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“Os homens fazem sua

própria história, mas não a


fazem como querem; não
a fazem sob
circunstâncias de sua
escolha e sim sob aquelas
com que se defrontam
diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado.
A tradição de todas as
gerações mortas oprime
como um pesadelo o
cérebro dos vivos”(MARX,
1953, p. 203).
O contexto sócio-
político-econômico
vivenciado na
sociedade configura as
formas de ser e agir de
todos nós... as nossas
práticas profissionais
não escapam a essa
dinâmica, uma vez que,
o papel do gestor e do
professor se configurou
de diversas formas na
história educacional.
Faremos duas marcações históricas acerca
da configuração das funções do gestor/coordenador
escolar:
Décadas de 60/70 - Administração Escolar:
• crescimento econômico acelerado;
• grandes reformas estruturais na política
educacional (Lei 5540/68 - reforma universitária e
LDBEN 5692/71 – reestrutura todo o ensino
fundamental, médio e profissionalizante).
• foco no perfil técnico;
• linguagem empresarial.
Décadas de 80/90 - Gestão Escolar:

• período de lutas e conquistas democráticas


(CF de 88);
• aprovação da nova LDB 9394/96;
• esvaziamento dos cursos de “Administração
Escolar”;
• foco no perfil político com técnicas de
gerenciamento (ex: Programa Qualidade Total –
MG);
• Gestão Educacional.
“As pessoas podem intuir, sem esforço, que os
postos de trabalho, as relações sociais e as
interações interpessoais sofrem modificações
com grande celeridade; que nos vemos
forçados, com bastante frequência, a assumir
novas competências, a desenvolver outras
habilidades, a mudar rotinas e condutas
consideradas normais e típicas até o momento”
(SANTOMÉ, 2001, p.18).
É importante destacar, que não
consideramos as mudanças ocorridas como
evolução, ou seja, do formato pior para o melhor.
As mudanças de cada período buscam atender as
demandas vivenciadas por determinado contexto.
Portanto, ser gestor sem sentir-se
estimulado e responsável, por pesquisar e
compreender as problemáticas que são
gestadas no cotidiano da escola e a busca por
possíveis alternativas a estas, não é possível.
“Como professor não
me é possível ajudar
o educando a
superar sua
ignorância se não
supero
permanentemente a
minha. Não posso
ensinar o que não
sei” (FREIRE, 1996,
p. 95).
Neste contexto portanto ser gestor requer
“...um núcleo básico de atitudes e de valores sem
os quais é muito difícil enfrentar as exigências da
atividade profissional futura” (TEDESCO, 2002,
p.129).
Que atitudes seriam imprescindíveis a
um gestor?

 dinamismo;
 articulação;
 diplomacia;
 iniciativa;
 animação;
 “antenado”;
 formador...
1- Administre bem o seu horário;
2- Considere e valorize as competências;
3- Enriqueça seu trabalho com as parceiras;
4- Tenha interesse pelas ideias dos outros;
5- Dê o exemplo e não se omita no dia-a-dia;
6- Compartilhe erros e acertos;
7- Reflita sobre sua atuação para melhorar;
8- Identifique e supere suas dificuldades;
9- Continue os estudos para crescer sempre;
10- Faça parcerias com os responsáveis.
A Proposta Pedagógica é o documento que
traça o perfil da escola, conferindo-lhe identidade
própria à medida que contempla as intenções
comuns de todos os envolvidos, norteia o
gerenciamento das ações intra-escolares e
operacionaliza o Currículo Escolar.
Outro instrumento que pode auxiliar a
escola na tarefa de construir a Proposta
Pedagógica é o PDE (Plano de
Desenvolvimento da Escola), que se
caracteriza por ser uma poderosa ferramenta
diagnóstica.

Um bom diagnóstico (conhecer a


realidade) é imprescindível para a elaboração
de uma Proposta Pedagógica coerente.
O PDE, como instrumento gerencial, não
substitui o pedagógico e sim o complementa.
Não indica o método pedagógico a ser adotado,
mas sinaliza se este está falhando.
Portanto, há grupos e atores imprescindíveis na
construção deste documento:
Professores;
Estudantes;
Comunidade.

No processo de construção da Proposta


Pedagógica de cada escola, os órgãos colegiados têm
papel fundamental, principalmente o Conselho de
Escola.
Os Conselhos de Escola são órgãos
permanentes de debates e articuladores de todos
os setores, escolar e comunitário, constituindo-se
em cada unidade escolar de um colegiado,
formado por representantes dos segmentos da
comunidade escolar.
Talvez não tenhamos conseguido fazer o melhor,
mas lutamos para que o melhor fosse feito.
Não somos o que deveríamos ser,
Não somos o que iremos ser,
Mas, graças a Deus,
Não somos o que éramos
(Martin Luther King).

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