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31 RAZÕES PARA AMAMENTAR - uma

para cada dia do mês dourado


1. A amamentação diminui a mortalidade de crianças. 
Estimativas recentes sugerem que a amamentação, se fosse ampliada para
níveis quase universais, poderia prevenir cerca de 12% das mortes de crianças
menores de 5 anos a cada ano, ou cerca de 820.000 mortes em países de
média e baixa renda.  

REFERÊNCIA:

Victora CG, Bahl R, Barros AJD, França GVA, Horton S, Krasevec J, et al.
Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, andlifelongeffect.
Lancet. 2016;387(10033):2089-90.

Disponível neste link. 

2. A amamentação exclusiva protege contra mortes infantis


causadas por doenças infecciosas.
Crianças menores de 6 meses amamentadas exclusivamente tem risco 41%
menor de morrer que as crianças em aleitamento materno predominante, 78%
menor que as em aleitamento materno parcial e 88% menor que as não
amamentadas.

REFERÊNCIA:

Sankar MJ, Sinha B, Chowdhury R, et al. Optimal breastfeeding practices and


infant and child mortality. A systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr.
2015; published online Aug 7. 

Disponível neste link. 

3. A amamentação diminui o risco da Síndrome da Morte


Súbita do Lactente.
As crianças amamentadas têm risco 36% menor de serem vítimas da Síndrome
da Morte Súbita do Lactente.
REFERÊNCIA: Ip S, Chung M, Raman G, et al. Breastfeeding and maternal
and infant health outcomes in developed countries. Rockville, MD,USA: Agency
for Healthcare Research and Quality, 2007.

Disponível neste link.

4. A amamentação poderia prevenir mais da metade dos


episódios de diarreia.
As crianças amamentadas possuem menos risco de ter diarreia:redução de
63% em menores de 6 meses e de 54% em crianças entre 6 meses e 5
anos,quando comparadas com crianças não amamentadas ou amamentadas
por um período menor.

REFERÊNCIA: Horta BL, Victora CG. Short-term effects of breastfeeding: a


systematic review of the benefits of breastfeeding on diarrhoea and pneumonia
mortality. Geneva: World Health Organization, 2013.

Disponível neste link.

5. A amamentação não só previne o aparecimento de


episódios de diarreia, como também diminui a gravidade da
doença.
Mais de dois terços das internações hospitalares por diarreia em crianças
menores de 5 anos (72%) poderiam ser prevenidas com a amamentação.

REFERÊNCIA: Horta BL, Victora CG. Short-term effects of breastfeeding: a


systematic review of the benefits of breastfeeding on diarrhoea and pneumonia
mortality. Geneva: World Health Organization, 2013.

Disponível neste link.

6. A amamentação poderia prevenir um terço das infecções


respiratórias nos 2 primeiros anos de vida.
Crianças amamentadas menores de 2 anos tem um risco 32% menor de
adquirir infecção respiratória baixa quando comparadas com crianças não
amamentadas ou amamentadas por um período menor.
REFERÊNCIA: Horta BL, Victora CG. Short-term effects of breastfeeding: a
systematic review of the benefits of breastfeeding on diarrhoea and pneumonia
mortality. Geneva: World Health Organization, 2013.

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7. Crianças amamentadas têm menos internações por


infecção respiratória baixa nos primeiros 2 anos de vida.
Mais da metade das internações por infecções respiratórias baixas (57%) em
crianças menores de 2 anos poderiam ser evitadas pelo aleitamento materno.

REFERÊNCIA: Horta BL, Victora CG. Short-term effects of breastfeeding: a


systematic review of the benefits of breastfeeding on diarrhoea and pneumonia
mortality. Geneva: World Health Organization, 2013.

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8. A amamentação protege contra hospitalização por


bronquiolite.
As crianças amamentadas por menos de 1 mês tiveram risco 7 vezes maior de
serem hospitalizadas por bronquiolite aguda nos primeiros 3 meses de vida.

REFERÊNCIA: Abernaz EP, Menezes AMB, César JA, et al. Risk factors
associated with hospitalization for bronchiolitis in the post neonatal period. Rev
Saúde Pública. 2003; 37: 485-93

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9. A amamentação protege contra otite média aguda nos


primeiros 2 anos de vida.
A amamentação reduz  em  33% o risco de otite média aguda nos primeiros 2
anos de vida.

REFERÊNCIA: Bowatte G, Tham R, Allen KJ, et al. Breastfeeding and


childhood acute otitis media: a systematic review and meta-analysis. Acta
Paediatr Suppl. 2015; 104: 85-95.
Disponível neste link.

10. A amamentação protege contra rinite alérgica nos


primeiros 5 anos de vida.
A amamentação reduz em 21% o risco de rinite alérgica nos primeiros 5 anos
de vida.

REFERÊNCIA: Lodge CJ, Tan DJ, Lau M., et al. Breastfeeding and asthma and
allergies: a systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr Suppl. 2015;
104: 38-53.

Disponível neste link.

11. A amamentação exclusiva protege contra eczema.


Crianças amamentadas exclusivamente por mais de 3-4 meses têm risco 26%
menor de apresentar eczema nos primeiros 2 anos de vida.

REFERÊNCIA: Lodge CJ, Tan DJ, Lau M., et al. Breastfeeding and asthma and
allergies: a systematic review and meta-analysis. Acta PaediatrSuppl. 2015;
104: 38-53.

Disponível neste link.

12. O aleitamento materno protege contra enterocolite


necrosante
Recém-nascidos alimentados com leite materno têm risco 58% menor de
desenvolver entrerocolite necrosante.

REFERÊNCIA: Ip S, Chung M, Raman G, et al. Breastfeeding and maternal


and infant health outcome in developed countries. Rockville, MD,USA: Agency
for Healthcare Research and Quality, 2007.

Disponível neste link.
13. A amamentação protege contra leucemia na infância.
As crianças amamentadas por 6 meses ou mais, quando comparadas com as
que mamampor menos tempo ou não são amamentadas,têm risco 20% menor
de apresentar leucemia.

REFERÊNCIA: Amitay EL, Keinan-Boker LK. Breastfeeding and Childhood


Leukemia Incidence: a meta analysis and systematic review. Jama Pediatr.
2015; 169(6):e151025.

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14. O aleitamento materno está associado com melhor


desempenho nos testes de inteligência em crianças e
adolescentes.
Estima-se que crianças amamentadas possuam quociente de inteligência (QI)
3,4 pontos maior na infância e adolescência do que o de crianças não
amamentadas. Indivíduos amamentados por 12 meses ou mais apresentaram,
aos 30 anos de idade, QI até 3,8  pontos mais elevado quando comparados
àqueles amamentados por menos de 1 mês.

REFERÊNCIAS:

· Horta BL, Loret de Mola C, Victora CG. Breastfeeding and intelligence: a


systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104:14-9

Disponível neste link.

· Victora CG, Horta BL, Mola CL, et al. Association between breastfeeding and
intelligence, educational attainment, and income at 30 years of age: A
prospective birth cohort study from Brazil. Lancet Global Health. 2015;3:199–
205.

Disponível neste link.

15. A criança amamentada é mais estimulada.


As mães que amamentam gastam significativamente mais horas por semana
alimentando, carregando, segurando, acalmando ou cuidando da criança.
REFERÊNCIA: Smith JP, Forrester R. Maternal time use and nurturing:analysis
of the association between breastfeeding practice and time spent interacting
with baby. Breast Med. 2017; 12: 269-78.

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16. O aleitamento materno está associado com maior


escolaridade.
Indivíduos amamentados por mais de 1 ano, quando comparados com os
amamentados por menos de 1 mês, apresentaram aproximadamente 1 ano a
mais de escolaridade.

REFERÊNCIA: Victora CG, Horta BL, Mola CL, et al. Association between
breastfeeding and intelligence, educational attainment, and income at 30 years
of age: A prospective birth cohort study from Brazil. Lancet Global Health.
2015;3:199–205.

Disponível neste link.

17. Indivíduos amamentados possuem maior renda na idade


adulta.
Indivíduos amamentados por mais de 1 ano, quando comparados com os
amamentados por menos de 1mês, apresentaram renda maior, em torno de
R$350,00, na idade adulta. O QI foi responsável por 72% dos efeitos da
amamentação sobre a renda.

REFERÊNCIA: Victora CG, Horta BL, Mola CL, et al. Association between
breastfeeding and intelligence, educational attainment, and income at 30 years
of age: A prospective birth cohort study from Brazil. Lancet Global Health.
2015;3:199–205.

Disponível neste link.

18. A amamentação reduz maloclusões na dentição


descídua.
Dois terços das maloclusões em crianças com dentição descídua poderiam ser
evitadas com a amamentação.

REFERÊNCIA: Peres KG, Cascaes AM, Nascimento GG, Victora CG. Effect of


breastfeeding on malocclusions: a systematic review and meta-analysis. Acta
Paediatr Suppl. 2015; 104: 54-61.

Disponível neste link.

19. O aleitamento materno tem efeito positivo na qualidade


da mastigação de pré-escolares.
Crianças amamentadas por 12 meses ou mais apresentam melhor função da
mastigação quando comparadas com crianças que amamentam por menor
período.

REFERÊNCIA: Pires SC, Giugliani ERJ, Silva FC. Influence of the duration of


breastfeeding on quality of muscle function during mastication in preschoolers:
a cohort study. BMC Public Health.2012; 12:934.

Disponível neste link.

 
20. O aleitamento materno protege contra
sobrepeso/obesidade.
O aleitamento materno poderia reduzir em 26% o risco de
sobrepeso/obesidade na infância, adolescência e idade adulta.

REFERÊNCIA: Horta BL, de Mola CL, Victora CG. Long-term consequences of


breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure, and type-2
diabetes: systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr Suppl. 2015; 104:
30-37.

Disponível neste link.

21. Crianças amamentadas têm risco diminuído de diabetes


tipo 2.
O aleitamento materno poderia reduzir em 35% o risco de diabetes tipo 2 na
infância, adolescência e idadeadulta.
REFERÊNCIA: Horta BL, de Mola CL, Victora CG. Long-term consequences of
breastfeeding on cholesterol, obesity, systolic blood pressure, and type-2
diabetes: systematic review and meta-analysis. Acta Paediatr Suppl. 2015; 104:
30-37.

Disponível neste link.

22. A amamentação previne o câncer de mama. 


Estima-se que o risco de contrair carcinoma de mama seja 22% menor para as
mulheres que amamentaram quando comparadas às que nunca
amamentaram, com evidente efeito dose-resposta: redução de 7% em
mulheres que amamentaram por um período total menor que 6 meses, de 9%
naquelas que amamentaram de 6 a 12 meses e de 26% nas que
amamentaram por mais de 12 meses.

REFERÊNCIA: Chowdhury R, Sinha B, Sankar B, Taneja S, Bhandari N,


Rollins N, et al. Breastfeeding and maternal health outcomes: a systematic
review and meta-analysis. Acta Paediatr. 2015;104:96–113.

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23. A amamentação aumenta a sobrevida em mulheres com


câncer de mama. 
As mulheres submetidas a cirurgia por câncer de mama que nunca
amamentaram ou que amamentaram por 6 ou menos meses tiveram um risco
quase 3 vezes maior de morrer pela doença quando comparadas com as que
tiveram uma história de amamentação maior que 6 meses. Estima-se que
19.464 mortes anuais por câncer de mama são prevenidas com as atuais taxas
de aleitamento materno e que um adicional de 22.216 mortes poderiam ser
prevenidas se a duração do aleitamento materno fosse de pelo menos 12
meses nos países desenvolvidos e de 24 meses nos de média e baixa renda.

REFERÊNCIAS:

· Loof-Johanson M, Brudin L, Sundquist M, CE Rudebeck. Breastfeeding


associated with reduced mortality in women with breast cancer. Breast Med.
2016; 11: 321-327.
· Victora CG, Bahl R, Barros AJD, França GVA, Horton S, Krasevec J, et al.
Breastfeeding in the 21st century: epidemiology, mechanisms, and lifelong
effect. Lancet. 2016;387(10033):2089-90.

Disponível neste link.

24. As mulheres que amamentam têm menor risco de câncer


de ovário.
O risco de contrair câncer de ovário poderia ser reduzido em 30% se as
mulheres amamentassem por mais tempo. Estima-se que para cada mês de
amamentação haveria uma redução de 2% no risco de contrair a doença.

REFERÊNCIA:

· Chowdhury R, Sinha B, Sankar B, Taneja S, Bhandari N, Rollins N, et


al. Breastfeeding and maternal health outcomes: a systematic review and meta-
analysis. Acta Paediatr. 2015;104:96–113.

Disponível neste link.

· Feng LP, Chen HL, Shen MY. Breastfeeding and the risk of ovarian cancer: a
meta-analysis. J Midwifery Womens Health. 2014;59: 428–37. 

25. A amamentação protege contra o carcinoma de


endométrio.
As mulheres que amamentam tem risco 11% menor de desenvolver câncer de
endométrio quando comparadas as que nunca amamentaram. Maior duração
da amamentação por criança tem associação com menor risco da doença.

REFERÊNCIA: Jordan SJ, Na R, Renhua Na, Johnatty SE, et al. Breastfeeding


and Endometrial Cancer Risk:An Analysis From the Epidemiology of
Endometrial Cancer Consortium. Obstet Gynecol. 2017; 129: 1059-67.

26. A amamentação está associada com menor risco de


diabetes tipo 2 na mulher.
O risco de contrair diabetes poderia ser reduzido em 32% se as mulheres
amamentassem por mais tempo. Estima-se redução de 9% para cada ano de
amamentação.

REFERÊNCIA:

· Chowdhury R, Sinha B, Sankar B, Taneja S, Bhandari N, Rollins N, et


al. Breastfeeding and maternal health outcomes: a systematic review and meta-
analysis. Acta Paediatr. 2015;104:96–113.

Disponível neste link.

· Aune D, Norat T, Romundstad P, Vatten LJ. Breastfeeding and the maternal


risk of type 2 diabetes: a systematic review and dose-response meta-analysis of
cohort studies. NMCD. 2014;24:107–15.

27. O aleitamento materno exclusivo está associado à


diminuição da recorrência de enxaqueca nas lactantes no
pós-parto.
As mulheres com enxaqueca antes da gestação e que estavam amamentando
exclusivamente tiveram diminuição da recorrência da enxaqueca, com ou sem
aura, com 1 e 4 semanas pós-parto.

REFERÊNCIA: Serva WAD, Serva VMSBD, Caminha MFC et al. Exclusive


breastfeeding protects against postpartum migraine recurrence
attacks. Arquivos de Neuropsiquiatria. 2012; 70:428-434. 

Disponível neste link.

28. A amamentação tem importante impacto na economia.


Estima-se que a ampliação em 10% nas taxas de aleitamento materno
exclusivo até 6 meses ou de amamentação continuada até 12 ou 24 meses
poderia reduzir em pelo menos 1,8 milhão de dólares os custos anuais com
tratamentos de doenças em crianças no Brasil. E se os índices atuais de AM
subisse para 90%, a economia seria da ordem de 6 milhões.

REFERÊNCIA: Rollins NC, Bhandari N, Hajeebhoy N, Horton S, Lutter CK, et


al. Why invest, and what it will take to improve breastfeeding practices? Lancet.
2016;387:491–504.
Disponível neste link.

29. O aleitamento materno contribui para a equidade.


O aleitamento materno é um dos poucos comportamentos positivos em saúde
que é mais prevalente entre os pobres.

REFERÊNCIA: Victora CG, Bahl R, Barros AJD, França GVA, Horton S,


Krasevec J, et al. Breastfeeding in the 21st century: epidemiology,
mechanisms, and lifelong effect. Lancet. 2016;387(10033):2089-90.

Disponível neste link.

30. O aleitamento materno contribui para a


sustentabilidade ambiental e segurança alimentar.
O leite materno é uma alimento natural, renovável, que não causa dano ao
meio ambiente, produzido e disponibilizado ao consumidor sem poluição,
empacotamento ou lixo.

REFERÊNCIA: Ecomall. Breastfeeding and the environment.

Disponível neste link.

31. A amamentação promove a microbiota intestinal


saudável.
Os oligossacarídeos presentes no leite materno são fundamentais para a
manutenção de um microbioma saudável na criança, importante para a sua
imunidade e também para o desenvolvimento cerebral. 

REFERÊNCIA: Bäckhed F, Roswall J, Peng Y, et al. Dynamics and stabilization


of the human gut microbiome during the first year of life. Cell Host & Microbe.
2015;17(5):690–703

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