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Elton Noa
Jamaldine Ambasse
Irasema Selemane
Fórmula de Taylor
Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicações
Nacala – Porto, Maio de 2022
Beyw Mussagy Mustafa
Elton Noa
Jamaldine Ambasse
Irasema Selemane
Fórmula de Taylor
1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o tema Formulas de Taylor. Como é sabido desde
antemão, o desenvolvimento dos estudos matemáticos acompanharam a necessidade do
homem de conhecer e resolver seus problemas por meio de números. E uma das
contribuições da Matemática é a criação de fórmulas que auxiliam as pessoas na resolução
de problemas de uma forma mais simples e rápida. É neste contexto, que foi desenvolvida a
fórmula de Taylor, na expectativa de facilitar as pessoas no cálculo de valores de algumas
funções que são mais complicadas para obter valores apenas aplicando essas funções em
pontos do seu domínio. O que veio a oferecer grande ajuda no processo de análises
matemáticas.
O objectivo deste trabalho é de explicar a fórmula Taylor, para contribuir na
construção de conhecimentos na qualidade de estudantes, facilitando desta forma, a maior
familiarização com os conteúdos. Para a sua efectivação utilizou – se os seguintes objectivos
específicos: conceituar e Apresentar a fórmula de Taylor; demostrar a sua aplicação; e
apresentar a resolução de alguns exercícios sobre o tema.
Concernente a metodologia, recorreu – se o uso da pesquisa descritiva, com o método
documental, que consistiu na consulta e descrição das informações recolhidas em diferentes
obras dos autores conhecedores do tema em estudo.
Em relação a estruturação, o trabalho apresenta capa; folha do rosto, índice;
introdução; desenvolvimento; conclusão e referências bibliográficas.
5
2. Polinómio de Taylor
Segundo Leithold (2011), o teorema de Taylor foi formulado em 1712 pelo
matemático britânico Brook Taylor. O teorema consiste em aproximar uma função derivável
em torno de um ponto através de uma função polinomial, a qual é uma das mais simples
funções por apenas envolver operações básicas. O Polinómio de Taylor de primeira ordem
é uma consequência do Teorema de Taylor e ele aproxima uma função através de uma outra
função polinomial de no máximo primeiro grau, o que é chamado de aproximação linear. Já
a Fórmula de Taylor consiste no Polinómio de Taylor acrescentado de uma parcela chamada
de erro.
Seja 𝑓: 𝐼 → 𝑅 uma função n vezes derivável e x0 ∈ 𝐼. O polinómio:
f " x0 f n x0
Tn x, x0 f x0 f ` x0 x x0 x x0 x x0
2 n
2! n!
É chamado de polinómio de Taylor, de grau n, de f, no ponto x0. A fórmula de Taylor
pode ser utilizada para calcular um valor aproximado de determinada função por meio de
somas parciais.
Como sendo t é uma recta que passa pelo ponto A x0 , f x0 , temos que sua
T x0 f x0 f ´ x0 x0 x0 f x0 .
f x x ao de x0 = 9.
1 1 1
Como f x0 f 9 3 e f ´ x
2 9 2.3 6
1 x 9 1 3
P1 x 3 x 9 3 x
6 6 6 6 2
7
i. f x0 P2 x0 ;
ii. f ` x0 P`2 x0 ;
iii. f x0 =P2 x0
f " x0
f ` x0 P`2 x0 B 2C x0 x0 B ; f " x0 P "2 x0 2C; C
2
Portanto, o polinómio de Taylor, de ordem 2 de f em volta x0 é dado por:
f " x0
P2 x f x0 f ` x0 x x0 x x0
2
2
8
Exemplo 2:
2 2
2.3.Polinómio de Taylor de ordem 3 e 4
De forma análoga ao que fizemos para determinar o Polinómio de Taylor de ordem
2, vamos construir P3 (x), Polinómio de Taylor de ordem 3, que se aproxime de uma função
f dada. É necessário que f seja derivável até a 3ª ordem num intervalo aberto, I e x0 ∈I. neste
caso, temos que P3 (x) deverá compartilhar em x0 com a função f os seguintes valores:
i. f x0 P3 x0 ;
ii. f ´ x0 P´3 x0 ;
iii. f " x 0 =P"3 x0 ;
iv. f ´´´ x0 =P´´´3 x0
P3 x A B x x0 C x x0 D x x0
2 3
, com A, B, C e D ∈ ℝ. Para
P3 x0 A B x0 x0 C ( x0 x0 ) 2 D x0 x0 A
3
f x0 P3 x0 A
P´´´3 x 3.2.1.D
f ´´´ x0
D
3!
9
Pn x a0 a1 x x0 a2 x x0 a3 x x0 a4 x x0 an x x0
2 3 4 n
f " x0
derivadas de Pn temos f ´ x0 a1 , a2 e assim sucessivamente. Percebemos que ao
2!
derivarmos pn vezes obtemos: Pn
n
x n. n 1 . n 2 . n 32.1.an
Como f
n
( x0 ) Pn n x0 , então f n x0 Pn n x0 n. n 1 . n 2 . n 3.2.1.an
f n x0
Logo: an .
n!
Portanto, o polinómio de Taylor de ordem n em torno de 𝑥0 é dado por:
f " x0 f ´´´ x0 f n x0
Pn x f x0 f ´ x0 x x0 x x0 x x0 x x0
2 3 n
.
2! 3! n!
Como nos casos anteriores o erro que se obtém ao aproximarmos a função 𝑓(𝑥) pelo valor
En x
de Pn x é En x f x Pn x com lim 0.
x x0
x x0 n
aproximados. Seja f: [a, x] ⟶ ℝ uma função (n + 1) vezes derivável com f n 1 integrável
em (a, x). Então:
n
f n a 1 x
f x x a x t f x 1 t dt . Onde t é um ponto entre a e x.
n n
n 0 n! n! a
1 x
Rn x x t f x 1 t dt é o resto da forma
n
n! a
f Tn x Rn x . Então, para n = 1. R1 f x T1 ) f ( f a f x x a e pela
du dt e v f t . Então:
x t f t dt x t f t ]ax f t dt
x n x
a a
0 x a f a f x f a
f x f a x a f a
f x T1 x R1
n
f k x0 f n1
f x x x x0
n
( x x0 ) k
k 0 k! n!
11
Demonstração.
A função f, por hipótese, tem n + 1 derivadas contínuas no intervalo (a, b) que
contém x0 e x. Portanto, é válido a Fórmula com Resto da Integral. Logo:
x x t )n f n1 t
Rn x dt
x0 n!
Para algum t entre x e x0. Pelo Teorema do Valor Médio para integrais, a hipótese
assegura a existência de um η entre x0 e x, tal que:
x x t f t dt f n1 x n
n 1 n
1
sendo assim, o resto pode ser
x x0 x0 n! n!
f n1 η
representado também por: Rn x x η x x0 , com f x Tn x Rn x ,
n
n!
n
f K x0 f n1 η
temos: f x x x0 x η x x0
k n
k k! n!
1 f n 1 t f n 1 η
x t x η
x
n n
dt
x x0 x0 n! n!
f n a
Ta f x x a
n
n 0 n!
f n 0
T0 f x x
n
.
n 0 n!
13
1
f n 0 n
x 1 x x 2 x 3 ..x (para todo x tal que) |x| < 1
1 x n 0 n !
xn x x 2 x3
ex 1 x
n 0 n! 1! 2! 3!
x 2 n 1
5
x3 x x7
sen( x) 1
n
x x
n 0 2n 1 3! 5! 7!
4
x2n x2 x x6
cos x 1
n
1 x
n 0 2n ! 2! 4! 6!
x 2 n 1
3
x x5 x 7
tan x 1
1 n
x x : x 1, x i
n 0 2n 1 3 5 7
Exemplo 3:
Resolução:
Para n = 1
1 2
f 1 x f ´ x ( )´ )
(1 x) 2
(1 x)3
f ´(0) 2
Para n = 2
3.2
f 2 x f " x
(1 x)4
f "(0) 3.2
Para n = 3
4.3.2
f 3 x f ´´´ x
(1 x)5
f ´´´(0) 4.3.2
14
n 1! .
A função f n x Portanto f
n
0 = (n + 1)!
1 x
n2
T0 f x
n 1! xn
n 1 n! xn
n 0 n!
n 0 n!
x 1 x
n 0
n
Exemplo 4:
Resolução:
Para n = 0, f
0
0 = f (0) = .
Para n = 1, f´(x) = 6x – 6, ⟹ f´(0) = - 6
Para n = 2, f” (x) = 6, ⟹ f´´ (0) = 6
Para n = 2, f´´´ (x) = 0, ⟹ f ´´´(0) = 0
Como f
3
0 = 0, é claro que f n x = 0 para todo n≥ 3, portanto, a série de Maclaurin é
dada por:
f n n 2
f n n f n n f 0 0 f ´ x 1 f " 0 2
T0 f x x x x x x x
n 0 n! n 0 n ! n 3 n ! 0! 1! 2!
5 6x 3x2
f x ex
Resolução:
f " a f n x0
f x f 0 f 0 x x 2 xn
2! n!
f x xn , então:
f ` x f (x)=f´´´ x f n x e x
f ` 0 f ´´´ 0 f n 0 1
Logo:
f ` 0 f ´´ 0 f n 0 x2 x2
f x f 0 f 0 x x
2
x 1 x
n
1! 2! n! 2! n!
Portanto, a fórmula ou o polinómio de Taylor de ordem n, no ponto zero da função
x2 x2
é: f x e x vale e x 1 x
2! n!
Isso significa que para valores de x próximos de zero:
x2 x2
ex 1 x
2! n!
Quanto maior n, melhor a aproximação. Por exemplo, fazendo x=1 e n =6, obtemos:
1 1 1 1 1
e 11
2 6 24 120 720
De fato, a soma à direita aproxima o número e até a terceira casa decimal, sendo o
“erro” igual a: 2, 26 x 10-4
2. Seja a função:
f x x
Resolução:
f ` 9 f "9 f ´´´ 9
f x f 9 f 0 x 9 x 9
2
x3
1! 2! 3!
Assim teremos:
f x x ; f 9 9 3
1
1 2 1 1 1 1
f ´ x x 1 ;
2 2 x 2 9 6
2x 2
1 12 1 1 32
f ´´ x x x
2 4
16
1 1 1 1 1 1
3
2 4 2 x3 4x 2 x 4.9 2 9 4.9.3 108
4x
1 3 32 1 3 52 3 3
f ´´´ x x x
4 2 8 2
8 x 5 2 2
8.x . x
3 3 1
f ´´´ 9 2 2
8.9 . 9 8.81.3 648
f ` 9 f "9 f ´´´ 9
Logo: f x f 9 f 0 x 9 x 9
2
x3
1! 2! 3!
1 1 1
Ou seja: f x 3 6 x 9 108 x 9 648 x 9
2 3
1! 2! 3!
1 1 1
f x 3 x 9 x 9 x 9
2 3
1 1 1
f x x 3 5 9 5 9 5 9 . Por exemplo, um valor
2 3
6 216 3888
1 1 1
5 seria: 5 3 5 9 5 9 5 9
2 3
aproximado de
6 216 3888
4 42 43
5 3
6 216 3888
4 16 64
5 3
6 216 3888
3 0.7542 2.2428
Portanto: 5 2.2428
1 1
Para n = 1, f´(x)= ⟹ f´(2)=
x 2
17
1 1
Para n = 2, f”(x) = 2
⟹ f”(2)=
x 4
2 2
Para n = 3, f´´´(x) = 3
⟹ f´´´(2) =
x 8
3.2 3.2
Para n = 3, f(4)(x) = 4
⟹ f(4)(2) =
x 16
2n
de Taylor é:
f n 2 f 0 2
f n 2
T2 f x x 2 x 2 x 2
2 0 n
n 0 n! 0! n 1 n!
1 n 1!
n 1
log 2 x 2
n
n
n 1 2 n!
1
n 1
log 2 x 2
n
n
n 1 n.2
18
4. Conclusão
5. Referências bibliográficas
Costa, G. A. T. F. & Guerra, F. (2009). Cálculo I (2ª ed.). Florianópolis: UFSC
Murolo, A. C. & Boneto, G. A. (2004). Matemática aplicada a administração, economia e
contabilidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Leithold, L. (2011). O cálculo com geometria analítica (3ª ed.). São Paulo: Harbra editoral.
Demidovitch B. (1987). Problemas e exercícios de análise matemática (6ª ed.). Moscou:
Mir.
Almas, C. (2014). Teorema de Taylor: Aplicação da fórmula de Taylor a extremos e
convexidade. São Paulo: UFRB