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FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA

Química Analítica II

TEMA I: Introdução e Conceitos básicos

Docentes: Eutilério Chauque e Eulália Uaila


INTRODUÇÃO

A química analítica ou análise química

 Tem como objectivo analisar substâncias,


seja qualitativa ou quantitativamente.

 Representa um dos ramos mais


importantes das ciências químicas. Ela é
aplicada em diversas áreas tais como:
Indústria química, Agricultura, para analise do
p. ex: para controlar solo de modo a permitir
a qualidade do melhor escolha de
produto acabado. fertilizantes.

Geologia, para Pecuária, para


determinar a controlar a
Aplicações de
composição alimentação, bem
Q. A.
química de como a saúde do
rochas, minerais, animal.
sedimentos, etc.

Ambiente, identificação e
Medicina, para os quantificação dos poluentes que
diagnósticos médicos
(análise de sangue, urina, podem afectar a qualidade da
etc). água.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ANALÍTICOS

Análise Quantitativa Segundo o tipo Análise Qualitativa

determinar a quantidade dos conhecer a identidade de


componentes presentes seus componentes

Segundo a maneira
Análise Clássica de executar a Análise Instrumental
análise
Utiliza reacções Utiliza aparelhagem que permite
quantitativas ou medição de as determinações baseadas nas
volume ou de massa propriedades físicas dos
elementos

cálculos feitos a
Propriedades físicas ↔ concentração
partir da
estequiometria de
reação
ETAPAS DE ANÁLISE
QUÍMICA
De uma forma geral as etapas (ou passos)
mais importantes de uma análise
química quantitativa são:

o Amostragem;
o Tratamento da amostra;
o Pesagem;
o Digestão da amostra;
o Eliminação de interferentes e
o Escolha do método
AMOSTRAGEM

Definição: Processo de seleccionar uma


porção de material para ser transportado e
manuseado convenientemente no laboratório,
a qual deve ser representativa.

Que mantém as características do


sistema global.
TRATAMENTO DA AMOSTRA

Faz-se o tratamento da amostra de tal


modo que no final se obtenha uma
amostra homogénea.

P. ex: No caso de amostras líquidas,


apresentando resíduos sólidos, é
necessário fazer a filtração da amostra
para a eliminação desses resíduos.
DIGESTÃO DA AMOSTRA

Etapa na qual se coloca a amostra na forma


de solução (isenta de qualquer tipo de
resíduo). Dependendo do tipo de amostra
essa digestão pode ser efectuada com
ácidos fortes como sulfúrico, fluorídrico,
nítrico e clorídrico (p. ex: amostras de
solos, sedimentos, materiais geológicos).
ELIMINAÇÃO DE INTERFERENTES

Espécies que afectam o resultado final, que


não sejam o analito são chamados de
interferentes e devem ser eliminados da
solução amostra.
ESCOLHA DO MÉTODO

Depende de vários factores:


 O que pretendo determinar

 Número de amostras e quantidade de


cada amostra
 Teores aproximados e componentes
presentes
 Precisão e exactidão exigidos

 Equipamentos existentes. Laboratórios


disponíveis.
 O custo operacional
ERROS COMETIDOS EM
ANALISE QUIMICA
CLASSIFICACAO DOS ERROS
Alteram
consideravelmente os
Grosseiros resultados da análise.

fazem com que os


resultados individuais
ERROS Acidentais caiam num ou noutro
lado do valor
“verdadeiro”. Afectam
a precisão do método.
fazem com que os
Sistemáticos resultados se desviem
do valor “verdadeiro”
no mesmo sentido.
Afectam a exactidão
do método.
PRECISÃO
E
EXACTIDÃO
Precisão concordância entre os valores
obtidos por aplicação do método em análises
(repetidas) para mesma amostra.

Exactidão concordância entre o valor


obtido experimentalmente e o “valor
verdadeiro”.

Tomando como ex. a determinação de Cu num


mineral cujo teor é conhecido e igual a, por
exemplo, 30.00%.

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Observando a tabela, verifica-se que :
 O método A apresenta uma média
coincidente com o valor certificado boa
exactidão do método.

No entanto, existe uma grande dispersão nos


resultados individuais precisão do método
não é boa.
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 Método B
Exactidão não é boa.
Precisão da análise é boa.

O valor 22.40 no método C é muito


diferente dos restantes rejeitado.

A dispersão nos outros resultados não é


grande e, por isso, a precisão é boa.

A média é próxima do valor certificado


boa exactidão.
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Expressão numérica da precisão e
exactidão

Tomando como exemplo o método A

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Para a amostra 2:
Precisão absoluta (desvio da media) é 0.08
Precisão relativa (desvio relativo da media) é
0.08
x 100  0.27%
30.02

Exactidão é :

 Erro absoluto: 30.02 – 30.00 = + 0.02

 Erro relativo: +

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CONCENTRAÇÃO
DE
SOLUCAO
Concentração de uma solução éa
quantidade de soluto existente numa certa
quantidade de solução ou de solvente.

SOLUÇÃO é uma mistura homogénea


de duas ou mais espécies
químicas.

Entre os componentes de uma solução, um


será o
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solvente e os restantes os solutos.
Para determinar qual das duas substâncias é
o solvente, usam-se dois critérios :

Estado Físico

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Quantidade Relativa

N.B.

Nas soluções aquosas considera-se a água


como solvente, mesmo quando presente em
quantidades relativamente pequenas.

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UNIDADES
DE
CONCENTRAÇÃO
Concentração comum (C) é a massa
do soluto (g ou mg) por L ou mL da solução.

Molaridade (M)
É o número de moles do soluto por litro da
solução.

Exemplo: solução de NaOH 1M


Significa que 1 L da solução contém 1 mole
de NaOH (ou seja, 40 g de NaOH)
e pode se determinar através da fórmula
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Percentagem de Soluto (%)

Percentagem em percentagem em percentagem em


peso % (p/p) volume % (v/v) peso/vol. % (p/v)

é o volume (mL) do é a massa (g) do


é a massa (g) do soluto
soluto em 100 mL da soluto em 100 mL da
em 100 g da solução.
solução. solução.
Exemplo: solução de
Exemplo: solução de Exemplo: solução de
NaCl a 10% (p/p)
etanol a 20% (v/v) NaCl a 10% (p/v)
Fracção molar (X)

É a razão entre o número de moles do soluto e o


número total de moles presentes na solução.
Num sistema de 2 componentes 1 e 2,

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ppm (μg/mL ou μg/g)
É o peso do soluto (em μg) por mL da solução.
Também vem referida como ppm que significa
partes por milhão e representa o peso do soluto
(em g) em 1 milhão (106) de mL da solução.

ppb (ng/mL ou ng/g)


É o peso do soluto (em ng) por mL da solução.
Também vem referida como ppb que significa
partes por bilhão e representa o
peso do soluto (em g) em 1 bilhão (109) de mL da
solução.
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