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Beyw Mussagy Mustafa

Elton Noa
Jamaldine Ambasse
Irasema Selemane

Fórmula de Taylor

(Licenciatura em Gestão de Empresas, 1º Ano, Pós – Laboral)

Universidade Rovuma
Instituto Superior de Transportes, Turismo e Comunicações
Nacala – Porto, Maio de 2022
Beyw Mussagy Mustafa
Elton Noa
Jamaldine Ambasse
Irasema Selemane

Fórmula de Taylor

Trabalho de Carácter Avaliativo, a ser apresentado na


Cadeira de Matemática 1, no Departamento de
Transporte e Logística, do Instituto Superior de
Transporte, Turismo e Comunicações, como requisito
para avaliação.
Orientado pelo docente: Dr. Rivelinho Manuel
Mohamade

Nacala – Porto, Maio de 2022


Índice
1. Introdução............................................................................................................................ 4
2. Polinómio de Taylor ............................................................................................................ 5
2.1. Polinómio de Taylor de ordem 1 ................................................................................. 5
2.2. Polinómio de Taylor de Ordem 2 ................................................................................ 7
2.3. Polinómio de Taylor de ordem 3 e 4 ............................................................................ 8
2.4. Polinómio de Taylor de ordem n ................................................................................. 9
2.5. Polinómio de Taylor com Resto de Lagrange ............................................................. 9
2.6. Polinómio de Taylor com Resto de Cauchy .............................................................. 10
2.7. Polinómio de Taylor com Resto Infinitesimal ........................................................... 11
2.8. Aplicação de Fórmula de Taylor ............................................................................... 12
2.9. Fórmula de Taylor e Maclaurin ................................................................................. 12
2.10. Exercícios resolvidos ................................................................................................ 14
3. Conclusão .......................................................................................................................... 18
4. Referências bibliográficas ................................................................................................. 19
4

1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre o tema Formulas de Taylor. Como é sabido desde
antemão, o desenvolvimento dos estudos matemáticos acompanharam a necessidade do
homem de conhecer e resolver seus problemas por meio de números. E uma das
contribuições da Matemática é a criação de fórmulas que auxiliam as pessoas na resolução
de problemas de uma forma mais simples e rápida. É neste contexto, que foi desenvolvida a
fórmula de Taylor, na expectativa de facilitar as pessoas no cálculo de valores de algumas
funções que são mais complicadas para obter valores apenas aplicando essas funções em
pontos do seu domínio. O que veio a oferecer grande ajuda no processo de análises
matemáticas.
O objectivo deste trabalho é de explicar a fórmula Taylor, para contribuir na
construção de conhecimentos na qualidade de estudantes, facilitando desta forma, a maior
familiarização com os conteúdos. Para a sua efectivação utilizou – se os seguintes objectivos
específicos: conceituar e Apresentar a fórmula de Taylor; demostrar a sua aplicação; e
apresentar a resolução de alguns exercícios sobre o tema.
Concernente a metodologia, recorreu – se o uso da pesquisa descritiva, com o método
documental, que consistiu na consulta e descrição das informações recolhidas em diferentes
obras dos autores conhecedores do tema em estudo.
Em relação a estruturação, o trabalho apresenta capa; folha do rosto, índice;
introdução; desenvolvimento; conclusão e referências bibliográficas.
5

2. Polinómio de Taylor
Segundo Leithold (2011), o teorema de Taylor foi formulado em 1712 pelo
matemático britânico Brook Taylor. O teorema consiste em aproximar uma função derivável
em torno de um ponto através de uma função polinomial, a qual é uma das mais simples
funções por apenas envolver operações básicas. O Polinómio de Taylor de primeira ordem
é uma consequência do Teorema de Taylor e ele aproxima uma função através de uma outra
função polinomial de no máximo primeiro grau, o que é chamado de aproximação linear. Já
a Fórmula de Taylor consiste no Polinómio de Taylor acrescentado de uma parcela chamada
de erro.
Seja 𝑓: 𝐼 → 𝑅 uma função n vezes derivável e x0 ∈ 𝐼. O polinómio:
f "  x0  f n  x0 
Tn  x, x0   f  x0   f ` x0  x  x0    x  x0   x  x0 
2 n

2! n!
É chamado de polinómio de Taylor, de grau n, de f, no ponto x0. A fórmula de Taylor
pode ser utilizada para calcular um valor aproximado de determinada função por meio de
somas parciais.

2.1.Polinómio de Taylor de ordem 1


Consideramos uma função 𝑓: 𝐼 ⊂ ℝ → ℝ. Derivável no ponto x0 onde 𝐼 é um
intervalo aberto e x0 ∈ 𝐼. Tomemos a recta t, gráfico 1. Tangente a gráfico da função nesse
ponto (𝑥0 , 𝑓(𝑥0 )). Para valores de x próximos de 𝑥0 , temos que a função 𝑇: ℝ → ℝ que
representa a equação da recta t é uma boa aproximação de f(x).

Gráfico 1: Representação de aproximação linear

Fonte: Adaptado de Costa e Guerra (2009).

Como sendo t é uma recta que passa pelo ponto A   x0 , f  x0   , temos que sua

equação é dada por y  y0  m  x  x0  , onde m é o coeficiente angular da recta t ou ainda a

derivada de f no ponto x0. Assim, T  x   f  x0   f ´ x0  x  x0  . Quando temos,


6

T  x0   f  x0   f ´ x0  x0  x0   f  x0  .

Agora, seja x ∈ I um ponto na vizinhança de x0 de maneira que T  x 0   f  x  . A esta

diferenças de valores denotamos por E1  x  ou seja, o erro que cometemos ao aproximarmos

valores de f(x) por T(x), ou ainda,


E1  x   f  x   T  x  . Podemos visualizar graficamente na figura 2.

Figura 2: representação do erro obtido pela aproximação linear

Fonte: Adaptado de Costa e Guerra (2009).


Exemplo 1:
Vamos utilizar o polinómio de Taylor de ordem 1 para estimar o valor de 9.03 neste

caso, nossa função é f :   definida por f  x   x . Como desejamos obter a

aproximação de 9.03 devemos construir o polinómio de Taylor de ordem 1 da função

f  x   x ao de x0 = 9.

1 1 1
Como f  x0   f  9  3 e f ´ x    
2 9 2.3 6

Assim, o polinómio de Taylor de ordem 1 de por f  x   x em torno de 𝑥0 = 9 é

1 x 9 1 3
P1  x   3   x  9  3    x 
6 6 6 6 2
7

Gráfico 3: representação de 𝑓(𝑥) = √𝑥 e do seu polinómio de Taylor de ordem 1

Fonte: Adaptado de Costa e Guerra (2009).

2.2. Polinómio de Taylor de Ordem 2


Considerando uma função f derivável até a segunda ordem num intervalo aberto I
com x, x0 ∈ I, podemos obter uma melhor aproximação de 𝑓(𝑥), para cada valor de x
próximo à x0. Nesse caso, vamos determinar um Polinómio P2 (x) de ordem 2, que deve
satisfazer as seguintes condições:

i. f  x0   P2  x0  ;

ii. f ` x0   P`2  x0  ;

iii. f  x0  =P2  x0 

Consideramos um polinómio do segundo grau da forma


P2 ( x)  A  B( x  x0 )  C ( x  x0 )2 , com A, B e C coeficientes reais. Temos P2  x0   A e,

portanto, f  x0  =P2  x0   A . Além disso, P`2  x   B  2C  x  x0  e P "2  x   2C , assim:

f " x0 
f ` x0   P`2  x0   B  2C  x0  x0   B ; f " x0   P "2  x0   2C; C 
2
Portanto, o polinómio de Taylor, de ordem 2 de f em volta x0 é dado por:
f "  x0 
P2  x   f  x0   f ` x0  x  x0    x  x0 
2

2
8

Exemplo 2:

Vamos determinar o polinómio de Taylor de ordem 2 em torno de x0 = 1 da função


1 1
f (x)= In (x). Notamos inicialmente que, f ´ x   e f ´´ x    2 . Assim:
x x
1 1
f 1  0, f ´1  1 e f ´´1  1 . Logo: P2  x   0  1 x  1   x  1   x  1   x  1
2 2

2 2
2.3.Polinómio de Taylor de ordem 3 e 4
De forma análoga ao que fizemos para determinar o Polinómio de Taylor de ordem
2, vamos construir P3 (x), Polinómio de Taylor de ordem 3, que se aproxime de uma função
f dada. É necessário que f seja derivável até a 3ª ordem num intervalo aberto, I e x0 ∈I. neste
caso, temos que P3 (x) deverá compartilhar em x0 com a função f os seguintes valores:
i. f  x0   P3  x0  ;
ii. f ´ x0   P´3  x0  ;
iii. f " x 0  =P"3  x0  ;
iv. f ´´´ x0  =P´´´3  x0 

Suponhamos P3  x  um polinómio de ordem 3 da forma:

P3  x   A  B  x  x0   C  x  x0   D  x  x0 
2 3
, com A, B, C e D ∈ ℝ. Para

determinar os valores de A, b, C e D observamos que.

P3  x0   A  B  x0  x0   C ( x0  x0 ) 2  D  x0  x0   A
3

f  x0   P3  x0   A

P´3  x   B  2.C  x0  x0   3.D( x0  x0 ) 2


f ´ x0   P´3  x0   B

P "3  x   2.1.C  3.2.D  x0  x0 


f " x0 
C
2!

P´´´3  x   3.2.1.D
f ´´´ x0 
D
3!
9

2.4.Polinómio de Taylor de ordem n


É possível generalizar o procedimento seguido nas secções anteriores para obter um
polinómio de ordem n, com 𝑛 ∈ ℤ+ , que aproxime os valores de f em pontos x vizinhança
de 𝑥0 .
Seja função uma função f, n vezes derivável num intervalo aberto, I e x0 ∈ I.
Queremos determinar o Polinómio Pn de ordem n, que aproxime os valores da função f, ao
tomarmos valores de x próximos a x0. De forma análoga aos casos anteriores, devemos ter:

f  x0   Pn  x0  , f ´ x0   P´n  x0  , f " x0   P´´n  x0  , f n  x0   Pn n  x0 

Portanto, o polinómio deve ser da forma

Pn  x   a0  a1  x  x0   a2  x  x0   a3  x  x0   a4  x  x0   an  x  x0 
2 3 4 n

Procedendo como nos casos anteriores, obtemos f  x0   a0 e calculando as

f "  x0 
derivadas de Pn temos f ´ x0   a1 ,  a2 e assim sucessivamente. Percebemos que ao
2!
derivarmos pn vezes obtemos: Pn
n
 x   n.  n  1 .  n  2  .  n  32.1.an
Como f
 n
( x0 )  Pn n   x0  , então f  n   x0   Pn n   x0   n.  n  1 .  n  2  .  n  3.2.1.an

f  n  x0 
Logo: an  .
n!
Portanto, o polinómio de Taylor de ordem n em torno de 𝑥0 é dado por:

f "  x0  f ´´´ x0  f  n   x0 
Pn  x   f  x0   f ´ x0  x  x0    x  x0    x  x0    x  x0 
2 3 n
.
2! 3! n!
Como nos casos anteriores o erro que se obtém ao aproximarmos a função 𝑓(𝑥) pelo valor
En  x 
de Pn  x  é En  x   f  x   Pn  x  com lim  0.
 x  x0 
x  x0 n

2.5. Polinómio de Taylor com Resto de Lagrange


Seja f uma função definida num intervalo I, derivável até a ordem (n + 1). O teorema
a seguir fornece uma fórmula para o resto da aproximação de f pelo seu polinômio de Taylor
de ordem n, em termos da derivada (n + 1) - ésima de f. Assim, se for possível estimar
superiormente o módulo de tal derivada em I, o teorema pode ser aplicado para se obter uma
estimativa superior do módulo do referido resto, o que é frequentemente útil em cálculos
10

aproximados. Seja f: [a, x] ⟶ ℝ uma função (n + 1) vezes derivável com f  n 1 integrável
em (a, x). Então:

n
f  n  a  1 x
f  x    x  a   x  t  f  x 1  t  dt . Onde t é um ponto entre a e x.
n n

n 0 n! n! a
1 x
Rn  x     x  t  f  x 1  t  dt é o resto da forma
n

n! a

Usaremos indução matemática sobre n para demonstrar o resultado. Temos que

 
f    Tn  x   Rn x  . Então, para n = 1. R1   f  x   T1 )  f (   f  a   f   x  x  a  e pela

 x t f   t  dt . Assim, usando o teorema fundamental


x n
hipótese devemos obter a integral
a

do Cálculo e a técnica de integração por partes com u  x  t e dv  f  t  dt , assim

du  dt e v  f  t  . Então:

 x t f   t  dt   x  t  f   t ]ax   f   t  dt
x n x

a a

 0   x  a f a  f  x  f a

 f  x  f a   x  a f a

 f  x   T1  x   R1

Portanto, o teorema é válido para n = 1.

2.6. Polinómio de Taylor com Resto de Cauchy


Esta fórmula é um aperfeiçoamento da Fórmula de Taylor com Resto de Lagrange e
é utilizada em vários textos, particularmente para a análise da Fórmula Binomial, e assim a
apresentamos aqui, visando ampliar o estudo sobre as formas de expressar o resto na
Fórmula de Taylor. Seja f: [a, b] ⟶ℝ uma função com n derivadas contínuas e f  n 1
definida em todo (a, b). se x0 ∈ [a, b], então existe um η entre x0 e x tal que

n
f  k   x0  f  n1  
f  x    x    x  x0 
n
( x  x0 )  k

k 0 k! n!
11

Demonstração.
A função f, por hipótese, tem n + 1 derivadas contínuas no intervalo (a, b) que
contém x0 e x. Portanto, é válido a Fórmula com Resto da Integral. Logo:

x x  t )n f  n1  t 
Rn x    dt
x0 n!

Para algum t entre x e x0. Pelo Teorema do Valor Médio para integrais, a hipótese
assegura a existência de um η entre x0 e x, tal que:

x x t f  t  dt  f  n1   x  n
 n 1 n
1
   sendo assim, o resto pode ser
x  x0 x0 n! n!

f  n1  η
representado também por: Rn  x    x  η  x  x0  , com f  x   Tn  x   Rn  x  ,
n

n!
n
f  K   x0  f  n1  η
temos: f  x      x  x0   x  η  x  x0 
k n

k k! n!

A mesma dificuldade de encontrar o ξ para a Fórmula com Resto de Lagrange,


também, acontece quando precisamos encontrar o η para a Fórmula com Resto de Cauchy.
Usualmente, o que se faz é procurar uma função que limita a função do resto e assim fazer
uma estimativa do erro.
Admitindo f  n 1 contínua, a Fórmula de Taylor com Resto de Cauchy é
consequência imediata da Fórmula de Taylor com Resto Integral, pois sob tal hipótese o
Teorema do Valor Médio para Integrais assegura a existência de η entre x0 e x, η ≠ x0 e η ≠
x, tal que:

1 f  n 1  t  f  n 1 η
x t  x  η
x

n n
dt 
x  x0 x0 n! n!

2.7.Polinómio de Taylor com Resto Infinitesimal


Se f é n-vezes derivável em x0 então podemos aproximar os valores de f (x), com x
próximo de x0, pelos valores de um polinômio Tn (x) de grau menor ou igual a n, f (x) = Tn
(x) + Rn (x), tal que o resto nesta aproximação, Rn (x) = f (x) – Tn (x), satisfaz
R  x
lim 0
 x  x0 
x  x0 n
12

Seja n ∈ ℕ, A ⊂ ℝ, x0 ∈ A e f: A →ℝ. Suponha que f seja derivável até ordem (n –


1) e que f  n 1 seja derivável em x0. Então:
i. Se Rn é a diferença entre f e o seu polinômio de Taylor de ordem n em x0, então:
R  x
lim 0
 x  x0 
x  x0 n

ii. Reciprocamente, se T for uma função polinomial de grau menor ou igual a n e


R  x
Rn (x) = f (x) – Tn (x) satisfazer e lim  0 , então T é o polinômio de
 x  x0 
x  x0 n

Taylor de ordem n de f em x0.

2.8.Aplicação da Fórmula de Taylor


De acordo Murolo e Boneto (2004), a fórmula de Taylor tem grande importância na
Análise Matemática, pois é através dela que se define o conceito de diferenciabilidade,
planos e rectas tangentes. Na Engenharia e na Física o Polinómio de Taylor é utilizado em
Métodos Numéricos para calcular aproximações e na criação de gráficos, em
Electromagnetismo para definir a lei de Gauss. Actualmente para se resolver alguns cálculos
que envolvam logaritmos, seno, cosseno e outras funções não elementares pode-se usar a
calculadora, mas antes da década de 60, quando não existia a calculadora, a forma usada
para calcular tais valores eram as aproximações.

2.9.Fórmula de Taylor e Maclaurin


Lembramos que dada uma função f: R → R, define - se sua série de Taylor ao redor
do ponto x = a como:


f  n  a 
Ta f  x     x  a
n

n 0 n!

Lembramos também que f 


n
 a  denota a n - ésima derivada de f avaliada no ponto
a. A série de MacLaurin, nada mais é do que a série de Taylor ao redor de x = 0; isto é,


f  n  0
T0 f  x     x
n
.
n 0 n!
13

Abaixo são apresentados os principais series de Maclaurin a saber:

1 
f n  0 n
 x  1  x  x 2  x 3 ..x (para todo x tal que) |x| < 1
1  x n 0 n !

xn x x 2 x3
ex    1    x
n 0 n! 1! 2! 3!

x 2 n 1
5
x3 x x7
sen( x)    1
n
x    x
n 0  2n  1 3! 5! 7!

 4
x2n x2 x x6
cos  x     1
n
 1   x
n 0  2n  ! 2! 4! 6!

x 2 n 1
 3
x x5 x 7
tan  x     1
1 n
 x    x : x  1, x  i
n 0 2n  1 3 5 7

Exemplo 3:

Encontrar a série de MacLaurin da função f (x) = 1  x  .


2

Resolução:

Precisamos primeiro achar uma expressão geral para f 


n
 0  . Para isso, calculamos f  n  0 
para alguns valores de n.
1
Sabemos que f  0  f , logo f 
0
 0  f  0  1
(1  (0))2

Para n = 1
1 2
f 1  x   f ´ x   ( )´ )
(1  x) 2
(1  x)3
 f ´(0)  2

Para n = 2
3.2
f  2  x   f "  x  
(1  x)4
 f "(0)  3.2

Para n = 3
4.3.2
f  3  x   f ´´´ x  
(1  x)5
 f ´´´(0)  4.3.2
14

 n  1! .
A função f  n  x   Portanto f 
n
 0  = (n + 1)!
1  x 
n2

Assim, substituindo na equação (2), a série de MacLaurin da função dada é:

T0 f  x   

 n  1! xn  
 n  1 n! xn  

n 0 n!
n 0 n!
  x  1 x
n 0
n

Exemplo 4:

Determinar a série de MacLaurin de f  x   3x2  6 x  5

Resolução:

Como antes, calculamos f


 n
 0  nos primeiros valores de n, para assim podermos determinar
uma expressão geral.

Para n = 0, f 
0
 0  = f (0) = .
Para n = 1, f´(x) = 6x – 6, ⟹ f´(0) = - 6
Para n = 2, f” (x) = 6, ⟹ f´´ (0) = 6
Para n = 2, f´´´ (x) = 0, ⟹ f ´´´(0) = 0

Como f 
3
 0  = 0, é claro que f  n   x  = 0 para todo n≥ 3, portanto, a série de Maclaurin é
dada por:

f  n n 2
f  n  n  f  n  n f  0 0 f ´ x  1 f "  0  2
T0 f  x    x  x  x  x  x  x
n 0 n! n 0 n ! n 3 n ! 0! 1! 2!

 5  6x  3x2

2.10. Exercícios resolvidos

1. Determinar a fórmula ou o polinómio de Taylor de ordem n, no ponto zero da


função:

f  x   ex

Resolução:

f " a  f n  x0 
f  x   f  0  f  0 x  x 2  xn
2! n!

Assim, sabemos que se f  x   xn


15

f  x   xn , então:

f ` x   f (x)=f´´´ x    f n  x   e x

f ` 0  f ´´´ 0   f n  0  1

Logo:
f ` 0  f ´´ 0  f n 0 x2 x2
f  x   f  0  f  0  x  x 
2
x  1  x  
n

1! 2! n! 2! n!
Portanto, a fórmula ou o polinómio de Taylor de ordem n, no ponto zero da função
x2 x2
é: f  x   e x vale e x  1  x  
2! n!
Isso significa que para valores de x próximos de zero:

x2 x2
ex  1  x  
2! n!

Quanto maior n, melhor a aproximação. Por exemplo, fazendo x=1 e n =6, obtemos:
1 1 1 1 1
e  11    
2 6 24 120 720
De fato, a soma à direita aproxima o número e até a terceira casa decimal, sendo o
“erro” igual a: 2, 26 x 10-4

2. Seja a função:
f  x  x

Obter uma aproximação de Taylor de terceira ordem no ponto: a = 9.

Resolução:

f ` 9  f "9 f ´´´ 9 
f  x   f 9  f  0   x  9   x  9
2
 x3
1! 2! 3!
Assim teremos:

f  x   x ; f 9  9  3

1
1 2 1 1 1 1
f ´ x   x  1  ; 
2 2 x 2 9 6
2x 2

1  12 1 1  32
f ´´ x    x  x
2 4
16

1 1 1 1 1 1
 3
       
2 4 2 x3 4x 2 x 4.9 2 9 4.9.3 108
4x

1  3   32 1 3  52 3 3
f ´´´ x       x  x  
4 2 8 2
8 x 5 2 2
8.x . x

3 3 1
f ´´´ 9   2 2
 
8.9 . 9 8.81.3 648

f ` 9  f "9 f ´´´ 9 
Logo: f  x   f  9   f  0    x  9   x  9
2
 x3
1! 2! 3!
1 1 1

Ou seja: f  x   3  6  x  9   108  x  9   648  x  9 
2 3

1! 2! 3!
1 1 1
f  x  3   x  9   x  9   x  9
2 3

6.1 108.2! 648.6!

Portanto, a aproximação de Taylor de terceira ordem de f  x   x . No ponto a = 9 é:

1 1 1
f  x  x  3  5  9  5  9  5  9  . Por exemplo, um valor
2 3

6 216 3888
1 1 1
5 seria: 5  3   5  9   5  9  5  9 
2 3
aproximado de
6 216 3888

4 42 43
5  3  
6 216 3888

4 16 64
5 3  
6 216 3888

 3  0.6667  0.0741  0.0165

 3  0.7542  2.2428

Portanto: 5  2.2428

3. Encontre a série de Taylor da função f(x) = log(x) ao redor de x = 2.


Resolução

Calculamos as derivadas para poder determinar uma expressão geral de f 


n
 2 :
Para n = 0, f 
0
 x  = log (x), ⟹ f  0  2  = log (2)

1 1
Para n = 1, f´(x)= ⟹ f´(2)=
x 2
17

1 1
Para n = 2, f”(x) =  2
⟹ f”(2)= 
x 4

2 2
Para n = 3, f´´´(x) = 3
⟹ f´´´(2) =
x 8

3.2 3.2
Para n = 3, f(4)(x) = 4
⟹ f(4)(2) =
x 16

 n  1! se n ≥ 1. Portanto, a série


De onde podemos concluir que f 
0
 2  = log (2) =  1
n 1

2n
de Taylor é:


f  n  2 f  0  2  
f  n  2
T2 f  x     x  2  x  2    x  2
2 0 n

n 0 n! 0! n 1 n!

 1  n  1!
n 1

 log  2     x  2
n
n
n 1 2 n!

 1
n 1

 log  2     x  2
n
n
n 1 n.2
18

4. Conclusão

De um modo geral, a fórmula de Taylor consiste em aproximar uma função derivável


em torno de um ponto através de uma função polinomial, a qual é uma das mais simples
funções por apenas envolver operações básicas. O Polinômio de Taylor de primeira ordem
é uma consequência do Teorema de Taylor e ele aproxima uma função através de uma outra
função polinomial de no máximo primeiro grau, o que é chamado de aproximação linear. Já
a Fórmula de Taylor consiste no Polinômio de Taylor acrescentado de uma parcela chamada
de erro. A Fórmula de Taylor tem grande importância na Análise Matemática, pois é através
dela que se define o conceito de diferenciabilidade, planos e rectas tangentes. Na Engenharia
e na Física o Polinômio de Taylor é utilizado em Métodos Numéricos para calcular
aproximações e na criação de gráficos, em Eletromagnetismo para definir a lei de Gauss.
É importante lembrar que actualmente para se resolver alguns cálculos que envolvam
logaritmos, seno, cosseno e outras funções não elementares pode-se usar a calculadora, mas
antes da década de 60, quando não existia a calculadora, a forma usada para calcular tais
valores eram as aproximações.
19

5. Referências bibliográficas
Costa, G. A. T. F. & Guerra, F. (2009). Cálculo I (2ª ed.). Florianópolis: UFSC
Murolo, A. C. & Boneto, G. A. (2004). Matemática aplicada a administração, economia e
contabilidade. São Paulo: Pioneira Thomson Learning.
Leithold, L. (2011). O cálculo com geometria analítica (3ª ed.). São Paulo: Harbra editoral.
Demidovitch B. (1987). Problemas e exercícios de análise matemática (6ª ed.). Moscou:
Mir.
Almas, C. (2014). Teorema de Taylor: Aplicação da fórmula de Taylor a extremos e
convexidade. São Paulo: UFRB

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