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4.

0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente


Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1 Pesticidas.
Historial
 Expansão da população mundial;
 Desenvolvimento de tecnologias inovadoras no segmento do
agronegócio (biotecnologia, nanotecnologia, manejo adequado de
recursos naturais,...);
 Necessidade de erradicar as pragas e combater as doenças do
componente produtivo agropecuário;

 De acordo com a Food and Environmental Protection Act (FEPA),


constituem uma classe de substâncias químicas, naturais ou sintéticas,
utilizadas visando prevenir o efeito, controlar ou eliminar pragas (insetos,
fungos, ervas daninhas, ácaros, bactérias, nematóides, roedores entre outras
formas de vida animal ou vegetal, indesejáveis ou prejudiciais à agricultura
e à pecuária (SABIK et al., 2000).
MELO et al. Pesticidas e seus impactos no ambiente; RIBEIRO, et al. Pesticidas, usos e riscos para o meio Ambiente.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.1 Classificação de Pesticidas.

 Em termos de sua classificação, esta é feita tendo em conta a classe


química e o organismo alvo de actuação.
 No que tange à estrutura química tem-se os organoclorados,
organofosforados, carbamatos, piretróides, organonitrogenados,
triazinas, benzimidazóis, etc....
 Quanto ao organismo alvo tem-se: insecticidas, fungicidas,
herbicidas, acaricidas, avicidas, carrapacidas, formicidas, larvicidas,
raticidas, columbicidas, pediculicidas, moluscidas...

MELO et al. Pesticidas e seus impactos no ambiente; RIBEIRO, et al. Pesticidas, usos e riscos para o meio Ambiente.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.2 Características dos pesticidas
 Os pesticidas, em função da sua composição, do número e da maneira
como os átomos estão arranjados na estrutura molecular, possuem
propriedades físico-químicas e biológicas especificas. Tais propriedades
interagem com diferentes comportamentos do ambiente, resultado em
padrões de comportamento em função dos tipos de compostos, e
consequentemente, orientando o destino final dos mesmos.

 Os ingrediente activos constituem os componentes principais das


formulações dos pesticidas comerciais.

MELO et al. Pesticidas e seus impactos no ambiente; RIBEIRO, et al. Pesticidas, usos e riscos para o meio Ambiente.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.3 Acção dos pesticidas.
 A principal aplicação de pesticidas é no combate às pragas e doenças
de plantas para que as mesmas possam atingir maior produtividade
(atividade agrícola), dai apresentarem toxicidade intrínseca ao
organismo algo, e não só, na maioria dos casos atingem também
organismos não-alvo, causando impactos negativos ao meio ambiente
assim como ao homem.
 Também são aplicados em residências e jardins públicos, para controle
de ervas daninhas, em rodovias, ferrovias, áreas industriais, tratamento
de madeira, combate a vectores transmissores de doenças em
campanhas de saúde.

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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.3 Acção dos pesticidas.
 Os impactos trazidos pelo uso de pesticidas tem gerado muita
preocupação no seio de varias áreas de conhecimento, dado que trazem
mudanças adversas na qualidade do ambiente, e desta forma, reduzindo o
potencial produtivo das culturas, fundamentalmente devido a resistências
das pragas e doenças aos produtos aplicados, ao surgimento de novas
pragas, e a morte de inimigos naturais.

 Estimativas mostram que menos de 0.1% dos pesticidas aplicados para


o controle e/ou combate às pragas, evitam a queda da produção de
alimentos, ou seja, 99,9% tem potencial para se translocar para outros
compartimentos ambientais, podendo resultar em efeitos adversos para
a saúde humana e ao meio ambiente.
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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.4 Impacto da exposição a pesticidas.
 Estes impactos devem-se fundamentalmente à sua toxicidade, à sua
persistência, ao transporte assim como à sua degradação.

  Toxicidade: é uma variável que mede a dose letal (DL50) –


concentração do pesticida que é capaz de matar 50% dos
organismos testados. Baixos valores de DL50 (0-10) são altamente
tóxicos.

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Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.4 Impacto da exposição a pesticidas.
 Os efeitos tóxicos de agrotóxicos são classificados em quatro (04) classes:

 Classe I: Extremamente tóxicos - Faixa vermelha;


 Classe II: Altamente tóxicos – Faixa amarela;
 Classe III: Medicamentos Tóxicos – faixa Azul; e
 Classe IV: Pouco ou muito pouco tóxicos – faixa verde.

 A maioria dos agrotóxicos de classe I é proibida em ou estritamente


controlada em países do primeiro mundo, contudo, tal controle nem sempre
ocorre em países emergentes, onde muita das vezes, estes produtos
circulam livremente em países onde não há recursos para o uso de produtos
amis seguros.
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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.4 Impacto da exposição a pesticidas.
  persistência: refere-se à longevidade do produto, ou seja, ao
tempo que uma molécula de pesticida permanece inalterada.

 Esta persistência, seja por processos de fotodegradação ou


biodegradação, pode causar sérios impactos ambientais.
 A persistência é medida como meia vida (T1/2), que corresponde ao
tempo para a concentração diminuir em 50%, contudo, sendo
determinada pelos processos de degradação biótica (biodegradação e
metabolismo) e abiótica (hidrólise, fotólise e oxidação.)

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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.4 Impacto da exposição a pesticidas.
 Musumeci (1992) agrupa os pesticidas em não persistentes ou
biodegradáveis (T1/2 < 30 dias – adicarb, captan), moderadamente
persistentes (T1/2 entre 30 e 100 dias – atrazina, carbofuran),
persistentes ou recalcitrantes (T1/2 > 100 dias ).
 Esta classificação não é rigorosa dado que a degradação depende muito
da calasse e do solo, para além das condições ambientais.
  Os poluentes orgânicos persistentes (POPs) constituem os principais
pesticidas com potencial poluidor, fazendo parte de uma lista de 12
substancias altamente persistentes e tóxicas ao meio ambiente: DDT,
Aldrin, Clordane, Dieldrin, Endrin, Heptacloro, Mirex e Toxapene, o HCB,
Befenilas Policlorinado (PCBs). Da lista temos ainda as Dioxinas e os
furanos.
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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.1.4 Impacto da exposição a pesticidas.
 O impacto dos pesticidas em solo ocorre principalmente por escoamento
superficial runoff e lixiviação, o que pode resultar na contaminação dos
rios e lagos.

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4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2 Dioxinas ou Dibenzodioxinas policloradas (PCDD, em inglês
polychlorinated dibenzo-p-dioxins)

 Constituem um grupo de compostos químicos que compartilham


determinadas estruturas químicas e características biológicas, consistindo
em dois anéis aromáticos ligados por dois átomos de oxigénio, podendo
conter entre 4 e 8 átomos de cloro ligados aos anéis, gerando mais de
75 compostos ou congênere

 Podem ser definidas ainda como uma classe de hidrocarbonetos


aromáticos polialogenados cujas principais estruturas incluem os
dibenzodioxinas-policlorados (PCDDs), os dibenzofuranos-policlorados
(PCDFs) e os policlorados bifenilas (dl-PCBs).

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2 Dioxinas ou Dibenzodioxinas policloradas (PCDD, em inglês
polychlorinated dibenzo-p-dioxins)
 Existem vários deste compostos, que são membros de 3 famílias
intimamente relacionadas: dibenzo-p-dioxinas cloradas (CDD, dioxinas),
dibenzofuranos clorados (CDF, furanos) e determinadas bifenilas
policloradas (PCBs).
 O termo dioxina também é usado, as vezes, para a dioxina mais estudada
e uma das mais tóxicas, 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-p-dioxina (TCDD).

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2 Dioxinas ou Dibenzodioxinas policloradas (PCDD, em inglês
polychlorinated dibenzo-p-dioxins)

 Os compostos CDD e CDF foram produzidos intencionalmente somente


como substâncias puras de referência para uso em pesquisa analítica e
toxicológica.
 Esses compostos são formados como subprodutos não intencionais em
determinados processos industriais e de combustão, mas podem resultar
de processos naturais, como incêndios florestais, erupções de vulcões e a
partir de processos catalisados enzimaticamente.

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.2.1 Dioxinas – comportamento ao meio ambiente


 Apresentam alta persistência, permanecendo adsorvidos fortemente a
partículas do ar, solo e sedimento. Os CDD/CDF são liberados para a
atmosfera a partir de fontes fixas, como as atividades industriais, e fontes
difusas, como o uso e aplicação de produtos contendo CDD e CDF.
 Sua mobilidade é baixa em solos e sedimentos, contudo, pode aumentar pela
presença simultânea de solventes, como óleo mineral. No ambiente, o vector
principal da sua distribuição é o ar.

 Na fase gasosa, os processos de remoção incluem degradação química e


fotoquímica. As dioxinas são extremamente resistentes à oxidação química e à
hidrólise. A fotodegradação e transformação microbiana são, provavelmente,
as vias de degradação mais importantes em águas superficiais e sedimentos.

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2.2 Dioxinas – rota de exposição
 A exposição humana às dioxinas resulta fundamentalmente de sua
transferência ao longo do caminho: emissão atmosférica → ar →
deposição → cadeia alimentar aquática/terrestre → dieta.
 Principal fonte de exposição humana: alimentos gordurosos como
peixes, leite, ovos e carne. No geral pode ocorrer pela inalação de
dioxinas liberadas durante a incineração de lixo industrial e
hospitalar, e por ingestão de água potável.

 As dioxinas e furanos acumulam-se em tecidos gordurosos do


organismo e são liberadas lentamente para a corrente sanguínea.

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2.2 Dioxinas – rota de exposição
 A lactação e a perda significativa de peso aumentam a liberação das
substâncias no sangue. O leite materno pode conter altos níveis de
dioxina.

 A exposição também pode ocorrer por contaminação acidental e


ocupacional. Alguns incidentes de exposição ambiental resultaram
no aumento da carga corporal de dioxinas, como a liberação de
TCDD no acidente ocorrido em 1976 na cidade de Seveso (Itália)
durante a produção de 2,4,5-triclorofenol, na exposição de soldados
e civis vietnamitas ao agente laranja no conflito do Vietnã, nos
episódios de contaminação de óleo de arroz no Japão (incidente de
Yusho) e na China (episódio de Yu-Cheng). .
FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.2.2 Dioxinas – efeitos a saúde humana e animal.

 São muitos os efeitos adversos resultantes da exposição desses


contaminantes, a destacar:
 Tecidos moles, sarcomas, linfomas, lesões na pele (cloracne), câncer
de estômago, anormalidades bioquímicas no fígado, elevados níveis
de lipídio no sangue, lesão fetal, efeitos sobre os sistemas
imunológicos e neurológicos;

 Relata-se ainda efeitos carcinogênicos, genéticos e alteração no ciclo


reprodutivo de algumas espécies foram observados em estudos com
animais

FIT, 2017. Dioxinas e Furanos. PUSSENTE, 2016.


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.3 Metais Pesados

LIMA & MERCON, 2011. Metais Pesados no Ensino de Química


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.3 Metais Pesados
 Em muitas situações o conceito de metal pesado é usado no quotidiano,
onde a toxicidade é associada a ele por descarte inadequado de um
determinado rejeito ao meio ambiente.
 A literatura traz diversos conceitos a cerca de metais pesados. Esses conceitos,
genericamente consideram as “propriedades químicas” assim como os seus
efeitos ao meio ambiente dessas substâncias.
 No que tange as propriedades químicas destaca-se a massa especifica ou a
densidade, sendo esta considerada em torno de valores mínimos de 3,5 a
7,0 g/cm3 dependendo do autor. Há que ainda considera massa especifica
superior a 5 g.cm-3.
 Em termos de massa atômica referencia-se a do sódio enquanto para o
numero atômico de cálcio, e olhando para esses critérios, alguns autores
defendem que qualquer metal pode ser pesado enquanto para outros
incluem apenas os de transição.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.3 Metais Pesados


 Outros autores olham ainda a capacidade desses metais formarem
sais que em solução aquosa dissolvem-se colorindo a água,
capacidade de formarem sulfuretos e hidróxidos insolúveis em água,
facilidade de absorção pelo organismo vivo, onde deverá apresentar
alta toxicidade.

 Os Metais Pesados podem ser definidos quimicamente como um


grupo de elementos situados entre o Cobre (Cu) e o Chumbo (Pb) na
tabela periódica. Estes metais são quimicamente muito reactivos e
bioacumulativos, ou seja, o organismo não e capaz de elimina-los de
uma forma rápida e eficaz.

LIMA & MERCON, 2011. Metais Pesados no Ensino de Química; ROCHA, 2008/2009.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.3 Metais Pesados


 A literatura diz que os metais pesados apresentam alta afinidade ao
oxigênio, formando óxidos e o enxofre originando sulfatos. Quando os
metais pesados entram em contacto com os óxidos e sulfatos do corpo
origina coagulações que levam a alteração da estrutura que no caso
especifico de uma enzima poderá conduzir à redução parcial ou total
da sua actividade.

 Contudo, nem todos estes metais são prejudiciais, existindo aqueles que
são essenciais ao organismo ou para as actividades biológicas em
determinadas proporções e outros são classificados como micro-
contaminantes ambientais.

LIMA & MERCON, 2011. Metais Pesados no Ensino de Química; ROCHA, 2008/2009.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)
4.3 Metais Pesados
 Metais como Pb, Cd e Hg não existem no organismo, sendo assim não
desempenham nenhuma função vital (nutricionais ou bioquímica) nos seres
vivos, dai a sua presença sendo prejudicial em qualquer concentração.
 O Pb, Hg e Cd, são os metais pesados cuja presença nos organismos,
através dos alimentos ou agua causara intoxicação prolongada ou crônica.

 O consumo de água e animais, em particular peixe, contaminados com


metais pesados acrescenta o risco de contaminação qdo comparado ao
consumo de vegetais. Assim, as populações de moram nas imediações de
fábricas de baterias, indústrias navais, siderúrgicas e metalúrgicas correm
maior risco de contaminação.

LIMA & MERCON, 2011. Metais Pesados no Ensino de Química; ROCHA, 2008/2009.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.3 Metais Pesados – impacto à exposição.


  CHUMBO.
 A toxicidade geral do chumbo resulta, principalmente, de sua
interferência no funcionamento das membranas celulares e enzimas,
formando complexos estáveis com ligantes contendo enxofre, fósforo,
nitrogénio ou oxigénio (grupamentos –SH, –H2PO3, –NH2, –OH), que
funcionam como doadores de electrões.

 Quanto aos efeitos biológicos, estes são os mesmos independentemente


da rota da sua entrada (ingestão ou inalação), interferindo no
funcionamento normal da células e em inúmeros processos biológicos.

MOREIRA & MOREIRA, 2014


4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.3 Metais Pesados – impacto à exposição.


  CHUMBO.
 Sua inalação ou ingestão provoca: efeitos neurofisiológicos,
hematológicos (anemia), endocrinológicos (conversão da vitamina D),
sobre o crescimento (interfere no crecimento físico e estatura das
crianças), efeitos renais progressivos e irreversíveis, sobre a reprodução
e desenvolvimento, cardiovasculares, carcinogênicos, gastrointestinais.
  MERCURIO
 Causa distúrbios severos e muita das vezes irreversíveis (acção
devastadora), pois, uma vez absorvido, deposita-se em regiões do
corpo como cérebro, rins; aparelhos como o reprodutor e digestivo,
órgãos como pulmões, rins, fígado, pâncreas.
MOREIRA & MOREIRA, 2014, Mayara Cardoso – Elementos Quimicos. InfoEscola.
4.0 Substâncias Tóxicas no Meio Ambiente
Pesticidas, dioxinas, metais pesados e aminas nitrizas (impacto
da exposição a essas substâncias)

4.3 Metais Pesados – impacto à exposição.


  CADMIO
 Atinge órgãos como como rins, fígado e pulmões, provoca canceres e
danos ao sistema ósseo. Está associado a doenças como Itai-Itai, lesão
testicular (necrose),

  CRÓMIO
 A forma mais toxica do crômio é III e VI, sendo a última a mais tóxica.
Associado ao oxigénio na forma de cromato e dicromato, é considerado
agente carcinogénico em mamíferos, na presença de redutores, cria
danos no ADN, oxidando sua bases, por reacções de Fenton, com o
H2O2, formando radicais hidroxilo e anião superóxido – stress oxidativo
que leva a quebra da molécula de ADN.
MOREIRA & MOREIRA, 2014, Mayara Cardoso – Elementos Quimicos. InfoEscola.
5.0 Energias Alternativas
5.00 Conceito de Energia
Energia e seus tipos vs Desenvolvimento do homem. O
domínio sobre o fogo foi o primeiro grande passo para a
humanidade.

Imagem: Nikai / domínio público.


5.0 Energias Alternativas
5.00 Conceito de Energia

Antecedentes históricos
Carvão mineral vs Revolução industrial
Combustível para o funcionamento das maquinas a vapor:
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
Antecedentes históricos
Energia eléctrica: no sec. XVIII passa a ocupar lugar de
destaque nos processos industriais.
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
Antecedentes históricos
Petróleo e seus derivados: no sec. XIX muda e impulsiona o
mundo
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
Antecedentes históricos
Gás Natural: no sec. XX ganha espaço nas termoeléctricas em
substituição do carvão mineral e cresce muito mais no mundo
quanto a sua utilização.
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
Antecedentes históricos
Combustível Nuclear: é também do sec. XX, inicialmente foi
usado em bombas atômicas e depois em usinas termoeléctricas,
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
ENERGIA ESTÁ EM TUDO QUE À NOSSA VOLTA
Hoje estamos
Vou dormir cheios de
para Energia.
recuperar Vamos
Energia para Brincaaaaaar!
amanhã!

Acho que eu
não estou
legal. Estou
sem Energia…
5.0 Energias Alternativas
5.1 Conceito de Energia
ENTÃO, O QUE É ENERGIA???

 Energia é uma palavra derivada do Latim energia e do Grego


enérgeia. Significa eficácia, acção, força. É a faculdade que um corpo
possui de produzir actividade ou trabalho.
5.0 Energias Alternativas
5.01 Classificação das fontes de energia
As fontes de energia podem ser classificadas em primárias e
secundárias:
Fontes primárias:
Exemplos: Sol, água, vento, gás natural, petróleo bruto, etc.

Fontes secundárias:
Exemplos: electricidade, diesel, gasolina, petróleo de iluminação,

As fontes primárias de energia podem se classificar em


renováveis e não renováveis
5.0 Energias Alternativas
5.02 Biomassa: Tipos de energia
Existem vários tipos de energia, contudo, a energia solar é
tida como o tipo base, ou seja, a energia mãe. Diversos
autores abordam, às vezes, de maneira diferenciada os tipos
de energia.
Energia mecânica( cinética e Energia hídrica;
a potencial gravitacional); Biomassa;
Energia elástica; Biocombustíveis;
Energia Solar (térmica, Energia das ondas/marés
fotovoltaica;
Energia química;
Energia eléctrica
Energia Geotérmica
Energia nuclear;
Energia eólica,
5.0 Energias Alternativas
5.02 Energias Renováveis

Energia Solar (térmica,


fotovoltaica;
Energia Geotérmica
Energia eólica,
Energia hídrica;
Biomassa;
Biocombustíveis;
Energia das ondas/marés
5.0 Energias Alternativas
5.02 Energias Renováveis
5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceito

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa – Conceito

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.


5.0 Energias Alternativas

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - conceito

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - conceito

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceito

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.


 Quanto a geração de energia, o termo BIOMASSA abrange
derivados de organismos vivos utilizados como combustíveis ou para a sua
produção. ecologicamente, o termo é aplicado para descrever a
quantidade total de matéria viva existente num ecossistema ou numa
população animal ou vegetal.

 A produção de energia a partir da biomassa é feita através da


combustão, processo no qual há queima do material orgânico
acumulado em ecossistemas.
 Apresenta como vantagem baixo custo, ser renovável, permite o
reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas
de energia.
NEVES: 020503035 - PDIS – Biomassa e Cogeração
5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceitos, cogeração, notas históricas.

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.


 Queima de biomassa – balanço das emissões de CO2.

Cogeração:
 consiste na conversão de um tipo de combustível, por exemplo a
biomassa, em electricidade e calor.
 A prática mostra que as centrais termoeléctricas convertem apenas 1/3
da energia do combustível em energia eléctrica, sendo que 2/3 são
perdidos na forma de calor.
 A cogeração de energia eléctrica e calor vai se fundamentar como um
método que aumenta a eficiência da conversão da energia de biomassa
em energia eléctrica, conseguindo-se 4/5 da conversão da energia do
combustível em energia utilizável – benefícios financeiros e ambientais.
NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração
5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceitos, cogeração, notas históricas.

Considerações genéricas sobre Biomassa e Cogeração.

 Assim, a COGERAÇÃO é um processo de produção e exploração


simultânea de duas fontes de energia, eléctrica (ou mecânica) e
térmica, a partir de um sistema que utiliza o mesmo combustível
permitindo a optimização e o acréscimo de eficiência nos sistemas de
conversão e utilização de energia.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceitos, cogeração, notas históricas.

Biomassa – Historicamente.

 Utilização do fogo como fonte de calor e luz.


 Período de revolução industrial – advento da lenha na siderurgia
(grande salto).
 Séc. XIX – revelação da tecnologia a vapor: obtenção de energia
mecânica com aplicações em sectores na indústria e nos transportes;
 Década de 1970: colapsos de fornecimento de petróleo: a biomassa
torna-se importante qto à utilização dos seus procedentes como álcool,
gás de madeira, biogás e óleos vegetais nos motores.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceitos, cogeração, notas históricas.

Cogeração – Historicamente.

 Até meados do século XIX: muita utilização da cogeração nas


industrias, tendo ficado para atrás depois para a electricidade
produzida pelas concessionarias nas grandes centrais geradoras com
ganhos de escala.
 Dessa forma, a cogeração ficou apenas aplicada a sistemas isolados
(plataformas submarinas) e industriais com lixos combustíveis
(canavieira e de papel de celulose)
 A necessidade de reduzir emissões de CO2 também motivou a
adopção deste processo eficiente. Hoje, na Holanda e na Finlândia, a
cogeração já representa mais de 40% da potência instalada.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Conceitos, cogeração, notas históricas.

Cogeração – Historicamente.

 Thomas Edison (EUA): primeira central recorrendo ao processo de


cogeração.
 1882: construção da central Pearl Street Station (a primeira central
eléctrica comercial do mundo), a qual produzia simultaneamente
electricidade e energia térmica, utilizando o calor dos resíduos para
aquecer edifícios vizinhos – atingindo aproximadamente 50 por cento
a eficiência.

 Século XX: surgimento de regulamentação para promover a


electrificação através de construção de centrais centralizadas, geridas
por empresas regionais de utilidade pública.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa

Países da UE com maior contribuição na cogeração.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Florestal:
 Agrícola, e
 Rejeitos urbanos.

 Na biomassa energética agrícola, inclui-se as culturas


agroenergéticas e os resíduos e subprodutos das atividades agrícolas,
agroindustriais e da produção animal. O potencial energético de cada
um desses grupos depende tanto da matéria-prima utilizada quanto da
tecnologia utilizada no processamento para obtê-los.

NEVES: 020503035 - PDIS –Biomassa e Cogeração


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Biomassa energética agrícola:
 Constituem produtos e sub-produtos provenientes das plantações não
florestais, tipicamente originados de colheitas anuais, cujas culturas são
selecionadas segundo as propriedades de teores de amido, celulose,
carboidratos e lipídios, contidos na matéria, em função da rota
tecnológica a que se destina.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas

5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Biomassa energética agrícola:
 As rotas tecnológicas para as transformações são biológicas e físico-
químicas, como fermentação, hidrólise e esterificação, empregadas
para a produção de combustíveis líquidos, como o etanol, o biodiesel
e óleos vegetais diversos.

 Exemplo de culturas agroenergéticas: a cana de açúcar, o milho, o


trigo, a beterraba, a soja, o amendoim, o girassol, a mamona.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Biomassa energética florestal:
Compreende produtos e subprodutos dos recursos florestais como a
biomassa lenhosa, produzida sustentavelmente a partir de florestas
cultivadas ou de florestas nativas, obtida por desflorestamento de
floresta nativa para abertura de áreas para agropecuária, ou ainda
originada em atividades que processam ou utilizam a madeira para fins
não energéticos, destacando-se a indústria de papel e celulose, indústria
moveleira, serrarias etc.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa: Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Biomassa energética florestal:
 Seu conteúdo energetico está associado à celulose e lignina contidas
na matéria e ao baixo teor de humidade.
 Seu aproveitamento realiza-se fundamentalmente através das rotas
tecnológicas de transformação termoquímica mais simples (combustão
directa e carbonização), contudo, rotas mais complexas também são
empregadas para a produção de combustíveis líquidos e gasosos, como
metanol, etanol, gases de síntese.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa: Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Lenha e carvão vegetal
 Ramos, troncos, pedaços de madeira, desde que tenham aplicação
como combustível.

Composição da lenha:
 41% a 49% de celulose, de 15% a 27% de hemicelulose e de 18%
a 24% de lignina e seu poder calorífico inferior médio é de 3100
Kcal/Kg

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:

 Biomassa energética proveniente de rejeitos urbanos:


 Esta biomassa está contida em resíduos sólidos e líquidos urbanos que
têm origens diversas, e se encontra no lixo e no esgoto, sendo que, o
lixo urbano é uma mistura heterogênea de metais, plásticos, vidro,
resíduos celulósicos e vegetais, e matéria orgânica.

 Em termos de rotas tecnológicas para o seu aproveitamento


energético destaca-se a combustão directa, a gaseificação, pela via
termoquímica, após a separação dos materiais recicláveis, e a
digestão anaeróbica, na produção de biogás, pela via biológica.
CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética
5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Classificação

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Rejeitos urbanos sólidos e liquido domésticos:
 Os líquidos constituem efluentes de origem domestica e residencial,
enquanto os sólidos são uma mistura heterogenia de materiais
descartadas pelos sectores comerciais e residências: plásticos,
madeira, metais, vidros, papeis e matéria orgânica.

 A partir do tratamento de efluentes dos rejeitos líquidos há geração


de lodo, o qual é fonte de pesquisa para seu aproveitamento na
geração de energia elétrica através da bidigestão.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa – Classificação.

A biomassa, para fins energéticos é classificada em três


categorias:
 Rejeitos urbanos sólidos e liquido domésticos:
 Quanto aos rejeitos sólidos, três rotas tecnológicas de processamento
da biomassa são usadas:
*** Biodigestão anaeróbica: esta usa um biodigestor, sendo
vantajosa por gerar maior rendimento energético, considerável
capacidade de despoluir, valoriza o produto energético gerado
(biogás) e fertilizante.

 Composição do biogás gerado a partir de rejeitos sólidos: CH4 – 60


a 70%; CO2 – 30 a 40% e traços de N2, H2 e H2S.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Processos de conversão energética da biomassa
Diagrama esquemático do processo de conversão da biomassa

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Processos de conversão energética da biomassa
Existem diversas rotas tecnológicas e produtivas para a conversão
da biomassa.
As fontes usadas nessas rotas incluem resíduos agrícolas, florestais,
industriais, urbano, e em função da viabilidade econômica, algumas
são cultivadas para essa finalidade.
Os diversos processos de conversão desenhados para o
aproveitamento dessas fontes, segundo a natureza de
processamentos primários aplicados à biomassa são classificados em:
 Termoquímicos;
 Bioquímicos, e
 Físico-químicos.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
Rotas Tecnológicas de conversão energética da biomassa.

CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética


5.0 Energias Alternativas
5.1 Biomassa - Processos de conversão energética da biomassa
Produto da combustão directa - composição do gás de combustão:
 CO2; H2O e N2.

Produto da pirólise – produto sólido rico em carbono e uma fracção


volátil composta de gases e vapores orgânicos condensáveis.
 Na pirólise, com o aumento gradativo da temperatura ocorre a
degradação do insumo energético utilizado no processo, tendo como
resultados combustíveis sólidos, tal como o carvão vegetal; líquidos,
como o óleo pirolítico; e gasosos, como o gás pirolítico.

 Gaseificação: realiza-se através da injeção controlada de ar,


oxigénio puro ou uma mistura destes com vapor de água. O gás obtido
depende do ar (baixo poder calorifico), oxigénio puro ou mistura de
ambos (médio ou alto poder calorifico).
CARDOSO, 2012 - Uso da Biomassa como Alternativa Energética
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


Década de 1880 – surgimento da energia eléctrica pela invenção
de Thomas Edison, Heirinch Hertz e Nikola Tesla.
Finais do Sec. XIX e XX: impacto gigantestico da tecnologia de
Electricidade.
Ironia - Nova revolução: euforia evolutiva do sec. XX – efeitos
indesejáveis no Sec. XXI e soluções sustentáveis.
Produção de energia por meios alternativos – 1ª resposta.
Tecnologias de aproveitamento de energias renováveis: sistemas
hidroeléctricos, a energia eólica, a energia fotovoltáica;
Nos últimos anos – as politicas apostam para as energias
renováveis: UE aposta na produção de 20% da energia
consumida usando fontes renováveis; EUA – Energy Bill

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


Historicamente, fala-se de mais de 100 anos da existência de ER,
podendo ser resumida em três gerações tecnológicas:
Primeira geração (final do século XIX): energia hidroelétrica,
combustão da biomassa e recursos geotérmicos – produção de
electricidade e calor;
Segunda geração: aquecimento e arrefecimento solar, energia
eólica, bioenergia e solar fotovoltaico – energias mais faladas e do
mercado de hoje em dia resultantes de investimento em I&D desde
a década de 1980;
Terceira geração: novos conceitos de produção de energia, em fase
de investigação laboratorial ou em escala piloto: energia dos
oceanos e das ondas, sistemas geotérmicos avançados, sistemas
bioenergéticos integrados, sistemas de concentração de potência
solar,...
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


1839: inicio do desafio tecnológico para o aproveitamento da
energia fornecida pelo sol.
1839: Descoberta do efeito fotovoltaico por Edmond Becquerel
1877: Desenvolvimento do primeiro dispositivo sólido de
produção de electricidade por exposição à luz a base de selénio –
W. G. ADAMS e R. E.DAY.
Finais do Sec. XIX: Werner Siemens faz a primeira
comercialização tecnológica de células de selénio como
fotômetros para fotográficas, embora bom baixa eficiência
(0.5%) – Primeira aplicação comercial da tecnologia.
1905: explicação do efeito fotoeléctrico por Einstein- abrindo
assim uma nova época de desenvolvimentos na área.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


Seguidamente, houve o advento da Mecânica Quântica e da
Física dos Semicondutores, bem como as técnicas de purificação e
dopagem associadas ao transistor de silício.
Isto permitiu a melhoria na eficiência da conversão e tornaram o
efeito fotovoltaico numa solução viável para várias novas
situações.
1958: uso das células solares como backup às pilhas químicas
usadas nos satélites;
Ainda na década de 1960: primeiras aplicações terrestres para
sistemas de telecomunicações remotos e bóias de navegação.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


1973: Choque Petrolífero – grande impulso no desenvolvimento do
sistema fotovoltaico – forte investimento em investigações para
reduzir o custo de produção de células solares  utilização de
novos materiais como silício multicristalino em oposição a
monocristais, cristais únicos de silício (muito mais caros de
produzir).

1976: surgimento da primeira célula em silício amorfo hidrogenado


(a-Si:H) – primeira tecnologia de produção de filme fino. Isto levou a
uma redução do custo da electricidade solar de 80 $/Wp para cerca
de 12$/Wp em menos de uma década.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


Décadas 80 e 90: investimentos em programas de financiamento e
demonstração, impulsionados pelas fontes alternativas à
combustíveis fosseis na produção de electricidade:
 1982: instalação da primeira central solar de grande
envergadura na Califórnia de cerca de 1 MWp;
 1990: lançamento dos programas de telhados solares na
Alemanha e no Japão (1993) – microgeração de electricidade.

Apoio politico - 1999: desenvolvimento exponencial da tecnologia


fotovoltaica, um total acumulado de painéis solares atingia 1GW, o
que duplicou três anos depois – teve apoio políticos;

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Breve historial da energia elétrica


1998: recorde na eficácia da conversão, 24,7% em laboratório com
células em silício monocristalino, sendo que em 2005, cientistas do
alemão Fraunhofer Institut for Solar Energy Systems anunciaram
uma eficácia superior a 20% para células em silício multicristalino.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - As Tecnologias


 O sistema fotovoltaico caracteriza-se por um enorme potencial
tecnológico, o qual permite previsões de crescimento no mercado,
produzindo e fornecendo ao mundo energia limpa e sustentável em
larga escala.

Colocações fundamentais:
 Quais das actuais tecnologias fotovoltaicas podem efectivamente
evoluir e serem desenvolvidas em larga escala? Quais as suas
características?
 Em que estado de desenvolvimento estamos?
 Qual o potencial de desenvolvimento futuro?
 Quais são as actuais direcções da investigação e desenvolvimento
mais promissoras?
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - As Tecnologias

 Sabe-se que para além da tecnologia dos painéis solares


fotovoltaicos convencionais, outras tecnologias estão disponíveis para
o aproveitamento da luz do solo, como é o caso de:

Sistemas solares térmicos;


Sistemas termoeléctricos (Sistemas CSP e lentes ou espelhos
parabólicos) – concentram a radiação solar em painéis de alta
eficiência.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - As Tecnologias

 Componente principal:
Módulo fotovoltaico:
 Um material semicondutor (tipicamente o silício) - o qual carrega-
se electricamente ao ser submetido ao sol;

 Substâncias dopantes – adicionadas ao semicondutor para melhor


conversão da potencia associada à radiação solar em energia
eléctrica.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - As Tecnologias

 Componente principal:
Módulo com potências entre os 50 e 100 W – possuem células
fotovoltaicas que produzem especificamente potenciais eléctricas
na ordem de 1.5 W (tensão de 0.5 V e intensidade de corrente
eléctrica de 3A)
 A ligação da células é feita em paralelo ou em série, formando
assim os módulos ou painéis fotovoltaicos;
 As extremidades de cada célula possuem terminais metálicos que
absorvem electrões livres, concentrando assim a energia.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaico) - O Sistema fotovoltaico.

Orientação dos painéis solares;


Dispositivos de tracking;
Variação da radiação solar: dia, época do ano, condições
climatéricas, e a quantidade total da radiação é expressa em
termos de pico solar.
Numa hora de pico solar, a potencia é de 1000 W/m2, e a energia
resultante é de 1 KWh/m2.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaico) - O Sistema fotovoltaico.


Os painéis fotovoltaicos produzem corrente elétrica continua,
sendo que o seu uso carece de um inversor para convertê-la em
alternada
Sistemas fotovoltaicos não ligados à rede: qdo houver necessidade
de armazenamento da corrente são adicionados componentes
como baterias e controladores de carga;
Outros acessórios que completam o sistema fotovltaico: hardware
de montagem; cablagem, caixas de junção, equipamento do solo e
protecção contra sobrecargas.
A este conjunto todo (componentes do sistema fotovoltaico) com
exceção do painel designa-se por BALANCE OF SYSTEMS (BOS).

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas autónomos
 Formaram o primeiro campo de operação económica da tecnologia
fotovoltaica. Sua aplicação observa-se onde o fornecimento de energia
através da rede pública de distribuição de energia eléctrica, não se
verifica por razões técnicas e/ou económicas, e assim constituem
alternativas com uma vertente económica de interesse fascinante.

 Os sistemas autónomos, produzem electricidade para consumo directo


no local ou armazenagem, por exemplo as casas remotas, sem acesso à
rede (off-grid residencial), e/ou pequenas aplicações, como sinais de
trânsito, antenas de telecomunicações ou mesmo as calculadoras de bolso
(consumidor).

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas autónomos
Alguns avanços nas aplicações de pequena escala para o solares do sistema
autónomo:

Batedor de leite Candeeiro de jardim

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas autónomos
Alguns avanços nas aplicações de pequena escala para o solares do sistema
autónomo:

Carregador de pilhas Carro movido a energia solar.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas autónomos
Alguns avanços nas aplicações de pequena escala para o solares do sistema
autónomo:
Triciclo com cobertura de um sistema
solar, para alimentação de uma arca
frigorífica de gelados

Barco movido a sistema solar


PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas autónomos
Alguns avanços nas aplicações de pequena escala para o solares do sistema
autónomo:
Iluminação de uma paragem de autocarro
com energia solar

Sistema fotovoltaico para o fornecimento de


energia a bóias de sinalização marítima
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas ligados à rede
 Caracterizam-se por interligação à rede pública, debitando nela a
electricidade que produzem.
 Distinguem-se os pequenos sistemas distribuídos, de microgeração, e os
centralizados (grandes centrais, cada vez maiores e mais frequentes -
macrogeração).
Composição:
Gerador fotovoltaico
Caixa de junção (equipada com dispositivos de protecção e interruptor de
corte principal DC);
Cabos AC-DC;
Inversor;
Mecanismo de protecção e aparelho de medida
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede


Sistemas ligados à rede

Estrutura Principal de um sistema fotovoltaico com ligação à rede


PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (fotovoltaica) - Sistemas autónomos e Ligados à rede

Tipos de sistemas fotovoltaicos

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Tecnologias e suas principais


caracteristicas

 Hoje em dia a tecnologia fotovoltaica existente pode ser dividida


em três (3) subcategorias, as quais dependem da natureza das
células existentes:

Células da Primeira Geração – estas são a base de silício cristalino,


englobando as soluções monocristalinas e policristalinas;
Células da Segunda Geração – dizem respeito às soluções de película fina,
com exploração de novos materiais semicondutores.
Células da Terceira Geração – existem maioritariamente na fase de
desenvolvimento e vão englobar novos conceitos de células solares, como por
exemplo soluções microcristalinas, nanocristalinas ou hibridas.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Tecnologias e suas principais


caracteristicas
O silício cristalimo (mono e policristalino)
 Sabe se que a base da energia fotovoltaica é o modulo fotovoltaico,
o qual é constituído por células fotovoltaicas que funcionam através
da absorção de fotões de energia, os quais excitam os electrões
que ao fluírem em células fotovoltaicas geram electricidade.

A célula fotovoltaica apresenta duas partes (fatias) principais de


material semicondutor (silício e material dopante) – conferindo
assim às fatias cargas negativas (tipo N) ou positivas (tipo P)
6.0 Sistemas de Energia Fotovoltáica

5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Tecnologias e suas principais


caracteristicas
O silício cristalimo (mono e policristalino)

 Especificamente, o Si-cristalino da parte superior é dopada com fosforo


(adicionando e-s extra ao material – “camada tipo N” e a camada inferior
do Si-cristalino é dopada com boro (resultando em menos e-s) “camada do
tipo P”.
6.0 Sistemas de Energia Fotovoltáica
5.2 Energia Solar (Fotovoltaica) - Tecnologias e suas principais
caracteristicas Dopagem de materiais semicondutores
intrínsecos.
Faixa de electroes nos  Métodos usados: elementos penta –valente
semicondutores (material tipo N) e tri-valentes (material tipo P)
 Efeito fotovoltaico: existência de regiões distintas
electicamente - tipo N e tipo P.
 Electrão livre devido a quebra de ligação (estado
puro)/ número de electrões devido a dopagem.
 Efeito fotovoltaica: absorção da luz – excitação
dos electrões da banda de valência – rompimento
das ligações covalentes do cristal.
 Movimento de electrões na estrutura cristalina –
criação de lacunas (cargas P) – Junção N-
P/formação de campo eléctrico deslocação de
electrões para a região N e lacuna para a região P
5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas
5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas

Células de Silício Cristalino – Primeira Geração

 Constituem a tecnologia que domina o mercado, sendo 90% de


fotogeradores instalados à sua base.
 O Si-Cristalino subdivide-se em monocristalino (o mais antigo, mais
dominante e mais caro no mercado);
 Apresenta uma eficiência entre 15 – 18%, podendo chegar a 24%
em escala laboratorial, sendo a maior em todos os Si- cristalinos; e
 Policristalino ou multicristalino, é um pouco mais barato que o
mono, sendo sua eficiência também menor, variando entre 12 -
15%, já com camada anti-reflexão.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas

Células de Silício Cristalino – Primeira Geração


5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas


Células de Película fina – Segunda Geração

 Esta tecnologia é produzida aplicando diferentes camadas em


material semicondutor, em diferentes substratos como o vidro e o
plástico;
 As células surgiram para responder a redução do consumo de Si.
 Esta película apresenta ainda a vantagem de ser menos pesada,
permitindo aplicações integradas em fachadas de edifícios.
 Em termos de tecnologia destaca-se o carbono amorfo (mais usado
em electrónica profissional e em relógios e calculadoras).
 Comparando com a da primeira geração, apresenta uma eficiência
mais baixa (ca de 5 a 7%), fabrico mais barato, e funciona com uma
gama de luminosidade mais alargada.
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas

Células de Película fina – Segunda Geração

 Outras tecnologias mais usadas: CIGS, CdTe e células fotovoltaicas


orgânicas.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas

Conceitos de novas células solares – Terceira Geração


 Estas novas tecnologias ainda estão na fase piloto e em ensaios
laboratoriais;
 Os resultados experimentais mostram esperança em termos da
eficiência da tecnologia, projectando-se ainda baixos custos em
termos de produção em aquisição;
 Cita-se como exemplo a tecnologia de nanocristalinas sensitivizadas e
colorantes (DSSC); microcristalinas; micromorfas e hibridas (células
solares HCl);
 Referencia-se ainda a tecnologia de Arsenieto de Galio (AsGa), usada
em situações muito especificas, com rendimentos na ordem de 25.8%,
entretanto custos de produção elevadíssimos, permitindo apenas o
seu uso em satélites ou sistemas de concentradores; InP (21.9%) e
GaSb;
PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal
5.0 Energias Alternativas

5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas


Conceitos de novas células solares – Terceira Geração

Células solares com corantes.

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas
5.2 Energia Fotovoltaica - Tecnologias e suas principais caracteristicas
Embora as células fotovoltaicas tenham uma eficiência de conversão de energia
muito baixa, sua evolução no mercado tem sido notável, permitindo assim uma
redução drástica do custo de produção por KWh

PROENÇA, 2007 – A Energia Solar Fotovoltaica em Portugal


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito

10 Soluções – Eficiência Energética


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito

Sistema Solar térmico: é uma instalação que permite aproveitar e


utilizar a inesgotável energia solar para aquecer a água através do
colectror solar térmico.
5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito

Superfície absorsora e equipamentos de protecção.

Guia de Energia solar – Concurso solar, Padre Himalaya


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito


Os colectores solares térmicos existentes, diferem-se na protecção
térmica que utilizam, utilização ou não de concentração, e adequados
a diferentes temperaturas de utilização.

Guia de Energia solar – Concurso solar, Padre Himalaya


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito


Na constituição básica, existe o circuito hidráulico, o qual efectua a
ligação e transferência de calor (resultante da conversão) entre o
colector solar e o depósito de acumulação.

Circuito indirecto ou primário


Circuito directo
Guia de Energia solar – Concurso solar, Padre Himalaya
5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – conceito


Os sistemas solares térmicos, nas suas aplicações podem ser de dois
tipos: termossifão e circulação forçada.

Iba: Energy Solutions – Albaenergy Solutions, Lda


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – Tipos


Os sistemas solares térmicos, nas suas aplicações podem ser de dois
tipos: termossifão ou circulação forçada.

10 Soluções – Eficiência Energética


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – Tipos


Os sistemas solares térmicos, nas suas aplicações podem ser de dois
tipos: termossifão e circulação forçada.
5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – Tipos


Os sistemas solares térmicos, nas suas aplicações podem ser de dois
tipos: termossifão e circulação forçada.

Iba: Energy Solutions – Albaenergy Solutions, Lda


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – Tipos


Os sistemas solares térmicos, nas suas aplicações podem ser de dois
tipos: termossifão e circulação forçada.

10 Soluções – Eficiência Energética


5.0 Energias Alternativas

5.2.1 Sistema Solartérmico – Tipos

10 Soluções – Eficiência Energética


5.0 Energias Alternativas

Analise comparativa dos sistemas termosolares

CERVEIRA, 2012 – Sistemas Térmicos de energia solar


5.0 Energias Alternativas

Aspectos a considerar na aquisição de um sistema solar térmico.

Iba: Energy Solutions – Albaenergy Solutions, Lda


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


Condições para a sua obtenção:
 Construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água, e
apresentando em seu curso desníveis de água.

 A água represada, por conta da altura (desnível entre esta e a do curso de


rio) apresenta a energia mecânica na forma potencial, ao sofrer a queda
parte dela é transformada em cinética. A energia potencial passa pelas
tubulações com muita força e velocidade, provocando a movimentação das
turbinas, ocorrendo assim a transformação da energia potencial da água em
energia cinética (mecânica) do movimento das turbinas.

 As turbinas em movimento estão directamente conectadas a um gerador


eléctrico, o qual transforma a energia mecânica em eléctrica.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


Condições para a sua obtenção:

 Trata-se de energia obtida a partir de uma fonte contínua, nesse caso, o


movimento da água. Baseia-se no uso usinas hidrelétricas, onde, a partir da
força da queda de um grande volume de água represada movimenta-se as
turbinas que accionam um gerador elétrico.

 Diz-se que a energia hidroeléctrica resulta da transformação da energia


potencial de uma dada massa de água em energia cinética (rodas de água e
turbina), conseguida quando essa massa se desloca entre dois níveis
diferentes (Barragem e/ou“ queda de água”)

CARDOSO, 2008 – Energias renováveis;


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.3 Energia Hidroeléctrica


Vantagens:
Eficiência energética muito alta na ordem de 65.2 %;
Custo de combustível (agua nulo);
As usinas hidroeléctricas são menos prejudiciais.

Desvantagens:

Investimento inicial e custos de manutenção altos;


Alterações profundas de ecossistemas;
Alargamento de deslocação de populações ribeirinhas dependendo do
tipo de relevo e da localização do empreendimento;
Hoje em dia fala-se da decomposição da vegetação submersa o que dá
origem a gases como o CH4; CO2 e NO, os quais podem ter origem
natural assim como a antrópica.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Conceito

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis.


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Conceito

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis.


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Conceito


Energia Eólica
 O termo eólico deriva da mitologia grega, Éolo, era o Senhor dos
ventos ou Deus do vento, todavia, o termo provém do latim
“Aeolicus””
Conceito
 Entende-se como sendo a transformação
da energia proveniente do vento em
energia útil através do uso de
aerogeradores produzindo electricidade,
moinho de vento para produzir energia
mecânica ou velas para impulsionar os
barcos a vela.

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Origem do Vento


O que gera o vento?
 Diferença de temperaturas em diferentes regiões do globo:
*** Regiões próximas ao equador – latitudes próximas a 0ºC.

Distribuição da temperatura do planeta medida pelo satélite NOAA – 7da NASA.

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Origem do Vento


O que gera o vento?
 Diferença de pressão:
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Origem do Vento


O que gera o vento?
 Através da atmosfera, o ar quente (menos denso) sobe a uma
altitude de mais ou menos 10 km, espalhando-se para os polos
norte e sul.
 Zonas de baixas pressões – preenchimento por ar mais frio
proveniente dos polos (regiões de altas pressões)
 Movimentação da massa do ar – origem do vento.

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - A energia do vento: Densidade do ar e área do rotor:

A energia “motriz” de um aerogerador Turbina eólica típica (1 MW)


provém da sua capacidade em converter a
força exercida pelo vento num momento de
força sobre as suas pás (lâminas).
A quantidade de energia que o vento
transfere em cada segundo para o rotor
depende fundamentalmente da densidade
do ar, da velocidade do vento e da área
do rotor (área de giro das lâminas);
As turbinas modernas de 1MW tem uma
torre com 50 – 80 metros, sendo
vantajoso para a geração de energia.

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - A energia do vento: Densidade do ar e área do rotor:

Descrição da turbine eólica


 Nacele e o rotor

CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - A energia do vento: Densidade do ar e área do rotor:


A Energia cinética, Ec (Ec = ½ mv2) do vento é dependente da massa
do ar, qto mais denso for o ar maior será a Ec recebida pela turbina
eólica.
A densidade do ar depende da pressão atmosférica e da
temperatura do ar, que por sua vez dependem da altitude do lugar.

A massa e dada pela seguinte expressão:


Potência (extraída) do vento (Pv): é a quantidade de energia que o
vento transfere em cada segundo para o rotor;
Expressão para o cálculo da potencia:

Velocidade do vento:
CARNEIRO, Energia – do carbono às energias renováveis
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Tipos de turbinas eólicas para a geração de energia


electrica.

Rotores de eixo vertical:


 Não necessitam de mecanismos de
acompanhamento para variações da direção
do vento;
 Estes rotores podem ser movidos por
forças de sustentação (lift) e por forças
de arrasto (drag);

Equipe CEPEL / CRESESB. Energia eólica – princípios e tecnologias.


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Tipos de turbinas eólicas para a geração de energia


electrica.

Rotores de eixo horizontal:


 são os mais comuns e grande parte da
experiência mundial está voltada para a sua
utilização;
 São movidos por forças aerodinâmicas
chamadas de forças de sustentação (lift) e
forças de arrasto (drag).
 Os rotores que giram predominantemente sob
o efeito de forças de sustentação permitem
libertar muito mais potência do que aqueles Rotores de eixo horizontal:
que giram sob efeito de forças de arrasto,
para uma mesma velocidade de vento
Equipe CEPEL / CRESESB. Energia eólica – princípios e tecnologias.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Vantagens e desvantagens.

Vantagens
 Fonte inesgotável sem emissão de gases e resíduos;
 A instalação de aerogeradores é muita das vezes feita sem o
deslocamento das comunidades;
 Considerando o investimento a logo prazo é fonte de energia barata;
 A instalação ocorre em menos de seis meses.

Desvantagens
 A instalação provoca poluições visual (modifica a paisagem) e sonora
significativas
 A instalação provoca intermitência do vento;
 Cria impacto sobre a migração das aves.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos


 Os sistemas eólicos apresentam três aplicações distintas:
Sistemas isolados:
Sistema híbridos, e
Sistemas Ligados à rede.
 Esses sistemas obedecem a uma configuração básica, carecendo de
uma unidade de controle de potência, sendo que em alguns casos há que
serem conecatados a dispositivos de armazenamento.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos


Sistemas isolados:
 De forma genérica, estes, utilizam alguma forma de armazenamento
de energia, podendo muita das vezes utilizar-se as baterias, visando
a utilização de aparelhos eléctricos ou na forma de energia
gravitacional com a finalidade de armazenar a água bombeada em
reservatórios para posterior utilização.

 Existem alguns sistemas isolados que não necessitam de dispositivos


de armazenamento, por exemplo, os sistemas de irrigação onde toda
a água bombeada é directamente consumida.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

 Sistemas de pequeno porte;


 Aparelhos de baixa tensão e CC

Configuração de um sistema eólico isolado.


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos


Sistemas hibridos:
 Estes sistemas, utilizam conjuntamente mais de uma fonte (as fontes
complementam-se) para a geração da electricidade.
 Normalmente fazem combinações de turbina eólicas, geração a
diesel, módulos fotovoltaicos, sistemas hídricos,... não havendo
obrigatoriedade para serem conectados a unidades de
armazenamento.
 Nos sistemas híbridos há necessidade de realizar-se um controle de
todas as fontes para que haja máxima eficiências na entrega de
energia ao usuário.

 De forma genérica, eles são usados em sistemas de médio a grande


porte destinados a atender um número significativo de usuários.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

Configuração de um sistema hibrido solar-eólico-diesel


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

Sistemas Interligados à rede:


 Estes sistemas, utilizam um grande número de aerogeradores e não
necessitam de sistemas de armazenamento de energia dado que
toda a geração é entregue directamente à rede elétrica.
 O total de potência instalada no mundo de sistemas eólicos
interligados à rede somam aproximadamente 60 GW (WWEA,2006)
dos quais 75% estão instalados na Europa.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

Parque eólico conectado à rede – Parque eólico da Prainha - CE


5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

Sistemas Off-Shore:
 Constituem a nova fronteira da utilização da energia eólica.
 Representam instalações de maior custo de transporte, instalação e
manutenção, contudo, tem crescido a cada ano principalmente com o
esgotamento de áreas de grande potencial eólico em terra.
 Este esgotamento é apresentado principalmente pela grande
concentração de parques eólicos nestas áreas e pelas restrições
ambientais rigorosas sobre a utilização do solo.
 Desafio da indústria eólica: desenvolvimento tecnológico da
adaptação das turbinas eólicas convencionais para uso no mar;
design de estratégias especiais quanto ao tipo de transporte das
máquinas, sua instalação e operação.
5.0 Sistemas de Energia Hídrica

5.4 Energia eólica - Aplicação dos sistemas eléctricos

Parque eólico instalado no mar do norte (Fonte: BRITSC, 2005)

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