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Ginástica rítmica

Trabalho realizado por: Maria da Glória Almeida


Nº 13 T 7ªD
Professora: Sofia Correia
Disciplina: Educação física
Ano letivo 2021/22
Escola EB 2,3 Dr. José Neves Júnior
Agrupamento de escolas Pinheiro e Rosa
Introdução
O tema deste trabalho é “A Ginástica Rítmica”. Foi solicitado pela professora Sofia
Correia da disciplina de Educação Física.
O meu grupo de trabalho é: Maria da Glória Almeida, Maria Resende, Ana Leonor
Guerreiro, Tiago Almeida, Santigo Carmo e Tomás Romão.
Eu escolhi este trabalho, pois acho importante falar da ginástica rítmica em geral e não
só de um só objeto técnico.
Com este trabalho pretendo ficar a saber as seguintes coisas:
 O que é a ginástica rítmica
 A história e a evolução da ginástica rítmica
 Características e preparação da ginástica rítmica
 Movimentos da ginástica rítmica
 Aparelhos da ginástica rítmica
 Doping e limite de idade
 O formato do regulamento geral
 Principais competições
 Principais equipas e nações

O que é a
ginástica rítmica?
A ginástica rítmica é um dos ramos da ginástica que possui infinitos movimentos
corporais combinados aos elementos de ballet e de dança moderna, realizados
fluentemente em harmonia com a música e coordenados com o manuseamento dos
aparelhos próprios desta modalidade olímpica. Esses são: o arco, a bola, as fitas e as
massas. É um desporto exclusivamente femininos em nível de competição. Há ainda
uma prática masculina iniciada no Japão, mas os rapazes não podem participar em
competições. Pode ser iniciada em média aos 6 anos de idade e não existe idade máxima
para a prática desta modalidade. Existem provas individuais e provas de grupo. As
competições desta modalidade consistem em cada atleta ou grupo apresentar um
esquema, que na vertente individual deve ter 75 segundos e na vertente de grupo deve
ter 150 segundos.
A ginástica rítmica desenvolve harmonia, graça e beleza em movimentos criativos,
traduzidos em expressões pessoais através da combinação musical, teatral e técnica que
transmite, acima de tudo, satisfação estética a quem assiste. Surgida através dos estudos
de Rousseau, assim como as demais modalidades, transformou-se durante o passar dos
anos, sempre ligada à dança e à musicalidade, até chegar à União Soviética, onde se
desenvolve como prática desportiva, e à Alemanha, onde ganhou os aparelhos
conhecidos hoje.
A ginasta precisa ter graça, leveza, beleza e técnicas precisas em seus movimentos para
demonstrar harmonia e entrosamento com a música e suas companheiras, num ambiente
de expressão corporal contextualizado inclusive pelos sentimentos transmitidos através
do corpo. Fisicamente, é função desta
modalidade desenvolver o corpo em sua
totalidade, por meio dos movimentos
naturais aperfeiçoados pelo ritmo e pelas
capacidades psicomotoras nos
âmbitos físico, artístico e expressivo. Por
essa reunião de característica, é chamada
de desporto-arte.

A história e evolução
Os primeiros estudos sobre a ginástica rítmica, assim
com as outras modalidades, foram esboçados
pelo pedagogo Jean-Jacques Rousseau, que, enquanto
estudava sobre o papel da ginástica na educação física,
descreveu seu desenvolvimento técnico e prático na
educação infantil. No entanto, apenas no século
seguinte, o XIX, a modalidade realmente começou a se
formar. François Delsarte, foi o primeiro a lançar as suas
ideias a respeito da expressão de sentimentos pelos
movimentos corporais. Mais tarde, Émile Jaques-Dalcroze iniciou a prática de
exercícios rítmicos como meio de desenvolvimento da sensibilidade musical através dos
movimentos do corpo, o que funcionou como uma espécie de continuidade do primeiro
trabalho. Desenvolveu ainda estudos dos quais obteve como resultado a relação
harmônica dos movimentos com o equilíbrio e os estados do sistema nervoso central,
chamados de sentimentos, o que gerou grande influência na formação das escolas de
dança e um gradativo desempenho na educação física, pois esta ganhava um novo olhar
e uma nova ramificação. Em seguida, um aluno de Dalcroze, Rudolf Bode, melhorou os
movimentos, deixando-os mais naturais e integrais, também com o intuito de
demonstrar, por intermédio dos movimentos, os estados emocionais do praticante. A
isso, somou a utilização de aparelhos com o objetivo de ornamentar a apresentação e as
características femininas, estabeleceu os princípios básicos da ginástica rítmica,
seguidos ainda hoje, e tornou-se com isso o pai da modalidade. Suas teorias
fundamentaram-se na contração e no relaxamento, as essências do movimento humano e
do ritmo corporal, além de explorar as direções e planos em todas as suas
possibilidades, que constituem a base da variação dos deslocamentos na ginástica
rítmica atual. Introduziu ainda a expressão, marca desta ginástica, e o trabalho em
grupos, que destaca a harmonia entre as participantes.
Com o trabalho continuado, Isadora Duncan adaptou o sistema à dança, sua
especialidade, retirou a ginástica rítmica de dentro da modalidade artística, para a qual
deixou a musicalidade, e levou-a até a União Soviética, onde iniciou o ensino desta
nova atividade como prática independente, incluídas as regras para competições. Lá, em

1942, foi realizado o primeiro evento competitivo: O Campeonato Nacional Soviético.


Em paralelo ao trabalho de Duncan, na Alemanha, Heinrich Medau estudou os
exercícios rítmicos daquela época e iniciou a elaboração e a introdução de aparelhos
como a bola, as massas e o arco, considerado o primeiro passo para a utilização dos
aparelhos nos exercícios femininos como se vê nas competições regidas pela FIG. Em
1961, foi apresentada à Federação Internacional de Ginástica. Dois anos depois, houve a
realização do primeiro campeonato mundial, na cidade de Budapeste, com a
participação de dez nações, na qual a soviética Ludmila Savinkova sagrou-se como a
primeira campeã.
Em 1975, através de decisão tomada em Assembleia Técnica do 53º Congresso da FIG,
passou a ser chamada oficialmente de ginástica rítmica desportiva, regida então pela
entidade. Em 1980, foi reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional, integrando
então os Jogos de Moscovo como modalidade de apresentação. Nesse mesmo ano,
passou a ser chamada apenas de ginástica rítmica. Nos Jogos Olímpicos seguinte,
em 1984, em Los Angeles, passou a ser modalidade competitiva com eventos
individuais. A partir dos Jogos de Atlanta, em 1996, passou a ser disputada em provas
de grupo.
Características e preparação
O porte físico de uma atleta da ginástica rítmica é mais magro que de uma atleta ginasta
artística, geralmente muito baixas e fortes. Como não necessitam apenas de força para
passarem fazerem os seus esquemas, as rítmicas apresentam-se com uma estrutura física
mais magra e menos definida. Em comum, as ginastas possuem uma maturidade
óssea tardia, em geral aos dezoito anos, o que demonstra uma compensação do atraso
ocorrido entre os treze e os quinze anos, fase esta em que as atletas se preparam para
entrar em grandes competições bem no auge de suas formas físicas e de equilíbrio.
Caracterizada por alto grau de exigência
coordenativa das atletas, esta modalidade tem
na simetria e na bilateralidade, princípios
fundamentais para uma boa execução, além de
uma elegância e beleza destacáveis. Por se tratar
de uma prática de alta dificuldade técnica, cujo
alto nível é atingido durante a adolescência, é
necessário que se inicie os treinamentos o mais
cedo que se puder, como acontece no caso de sua
antecessora, a ginástica artística. Como treino, o ideal é que a modalidade seja praticada
a partir dos seis anos, pois as meninas possuem um potencial de desenvolvimento capaz
de ser suste ntado no estágio amadurecido da maior parte das habilidades motoras
fundamentais, isto é, entre os quinze e vinte anos de idade. A introdução de aparelhos
deve ser feita de forma gradual para que a criança se adapte às características de cada
um deles. Nesta prática deve-se desenvolver ainda as seguintes habilidades: força,
energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência, para que atinja grau técnico
rítmico, isto é, para que seja capaz de mostrar vigor, graça e harmonia dos movimentos
em apresentação.
De um modo geral, a ginástica rítmica possui três características a serem trabalhadas
pelas praticantes: os movimentos corporais, o manuseio de aparelhos e o
acompanhamento musical. Esses três elementos juntos, formam a unidade que
fundamenta esta modalidade. Na prática, o seu treino baseia-se no comando direto, que
visa a repetição das tarefas, e no ensino-aprendizagem, através do qual a ginasta
conheceria e identificaria a lógica de seu movimento. Como preparação, a ginasta tem
os exercícios físicos iniciados na infância, para favorecer seu crescimento e também a
sua interação social, bem como aprimorar a sua coordenação motora, além do prazer e
do estímulo vindos da prática. Tal preparação é feita visando o futuro, no qual a atleta
terá a sua aptidão física melhorada e usufruirá de experiências surgidas através do
convívio em equipa, bem como uma estruturação psicológica maior, ao ter de se deparar
com situações opositoras, como a vitória e a derrota. Ao contrário do que pode pensar,
o treino físico só se torna prejudicial quando mal é acompanhado e aliado a uma má
alimentação.
Outro ponto a se destacar durante a preparação das ginastas é a alimentação. Na sua fase
de desenvolvimento desportivo, uma boa educação alimentar é fundamental para a
manutenção do desempenho tanto físico quanto intelectual. Por isso, é preciso um
estudo com cada praticante para que se obtenha uma ingestão calórica precisa, de
acordo com a necessidade diária de cada uma delas. Como a estética também é ponto
fundamental de análise durante uma apresentação, ocorrem ainda as restrições
alimentares, também acompanhadas por especialistas, para que a atleta não prejudique
sua saúde.
Em suma, para qu e se tenha uma praticante ideal da ginástica rítmica, é preciso uma
interação entre atleta, técnico e familiares, para que se criem hábitos adequados, tanto
alimentares e sociais quanto de
segurança, para a manutenção
do bem estar físico e
psicológico, que gerarão efeitos
positivos sobre o desempenho
intelectual e desportivo das
atletas.

Movimentos
da ginástica rítmica
Os chamados elementos corporais são a base dos esquemas individuais e de grupo, que
podem ser realizados em várias direções, planos, com ou sem deslocamento, em apoio
sobre um ou dois pés e coordenados com movimentos de todo o corpo. Andar, correr,
saltar, saltitar, balançar, circundar, girar, equilibrar, ondular, lançar e recuperar são
elementos corporais obrigatórios e acompanhados por estímulo musical. Durante a
realização dos movimentos, a graça e a beleza deles também contam na avaliação das
árbitras, já que a harmonia com a música deve gerar interação, além de demonstrar
entrosamento nas apresentações de grupo. Entre os principais elementos corporais
realizados nesta modalidade estão:
 O equilíbrio: na qual a atleta se posiciona sobre uma das
pernas e levanta a outra (a característica do equilíbrio na
ginástica rítmica é que quando a ginasta assume essa
posição o pé de apoio deve encontrar-se em meia-ponta,
contudo é possível executar alguns equilíbrios com o pé
no chão com um decréscimo de um décimo no valor do
equilíbrio).
 A onda:  com flexibilidade, a ginasta executa
movimentos ondulatórios transcorrendo por toda a
extensão do seu corpo, podendo ser feito na
vertical ou horizontal.

 O moinho: no qual a atleta consegue, com a ajuda de


aparelhos como as massas e as cordas, formar um círculo à
sua volta com os movimentos dos braços.

 O pivot: trata-se de uma rotação de 360º sobre um pé ou outras partes


do corpo.
 O véu: são os movimentos de rotação de uma corda em torno
do corpo da atleta.

Aparelhos da ginástica rítmica


Registada pela FIG como modalidade exclusivamente, como já referi antes a ginástica
rítmica é uma modalidade que se concentra em solos.  O praticável, localizado sempre
dentro de um ginásio coberto, é a área de competição que deve ter as dimensões de 14 x
14 m, composto por um material elástico, que amortece possíveis quedas e ajuda ao
impulso dos saltos, geralmente em uma cor clara como o bege bordeado por uma outra,
de tonalidade mais acentuada, como o vermelho ou azul, no qual as ginastas devem
realizar os seus esquemas. Em particular, a penalidade para a atleta que termina sua
apresentação fora do praticável ou sair dele durante o esquema é de 0,500 ponto. A
mesma vale para a ginasta que praticar aquecimento dentro da área de competição.
Os equipamentos desta ginástica são os chamados aparelhos, extensores do corpo da
praticante. Neste caso equipamento não é dividido do aparelho, como ocorre
na modalidade artística, que coloca braçadeiras e munhequeiras em outro grupo de
utilidade, que não no mesmo da trave de equilíbrio e das argolas, por exemplo. Todavia,
o uniforme feminino das atletas rítmicas é composto por um collant de lycra sem
mangas ou de mangas longas, podendo ou não ser usado um pequeno saiote por cima
e sapatilhas nos pés. Além disso, as atletas podem usar luvas e o pó de magnésio, e
devem ter os cabelos curtos ou usá-los presos, também para não prejudicar a
movimentação.
São cinco os aparelhos usados pelas ginastas nesta modalidade:
 Corda- Pode ser feita de cânhamo ou qualquer material sintético,
desde que permaneça leve e flexível. O seu tamanho é proporcional
à altura da ginasta. Esse aparelho possui também nós nas suas
extremidades. As extremidades da corda podem ser recobertas com
material antiderrapante em cor neutra. Os elementos podem ser realizados com a
corda aberta ou dobrada, presa em uma ou nas duas mãos, em direções
diferentes, sobre diferentes planos, com ou sem deslocamento, com apoio sobre
um ou os dois pés ou sobre uma outra parte do corpo. As ginastas lançam e
recuperam a corda executando saltos, giros, ondulações e equilíbrio.
 Arco- O arco é feito de madeira ou plástico, sendo importante que o
material não deforme ou seja muito pesado. Possui entre 80 e 90 cm
de diâmetro interno e pesa pelo menos de 300 g. Deve ser rijo, mas
sem se dobrar. Este aparato define um espaço, que deve ser usado
plenamente pela ginasta, movendo-se de acordo com o círculo formado. São
requeridas frequentes trocas de mãos e uma boa coordenação de movimentos. O
formato do arco ou aro, como também é chamado, favorece rolamentos,
passagens, rotações, saltos e pontes.
 Bola- Feita de plástico ou de borracha, deve ter um diâmetro entre
18 e 20 cm e pesar pelo menos 400 g. É o único aparelho que não é
permitido permanecer em contínuo contato com a atleta, a bola
deve estar em constante movimento pelo corpo ou em equilíbrio.
Jogada e recuperada com controle e precisão, é um elemento dinâmico que
valoriza a série da ginasta. Os elementos corporais devem ser executados sobre o
apoio de um ou dois pés ou qualquer outra parte do corpo e devem ter forma
fixa, ampla e bem definida.
 Massas- São feitas de madeira ou plástico e devem ter entre 40 e
50 cm de comprimento e pesar pelo menos 150 g cada. A parte
mais grossa é chamada de corpo, a parte mais afilada, de pescoço e
a parte formada por uma esfera de 3 cm de diâmetro é a cabeça.
Delicadeza das mãos é fundamental para se trabalhar bem com esse aparelho. A
ginasta usa as massas para executar rolamentos, círculos, curvas e formar o
número máximo possível de figuras assimétricas, combinando-as com várias
figuras formadas apenas pelo corpo. Exercícios com as massas requerem alto
grau de ritmo, coordenação e precisão para boas recuperações.
 Fita- É considerado o aparelho mais plástico da ginástica rítmica e
composto por duas partes: o estilete, uma vareta que segura a fita e
que pode ser feito de madeira, bambu, plástico ou fibra de vidro e
deve medir 0.5 cm de diâmetro e entre 50 e 60 cm de comprimento.
A sua forma pode ser cilíndrica, cônica ou uma combinação das duas formas; a
fita é de cetim ou outro material semelhante, desde que não engomado. O seu
peso não deve ultrapassar 35 g e deve ter no máximo 4 e 6 cm de largura e 6
metros de comprimento para ginastas de nível adulto. Longa, pode ser lançada
em qualquer direção para criar desenhos no espaço, formando imagens e
formatos de todo o tipo. Serpentinas, espirais e arremessos exigem da ginasta
coordenação, leveza, agilidade e plasticidade.

Doping e limite de
idade
Como nos outros ramos da ginástica, uma das
violações possíveis de ocorrer na rítmica é o doping.
Visando o controle e a manutenção da boa conduta, a FIG estabelece testes antidoping
antes, durante e após a realização dos eventos, podendo realizá-los até mesmo quando
as ginastas estão fora de competições. Contudo, como as suas filiadas, as Uniões devem
também efetuar o controle em seus respetivos continentes, como faz a União Europeia
de Ginástica, Com as medidas disciplinares, não são muitos os casos de doping nesta
modalidade. No entanto, entre os casos mais famosos de dopagem bioquímica da
ginástica rítmica, está o das ginastas Alina Kabaeva e Irina Tchachina. Em 2001, as
atletas perderam as medalhas conquistadas no Mundial de Madrid, pela comprovação
de doping nos Jogos da Boa Vontade de 2001. Ambas não puderam competir por um
ano, embora não tenham sido banidas do desporte. Outra ginasta reprovada em teste foi
a ucraniana medalhista olímpica, Anna Bessonova. Em 2002, recebeu dois meses de
punição sem poder competir, devido a presença de efedrina.
Entre as punições moderadas da Federação estão a retirada de medalhas, a
desclassificação e o afastamento temporário. Já a mais severa, causada por reincidência,
é o banimento do desporte.
Segundo as regras descritas no Regulamento Técnico da Federação Internacional, a
idade mínima para as participantes da ginástica rítmica é de dezasseis anos, sem
exceção de competição, como ocorreu com a artística feminina durante algum tempo. O
controle que evita a falsificação etária é feito através de um processo de creditação da
FIG antes das competições oficiais. A comissão organizadora do evento, junto a um
secretário da entidade verifica a idade das atletas, na mesma medida em que verifica
suas nacionalidades. Como punição, o Código de Disciplina aplica medidas moderadas,
como a retirada das medalhas, a desqualificação no evento e o afastamento temporário.
Nesta modalidade, não há relatos registrados de falsificações etárias em competições
oficiais, tanto regidas pela FIG quanto regidas pelo Comitê Olímpico Internacional.

O formato do regulamento geral


Esta modalidade possui duas categorias diferentes de competição: a individual e a por
grupos, composta por cinco ginastas. Na rítmica, as atletas competem com cinco
aparelhos. Contudo, em um espaço de dois em dois anos, um é deixado de fora, o que
gera uma rotação olímpica marcada sempre pela ausência de um aparelho diferente. Na
competição individual as atletas apresentam quatro esquemas diferentes, uma para cada
aparelho. Já na de grupos são duas as apresentações: na primeira, as cinco ginastas
utilizam cinco aparelhos idênticos, enquanto na segunda, apresentam-se com dois
distintos, na disposição de dois mais três. Estas apresentações variam em tempo.
Enquanto as individuais duram 75 segundos, as por grupos duram 150. Pelas regras da
Federação, as competições individuais dividem-se em três etapas, mais as disputas por
equipas:
 Competição I – Qualificatória: Esta etapa qualifica para a chamada
Competição II, a do individual geral, que conta com as três melhores
apresentações em cada aparelho para a final geral, e com as oito melhores
em cada aparelho para a final de cada aparato, chamada de Competição III.
É ainda nessa fase que se define a final por equipas, formada pelas oito mais
bem colocadas.

 Final por equipas: Nesta prova conta-se um total de doze exercícios, três
para cada aparelho, a serem realizados pelas ginastas participantes. O seu
somatório define as dez primeiras colocadas, que passaram pela fase de
classificação, entre elas, as medalhadas.

 Competição II - Individual geral: Aqui definem-se as vencedoras e


o ranking final da disputa individual geral. Como na competição I, as
ginastas apresentam-se nos aparelhos e o total é utilizado para a nota final,
que definirá as posições das 24 ginastas qualificadas na C I.

 Competição III - Final por aparelhos: Nesta etapa as ginastas classificadas


para cada um dos quatro aparelhos, posicionadas de uma a oitava, repetem
suas apresentações para definirem as colocações e as vencedoras de cada
aparato.

Principais competições
Existe uma vasta quantidade de campeonatos de ginástica rítmica, seja no âmbito
mundial, seja no âmbito nacional. Abaixo pode-se ver uma lista das principais
competições da modalidade. Os campeonatos que reúnem os ginastas de todo o mundo
são:

 Jogos Olímpicos: de quatro em quatro anos, reúne as ginastas classificadas


para os eventos. Aquela nação que não conseguir qualificar uma equipa, está
apta a enviar até três competidoras para representá-la.
 Campeonato Mundial: realizado anualmente desde o ano de 1963, exceto
em anos olímpicos desde 2000. Como os Jogos Olímpicos, é também uma
competição global.
 Copa do Mundo: torneio realizado por temporada. É dividido em etapas
que acontecem durante o ano. A sua final reúne as ginastas classificadas
durante as etapas anteriores.
 Jogos Mundiais: realizado de quatro em quatro anos, reúne as modalidades
não olímpicas, mas reconhecidas pelo COI. Apesar de ser uma modalidade
disputada nos jogos Olímpicos a ginástica rítmica foi incluída no programa
em 2001 e neles reúnem-se as ginastas de todo o mundo.
Existem ainda as competições regionais, conhecidas pela competitividade entre as
atletas participantes e nas quais se conhecem as favoritas continentais:
 Jogos Asiáticos: realizado a cada quatro anos. Reúne todas as nações do
continente asiático.
 Campeonato Europeu: competição realizada de dois em dois anos entre
1978 e 1998. Em diante, passou a ser uma disputa anual.
 Jogos Pan-Americanos: realizado de quatro em quatro anos. É onde
reúnem-se as ginastas dos três continentes americanos (Sul, Central e Norte).
 Jogos sul-americanos: competição realizada a cada quatro anos. É onde
reúnem-se as ginastas do continente sul-americano.

Principais equipas e nações


União Soviética/Rússia/Ucrânia/Bielorrússia.
Desenvolvida na União Soviética, foi surgida de lá a seleção que mais se destacou na
modalidade. Apesar de ter apenas participado de duas edições olímpicas, a URSS
conquistou quatro medalhas na única prova disputada até então, a do concurso geral.
Em mundiais, conquistou ainda sete medalhas de ouro, nove de prata e cinco de bronze.
Com o fim do bloco, destacaram-se no novo cenário as seleções antes chamadas de
soviéticas. A Rússia, de todas, é a mais expressiva desta prática ginástica, já tendo
conquistado, em sete edições olímpicas desde 1984, seis títulos, dos quais três
consecutivos no geral individual e o tricampeonato coletivo. Entre os maiores destaques
de seus tempos estão Alina Kabaeva, detentora de duas medalhas olímpicas, dezassete
mundiais e 21 europeias, e Evgenia Kanaeva, detentora de dezassete medalhas, todas de
ouro, entre olímpicas, mundiais e europeias.
Pela Ucrânia, competiu Anna Bessonova, que conquistou 24 medalhas continentais, 27
mundiais e duas olímpicas. Apesar de superior em número a russa Kabaeva, o seu
número de vitórias é bem menor, mesmo com as seis retiradas medalhas de Alina.
Além, a nação conquistou ainda duas medalhas no concurso geral, embora nunca tenha
subido ao pódio na prova coletiva olímpica. A Bielorrússia, não tão vitoriosa em
campeonatos, também possui importantes medalhas, como as quatro conquistas
olímpicas e as quatro mundiais do all around.
Nações europeias
Apesar de nunca conquistar uma vitória olímpica, a Bulgária destacou-se em
competições como nação também medalhada em Jogos Olímpicos por três ocasiões.
Além disso, possui duas tricampeãs mundiais, Maria Petrova e Maria Gigova, em dez
títulos do individual geral, e destaca-se ainda como a melhor entre as europeias por ter
sido a única nação não soviética a conquistar títulos continentais na prova do geral
individual. A Espanha, outro destacado país, detém um título olímpico por grupos, além
de uma prata individual e seis títulos mundiais. Já a Itália, outra nação de destaque,
apesar de não possuir vitórias olímpicas, conquistou uma medalha na disputa por
grupos, em 2004, a frente da Bulgária. A Alemanha, também medalhista olímpica,
destacou-se com suas medalhas mundiais, na época em que competia contra a União
Soviética, e com sua campeã Carmen Rischer. De todas as nações medalhistas olímpicas
da história, até a edição de Pequim em 2008, apenas Canadá e China estão fora do
continente europeu, cada um com uma medalha: ouro do individual geral para a nação
da América do Norte e prata para a asiática.

Nações emergentes e lusófonas


Entre as nações emergentes do cenário da ginástica rítmica, pode-se citar as não
europeias. No continente americano destacam-se o Brasil, Canadá, Cuba e Estados
Unidos, sempre medalhados em Jogos Pan-Americanos, enquanto Japão e China
apresentam-se como maiores medalhados do continente asiático. O Canadá possui ainda
a particularidade de ter sido a primeira nação dos Jogos Olímpicos em 1984, quando
conquistou o ouro do concurso geral através da atleta Lori Fung. Entre nomes a serem
citados estão o de Aliya Yussupova, campeã asiática e medalhada mundial pelo
Cazaquistão; Aliya Garayeva, medalhada europeia pelo Azerbaijão; e Lisa Wang,
campeã pan-americana pelos Estados Unidos.
Entre as nações lusófonas, destaca-se o Brasil, vencedor das provas por grupos em 1999
e 2007 dos Jogos Pan-Americanos. Nos Jogos Olímpicos, as atletas brasileiras
estiveram presentes em Pequim, quando encerraram a competição na última colocação
por equipas, entre as doze participantes. Na história dos Jogos Olímpicos, o Brasil
participou até aos Jogos Olímpicos da China, das edições de 1984, 1996, 2000 e 2008,
tendo como melhor colocação o oitavo lugar geral na prova por grupos. Em Portugal,
apesar de não expressivo internacionalmente, há inúmeros campeonatos nacionais que
incentivam a prática da modalidade, como o Nacional da Primeira
Divisão. No continente africano, destaca-se Moçambique, que em um trabalho de cinco
anos, ainda que em condições precárias de suas instalações, surpreendeu técnicos
alemães pela potencialidade das ginastas. Em Angola há também um programa para
inserir ginastas nas competições, no qual a ginástica rítmica está incluída. Em
contrapartida, Cabo Verde vem perdendo espaço no continente e no cenário mundial:
apesar de já ter participado de torneios internacionais e dois jogos olímpicos, e de ter
conquistado medalhas em campeonatos da África, decaiu de produção devido ao
abandono dos órgãos esportivos do país.
Conclusão
Eu gostei muito de realizar este trabalho, pois fiquei a saber um pouco mais sobre a
ginástica rítmica e as suas regras, assim como os aparelhos e as nações mais bem
classificadas.

Achei que fazer este trabalho foi bastante interessante e fiquei a saber muitas mais
coisas.

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