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Índice
História
Especificações
Sistemas nos aviões
Gravadores atuais
Gravador de voz da cabine (Cockpit
Referências
Voice Recorder).
Ligações externas
História
Em 1939, no Centro de ensaios em voo de Marignane, na França,
os engenheiros franceses François Hussenot e Paul Beaudouin Outros modelos de caixa-preta.
realizaram as primeiras tentativas para produzir um gravador de
dados de voo, que era basicamente um dispositivo fotográfico. O
registro era feito em um longo filme fotográfico com oito metros de
comprimento por 88 milímetros de largura. A imagem era
registrada por um raio de luz desviado por um espelho que se
inclinava conforme a magnitude dos dados de altitude, velocidade e
outros. Em 1947, Hussenot e Beaudouin associaram-se a Marcel
Ramolfo e fundaram a Sociedade Francesa de Instrumentos de
Medição (Société Française d'Instruments de Mesure - SFIM) para
comercializar seus projetos. A empresa tornou-se um importante Militares seguram caixa-preta do
fornecedor de gravadores de dados, utilizados não só em aviões, Boeing 737-800 do Voo Gol 1907.
mas também em trens e outros veículos. Futuramente, a SFIM seria Foto: AgênciaBrasil
adquirida pelo grupo Safran, que atua no mercado aeroespacial.[1]
O dispositivo foi aperfeiçoado durante a 2ª Guerra Mundial,
passando a utilizar fita de metal ou bobinas de alumínio que eram,
de forma inerente, muito mais resistentes às chamas do que a fita
plástica convencional e, portanto, mais apropriado para resistir a um
acidente aeronáutico.
No entanto, o dispositivo foi rejeitado pelas autoridades de aviação, que não viram grandes benefícios na
sua utilização, enquanto pilotos afirmavam que seriam "espionados" e viam aquilo como um risco para as
suas carreiras profissionais. Warren, então, levou sua invenção para o Reino Unido, onde encontrou
interesse por parte das autoridades e dos fabricantes.
A partir de 1960, o equipamento ficou conhecido nos EUA e já se davam os primeiros passos para torná-lo
obrigatório nos aviões comerciais.[2]
Especificações
São colocadas normalmente na cauda do avião e feitas de materiais muito resistentes, como aço inoxidável
e titânio, capazes de suportar uma aceleração de 33 km/s², um impacto de 3400G durante 6,5
milissegundos, equivalente a um impacto com velocidade de 270 nós (500 km/h) e uma distância de
desaceleração de 4,5 metros. (1G= aceleração da gravidade da Terra), temperaturas de até 1100°C por uma
hora, e pressão hidrostática em profundidades de até 6000 m, de forma a permitir que em caso de acidente
se consigam recuperar os registros e investigar as causas do acidente. Além disso, existem especificações de
resistência também a baixas temperaturas, corrosão por água salgada e outros fluidos. Os FDRs modernos
registram mais de 80 parâmetros, tais como tempo, pressão, altitude, velocidade do ar, aceleração vertical,
orientação magnética, posição dos controles (manches), posição dos pedais do leme, posição dos
estabilizadores horizontais, suprimento e vazão de combustível e outros.
Algumas unidades mais modernas são auto-ejetáveis, usando a energia cinética do impacto para separarem-
se da aeronave. Algumas aeronaves, tais como as sondas espaciais Shuttle, não possuem gravadores de
dados de voo convencionais. Ao invés disso, usam conexões em tempo real com satélites de comunicação
para transferir os dados. Este tipo de sistema tende a ser também utilizado na aviação comercial.[1]
Alguns aviões comerciais enviam dados de posição e velocidade para satélites, utilizando pings, que são
retransmitidos para centros de manutenção. Seus FDR's são equipados com sinal de GPS e utilizam a
tecnologia ADS-B. É possível acompanhar em tempo real, em sítios de rastreamento como o Flightradar24,
a posição e velocidade de aviões que possuam esta tecnologia.
Gravadores atuais
Com os avanços da tecnologia, as caixas-pretas utilizam como meio de gravação chips em invólucro
resistente a chamas e impactos, e têm capacidade de gravação bem superior.
Referências
1. Peter Ashford (fevereiro de 2010). «Flight Data Recorders» (https://www.aea.net/AvionicsNe
ws/ANArchives/TechSpeakFeb10.pdf) (PDF) (em inglês). Avionics news. Consultado em 29
de julho de 2014
2. «Quem inventou a caixa-preta?» (http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140415
_sp_caixa_preta_inventor_hb.shtml). BBC Brasil. 16 de abril de 2014. Consultado em 18 de
abril de 2014
Ligações externas
«O que é uma caixa-preta?» (http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI17
67963-EI8404,00.html)
«Como funcionam as caixas-pretas» (http://viagem.hsw.uol.com.br/caixa-preta.htm)
«Aviation Recorder Overview» (http://www.iasa.com.au/folders/Publications/pdf_library/gros
si.pdf) (PDF). em inglês
«Should black box data be stored in the cloud?» (http://science.howstuffworks.com/transpor
t/flight/modern/black-box-data-stored-in-cloud1.htm). em inglês
«Who Made That Black Box?» (http://www.nytimes.com/2014/04/06/magazine/who-made-th
at-black-box.html?_r=0). em inglês
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