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O que é a
ginástica rítmica?
A ginástica rítmica é um dos ramos da ginástica que possui infinitos movimentos
corporais combinados aos elementos de ballet e de dança moderna, realizados
fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manuseamento dos
aparelhos próprios desta modalidade olímpica. Esses são: o arco, a bola, as fitas e as
massas. É um desporto exclusivamente femininos em nível de competição. Há ainda
uma prática masculina iniciada no Japão, mas os rapazes não podem participar em
competições. Pode ser iniciada em média aos 6 anos de idade e não existe idade máxima
para a prática desta modalidade. Existem provas individuais e provas de grupo. As
competições desta modalidade consistem em cada atleta ou grupo apresentar um
esquema, que na vertente individual deve ter 75 segundos e na vertente de grupo deve
ter 150 segundos.
A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos,
traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical, teatral e técnica que
transmite, acima de tudo, satisfação estética a quem assiste. Surgida através dos estudos
de Rousseau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos
anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde se
desenvolve como prática desportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos
conhecidos hoje.
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para
demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, num ambiente
de expressão corporal contextualizado inclusive pelos sentimentos transmitidos através
do corpo. Fisicamente, é função desta
modalidade desenvolver o corpo em sua
totalidade, por meio dos movimentos
naturais aperfeiçoados pelo ritmo e pelas
capacidades psicomotoras nos
âmbitos físico, artístico e expressivo. Por
essa reunião de característica, é chamada
de desporto-arte.
A história e evolução
Os primeiros estudos sobre a ginástica rítmica, assim
com as outras modalidades, foram esboçados
pelo pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que, enquanto
estudava sobre o papel da ginástica na educação física,
descreveu seu desenvolvimento técnico e prático na
educação infantil. No entanto, apenas no século
seguinte, o XIX, a modalidade realmente começou a se
formar. François Delsarte, foi o primeiro a lançar as suas
ideias a respeito da expressão de sentimentos pelos
movimentos corporais. Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de
exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos
movimentos do corpo, o que funcionou como uma espécie de continuidade do primeiro
trabalho. Desenvolveu ainda estudos dos quais obteve como resultado a relação
harmônica dos movimentos com o equilíbrio e os estados do sistema nervoso central,
chamados de sentimentos, o que gerou grande influência na formação das escolas de
dança e um gradativo desempenho na educação física, pois esta ganhava um novo olhar
e uma nova ramificação. Em seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode, melhorou os
movimentos, deixando-os mais naturais e integrais, também com o intuito de
demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do praticante. A
isso, somou a utilização de aparelhos com o objetivo de ornamentar a apresentação e as
características femininas, estabeleceu os princípios básicos da ginástica rítmica,
seguidos ainda hoje, e tornou-se com isso o pai da modalidade. Suas teorias
fundamentaram-se na contração e no relaxamento, as essências do movimento humano e
do ritmo corporal, além de explorar as direções e planos em todas as suas
possibilidades, que constituem a base da variação dos deslocamentos na ginástica
rítmica atual. Introduziu ainda a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em
grupos, que destaca a harmonia entre as participantes.
Com o trabalho continuado, Isadora Duncan adaptou o sistema à dança, sua
especialidade, retirou a ginástica rítmica de dentro da modalidade artística, para a qual
deixou a musicalidade, e levou-a até a União Soviética, onde iniciou o ensino desta
nova atividade como prática independente, incluídas as regras para competições. Lá, em
Movimentos
da ginástica rítmica
Os chamados elementos corporais são a base dos esquemas individuais e de grupo, que
podem ser realizados em várias direções, planos, com ou sem deslocamento, em apoio
sobre um ou dois pés e coordenados com movimentos de todo o corpo. Andar, correr,
saltar, saltitar, balançar, circundar, girar, equilibrar, ondular, lançar e recuperar são
elementos corporais obrigatórios e acompanhados por estímulo musical. Durante a
realização dos movimentos, a graça e a beleza deles também contam na avaliação das
árbitras, já que a harmonia com a música deve gerar interação, além de demonstrar
entrosamento nas apresentações de grupo. Entre os principais elementos corporais
realizados nesta modalidade estão:
O equilíbrio: na qual a atleta se posiciona sobre uma das
pernas e levanta a outra (a característica do equilíbrio na
ginástica rítmica é que quando a ginasta assume essa
posição o pé de apoio deve encontrar-se em meia-ponta,
contudo é possível executar alguns equilíbrios com o pé
no chão com um decréscimo de um décimo no valor do
equilíbrio).
A onda: com flexibilidade, a ginasta executa
movimentos ondulatórios transcorrendo por toda a
extensão do seu corpo, podendo ser feito na
vertical ou horizontal.
Doping e limite de
idade
Como nos outros ramos da ginástica, uma das
violações possíveis de ocorrer na rítmica é o doping.
Visando o controle e a manutenção da boa conduta, a FIG estabelece testes antidoping
antes, durante e após a realização dos eventos, podendo realizá-los até mesmo quando
as ginastas estão fora de competições. Contudo, como as suas filiadas, as Uniões devem
também efetuar o controle em seus respetivos continentes, como faz a União Europeia
de Ginástica, Com as medidas disciplinares, não são muitos os casos de doping nesta
modalidade. No entanto, entre os casos mais famosos de dopagem bioquímica da
ginástica rítmica, está o das ginastas Alina Kabaeva e Irina Tchachina. Em 2001, as
atletas perderam as medalhas conquistadas no Mundial de Madrid, pela comprovação
de doping nos Jogos da Boa Vontade de 2001. Ambas não puderam competir por um
ano, embora não tenham sido banidas do desporte. Outra ginasta reprovada em teste foi
a ucraniana medalhista olímpica, Anna Bessonova. Em 2002, recebeu dois meses de
punição sem poder competir, devido a presença de efedrina.
Entre as punições moderadas da Federação estão a retirada de medalhas, a
desclassificação e o afastamento temporário. Já a mais severa, causada por reincidência,
é o banimento do desporte.
Segundo as regras descritas no Regulamento Técnico da Federação Internacional, a
idade mínima para as participantes da ginástica rítmica é de dezasseis anos, sem
exceção de competição, como ocorreu com a artística feminina durante algum tempo. O
controle que evita a falsificação etária é feito através de um processo de creditação da
FIG antes das competições oficiais. A comissão organizadora do evento, junto a um
secretário da entidade verifica a idade das atletas, na mesma medida em que verifica
suas nacionalidades. Como punição, o Código de Disciplina aplica medidas moderadas,
como a retirada das medalhas, a desqualificação no evento e o afastamento temporário.
Nesta modalidade, não há relatos registrados de falsificações etárias em competições
oficiais, tanto regidas pela FIG quanto regidas pelo Comitê Olímpico Internacional.
Final por equipas: Nesta prova conta-se um total de doze exercícios, três
para cada aparelho, a serem realizados pelas ginastas participantes. O seu
somatório define as dez primeiras colocadas, que passaram pela fase de
classificação, entre elas, as medalhadas.
Principais competições
Existe uma vasta quantidade de campeonatos de ginástica rítmica, seja no âmbito
mundial, seja no âmbito nacional. Abaixo pode-se ver uma lista das principais
competições da modalidade. Os campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo
são:
Achei que fazer este trabalho foi bastante interessante e fiquei a saber muitas mais
coisas.