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DEPARTAMENTO DE GEOCIÊNCIAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOGRAFIA
• Progressos da automação
• Direções alternativas no campo das ciências
• Variedade e novidade no tratamento de certos temas
• New Geography, que se caracterizava, por ser não apenas diferente, mas em oposição e
até mesmo contradição com a Geografia tradicional.
• Os defensores dessa nova linha buscavam deixar clara sua distancia
em relação a uma geografia que, para muitos deles, não seria
somente uma geografia ultrapassada mas sobretudo uma “não
geografia”.
• “Novos paradigmas” e métodos novos.
• As zonas de influência:
• Geografia tradicional: Escolas nacionais
• New Geography: congressos, colóquios, intercâmbio de professores etc.
A NOVA CRISE DA GEOGRAFIA
A tendência quantitativa,
fria e pragmática, teve Maurice Le Lanou,
como contrapeso uma Maximilien Sorre, Pierre Tendências neomarxistas
vocação mais George, Sauer e entre os anos 40 e 50.
especulativa e mais Hartshorne.
social.
Todos terminaram
Assim as tendências mais
prisioneiros da estreiteza
criticadas obtiveram a
ecológica, e acabaram
terrível vitória de impedir
trabalhando com uma
que pontos de vistas mais
totalidade truncada, levados
lúcidos pudessem chegar as
assim a valorizar o “não
últimas consequências.
real”.
• Pensando em combater a “New Geography” , a geografia
tradicional terminou por ajuda-la, matando no ovo as
possibilidades de uma renovação de origem endógena.
• Ian Burton escrevia em 1963 que a revolução quantititativa havia feito de nossa
disciplina uma ciência respeitável.
• A Linguagem matemática em geografia e a procura do cientifismo.
• Os métodos matemáticos:
• Mais precisos
• Mais gerais
• Dotados de um valor de previsão
• Tudo isso seria obtido por uma combinação onde as análises de sistemas,
modelos e o uso de estatística seriam uma peça fundamental
A QUANTIFICAÇÃO EM GEOGRAFIA
• Alan g. Wilson
• “ o geógrafo teórico ( quantitativo) não tem a necessidade de ser originariamente
um matemático ou estatístico”
• “ Na realidade é comparativamente fácil em Geografia descrever padrões bastante
complexos em termos matemáticos sem mesmo compreender os processos de base
que intervêm”.
• Linearidade e colinearidade
• Análise de fatores
MEDIR PARA REFLETIR OU REFLETIR PARA
MEDIR
Alonso Aguiar; A. Pinto e Sunkel • “ o uso de métodos matemáticos não é o único caminho para atingir o
(1966) rigor científico “
• Geógrafos que logo de saída recusam a “revolução quantitativa e a consideram como capaz de
1º levar a geografia por maus caminhos.
• Geógrafos que consideram a carta suficiente para exprimir as correlações que caracterizam a
2º organização do espaço.
• As técnicas estatísticas são adequadas para alguns temas geográficos, mas não para toda a
3º geografia.
• Uma outra ordem de objeção é mais abrandada: as técnicas quantitativas são desejáveis, mas
4º os numerosos erros de aplicação deveriam desaconselhar o seu uso.
• Um último grupo prefere levantar críticas de natureza pessoal : para estes a quantificação seria
5º uma boa coisa mas os geógrafos quantitativos não seriam tão bons...
PARADIGMA OU MÉTODO
O espaço que a Geografia matemática pretende reproduzir não é o espaço das sociedades em movimento e
sim a fotografia de alguns de seus momentos.
As fotografias permitem apenas uma descrição e a simples descrição não pode jamais ser confundida com a
explicação. Somente esta pode pretender ser elevada ao nível do trabalho científico.
CAP-V: MODELOS E SISTEMAS: OS
ECOSSISTEMAS
• A análise de sistemas prestou grandes serviços às disciplinas exatas para o progresso das quais ela
contribuiu. Há pelo menos vinte anos é utilizada pelas ciências humanas. A Geografia é dentre elas
talvez, a ultima a utilizar-se desse método.
• O espaço como sistema
• Sistemas correlatos, uma espécie de hierarquia
• Chisholm (1976):
• “Os geógrafos já estudavam o espaço em termos de sistema, apesar de fazê-lo sob diferentes denominações.
• Para Brian Berry (1964)” a teoria urbana pode ser encarada como um aspectos da teoria geral dos
sistemas. Meyer (1965) a cidade como um sistema vivo.
• Fred Luckermann
• “o geógrafo dever conceber os pontos da terra como partes de um sistema relacionando uns com os outros, segundo
diferentes níveis de interação.
ANÁLISE DE SISTEMAS
• A evolução do espaço não é o resultado da soma das histórias de cada dado, mas o
resultado da sucessão de sistemas.
• A geografia regional se interessa pelo estudo das diferenciações espaciais por intermédio das inter-
relações entre os dados da natureza e as sociedades humanas
• A ecologia humana ocupa-se de formas de adaptação do homem aos diferentes meios e à as realizações
materiais que daí decorrem.
• A noção de ecossistema devia permitir a incorporação concomitante à análise espacial dos subsistemas
históricos e dos subsistemas naturais.
• As condições naturais são utilizadas de formas diferentes pelas sociedades humanas em cada período
histórico e, do outro, pela própria natureza que é transformada pelo homem, os grupos humanos
sucessivos se relacionam a um quadro natural já modificado
OS ECOSSISTEMAS
• Se o espaço não pode ser definido pelas relações bilaterais entre o homem e os dados
naturais, tampouco ele é resultado exclusivo da ação de fluxo econômicos, como se a
superfície da terra fosse o campo de ação de forças de modelamento que não levam em
conta as rugosidades
Modelo evolutivo: Construído a partir da simulação da evolução no tempo dos sistemas locais, cada
um dando como resultado um outro sistema local.