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Introdução
O propósito da vida
Observe o mundo ao seu redor. Você perceberá que a vida segue o fluxo da
benevolência.
Os seres humanos não são diferentes. Nosso propósito é ser feliz e espalhar
essa felicidade — essa é a missão de cada pessoa.
Ser feliz não é apenas satisfazer desejos, envolve a percepção de que a sua
vida está ligada à vida de todos os seres. A partir dessa percepção, você age de
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Ter essa suprema alegria como objetivo, ou melhor, como princípio orientador
para todas as suas ações, é o jeito certo para se viver.
O presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica: “A alegria não é somente a sua
felicidade pessoal e egoísta. E não é fazer os outros felizes enquanto sacrifica a
si ou à própria felicidade. Você e os outros devem se alegrar juntos, e se
tornarem felizes juntos” (BS, ed. 1.230, 19 jun. 1993, p. 5).
Encontrar respostas para nossas dúvidas é importante porque quando algo faz
sentido para nós, a nossa postura também muda.
O objetivo da nossa prática budista é nos tornarmos um ser humano melhor a
cada dia, capaz de conquistar e espalhar felicidade ao redor, contribuindo assim
para a construção de um mundo melhor.
São nossos valores e modo de viver que definem a nossa verdadeira felicidade.
O executivo e as crianças
Elas responderam:
– Ah! – disse o homem – se tiverem boas notas na escola, poderão ir para uma
boa universidade.
– E depois ?
a vida.
Mesmo que consigam boas escolas e bons empregos, não há garantias de que
vocês serão felizes com isso. [...] Afinal, o propósito do estudo não é ser aceito
numa universidade de prestígio. É cultivar sua mente e seu coração de forma
que se tornem indivíduos plenos e que deixem alguma prova de sua existência
neste mundo.”
Resposta a um Adepto
Trecho 1 do escrito
Se voltassem a me exilar, minha boa sorte seria cem, mil, dez mil, um
de velhice! Prefiro mil vezes ser perseguido pelo soberano desta nação em
Nichiren Daishonin redigiu esta carta no décimo primeiro dia do quarto mês de
que tenha sido endereçada a um samurai com uma posição que lhe permitia
A carta foi escrita pouco mais de quatro anos após Nichiren Daishonin ter se
indulto do exílio em Sado e seu retorno a Kamakura (no fim do terceiro mês de
1274). Ainda que os esforços para propagar seus ensinamentos tivessem êxito
alertá-lo de que poderia ser exilado pela terceira vez (o primeiro exílio foi em
possibilidade com muita placidez: “Minha boa sorte seria cem, mil, dez mil, um
v. II, p. 169). Desse modo, ele declara que perseguições, por mais ultrajantes
que possam ser, representam uma honra para aquele que defende o justo e
verdadeiro.
“Não poderia desejar nada melhor!” É possível imaginar claramente sua postura
intrépida, sua disposição de encarar até mesmo a pior adversidade. Ele emite
ensinamentos.
demonstrar que ele era legítimo devoto do Sutra do Lótus, exatamente como o
sutra descreve.
verdadeira identidade de Buda dos Últimos Dias da Lei, elucidando, por fim, o
alicerces do kosen-rufu.
progresso dinâmico.
sutra descreve, por propagar o Sutra do Lótus. Ele expressa [em Abertura dos
I, p. 250). Como demonstra a passagem, por duas vezes ele sofreu perseguições
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envolvendo exílio por ordem das autoridades dominantes que puseram sua vida
em risco.
Essa é a razão que o leva a cogitar a possibilidade de um terceiro exílio. “Se isso
Shakyamuni, Muitos Tesouros, dos budas das dez direções e também dos
representaria uma oportunidade ideal para provar que ele não era um “devoto
proclamar pela primeira vez seu ensinamento (em 1253), Daishonin iniciou uma
O budismo é uma religião viva dedicada à felicidade das pessoas. Uma religião
alienada da vida das pessoas e entra num processo de ‘morte espiritual’”.15 Além
O propósito da vida
Nichiren Daishonin declara que persistirá em sua luta, assim como o menino
que encontrava.
Nossa vida é o tesouro mais precioso de todos, mais valioso que imensuráveis
Na época em que esta carta foi escrita, epidemias se disseminavam por todo o
Japão e qualquer um poderia ser atingido por elas e morrer a qualquer momento.
E mesmo que a pessoa conseguisse escapar das epidemias, sabemos que todos
portanto, afirma Daishonin, deixar este mundo sem ter se dedicado ao propósito
pouco caso da vida. Dedicação sem poupar a própria vida significa prosseguir
Notas:
3. Buda Muitos Tesouros: Buda retratado no Sutra do Lótus. Ele aparece sentado na Torre do Tesouro para atestar os
ensinamentos de Shakyamuni. De acordo com o 11o capítulo “A Torre do Tesouro” do Sutra do Lótus, o buda Muitos
Tesouros vive no Mundo da Pureza dos Tesouros, no leste. Enquanto ainda está engajado na prática de bodisatva, ele
promete que, mesmo após ter entrado no nirvana, aparecerá com sua Torre do Tesouro para atestar a validade do Sutra
4. Bodisatvas da terra: Inúmeros bodisatvas descritos no 15o capítulo “Emergindo da Terra” do Sutra do Lótus, aos quais o
buda Shakyamuni confia a tarefa de propagar a Lei após a sua morte. No 21o capítulo “Poderes Sobrenaturais” do Sutra do
Lótus, liderados pelo bodisatva Práticas Superiores, eles juram expandir os ensinamentos budistas no mundo saha na era
5. Menino Montanhas de Neve: Nome do buda Shakyamuni numa existência anterior, quando praticava austeridades.
Determinado a testar a decisão do Montanhas de Neve, a divindade Shakra surgiu diante dele na forma de um demônio
faminto e recitou metade de um verso de um ensinamento budista. O menino pediu que lhe contasse a segunda metade
do verso. O demônio concordou, mas exigiu carne e sangue em pagamento. Montanhas de Neve prometeu oferecer o
próprio corpo para o demônio de bom grado, que, por sua vez, lhe disse a segunda metade do ensinamento. Quando o
menino estava prestes a cumprir sua promessa, o demônio retornou à forma de Shakra e o surpreendeu. Ele elogiou
6. Bodisatva Jamais Desprezar: Descrito no 20o capítulo “Bodisatva Jamais Desprezar” do Sutra do Lótus. Esse bodisatva
foi Shakyamuni numa existência passada. Reverenciando todas as pessoas que encontrava, dizia: “Eu os reverencio
profundamente, jamais ousaria tratá-los com desdém ou arrogância. Por quê? Porque todos estão praticando o caminho
do bodisatva e infalivelmente atingirão o estado de buda” (LSOC, cap. 20, p. 308). Entretanto, ele era atacado por pessoas
arrogantes que lhe jogavam pedras e o agrediam com varas e bastões. Os sutras explanam que essa prática se tornou a
7. Monte Minobu localiza-se na região atualmente denominada província de Yamanashi. Nichiren Daishonin viveu lá
durante os últimos anos de sua vida, do quinto mês de 1274 ao nono mês de 1282, período imediatamente anterior à sua
morte. Lá, ele se devotou a instruir seus discípulos, coordenando os esforços de propagação e redigindo tratados doutrinais.
8. Exílio em Izu: Perseguição que resultou no exílio de Nichiren Daishonin em Ito, na província de Izu (parte da atual
província de Shizuoka), do quinto mês de 1261 ao segundo mês de 1263. Quando Daishonin reapareceu em Kamakura na
primavera de 1261 e retomou suas atividades de propagação, depois de curto período na província de Awa
subsequentemente à Perseguição de Matsubagayatsu (consulte nota 11), o governo o prendeu e, sem investigação
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adequada, ordenou que fosse exilado em Ito na província de Izu. Depois de ficar exilado lá por dois anos, Daishonin recebeu
9. Exílio em Sado: Exílio de Nichiren Daishonin na Ilha de Sado do décimo mês de 1271 ao terceiro mês de 1274. Quando
o sacerdote Ryokan do templo Gokuraku-ji em Kamakura foi derrotado por Daishonin numa disputa de oração por chuva,
espalhou falsos boatos a respeito de Daishonin, valendo-se de sua influência sobre as esposas e viúvas de importantes
autoridades do governo. Daishonin então foi submetido a um confronto com Hei no Saemon-no-jo, subchefe do Posto de
Comando Militar, que o prendeu e realizou manobras para mandar executá-lo em Tatsunokuchi no nono mês de 1271.
Com o fracasso da tentativa de execução, as autoridades o sentenciaram, no mês seguinte, ao exílio na Ilha de Sado, que
equivalia a uma condenação à morte. Entretanto, quando as predições de Daishonin de invasão estrangeira e conflitos
internos se concretizaram, o governo emitiu um indulto no terceiro mês de 1274, e Daishonin retornou a Kamakura.
10. Estabelecer o Ensinamento Correto para a Pacificação da Terra: Tratado de advertência encaminhado por Nichiren
Daishonin a Hojo Tokiyori — regente aposentado, que ainda continuava a ser a figura mais poderosa do clã governante do
Japão — no décimo sexto dia do sétimo mês de 1260. No tratado, Daishonin prediz que, a menos que seguisse o
ensinamento correto do Sutra do Lótus, o país sofreria num futuro breve a calamidade do conflito dentro de seus domínios
e a calamidade da invasão estrangeira — as duas únicas calamidades, dentre as “três calamidades e sete desastres”, que
ainda não haviam assolado o Japão. Suas predições se materializaram quando a calamidade do conflito interno irrompeu
na forma do Distúrbio de Fevereiro em 1272, e da calamidade da invasão estrangeira que sucedeu quando os mongóis
11. Perseguição de Matsubagayatsu: Atentado à vida de Nichiren Daishonin, perpetrado pelos seguidores dos
ensinamentos da Terra Pura (Nembutsu), em sua residência em Matsubagayatsu, Kamakura, Japão, em 1260.
12. Perseguição de Komatsubara: No décimo primeiro dia do décimo primeiro mês de 1264, Daishonin estava indo visitar
um seguidor chamado Kudo, na província de Awa. Ao entardecer, ele e um grupo de seguidores sofreram emboscada
armada pelo administrador Tojo Kagenobu, fervoroso adepto da Nembutsu, e seus homens num lugar chamado Matsubara,
na vila de Tojo. Nichiren Daishonin sofreu um corte de espada na testa e fratura na mão esquerda; um de seus seguidores
foi morto durante o incidente e outro faleceu posteriormente em decorrência dos ferimentos.
13. Em 1268, depois da chegada dos emissários mongóis e com a ameaça da invasão estrangeira assombrando o país,
Nichiren Daishonin redigiu onze cartas de advertência, nas quais tentou esclarecer os erros das várias escolas budistas
estabelecidas de sua época e clamou ao povo que abraçasse a fé no ensinamento correto do Sutra do Lótus. Entre os onze
14. “Três grandes leis secretas”: Princípio essencial do Budismo de Nichiren Daishonin: (1) o objeto de devoção do
ensinamento essencial; (2) a recitação ou o daimoku (do Nam-myoho-renge-kyo) do ensinamento essencial; e (3) o
santuário do ensinamento essencial, isto é, o local em que se recita o daimoku ao objeto de devoção.
15. Extraído de um artigo do Seikyo Shimbun, edição de 12 de agosto de 1994 (baseado no texto original do Dr. Queen em
inglês).
16. Traduzido do japonês. Artigo do jornal Seikyo Shimbun, edição de 16 de setembro de 2012.
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possibilita que tanto nós como os outros sejamos felizes e produz uma vida de
felicidade e alegria absolutas. À medida que nos devotamos com mais seriedade
Depois da reunião informal com os líderes de província, Shin’ichi deu uma volta
seguida disse:
– Sr. Yanagi, o senhor está com aproximadamente 50 anos, suponho. Esse não
- Essa é a missão do líder central da província. Se der tudo de si como líder para
empregar suas habilidades, em benefício dos outros. Ao alçar voo no céu de sua
desenvolvemos e nos treinamos, e nossa vida se torna cada vez mais forte e
ampla.
– Encontrar dificuldades na vida faz parte de nosso inevitável carma como seres
de boa sorte.
Alertou também:
Se tomarmos como exemplo um avião, uma vez que ele decola, se quiser
alcançar seu destino, deve manter o voo. Ao longo do caminho, ele pode se
deparar com ventos fortes ou pode haver nuvens carregadas no trajeto. Isso se
aplica ainda mais ao nosso caso, pois estamos empenhados num esforço em
uma medalha de honra e, com convicção e alegria na fé, avancem com vigor.
Cada adversidade fará nossa pessoa brilhar muito mais intensamente. Cada
desafio nos permitirá acumular mais força. Somente nos esforçando ao máximo
Citando a orientação que Josei Toda certa vez ofereceu aos componentes da
DMJ para que se empenhassem para ser líder em seu respectivo campo,
por esse esforço. Em outras palavras, não obstante o que façam, o importante é
pessoas na sociedade.
Aqueles que abraçam e compartilham a Lei Mística com os outros são pessoas
O presidente Toda possuía uma visão muito aguçada. Ele percebeu claramente
o cerne da confusão na sociedade moderna.
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