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ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL – JOINVILLE


GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO
EEB Carmem Seara Leite – MUNICÍPIO: Garuva SC

Código de Hamurabi
É chamado Código de Hamurabi uma compilação de 282 leis da antiga Babilônia (atual Iraque), composto por volta de
1772 a.C. Hamurabi é o sexto rei da Babilônia, responsável por decretar o código conhecido com seu nome, que
sobreviveu até os dias de hoje em cópias parcialmente preservadas, sendo uma na forma de uma grande estela (monolito)
de tamanho de um humano médio, além de vários tabletes menores de barro.

O Código de Hamurabi é visto como a mais fiel origem do Direito. É a legislação mais antiga de que se tem
conhecimento, e o seu trecho mais conhecido é a chamada lei de talião. Ele é pequeno, tendo em seu original três mil e
seiscentas linhas, sendo essas linhas ordenadas em duzentos e oitenta e dois artigos, sendo que de alguns deles não há
conhecimento completo de sua redação. O original do Código de Hamurabi foi escrito/gravado em um bloco, e parte
desses artigos foram apagados quando o bloco foi levado para Susa, confiscado depois de uma guerra. Com isso, alguns
artigos ficaram com a sua compreensão comprometida. Alguns dos artigos apagados são conhecidos pela existência de
cópias. O bloco original em que foi escrito o Código encontra-se atualmente no museu do Louvre, em Paris.

Na verdade, como o Código de Hamurabi é a única legislação daquele povo, ele não deveria receber tal nomenclatura,
tendo em vista que não apresenta-se da maneira de um código, noção que foi concebida após o Código Civil Napoleônico.
Vale lembrar que o este código é uma legislação que está composta por vários fragmentos, sendo alguns civis, outros
penais, alguns referentes ao direito do trabalho, etc. Importante lembrar que a sociedade que produziu o Código de
Hamurabi era uma sociedade estratificada. As disposições determinam qual comportamento é pertinente para cada classe.

A sociedade babilônica tinha por base a desigualdade. A primeira classe, e mais numerosa era a dos awilu, os cidadãos,
proprietários, camponeses, artesãos e comerciantes. Em posição intermediária estavam os mushkenu (palavra, através do
árabe, responsável pelo vocábulo português “mesquinho”); são os semi-livres, entre livres e escravos. Era formada por
antigos escravos, homens livres desclassificados (plebe), muitas vezes estrangeiros. Abaixo destes estava a classe dos
escravos, wardu, resultante, sobretudo, da guerra, mas também determinada pelo nascimento, em virtude de sua
hereditariedade. As disposições presentes no Código contemplam todas as classes, mas podemos observar que a
legislação é feita com total parcialidade em favor da classe superior, os “awilum”. A maior parte dos artigos dão a
entender que somente eles possuem direitos, pois frequentemente lemos a palavra awilum, e não qualquer expressão mais
genérica que demonstraria imparcialidade.

Divisão do Código de Hamurabi

Como era de se imaginar, o Código de Hamurabi não apresenta o mesmo formato das leis contemporâneas. A
conformação que prevalece nos dias atuais surgiu apenas com o Código Civil Napoleônico. As lacunas existentes no
código são evidentes para os especialistas. Exemplo disso é o fato de somente as classes profissionais especiais terem as
suas atuações regulamentadas. Porque somente algumas classes eram contempladas? Mesmo na Antiguidade já havia uma
diversidade considerável de profissões.
Lei de talião

A lei (ou pena) de talião é o ponto principal e fundamental para o Código de Hamurabi. A despeito do que muitos
pensam, talião não é um nome próprio. O termo vem do latim talionis, que significa “como tal”, “idêntico”. Daí temos a
pena que se baseia na justa reciprocidade do crime e da pena, frequentemente simbolizada pela expressão “olho por olho,
dente por dente”. Ela se faz presente na maior parte dos duzentos e oitenta e dois artigos do código. Muitos delitos
acabam tendo com sanção punitiva o talião, ou às vezes a pena de morte. Apesar de parecer chocante a condenação à pena
de morte, esta era uma condenação bastante usual, pelo menos na legislação.

Finalidade
Com uma melhor análise do conteúdo do código, fica claro que o objetivo (ao menos aparentemente) dessa legislação era
trazer a justiça, mesmo que a maioria dos seus duzentos e oitenta e dois artigos sejam taliônicos e não correspondam às
ideias mais modernas de justiça científica. Um bom ponto que talvez ilustre perfeitamente a finalidade da composição de
tal legislação é o prólogo, no qual está escrito o seguinte: “(...) por esse tempo Anu e Bel me chamaram, a mim Hamurabi,
o excelso príncipe, o adorador dos deuses, para implantar justiça na terra, para destruir os maus e o mal, para prevenir a
opressão do fraco pelo forte, para iluminar o mundo e propiciar o bem-estar do povo (...)”

Bons estudos – fique em casa – Cuide-se – Lave bem as mãos – use mascara em locais públicos – zele pela sua
saúde.

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