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INSTITUTO LATINO-AMERICANO DE

TECNOLOGIA, INFRAESTRUTURA E TERRITÓRIO


(ILATIT)
Curso: Engenharia Química - Bacharel
Disciplina: Laboratório de Física Geral III
Professor: Eduardo Cezar Barbosa de Barros Aragão
Turma: 02

RELATÓRIO DO EXPERIMENTO 1

“Dipolo Magnético”

Estudantes: Andresa Paola Espínola Melo (e-mail: anndreespinola@gmail.com)


Hellen Vieira Santana (e-mail: hellensantana774@gmail.com)
Jaciely Vieira Santana (e-mail: jaciely.vieira@gmail.com)
Lidiane Ferreira dos Santos (e-mail: lydyany15@gmail.com)

Foz do Iguaçu, 19 de maio de 2022.

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Resumo
Em física, o momento magnético ou momento de dipolo magnético de um elemento pontual é
um vetor que, em presença de um campo magnético, relaciona-se com o torque de alineação de
ambos os vetores no ponto no qual se situa o elemento. O objetivo do experimento foi
demonstrar, através de um aparato caseiro de baixo custo, o comportamento do campo magnético
de um ímã em função da distância deste. Para a realização das medições foi utilizado o aplicativo
de smartphone Phyphox e um ímã de neodímio. Com os valores de campo magnéticos obtidos
em função da distância, foram efetuados os cálculos e os gráficos, aplicando a linearização para
simplificar a complexidade de uma função perto do ponto. Os resultados que proporcionaram as
medições mostra que os valores de campo magnético em Micro tesla (µT), variam em função das
distâncias em que se posiciona o imã, evidenciaram também o erro sistemático ambiental por
causa do fraco campo magnético terrestre da região e ainda outros fatores que pode haver
promovido às falhas, sendo eles, as funções dos sensores e o posicionamento local do aparelho
(smartphone). Assim, o experimento realizado em citadas condições considera-se desfavorável à
observação do fenômeno em questão. Concluindo que, para a obtenção de melhores resultados,
seria preciso fazer a troca do sensor do aparato de medição ou do ímã utilizado.

Palavras chave: Phyphox, Experimento de baixo custo, Medição de campo magnético.

1. Objetivos

O objetivo do presente experimento é demonstrar, através de um aparato caseiro, o


comportamento do campo magnético de um ímã em função da distância e confrontar com a
teoria.
2. Introdução Teórica
Magnetismo é um fenômeno físico relacionado à interação que ocorre entre campos
magnéticos. O campo magnético é uma grandeza física vetorial medida em Tesla (T), que se
origina quando uma partícula eletricamente carregada se move, esse campo vem da variação da
intensidade do campo elétrico.1

Em materiais como ímãs naturais, o campo magnético é um resultado do alinhamento de


vários domínios magnéticos, e a forma em que estão organizados define qual tipo de magnetismo
presente no material. Todo campo magnético tem dois polos magnéticos, denominados de polo

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sul e polo norte, ambos em relação ao sentido vetorial do campo. Não sendo possível a existência
de um monopolo magnético.

Para descrever estes fenômenos são utilizadas ferramentas matemáticas que ilustram
gráficos, e para simplificar esta descrição pode-se utilizar de artifícios como a linearização de
funções e mínimos quadrados, sendo o último como o nome sugere é uma otimização
matemática para encontrar um conjunto de dados procurando minimizar a soma dos quadrados
das diferenças entre o valor estimado e os dados obtidos, e a linearização vem do intuito de
simplificar a complexidade de uma função perto de um ponto sendo muito útil em cálculos de
fenômenos como o citado acima.

3. Procedimento Experimental
Os materiais utilizados para o experimento foram:
- Imã de Neodímio
- Régua
- Aplicativo de smartphone (Phyphox)
Diagrama Esquemático do Experimento:

Figura 1: Aparato experimental construído para Figura 2: Aparato experimental construído para
obter valores com o imã na vertical. obter valores com o imã na horizontal.

O experimento iniciou-se fazendo uso do smartphone e do aplicativo Phyphox,


juntamente foi utilizado uma régua e um ímã de neodímio. Posicionou-se a régua
perpendicularmente ao sensor do smartphone e foi posicionado o ima de forma vertical e
horizontal acima das milimetragens da régua, iniciando assim o procedimento em 4 cm.

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Posteriormente fez-se 10 medições na vertical com 1 cm de diferença entre uma distância
e outra, verificando-se o valor de campo magnético dado pelo aplicativo de acordo a cada
distância medida e anotou-se as medições em uma tabela no caderno. Logo após, fez-se outras 10
medições, desta vez, com o imã de neodímio posicionado de forma horizontal acima das
milimetragens da régua e foi anotado novamente cada valor de campo magnético dado pelo
aplicativo na tabela do caderno.

4. Resultados e Discussões
Com os dados experimentais obtidos a partir do app Phyphox, foi possível determinar os
valores em Micro tesla (µT), sendo os resultados obtidos nas seguintes tabelas e gráficos:

Tabela 1: Dados obtidos com o imã na vertical

x (cm) Β (µT)

x lnx

Figura 3: Gráfico com os dados obtidos através do Figura 4: Gráfico de linearização. Fonte: Dados da
procedimento experimental com o auxilio do aplicativo pesquisa.
Phyphox. Fonte: Dados da pesquisa.

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Tabela 2: Dados obtidos com o imã na horizontal

x (cm) Β (µT)

x lnx

Figura 5: Gráfico com os dados obtidos através do Figura 6: Gráfico de linearização. Fonte: Dados da
procedimento experimental com o auxilio do aplicativo pesquisa.
Phyphox. Fonte: Dados da pesquisa.

Quando são realizadas operações as incertezas se propagam, logo o resultado de uma


operação também carrega um “erro”.
Segundo a apostila de Física Básica Experimental, Lapolli A, Canelle J e Marinho J.
(2018, p.27), erro sistemático ambiental é um erro devido a efeitos do ambiente sobre a
experiência. Fatores ambientais tais como temperatura, pressão, umidade, aceleração da
gravidade, campo magnético terrestre, ondas de rádio, luz e outros podem introduzir erros
nos resultados de uma medida. Por exemplo, numa experiência para medir o campo
magnético de um ímã, o instrumento de medida indicará o campo magnético do ímã
superposto com o campo magnético da terra. Pode-se dizer que a medida do campo
magnético do ímã tem erro sistemático ambiental devido ao campo magnético terrestre.2

No experimento realizado para medir o campo magnético de um ímã de Neodímio,


mesmo que o erro sistemático ambiental do campo magnético terrestre presente na região seja

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um fator em evidência, outros erros podem ter sido os fatores que promoveram as falhas, como
por exemplo, a funções dos sensores e o posicionamento local do aparelho (smartphone).
Portanto, seria necessário então o conhecimento dos fatores ambientais do laboratório onde foi
realizado o experimento, para assim eliminar o erro.

5. Conclusão
Com o uso do aplicativo de Física Phyphox, foi possível validar o experimento em
laboratório, o que facilitou o desenvolvimento e a acessibilidade a este tipo de aparato de medida
com seus vários sensores durante o procedimento e a partir disso foi viável coletar os dados para
desenvolver os gráficos.3 Portanto, esse experimento realizado com essas condições não é
favorável à observação do fenômeno em questão. Para melhores resultados, seria preciso então a
troca do imã (para um de tamanho menor) ou aumentar a distancia da coleta de dados, trocar o
sensor também seria uma possibilidade, pois possivelmente foi um contribuinte causador do erro
do experimento.

6. Referências
1. PRASABER. Magnetismo. Pravaler, 27 de outubro 2021. Disponível em:
https://www.pravaler.com.br/magnetismo-o-que-e-para-que-serve-e-exemplos/

2. Lapolli A, Canelle J e Marinho J. Física Básica Experimental. (2018, p.27). Acessado em 21 de maio
2022. Disponível em: http://www.lapolli.pro.br/escolas/unicid/EletII/laboratorio/apostAndre.pdf.

3. PEDROSO, L; COSTA, G; Experimentos de baixo custo utilizando o aplicativo de física Phyphox.


ISSN 1870-9095. (Recibido el 11 de agosto de 2020, aceptado el 30 de noviembre de 2020).
Disponível em http://www.lajpe.org/dec20/14_4_01.pdf.

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