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20/06/2022 00:59 A Janela de Overton: entenda como você pode ser manipulado pela esquerda

A Janela de Overton: entenda como você pode ser


manipulado pela esquerda
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Quer entender a técnica que “progressistas”, esquerdistas e globalistas usam para


manipular você e conquistar adeptos para suas pautas subversivas?

Publico aqui um artigo da autoria de Ignacio Gómez Romero no qual o autor explica por
que um número cada vez maior de pessoas tem aderido a causas “progressistas” que
se apresentam como humanitárias.

A tentativa de aprovação do PL 3369/2015, que prevê a legalização do incesto e do


“poliamor” (e sua equiparação ao status de “família”), revela a estratégia da esquerda
para medir a aceitação desses temas pela população e avançar na normalização
dessas e outras condutas. 

As mudanças constantes e frequentes às quais estamos sujeitos atualmente ocorrem


numa velocidade tão rápida que, para a maioria de nós, são quase imperceptíveis, a
ponto de nos termos acostumado de maneira inconsciente a essas transformações

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permanentes e de termos perdido a capacidade de assombro.

Como afirma Peter Senge em seu livro A Quinta Disciplina, somos vítimas da parábola
da rã cozida, pois estamos presos em tantas mudanças, que terminamos nos perdendo
de vista. Senge pede que imaginemos o seguinte: estamos segurando com cuidado
uma rã e em seguida a depositamos em uma vasilha com água fervente e a soltamos.
A reação imediata dessa rã será sair da vasilha custe o que custar. Mas se, em vez
disso, a depositarmos com cuidado na vasilha com a água em temperatura ambiente,
ela não oferecerá resistência e começará a nadar. Em seguida, após acendermos o
fogareiro a temperatura da água subirá lenta e constantemente até que atinja o ponto
de ebulição. Como a rã foi se acostumando à temperatura da água, não resistirá e, sem
se dar conta, morrerá na água fervente.

O exemplo anterior ilustra como as mudanças constantes às quais estamos sujeitos


nesta nova época em que vivemos nos fizeram perder a noção do que é bom ou mau,
do que deve mudar ou permanecer. Hoje em dia está na moda a tolerância e a defesa
dos direitos humanos das minorias. Os valores da nossa sociedade também mudaram,
pois o que era considerado bom agora está fora de moda e o que antigamente era
considerado mau é hoje tido como adequado.

Nesta pós-moderna sociedade da tolerância em que vivemos, tal como na parábola da


rã cozida, não nos damos conta de que a nossa comunidade não tem ideais
permanentes e, como resultado, tampouco tem uma divisão clara entre o bem e o mal,
pois vivemos em um relativismo galopante, em uma sociedade permissiva na qual
impera a lei do menor esforço com o maior prazer possível e onde, além disso, o
consumo e a posse de bens é o que determina o êxito das pessoas.

Alguns estudiosos têm investigado as causas desta transformação que nossa


sociedade está sofrendo e das razões da mudança na forma de pensar e de conceber
as coisas, e deram a elas um nome. Trata-se de uma técnica que permite mudar a
atitude popular em relação a conceitos considerados totalmente inaceitáveis, a fim de
fazer com que se tornem aceitáveis e até agradáveis.

Essa técnica é conhecida como “Janela de Overton”, e recebeu esse nome em honra
ao seu criador Joseph P. Overton, ex-vice-presidente do Centro Mackinac de políticas
públicas. Ela consiste em uma sequência concreta de ações com o fim de alcançar uma
mudança radical em relação a determinados temas, e possui cinco etapas:

Primeira etapa: do impensável ao radical.


Segunda etapa: do radical ao aceitável.
Terceira etapa: do aceitável ao sensato.
Quarta etapa: do sensato ao popular.
Quinta etapa: do popular ao político.

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Evgueni Gorzhaltsán foi um dos primeiros a explicar esse tema e mostra como aqueles
que se defrontam com a Janela de Overton sofrem mudanças radicais em sua maneira
de pensar sobre determinados temas. Não se trata de uma lavagem cerebral, mas de
uma exposição à racionalidade e à tolerância de algo que, em princípio, é inaceitável,
mas depois de um determinado processo termina sendo totalmente aceito.

Gorzhaltsán escreveu um artigo no qual explica como funciona a Janela de Overton.


Ele dá um exemplo extravagante por meio do qual mostra como tornar aceitável a ideia
de legalizar o canibalismo, atividade que, por uma questão de princípio, é considerada
por todos repugnante e impensável, completamente alheia à moral pública.

Primeira etapa (do impensável ao radical): o canibalismo é uma prática rechaçada por
todos atualmente e sua legalização é inaceitável. Para mudar essa percepção, um
grupo de pessoas recorre ao pretexto da liberdade de ação e de expressão, dando
razões antropológicas e culturais e exemplos de como isso é normal em algumas
comunidades. Começam a reunir declarações “autorizadas” sobre o canibalismo,
garantindo, com isso, a transição de uma atitude negativa e intransigente a uma atitude
mais positiva ou mesmo neutra da sociedade em relação ao tema.

Simultaneamente, um grupo radical de supostos canibais exige os seus direitos em


razão das suas preferências e inclinações, embora o grupo só exista na internet (de
maneira virtual). Isso chama a atenção da imprensa, que divulga a sua existência por
ser uma novidade. Isso faz com que o tema deixe de ser impensável e passe a ser
discutível. Assim, o tabu começa a desaparecer.

Segunda etapa (do radical ao aceitável): procuram-se fundamentos científicos que


possam demonstrar que o canibalismo não representa nenhum risco e que, além disso,
“posso fazer com o meu corpo o que bem entender, pois é o meu direito”. A partir desse
momento, quem se opõe ao tema, ou faz críticas, é considerado alguém de mente
estreita, um fanático que não abre a sua mente para coisas novas.

Neste momento, deve-se condenar a intolerância. É também necessário criar um


eufemismo para descrever o próprio fenômeno, com o objetivo de dissociar a essência
da questão de sua denominação, de separar a palavra de seu significado. Assim o
canibalismo se converte em “antropofagia” e, posteriormente, em “antropofilia”. Ao
mesmo tempo, cria-se uma referência histórica, mitológica, contemporânea ou
simplesmente inventada, mas o mais importante é que seja legitimada, para que possa
ser utilizada como prova de que a antropofilia pode ser legalizada.

Terceira etapa (do aceitável ao sensato): aqui é importante promover ideias como “o
desejo de comer pessoas está geneticamente justificado”, “às vezes uma pessoa tem
de recorrer a isso, casa haja circunstâncias urgentes” ou “um homem livre tem o direito
de decidir o que come”. Especialistas e jornalistas passam a demonstrar que, durante a
história da humanidade, sempre houve ocasiões nas quais as pessoas praticaram o

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canibalismo e que isso era algo normal. Isso é dito para diminuir a pressão das pessoas
que não estão de acordo com o tema, as quais sempre serão tratadas como
intolerantes e irracionais.

Quarta etapa (do sensato ao popular): aqui os meios de comunicação, com a ajuda de
pessoas conhecidas e políticos que sempre querem ficar bem com todos, já falam
abertamente da antropofilia. O termo começa a aparecer em filmes, letras de canções
populares e vídeos. São contadas histórias verdadeiras ou inventadas de personagens
históricos que praticavam a antropofilia, procurando dar um toque humano e
sentimental a essa atividade.

Quinta etapa (do popular ao político): neste momento a pressão já é tanta nos meios de
comunicação e nas redes sociais, que começam a ser preparadas iniciativas de lei para
legalizar o fenômeno. Os grupos de pressão se consolidam no poder e publicam
pesquisas que supostamente confirmam uma elevada porcentagem de partidários da
legalização do canibalismo na sociedade. A partir desse ponto um novo dogma é
estabelecido na consciência pública: “A proibição de comer pessoas está proibida.”

Durante a última etapa do “movimento das janelas” de Overton, do popular ao político, a


sociedade já sofreu uma ruptura, pois as normas da existência humana foram alteradas
ou destruídas com adoção das novas leis.

Como podemos ver, a Janela de Overton tem um sem número de aplicações para
conseguir realizar a mudança de paradigmas em temas impensáveis, como a
legalização do aborto, que ignora os direitos de um bebê indefeso, a legalização da
maconha para fins “recreativos” ou o tema da família, que, sendo a base da sociedade,
agora pode ser rebaixada e comparada a um simples contrato de convivência, como
pretendem os promotores da agenda LGBT.

Com certeza todos os seres humanos têm direitos, mas o meu direito, assim como o
dos demais, termina onde inicia o direito do meu próximo, e não posso alegar que o
meu direito seja prioritário ou passe por cima do direito dos demais, muito menos do
direito de instituições tão fortes e representativas como a família.

Quando nos perguntamos por que o nosso mundo está virado de pernas para o ar, por
que os valores perderam a relevância, por que as virtudes se tornaram loucas, por que
ocorrem hoje coisas que antes eram impensáveis, a resposta é clara: de modo
inconsciente, fomos expostos à Janela de Overton e como consequência perdemos o
rumo. Seremos suficientemente inteligentes para reagir diante deste fato? Ou nos
deixaremos levar pela mudança e, ao fim e ao cabo, sermos fervidos como a rã da
parábola?

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