ser
porque ontem eu dormi muito, só acordei ao meio dia.
Tal como nos outros dois dias procuro pela Morgan primeiro para
saber se ela quer me acompanhar, mas não a encontro. Esse é o
terceiro dia que não a vejo em nenhum lugar da casa, não sei o que
aconteceu e ela não me disse nada. O jeito vai ser perguntar ao
Christopher se sabe alguma coisa dela porque os outros funcionários
não sabem de nada.
Que amiga?
Me pergunto internamente.
Aprecio o dia lindo que está hoje, e me sinto tão feliz, nunca
pensei que viveria tantas coisas assim num dia. Sinto que aos
poucos Christopher vai me dando um pouco de liberdade, porque eu
achava que ele nunca mais me deixaria sair daquela casa.
Rio pela sua frase, e limpo minhas lágrimas com o dorso da mão.
— Olha só para você, está tão apaixonada que mal enxerga isso
nele. — Viro meu rosto para que ela não veja minhas bochechas
coradas. — Ele mal teve a decência de me ligar, e delegou alguém
para confirmar nosso encontro.
— Essa sua cara lavada toda vez que você fala dele — ela
gargalha tão alto que algumas pessoas no shopping param para
olha-la. Essa é a Yeva que eu conheço, não consigo entender como
apesar de ter esse espírito alegre ela seja minha amiga, somos
totalmente o oposto uma da outra — amiga essa sua cara não
esconde o brilho que surge quando você ao menos fala o nome dele.
E agora com você frente a frente posso afirmar que você está sim
apaixonada por ele.
— Para além desse desejo súbito por pizza tem sentido mais
alguma coisa?
— Então acho que vou ser titia — me engasgo com meu suco
olhando para ela que bate palminhas — é isso que acontece quando
duas pessoas transam que nem dois coelhos e sem proteção. Presta
atenção nos sintomas, vontades súbitas por comida, tonturas, você
me disse que andava muito sensível na nossa última ligação, e isso
tem nome. Se chama gra-vi-dez.
Por isso decidi dar um calmante para ela, não quero que passe
mal durante a viagem, mandei minhas funcionárias preparem nossos
pertences, a viagem até a Rússia vai levar algumas horas e não
quero que ela esteja acordada esse tempo todo porque sei muito
bem como será. Ela não está cem por cento dormindo, mas aos
poucos o calmante vai fazendo o seu trabalho.
Tiro seus sapatos e coloco uma coberta sobre seu corpo. Ela se
remexe mas depois fica quieta, me sento ao seu lado para acariciar
seus cabelos negros.
Meu anjo
— Eu estou aqui anjo, não irei para lugar nenhum. Meu lugar é
com você — retiro meus sapatos e me deito ao seu lado, como se o
que eu disse a tivesse acalmado ela para de se agitar — nada nem
ninguém irá me tirar do seu lado, nem mesmo o diabo.
E ela merece muito mais do que isso, ter filhos, cachorros e todas
as outras merdas que as mulheres sonham em ter, coisas que a
minha natureza não está pronta a dar, mas aos poucos estou me
tornando mais liberal com ela, mas não o suficiente para pensar em
formar uma família.
Sasha
Tão pequena e já conseguiu fazer um grande estrago na minha
cabeça e ocupar grande espaço na minha vida.
Os últimos dias tem sido tão corridos que achei que seria muito
bom para ela sair um pouco de casa e se distrair um pouco com
aquela amiga intrometida, o que não contava é que Enrico me ligaria
para informar a morte do irmão dela.
Merda
Morgan
Lembranças
Não sei como não percebi isso antes, os olhos, aqueles olhos que
tanto olhei e venerei. Mas obviamente uns são diferentes dos outros,
os da Stacy transbordavam a ingenuidade, bondade, simpatia e
esperança, principalmente esperança. Porque ela era tão dedicada
nas coisas que se dedicou um bom tempo para me conquistar e me
convencer que ainda havia uma chance para mim.
— Estou esperando uma resposta — digo para ver até aonde vai o
seu jogo. E tomara que ela não demore muito para me falar tudo o
que preciso ouvir, porque tive que fazer um sexo rápido com minha
mulher depois que Dominic me mandou os relatórios sobre ela. Meus
seguranças, aqueles que fazem o trabalho nada honesto que mando
estão lá fora nos aguardando. Ela sairá daqui ou dentro de um saco
para cadáveres ou sangrando devidos as surras que darão nela. —
Vamos fala logo, não tenho a noite toda.
— Eu -eu não abri nada senhor. Nem sei do que está falando. —
Sim, ela gosta de jogar, e tomara que seja uma ótima jogadora
porque eu adoro um bom jogo.
Continuo minha supervisão por seu rosto, ela está excitada, posso
sentir isso, está consumida pela adrenalina e eu também estou, mas
não por estar excitado e sim por saber que depois de muito tempo
quebrarei um pescoço em breve.
De volta ao presente
O pendrive.
Meu sogro foi muito esperto, e olhando os fatos com certeza foi o
filho da puta do Antinin que arquitetou aquele ataque que deixou a
Sasha cega.
O rosto dela está vermelho, merda, eu odeio vê-la desse jeito. Tão
destruída. Ela se vira para ir embora, deve achar que a estou
ignorando. Fecho o notebook e guardo o pendrive em meu bolso.
— Não tem como saber anjo. Agora durma, não quero que passe
mal. Não se incomode com isso. — Ela assente e se deita ao meu
lado me encarando.
Meu celular toca e no mesmo momento Sasha diz que vai visitar a
sepultura do pai, apenas assinto e mando os seguranças irem com
ela junto com a amiga que só agora vi que também estava aqui.
Merda
Sasha
Ela chora e não fala o que preciso ouvir, mando meus seguranças
averiguarem o que aconteceu e se comunicarem com os outros e
volto ao meu ponto inicial para ver o que o cartão que eles deixaram
diz.
Cheque mate
Eles a levaram.
São Petersburgo, Rússia
Olho pela janela e nunca imaginei que alguma vez ficaria feliz de
ver a neve brotar do céu como agora. Meu irmão será enterrado
amanhã e não sei se terei forças suficiente para vê-lo dentro de um
caixão, nada me preparou para um dia como esse, a dor é tão
grande que me sinto fraca, cansada e desgastada, e principalmente
sem rumo. Christopher saiu do quarto achando que eu estava
dormindo, mas na verdade eu apenas estava de olhos fechados
perdida em meus pensamentos e lembranças do passado, foram
tantos momentos bons que vivi aqui com meu pai e meu irmão, mas
agora nenhum dos dois está aqui para me proteger como sempre
prometeram.
Positivo
Três semanas
E então desengato a chorar porque não sei como vou contar para
o Christopher que as nossas inúmeras noites de sexo infinito tiveram
uma consequência sólida que virá para o mundo em meses.
E por mais que eu não reúna coragem preciso contar isso para ele,
Christopher odeia mentiras e ser enganado. Ele precisa saber.
Não sei como, mas a cada passo que dei até chegar aqui minha
coragem foi se esvaindo e me sinto uma covarde por isso, eu devia
ser forte por esse filho que cresce dentro de mim. Mas saber que
posso decepcionar o Christopher também me destrói. Após minutos
o encarando ele finalmente se apercebe da minha presença.
— Eu vou dar a privacidade que você precisa. Vou ficar bem ali —
ela aponta para um banco de madeira situado no local, eu assinto e
pego as flores para colocar. Aliso a lápide onde se encontra gravado
o nome do meu pai e meu coração se aperta.
Olho para Yeva e ela também está em choque assim como eu,
nenhuma das duas sabe o que fazer, porque agora estamos
rodeadas por homens desconhecidos cobertos por máscaras.
— Por favor não me machuca, eu estou grávida por favor não faça
nada comigo — imploro enquanto lágrimas quentes escorrem por
minhas bochechas.
— Então o Christopher Vai ser papai? Isso está ficando cada vez
melhor — ele conhece meu marido, e com certeza se estou aqui é
por causa dele.
— Mas é claro que conheço seu marido querida e é por causa dele
que você está aqui, de você não quero nada mas dele eu quero algo
que ele se nega a me dar por puro orgulho — quando eu ia abrir a
boca para pedir mais uma vez pela vida do meu filho ele coloca seu
dedo na minha boca — não gaste suas energias me pedindo algo
que não posso dar no momento, sei que está enfraquecida devido a
merecida morte do seu irmão, não quero que passe mal aqui e seu
marido ache que a tratei mal. Mas não se preocupe ele virá buscá-
la, eles sempre vem.
Quando ele me disse que minha filha estava aqui, bem ao lado do
meu quarto, eu não pude acreditar, mas me lembrei que ontem de
noite eu vi um dos homens dele pela janela carregando uma mulher
nos braços, o que eu não sabia é que àquela mulher era minha filha.
Mal posso conter a emoção, então assim que ouvi que ele tinha
saído do quarto dela eu saí correndo do meu só para vir aqui vê-la, e
ela parece tão assustada.
Não tenho coragem de olhar nos olhos dela, não era assim que eu
imaginava nosso encontro, cheio de violência, não queria que ela
vice a submissão que tenho por esse homem doente, porque no final
isso também me torna uma pessoa doente, se eu conseguir sair viva
daqui, irá levar anos até eu me recuperar.
— Quero que olhe nos olhos dela e diga quem é — faço que não
com a cabeça porque estou com vergonha, meu rosto está horrível
por causa do tapa e das lágrimas não quero que ela fique
horrorizada comigo. — Se não olhar para ela agora e confessar
quem é você eu juro que o próximo tapa será dado na cara dela e
não me importa se dentro dela cresce um bastardinho
— Não-não isso não por-por favor — foi uma grande luta proferir
essas palavras, tanto tempo sem falar e minhas primeiras palavras
são essas.
— Olha para ela e diga quem é você — sua voz é tão brutal que
nós duas nos assustamos com sei tom. — Anda, não tenho a porra
do dia todo Katia.
— Eu... — faço uma pausa e encarro seus olhos tão idênticos aos
meus — eu sou sua mãe — isso foi mais um sussurro que qualquer
outra coisa. Ela me olha de um jeito que parte meu coração, me sinto
um trapo nesse momento. Ela deve estar confusa e toda essa
situação não vai fazer bem para a gravidez.
— Está contente? Espero que sim, porque não pense que sairá do
meu lado para ficar com a sua filhinha — assim como eu ela também
está chorando, mas não sei se é por ter descoberto que estou viva,
não sei se é pela emoção ou por causa do que ela está vendo da
minha vida hoje em dia — vamos! Deixe ela descansar porque se
depender de mim ainda ficará muito tempo aqui, quero ensinar uma
lição para aquele seu marido arrogante.
— Não por favor, não faço nada com ele — escuto a voz dela
desesperada implorando pelo marido. Enquanto eu sou arrastada de
volta para o quarto.
— Nós vamos achar ela. Não vamos deixar aquele filho da puta
destruir sua vida outra vez.
Esse doente armou para ele. O que ele não sabe é que uma parte
minha também se foi naquela explosão, meu corpo todo treme. O
homem da minha vida não está mais aqui, ele se foi e não pude dizer
o quanto o amo e que o fruto da nossa união cresce dentro de mim.
— Meu Deus por favor não faz isso comigo. Não o tire de mim por
favor — a mulher que até agora não aceito ser minha mãe me
abraça por trás fazendo carinho em mim me falando palavras para
acalentar minha dor. Mas nem isso resulta.
— Isso, chore minha menina. Eu vou estar aqui para enxugar
todas as suas lágrimas. Estarei aqui com você.
Anjinho
Suspiro mais uma vez após sentir mais chute, ele está mais
agitado que nunca. Não tem um dia que eu não sonhei com
Christopher e em todos eles, ele me diz que nunca irá me deixar e eu
digo que o amo, mas quando acordo e vejo o vazio na cama eu
choro porque ele não irá voltar. Ele me faz tanta falta, sinto tanta falta
daquele jeito dele de ser, silencioso, sombrio, protetor e claro
possessivo.
Ela disse que resistiu todo esse tempo com a esperança de rever a
mim e ao Dimitri, ela ficou muito triste com a morte do meu irmão,
mas feliz por me ter ao seu lado e saber que será avó de um menino.
Esse bebê é que tem nos fortalecido, é por ele que estou em pé e
pretendo fugir desse lugar nem que para isso eu tenha que derramar
sangue pelo caminho.
— Oh filha você está se torturando outra vez? Já falei que isso não
é bom para o bebê — minha mãe senta do meu lado no banco e me
abraça.
— Essa dor nunca irá passar, cabe a você, saber como a gerir
para que não sugue sua vida.
— Sim sou eu, e isso que você está vendo no meu rosto foi
cortesia do seu marido antes dele ir para inferno — ela ri, e eu não
paro de olhar a cicatriz enorme que está em seu rosto, ela parte do
queixo e sobe até sua bochecha, uma outra cicatriz começa na
sobrancelha e é possível ver ela seguir até seu coro cabeludo — sim,
você estava casada com um demónio e nesse momento ele deve
estar sendo queimado pelas chamas do inferno.
Fico horrorizada pelo jeito que ela está falando do Christopher,
nunca vi a Morgan com tanto ódio como agora.
Olho para ela incrédula só agora me dou conta que ela é só mais
uma das pessoas que trabalha para esse homem. Como eu pude me
enganar tanto? Agora entendo o fato de nunca ter feito nenhum
esforço para aceitar minha amizade.
— Não vou sair porque esse quarto não é seu, você está aqui de
favor porque se Antonin resolver mandar você embora, irá parar de
baixo de uma ponte porque não é mais milionária, em breve essa
casa, a casa em que você morava e todo resto serão meus, porque
eu serei a mulher com a qual Antonín passará o resto da sua, e não
com duas inúteis como vocês.
O berço
— Ele era um maldito assassino que agora está pagando por isso
no infer... — antes que ela termine a frase dou um tapa na cara dela
e faz virar o rosto e me fulminar com o olhar.
Ela sai correndo, dou uma rasteira nela e subo em cima dela,
aperto o pescoço dela ao mesmo tempo que bato sua cabeça no
chão, bato com toda força que posso, e não me reconheço.
Porque foi isso que aconteceu, eu morri por cinco minutos mas de
alguma forma alguma coisa dentro de mim se reacendeu algo que
me obrigou a lutar pela minha vida, porque não só ela dependia de
mim outro intruso estava chegando na minha vida, e eu precisava
manter a promessa de nunca abandona-la.
Merda
Esse lugar é enorme e não sei por onde começar a procurar minha
esposa, me encaminho até o interior da casa, abro porta por porta e
nada dela apenas alguns funcionários com medo de serem
alvejados. Uma mancha vermelha chama minha atenção no último
degrau da escada, e então é para lá que eu vou, sigo o percurso do
sangue até que chego ao quarto onde minha esposa estava a pouco
tempo, ela fez um bom trabalho, a recompensarei por isso. O fato de
Sasha ter contido a ação da Morgan quando ela quis espalhar que
estávamos atacando foi suficiente para que nosso plano não
falhasse.
Tomara que ela não esteja perto daquele filho da puta agora.
— Não minha filha, é muito perigoso. Ele vai nos achar e me levar
de novo, eu sei que te prometi que seria forte por nós três. Mas
quando Antonin Fica bravo ele vira um demónio e não quero
imaginar nas atrocidades que ele irá fazer comigo caso eu o desafie
desse maneira — eu entendo ela. Está cativa desse homem a anos
que de forma automática a mente dela se nega a desobedece-lo
dessa forma, é difícil negar mas esse homem estragou a minha mãe,
quando ele está por perto é possível ver a submissão dela perante a
ele, e o desgraçado fica satisfeito toada vez que vê o olhar
atormentado da minha mãe.
— Mãe eu sei que a senhora está com medo. Mas precisa ser forte
para que consigamos sair daqui com vida. Sem o papai, o Dimitri ou
o Christopher agora estamos por conta própria nós duas. Precisamos
fazer nossas vidas valerem a pena mãe, por favor, eu quero que meu
filho cresça longe de toda essa violência — nos abraçamos e minha
mãe me promete que será forte e que fará de tudo para que
tenhamos um novo recomeço longe daqui.
— Você não vai mais colocar essa suas mãos imundas na minha
mãe nunca mais — ele gargalha Enquanto brinca com a arma que
está em suas mãos.
— Menina tola. Tão tola igualzinha a mãe. Nada nem ninguém irá
me separar dela, não é bichinho? — minha assente e caminha até
ele sob meus protestos.
— Mamãe não por favor. Não o deixe tomar o controle por favor.
Ele não responde nada e continua arrastando minha mãe com ele.
Não posso fazer nada porque tem uma arma apontada para minha
cara nesse momento, qualquer movimento e serei alvejada. Em
nenhum segundo Morgan demostra alguma desistência em relação a
apertar o gatilho.
— Não se engane não vou poupar sua vida. Por isso não implore.
— Ela torna a apontar a arma para mim, e minha única reação é
fechar os olhos — vai se juntar ao filho da puta do seu marido sua
cadela.
O estado da arma em sua mão denuncia que ela explodiu, não sei
como mas ao invés da bala sair pelo cano ela foi para direção
contrária atingindo seu rosto. Os olhos sem vida estão me encarando
e foi impossível não sentir um calafrio aterrorizante com essa cena.
Eles entram pelo subsolo da casa, não sei onde isso vai dar e
mesmo assim eu continuo os seguindo. Pelo caminho seguro numa
barra de ferro de espessura grossa e meio pesado, faço o mínimo
barulho possível para que ele não me veja. Quando finalmente
alcançam a saída do subsolo eu me apreço até finalmente ficar
praticamente atrás dele. Minha mãe luta com todas as forças para se
soltar dele, o que é impossível visto que ele é duas vezes maior que
ela.
Ainda trémula conduzo minha mão até seu rosto e aliso cada canto
dele.
Os detalhes dele não me prendem por muito tempo pois uma dor
descomunal começa a se fazer sentir na minha barriga. Estão todos
tão concentrados em prender Antonín que ninguém repara no
momento que me ajoelho no chão para conter o grito de dor.
Porra
— Ainda não, mas em breve ele estará morto. Aquele lixo não é
mais assunto meu nem seu, a pessoa indicada irá cuidar para que
ele chegue ao inferno como merece — ela assente e volta a se
trancar o próprio mundo.
Assinto e caminho até o quarto onde ela está. Ela está olhando
para janela e quando percebe minha chegada ela se vira para me
encarar.
Seattle, Washington
Já passam alguns dias desde a nossa volta para casa, e por mais
que eu e Sasha estejamos nos aproximando eu sinto ela meio
distante, ela não é mais a minha Sasha, eu vejo o quanto ela quer
questionar quer saber das coisas mas esse meu jeito de ser não
permite que ela se abra por completo. Ela é tão minha que para além
de marca-la na minha mente e na porra do meu coração eu a
marquei no meu corpo.
A mãe dela tem se adaptado muito bem com nova realidade, ela
tem me ajudado a ficar de olho na filha, por causa da gravidez
existem certas coisas que ela não pode fazer e eu estou quase
ficando de bolas roxas porque ela sempre me provoca ficando
pelada pelo quarto expondo aquelas curvas que tem me deixado
com água na boca, a vontade que tenho as vezes é de joga-la na
parede e me perder nas suas curvas novas, ela está tão gostosa que
só de me lembrar no quanto a buceta dela é apertada eu já fico duro.
Saio do escritório para procurar por ela, voltar a vida normal está
levando o seu tempo pois tenho que reorganizar as coisas do
escritório e também ficar de olho nela. E como sempre a acho na
sala de cinema, onde sem sido um de seus lugares favoritos.
— Eu sei que pode anjo mas eu não quero que o faça. — Quando
passamos o andar do nosso quarto ela fica meio aflita pois estou a
levando para o andar onde fica o quarto de jogos.
— Não, eu não a amo mais porque ela não está mais aqui, nem
meu outro filho. Mas você e nosso filho estão aqui e vocês são tudo
o que preciso — ela se aproxima e segura minha camisa, eu
permaneço imóvel vendo cada movimento dela. Ela começa
desabotoado minha camisa deixando toda parte frontal do meu corpo
exposta para então ela passar os dedos em cada tatuagem, e eu
não protesto porque se ela quiser que eu me queime agora eu me
queimo, se ela me der um tapa eu também vou aceitar.
— Ou o quê?
Que se dane
Chupo ela bem devagar para sentir cada gota do seu néctar, Ela
se contorce puxa meu cabelo rebola na minha boca mas não goza.
— O que você quer anjo? — meu dedo entra e sai da sua fenda
apertadinha enquanto eu chupo os peito que estão enormes.
Bombo com tudo dentro dela, mais rápido porque sei que ela está
tão próxima que já posso sentir as reações do seu corpo.
— Goze anjo goze para seu marido, goze no meu pau — ela
treme e grita meu nome tão alto que não duvido que boa parte da
casa tenha ouvido, me movo um pouco mais e também me derramo
dentro dela e perco a noção de tempo e espaço — você é tão
gostosa anjo.
Ele sempre foi calmo e paciente por isso a frase do seu prisoneiro
não o afetou como pretendia. Mas nas o afeta o suficiente para tirar
dele um simples suspiro.
Desde aquele dia que a machuquei nunca mais a levei para lá, não
quando naquele dia vi em seus olhos lágrimas de dor e medo, nunca
comentei isso com ela mas aquele olhar amedrontado com o qual ela
me olhou ainda me assombra hoje em dia. Mas eu jurei para ela que
mudaria e vou fazer o impossível para seguir essa promessa ao pé
da letra.
Ela começa a brincar com nossos filho que agora está em meu
colo e meus olhos não saem dos seus peitos fartos que estão quase
saltando para minha cara.
Porra, eu realmente preciso de sexo ou vou ficar maluco.
Ela retira seu mais novo companheiro dos meus braços e caminha
com ele até uma poltrona onde costuma alimenta-lo, sigo até o mini
bar e sirvo uma dose de whisky, meu corpo está precisando de algo
espirituoso. Sento na poltrona do canto enquanto observo eles dois.
Não posso negar minha esposa está contente com sua vida nova,
com a mãe morando connosco e o nosso filho ocupando a cabecinha
dela, ela aos poucos esquece pelo que passou a meses atrás. Mas
Kátia continua afetada, não tem como ser diferente depois de mais
de vinte anos cativa de um doente feito o Antonín.
E pelas notícias que tive ele está sendo muito bem cuidado pelo
Dominic. Hoje em dia a GENISE não passa de um assunto
esquecido, todos os envolvidos foram presos e condenados, até a
esfera mais baixa da organização está atrás das grades, é certo que
provavelmente nem todos foram presos, alguns permanecem
escondidos atrás das máscaras de grandes empresários, políticos ou
servidores públicos. Mas um por um eles irão cair.
Lincoln, esse nome foi escolha dela após ver a árvore genealógica
da minha família, não sei como ela descobriu isso mas resolveu
colocar o nome do meu bisavô, ele foi o grande fundador do
Internacional Financial Bank, o banco da nossa família. Não me
opus com a escolha do nome, afinal de contas é só um nome.
Solto um gemido assim que meu pau duro vai de encontro com
sua bunda que atualmente está mais chamativa que nunca, ela dá
um pulinho pois a assustei e eu sorrio com isso.
— Sou eu anjo — aperto sua cintura e solto um beijo no ombro
dela — estou com tanta saudade de estar dentro de você anjo —
olho pra meu relógio de pulso para ver as horas — temos alguns
minutos antes dos convidados chegarem — ela também quer, tanto é
que não para de esfregar a bunda no meu pau, com as duas mãos
seguro na barra do vestido e o levanto de vagar até ter a visão do
paraíso — você está tão gostosa anjo.
— Ela não avisou que passaríamos uns dias aqui não é? Você
está fodido — é tarde demais para mandar todos eles embora, o jeito
vai ser aceitar todos eles aqui.
Nós três nos encaramos pois sabemos muito bem quem foi o autor
desse crime.
Sei que ele está sendo torturado da forma que merece mais nem
isso faz meu coração ficar em paz. Sinto que ainda não descobri o
meu lugar, me sinto perdida e sozinha ao mesmo tempo. E por mais
que eu seja feliz ao lado da minha filha e do esposo eu me sinto uma
intrusa. Anos se passaram e as coisas mudaram tanto mas algo em
mim jamais irá mudar, o amor e a saudade que sinto pelo meu
amado.
Todas as noites eu vejo fogo nos olhos do meu marido quando ele
me observa, ou quando alguma parte do meu corpo fica exposta. E
hoje eu vou dar isso a ele, não só porque ele precisa mas também
porque ele me ensinou a gostar, e a perversão que se desenrola no
quarto de jogos me faz alcançar patamares do prazer que jamais
achei que pudesse suportar.
Nosso Lincoln está com a babá, uma vez que minha mãe não se
encontra, ela ainda está na Rússia curando suas feridas, e eu
entendo que ela necessite desse momento sozinha. Minhas amigas
e seus respectivos maridos já foram embora, nós três ficamos de nos
encontrar outra vez nos próximos meses vou até apresentar a Yeva
para elas. Amei ver elas e os filhos também que já estão bem
grandinhos. Não posso dizer o mesmo dos maridos, Acho que isso é
mútuo, porque nós três temos medo dos maridos umas das outras.
Mas cada uma sabe como domar o seu.
— Sim senhor!
FIM
Em primeiro lugar agradeço a Deus por me permitir poder
escrever e poder mostrar o que a imaginação pode nos proporcionar.
Em segundo lugar agradeço a você leitor por disponibilizar seu
tempo para dar atenção ao meu trabalho.
As minhas leitoras do wattpad também agradeço imensamente
pelo apoio e pelas mensagens e carinho.
PRESA – Homens Implacáveis 1
Rosa angelica uma linda jovem sonhadora e dedicada tem a sua
liberdade roubada por um homem implacável que fez de tudo a ter
presa ao seu lado, ela se ve diante de ma realidade incapaz de
acreditar.
Nicholas Shane um homem soberbo, possessivo, atroz e cruel
que ira se render ao amor e aos encantos da doce e inocente rosa
angelica, que por acaso ira cruzar seu caminho e assim decidir o se
destino.
ENTREGE - Homens Implacáveis 2
Emanelle Mancini viveu cinco anos de sua vida em ma casa de
repouso supostamente por ter algum problema de saúde mental. O
que ela não sabia e que esse confinamento se deve ao início da
sede de vingança de um mafioso cruel que fara da vida dela um
verdadeiro terror.
Enrico Ferrari e o capo da mafia mais poderosa que existe na
Itália, senão a do mundo. Homem terrível, frio não sente piedade,
nem mesmo a jovem a quem ele culpa pela morte de sua esposa e
filho ira escapar da sua maldade.
Instagram: https://instagram.com/lady_dark_n_evil
Wattpad: https://www.wattpad.com/user/LadyDarknEvil