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Alice Rodolfo Emiliano João

Mariza Aliante Guilherme


Mussagy Mustafá
Saíde Janfar
Zaida Momade

Tema: Evidencias da Auditoria Interna

Universidade Rovuma
Nacala
2022
Alice Rodolfo Emiliano João
Mariza Aliante Guilherme
Mussagy Mustafá
Saíde Janfar
Zaida Momade

Tema: Evidências da Auditoria Interna

Trabalho a ser apresentado na


Universidade Rovuma, da cadeira
de Auditoria Interna, leccionado
pela docente Lúcia Ipulveira

Docente: Lúcia Ipulveira

Universidade Rovuma
Nacala
2022
Índice
Introdução
Conceitos

1. Auditoria Interna

Segundo Crepaldi (2007: 47), Auditoria Interna é uma atividade de avaliação


independente dentro da empresa, que se destina a revisar as operações, como um serviço
prestado á administração. Constitui um controle gerencial que funciona por meio da análise e
avaliação de eficiência de outros controles.

2. Evidências da Auditoria

Segundo Alvin (2012:10), afirma que para melhor compreensão das evidencias da
auditoria, convém destacar alguns conceitos importantes:

Registros contábeis: compreendem os registros de lançamentos contábeis e sua


documentação-suporte (cheques e registros de transferências eletrônicas de fundos, faturas,
contratos); os livros diários, razões gerais e auxiliares, as reclassificações nas demonstrações
contábeis não refletidas no diário e as planilhas de trabalho, que suportem as alocações de
custos, cálculos, conciliações e divulgações;

Adequação da evidência de auditoria: é a medida da qualidade da evidência de auditoria,


isto é, a sua relevância e confiabilidade para suportar as conclusões em que se fundamenta a
opinião do auditor;

Especialista da administração: é uma pessoa ou organização com especialização em uma


área, que não contabilidade ou auditoria, cujo trabalho naquela área de especialização é
utilizado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis;

Suficiência da evidência de auditoria: é a medida da quantidade da evidência de auditoria.


A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos
riscos de distorção relevante e também pela qualidade da evidência de auditoria.

2.1. Definição

Para Alvin (2012:9), evidência de auditoria é o conjunto de fatos comprovados,


suficientes, competentes e pertinentes, e por definição, mais consistentes que os achados em
função de determinadas características.
2.2. Características das evidencias da Auditoria interna

De acordo com John (1979), as características das evidências de auditoria são:

Suficiência: a evidência deve ser convincente às pessoas leigas, permitindo-as chegar às


mesmas conclusões do auditor.

Validade: deve dar credibilidade e suporte à conclusão do auditor.

Relevância: deve ter relação com os objetivos da auditoria. Um dado conjunto de


procedimentos de auditoria pode fornecer evidência relevante para certas afirmações, mas
não para outras. Por outro lado, evidência de auditoria de diferentes fontes ou de diferente
natureza pode ser relevante para a mesma afirmação.

Objetividade: deve ser objetiva e respaldar as conclusões do auditor de forma mais profunda


do que a simples aparência.

Confiabilidade: A confiabilidade das informações a serem utilizadas como evidência de


auditoria e, portanto, da própria auditoria, é influenciada pela sua fonte e sua natureza, e as
circunstâncias nas quais são obtidas, incluindo os controles sobre sua elaboração e
manutenção, quando relevante. Portanto, generalizações sobre a confiabilidade de vários
tipos de evidência de auditoria estão sujeitas a importantes exceções. Mesmo quando as
informações a serem utilizadas como evidência de auditoria são obtidas de fontes externas à
entidade, podem existir circunstâncias que podem afetar a sua confiabilidade. Por exemplo,
informações obtidas de fonte externa independente podem não ser confiáveis se a fonte não
tiver conhecimento ou se for possível que especialista da administração não tenha
objetividade.

2.3. Classificação da evidência da auditoria interna

A evidência de auditoria é classificada segundo os procedimentos que a originaram


como:

Evidência física: obtida em decorrência de uma inspeção física ou observação direta de


pessoas, bens ou transações. Normalmente é apresentada sob a forma de fotografias, gráficos,
memorandos descritivos, mapas, amostras físicas etc.

Evidência documental: É aquela obtida dos exames


de ofícios, contratos, documentos comprobatórios (notas fiscais, recibos, duplicatas quitadas,
etc.) e informações prestadas por pessoas de dentro e de fora da entidade auditada, sendo que
a evidência obtida de fontes externas adequadas é mais fidedigna que a obtida na própria
organização sob auditoria.

Evidência testemunhal: É aquela decorrente da aplicação de entrevistas e questionários.

Evidência analítica: Decorre da conferência de cálculos, comparações, correlações e


análises feitas pelo auditor, dentre outras. (Odibar: 2009)

Tipos das evidências de auditoria interna 

Para Audrey (2012:11), as evidências podem ser internas ou externas à organização


ou à entidade auditada.

Evidências Internas são produzidas no âmbito da organização e podem ser processadas por
uma parte externa ou não. Geralmente, os auditores atribuem a esse tipo de evidência menor
credibilidade do que às externas.

Evidências Externas são produzidas por organização independente da unidade auditada e


podem ser processadas ou não pela unidade. Normalmente, se atribui maior credibilidade a
esse tipo de evidência do que às internas, especialmente se forem encaminhadas diretamente
ao auditor e elaboradas por pessoa ou instituição independente ecompetente no assunto.

2.4. Importância das evidências de auditoria interna

Alguma evidênciade auditoria é obtida pela execução de procedimentos de auditoria para


testar os registros contábeis, por exemplo, por meio de análise e revisão, ré execução dos
procedimentos seguidos no processo de elaboração das demonstrações contábeis e
conciliação de tipos e aplicações relacionadas das mesmas informações. Pela execução de tais
procedimentos de auditoria, o auditor pode determinar que os registros contábeis são
internamente consistentes e estão de acordo com as demonstrações contábeis. (William:
2018)

2.5. Procedimentos de auditoria para obtenção de evidência de auditoria

A evidência de auditoria para a obtenção de conclusões para fundamentar a opinião do


auditor é conseguida pela execução de:
 Procedimentos de avaliação de riscos; e
 Procedimentos adicionais de auditoria, que abrangem: testes de controles, quando
exigidos pelas normas de auditoria ou quando o auditor assim escolheu; e
substantivos, inclusive testes de detalhes e procedimentos analíticos substantivos.

Os procedimentos de auditoria descritos nos subcapítulos abaixo podem ser utilizados como
procedimentos de avaliação de riscos, testes de controles ou procedimentos substantivos,
dependendo do contexto em que sejam aplicados pelo auditor. A evidência de auditoria
obtida de auditorias anteriores pode, em certas circunstâncias, fornecer evidência de auditoria
apropriada quando o auditor executa procedimentos de auditoria para estabelecer que a
evidência de auditoria continue relevante.

A natureza e a época dos procedimentos de auditoria a serem utilizados podem ser afetadas
pelo fato de que alguns dados contabilísticos e outras informações podem estar disponíveis
apenas em forma eletrônica ou apenas em certos pontos ou períodos no tempo. Por exemplo,
documentos de fonte, tais como ordens de compra e faturas, podem existir apenas em forma
eletrônica quando a entidade utiliza comércio eletrônico ou podem ser descartados após a
leitura ótica quando a entidade utiliza sistemas de processamento de imagem para facilitar o
armazenamento e referência. (William: 2008)

2.5.1. Inspeção:

A inspeção envolve o exame de registros ou documentos, internos ou externos, em


forma de papel, em forma eletrônica ou em outras mídias, ou o exame físico de um ativo. A
inspeção de registros e documentos fornece evidência de auditoria com graus variáveis de
confiabilidade, dependendo de sua natureza e fonte e, no caso de registros internos e
documentos, da eficácia dos controles sobre a sua produção. Um exemplo de inspeção
utilizada como teste é a inspeção de registros em busca de evidência de autorização. Alguns
documentos representam evidência de auditoria direta da existência de um ativo, por
exemplo, um documento que constitui um instrumento financeiro, como uma ação ou título.
A inspeção de tais documentos pode não fornecer necessariamente evidência de auditoria
sobre propriedade ou valor. Além disso, a inspeção de um contrato executado pode fornecer
evidência de auditoria relevante para a aplicação de políticas contábeis da entidade, tais como
reconhecimento de receita. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Auditoria  acedido a 12.05.022)
2.5.2. Observação

A observação consiste no exame de processo ou procedimento executado por outros,


por exemplo, a observação pelo auditor da contagem do estoque pelos empregados da
entidade ou da execução de atividades de controle. A observação fornece evidência de
auditoria a respeito da execução de processo ou procedimento, mas é limitada ao ponto no
tempo em que a observação ocorre e pelo fato de que o ato de ser observado pode afetar a
maneira como o processo ou procedimento é executado. (Almeida, 2007)

2.5.3. Confirmação externa

Uma confirmação externa representa evidência de auditoria obtida pelo auditor como
resposta escrita de terceiro (a parte que confirma) ao auditor, em forma escrita, eletrônica ou
em outra mídia. Os procedimentos de confirmação externa frequentemente são relevantes no
tratamento de afirmações associadas a certos saldos contábeis e seus elementos. Contudo, as
confirmações externas não precisam se restringir apenas a saldos contábeis. Por exemplo, o
auditor pode solicitar confirmação de termos de contratos ou transações da entidade com
terceiros; a solicitação de confirmação pode ser planejada para perguntar se foram efetuadas
quaisquer modificações no contrato e, em caso afirmativo, quais são os detalhes relevantes.
(Almeida, 2007)

2.5.4. Recálculo

O recálculo consiste na verificação da exatidão matemática de documentos ou


registros. O recálculo pode ser realizado manual ou eletronicamente. (Almeida, 2007)

2.5.5. Ré execução

A ré execução envolve a execução independente pelo auditor de procedimentos ou


controles que foram originalmente realizados como parte do controle interno da entidade.
(Almeida, 2007)

2.5.6. Indagação

A indagação consiste na busca de informações junto a pessoas com conhecimento,


financeiro e não financeiro, dentro ou fora da entidade. A indagação é utilizada extensamente
em toda a auditoria, além de outros procedimentos de auditoria. As indagações podem incluir
desde indagações escritas formais até indagações orais informais. A avaliação das respostas
às indagações é parte integral do processo de indagação. (Almeida, 2007)
Conclusão

Contudo, conclui se que a auditoria toma cada vez mais importante e devido ao crescimento
das empresas e com demonstrações tornam se cada vez mais maiores e mais complexas, com
os steakholders precisando do trabalho dos auditores para auxilia-los na tomada de decisões,
principalmente. Dessa forma a auditoria deverá ter crescimento cada vez maior a cada dia
passa.

Portanto, é necessário que se tenha as evidencias da auditoria interna para se ter a par de
todos os requisitos necessários para se auditar todas as operações da empresa assim como o
controle da empresa tendo se em conta a área que se pretende auditar.
Bibliografia

Alvin A. Arens Randal J. Elder – Mark S. Beasley, Auditing and Assurance Services: An
Integrated Approach, 2012.

Almeida, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo, 6ªEd.2007

Audrey A. Gramling - Karla M. Johnstone - Larry E. Rittenberg, Auditoria, 2012, São Paulo,
Cengage Learning.

Crepaldi, Sílvio aparecido. Auditoria contabilística: teoria e prática. 4ª ed. São Paulo: Atlas
2007

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Auditoria  acedido a 25.03.09 Odibar J. Lampea

John W. Cook - Gay M. Minkls, Auditoria: Filosofia e Técnica, 1976, São Paulo, Saraivam.

William Attie, Auditoria: Conceitos e Aplicações. 2018, Atlas.

Boyton, Raymond N. Johnson, Walter G. Kell, Auditoria, 2008, São Paulo, Atlas.

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