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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Eunice Juma Rasde:708212822

ANÁLISE DOS PROCESSOS AFECTIVOS NA VIDA HUMANA

Curso: Lic. Ensino de Biologia


Disciplina: Psicologia Geral
Ano de Frequência: 1º, Turma K

Nampula, Junho de 2022

1
Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

1
Critérios de avaliação (disciplinas de calculo)
Classificação
Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
Categorias Indicadores tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Actividades 0.5
 Actividade 1

 Actividade 2

Conteúdo Actividades2  Actividade 3 17.51

 Actividade 4

 Actividade 5
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas

1
A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade
2. O número das actividades pode variar em função da disciplina
2
Folha para recomendações de melhoria:A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Critérios de avaliação (disciplinas teóricas) .................................................................................... 1

Critérios de avaliação (disciplinas de calculo) ................................................................................ 2

Introdução ........................................................................................................................................ 5

1. Processos afectivos ...................................................................................................................... 6

1.1. Conceito de afecto .................................................................................................................... 6

2. Importância dos processos afectivos ........................................................................................... 6

3. As funções dos sentimentos e emoções ....................................................................................... 8

Conclusão ...................................................................................................................................... 10

Referências bibliográficas ............................................................................................................. 11

4
Introdução

O presente trabalho tem como objectivo geral, falar sobre Análise dos processos afectivos na vida
humana. A dimensão afectiva que é de fundamental importância, seja do ponto de vista da
construção da pessoa, como do ponto de vista do conhecimento, é portanto marcante para o
desenvolvimento da humanidade que se manifesta a partir do nascimento e estende-se pelo
primeiro ano de vida da criança. Wallon explica que uma criança sadia, quando já está se
relacionado afectivamente bem com o meio que a cerca, em particular com sua mãe, sente
necessidade de ser objecto de manifestações afectivas para que, assim, seu desenvolvimento
biológico seja perfeitamente normal (Dantas,1992, p.85).

Assim sendo, este trabalho, pretende especificamente: explicar o conceito de afecto; explicar
a importância dos processos afectivos segundo autores e identificar as funções dos
sentimentos e emoções. O mesmo enquadra-se no contexto da frequência do curso de
Licenciatura em Ensino de Biologia, ministrado pela universidade Católica de Moçambique,
delegação de Nampula, no Instituto de Educação à distância. O mesmo obedece a seguinte
estrutura: introdução, desenvolvimento, conclusão e a bibliografia.

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1. Processos afectivos

1.1. Conceito de afecto

No dia-a-dia, já falamos especialmente de alguém familiar ou amigo, sentimos algo que pode
ser amor, ódio, sentimentos alegres com notícias boas, e triste com acontecimentos ruins.
Essas todas manifestações, ao seu conjunto é que se dá o nome de afecto, e o processo pelo
qual essas sensações são cristalizadas em nós, denomina-se processo afectivo. Em suma,
considera-se afecto ao conjunto de manifestações tais como sentimentos e emoções ou
sensações, sejam bons / boas ou ruins que caracterizam o ser humano.

Pestana e Páscoa, (1995, p 14), consideram como sendo, “Sensação subjectiva e imediata
que o indivíduo experimenta em relação a um objecto, situação ou pessoa e que orienta o
seu comportamento”. Os afectos variam de acordo com a intensidade, tonalidade e qualidade,
desta forma é possível distinguir alegria, tristeza, amor, ódio, cólera, etc.

Trata-se de um conjunto de fenómenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções,


sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou
insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. (Abrunhosa e Leitão, 2009).

Quando se fala em afectividade não quer dizer “passar a mão na cabeça”, nem dar respostas
prontas, a afectividade tem que ser usada para encorajar, descobrir, reinventar podendo assim
fazer com que a criança crie sua própria visão de mundo, e para que isso seja possível deve-se
impor limites.

2. Importância dos processos afectivos

A afectividade entre os seres humanos é de fundamental importância para elevar a auto-estima.


Com as crianças isto acontece com maior intensidade, podendo levá-las a construir seus
conhecimentos de uma forma prazerosa ou na sua falta a bloquear sua criatividade levando-as a
se considerarem seres incapazes de construir e aprender. (Abrunhosa e Leitão, 2009).

A afectividade pode levar as crianças a um aprendizado mais dinâmico e valorizado,


tornando-as seres capazes de construir novos conhecimentos e modificar os que já existem,
criando suas próprias hipóteses e gerando conflitos entre elas. Os conflitos quando
trabalhados afectivamente ajudam as crianças a formular novas hipóteses e assim
construírem seu mundo de conhecimento de uma forma participativa, sendo valorizadas
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como seres humanos e pensantes que são. Hoje há casos de repetência nas escolas devido ao
mau comportamento, a crises de violência, a depressão e muitas outras demonstrações
podem estar directamente ligadas à falta de afectividade na vida dessas pessoas. Isso acaba
criando em muitos casos uma revolta ou até mesmo um fechamento para as relações sociais.
“A falta de afectividade leva à rejeição aos livros, à carência de motivação para a
aprendizagem, à ausência de vontade de crescer.” (Rossini, 2001, p. 15). Para Vygotsky
(2003, p. 283):

A educação nunca se inicia em um terreno vazio, nunca começa a forjar reacções totalmente
novas, nunca realiza o primeiro impulso. Ao contrário, sempre partir de formas de
comportamento já dados e preparados e se refere às suas modificações, sempre tende a
modificar, porém nunca a criar algo totalmente novo.

Nesse sentido, a educação e a reeducação do que foi realizado. Por isso a primeira exigência
de qualquer educação é o conhecimento absolutamente preciso das formas de
comportamentos herdados, pois sobre ele se exigirá a esfera pessoal da experiência. E aqui
surge com força especial o conhecimento das diferenças individuais.

Um ponto muito importante na sala de aula é uma boa relação professor e aluno, se existir
essa relação pode ser benéfico tanto para o desenvolvimento da criança quanto para a
metodologia do professor. O professor não deve manter com o seu aluno uma relação de
imposição, mas sim de respeito para que seja possível o crescimento de ambos.

Para Piaget (apud cunha, 2000), o desenvolvimento cognitivo resulta da interacção entre a
criança e as pessoas com quem ela mantém contactos regulares, no caso da escola, os
professores e demais profissionais. Ele enfatiza as construções realizadas pelo sujeito, ou
seja, essas construções passam a ser possíveis através da interacção do aluno com o seu
meio, havendo assim a modificação do papel do professor, o qual passa a ser um facilitador,
enquanto o aluno assume a posse das ideias.

A dimensão afectiva que é de fundamental importância para Wallon, seja do ponto de vista da
construção da pessoa, como do ponto de vista do conhecimento, é portanto marcante para o
desenvolvimento da humanidade que se manifesta a partir do nascimento e estende-se pelo
primeiro ano de vida da criança. Wallon explica que uma criança sadia, quando já está se
relacionado afectivamente bem com o meio que a cerca, em particular com sua mãe, sente
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necessidade de ser objecto de manifestações afectivas para que, assim, seu desenvolvimento
biológico seja perfeitamente normal (Dantas,1992a:85).

Wallon então prova com sua teoria, que o bebé, se não fosse pela sua capacidade de mobilizar
poderosamente, no sentido do atendimento de suas necessidades, ele pereceria. Na é por acaso
que seu choro atua de forma tão intensa sobre a mãe. Esta função biológica então é que dá origem
a um dos traços característicos da expressão emocional.

È neste sentido que Wallon, considera a emoção fundamentalmente social, ela fornece o primeiro
e mais forte vínculo entre os indivíduos e supre a insuficiência da articulação cognitiva nos
primeiros momentos da vida do indivíduo.

Já no terceiro ano de vida, acontece uma reviravolta nas condutas da criança e nas suas relações
com o meio, o qual é de suma importância para a existência da criança e que Wallon acredita
haver desde o período fetal, prolongando-se para além do nascimento. É nesta fase que se iniciam
os conflitos interpessoais, onde a criança opõe-se a tudo o que julga diferente dela, que venha de
outro.

O conflito eu-outro não é exclusivo do estágio da formação do eu, que Wallon chama de
personalista, pois surgirá uma nova crise de oposição no período da adolescência, crise essa
necessária para a reconstrução da personalidade, sendo, na sua opinião, um importante recurso
para a diferenciação do eu.

Assim, vemos que para Wallon, afectividade, além de ser uma das dimensões da pessoa, é uma
das fases mais antigas do desenvolvimento humano, pois quando este, tão logo deixou de ser
puramente orgânico passou a ser afectivo e, da afectividade lentamente passou para a
racionalidade. A afectividade e a inteligência estão imbricadas, havendo um predomínio da
primeira e, mesmo havendo logo uma diferenciação entre as duas, haverá uma permanente
reciprocidade entre elas, pois, como afirma (Dantas, 1992,p.90).

3. As funções dos sentimentos e emoções

 Sentimento: trata-se do “estado afectivo em que em que predomina a experiência interior


e cognitivo” (Pestana & Páscoa, 1995, p. 197). Esse carácter subjectivo distingue-o da
emoção, mas faz com que certas correntes da psicologia, mais objectiva, não lhe façam
referência e incluam na emoção sociais, e é em função disto que a forma como são
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avaliados esses sentimentos depende do contexto social, pois algumas expressões faciais
podem constituírem insulto para uns e para outras a melhor forma de expressar o amor e
alegria.
 Emoção: Muitas vezes confundimos os sentimentos com emoção, ciúme, cólera; é
importante a distinção destes conceitos para não corrermos o risco de confundir amor com
indigestão. Esta é uma chamada de atenção para sabermos interpretar nossos estados
internos, por exemplo, se o aperto no coração é antecipação do perigo ou se trata de uma
forte saudade da pessoa amada.

Pestana & Páscoa (1995) definem emoção ao estado afectivo brusco e agudo desencadeado por
uma percepção (interna ou externa), ou representação (imaginária ou real), é caracterizado por
activação mais ou menos intensa dos processos neurovegetativos, são exemplos de emoções: o
medo, a cólera, surpresa, vergonha, etc.

A emoção desempenha um papel muito importante na vida humana, constitui os padrões de acção
que se organizam ao longo da evolução (filogénese) de forma a enfrentar determinadas situações.
É importante reconhecer o contexto das interacções sociais como catalisador dos sentimentos
humanos, o ódio, amor, alegria, tristeza, são sensações que se experimentam e desenvolvem-se
no contexto das interacções.

A principal diferença entre as emoções e o sentimento reside, sobretudo, na intensidade dos


estímulos que causam e no tempo que duram. A emoção é uma reacção brusca e intensa a
determinados estímulos e esta reacção não dura tanto, diferentemente do sentimento em que a
reacção tende a ser estável e muitas vezes desconhecemos o estímulo desencadeador.

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Conclusão

Quando se fala em afectividade não quer dizer “passar a mão na cabeça”, nem dar respostas
prontas, a afectividade tem que ser usada para encorajar, descobrir, reinventar podendo assim
fazer com que a criança crie sua própria visão de mundo, e para que isso seja possível deve-se
impor limites. Trata-se de um conjunto de fenómenos psíquicos que se manifestam sob a forma
de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de
satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. (Abrunhosa e Leitão,
2009). A afectividade é extremamente importante para o desenvolvimento da auto-estima do ser
humano no geral, bem como, pode levar as crianças a um aprendizado mais dinâmico e
valorizado, tornando-as seres capazes de construir novos conhecimentos e modificar os que já
existem, criando suas próprias hipóteses e gerando conflitos entre elas.

Os conflitos quando trabalhados afectivamente ajudam as crianças a formular novas hipóteses e


assim construírem seu mundo de conhecimento de uma forma participativa, sendo valorizadas
como seres humanos e pensantes que são. Hoje há casos de repetência nas escolas devido ao mau
comportamento, a crises de violência, a depressão e muitas outras demonstrações podem estar
directamente ligadas à falta de afectividade na vida dessas pessoas.

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Referências bibliográficas

ABRUNHOSA, Maria Antónia e LEITÃO, Miguel. (2009). Psicologia B. Lisboa: Edições Asa.

CARDOSO, Adelino, FROIS, António, FACHADA, Odete. (1993). Rumos da Psicologia.

Lisboa, Edições Rumo.

PESTANA, Emanuel, PÁSCOA, Ana. (1995). Dicionário Breve de Psicologia. Lisboa: Editora

Presença, 1995.

DANTAS, H. (1992). A infância da razão. A afectividade e a construção do sujeito na


psicogenética de Wallon. In: LA TAILLE et al Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas
em discussão. São Paulo.

PIAGET, J. (2000). A psicologia da criança. (Ed.11). – Rio de Janeiro: Ed. Bertrand Brasil S/A.

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