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Abstract
The following work, developed during the discipline of Final Work of Graduation 1, aims
to gather relevant information for the development of the architectural project of the
Gastronomic Educational Center. It contains historical information about a proposed
activity, economic characteristics and world problems. Information related to the
chosen terrain and its links with the city are also included, as well as the proposed
schematic volume, together with the program of needs and organizational schemes,
followed by summaries with legislation relevant to the project. The grouping of this
information seeks to reflect on the elaboration of the concept, how to guide and
justify the decisions made during the discipline of Final Graduation Work 2.
Esta produção tem como finalidade o comercio dos produtos de forma natural e
industrializada, destinado ao abastecimento interno e a comercialização em nível de
estado, nação e exportação, principalmente da industrialização. Estas atividades
estão concentradas em sua grande parte na cidade-mãe da microrregião, onde as
principais empresas geradoras de impostos para o município de Lajeado, estão
relacionadas com a indústria de alimentos.
É proposta a busca de parcerias com instituições que possam utilizar a estrutura para
aperfeiçoar suas práticas. A Emater mante uma política pública a nível federal com
objetivos de apoiar os agricultores no processo de agro industrialização e
comercialização de seus produtos, de modo a agregar valor, gerar renda e novas
oportunidades no meio rural em busca de uma melhora na qualidade de vida na
população responsável pelo setor primário da economia nacional. Entre as atividades
praticadas estão o ensino de novas maneiras de utilizar os produtos para
comercialização e esperasse que estes recursos incentivem a diversificações da
produção, acarretando em melhoras financeiras, criando opções durante os anos
com depreciação da produção principal em decorrência do clima e economia,
criando atrativos para evitar o êxodo rural.
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Outra instituição com grande potencial de parceria é o Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial (SENAC), que conta com uma ampla rede de instalações
que fornecem curso preparatórios para atender o comercio nas cidades. Atualmente
a cidade de Lajeado conta com uma estrutura desta instituição localizada na parte
central, mas não conta com os serviços propostos neste projeto e a localização desta
estrutura existente não permite ampliações racionais para implantar a estrutura
necessária para este objetivo. A instituição também vem investindo em novas sedes
pelo país com valorização da arquitetura nas composições volumétricas, materiais e
conforto ambiental.
Estes usos buscam gerar lucro aos investidores por meio da instituição de ensino e
uso dos restaurantes pela população e da eventual utilização do espaço para
realização de eventos. Além de fortalecer a economia da cidade com novas
atividades destinadas a alimentação.
as relações entre o homem e o alimento podem ter diversos focos, tais como saúde,
prazer, comportamento, hábitos culturais, entre outros. Sendo assim, estudar estas
relações nos ajuda a encontrar, cada vez mais, caminhos que gerem mais prazer, sem
esquecer-se da saúde (QUEIROZ, 2011, p. 168).
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Desta forma, a alimentação passa a adquirir novos estudos, direcionando o olhar para
a refeição como ato cultural, dando origem a Gastronomia, observando os modos
como este ritual era realizado até mesmo na Grécia antiga, onde eram precedidos
de músicas, acrobacias, jogos e danças, buscado uma relação com as demais antes.
Seu estudo criou importantes centros na Europa, onde a partir da revolução Francesa,
se deu início ao surgimento e crescimento de restaurantes de diversas modalidade
gastronômicas, assim como a consolidação de importantes chefes. Atualmente, a
globalização permite o compartilhamento de produtos alimentícios além de nossa
regionalização, motivo pelo qual o fast food adquire rápida importância mundial
ditada pelo American Way of Life.
Contrário a este movimento, surge o Slow food, com objetivo de retomar a essência
do convívio a mesa, preservando tradições, receitas e ingredientes que foram
perdidos com a globalização. Este envolve a simbologia da alimentação,
estabelecendo um ritual com música e bebidas condizentes a sua cultura,
estabelecendo uma relação com a arte, afinal
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Os resultados econômicos resultantes desta profissão vêm em crescente ascensão.
Segundo dados apresentados pela revista Exame em 2011, o mercado de alimentação
faturou 79% a mais se comparado com 2005. Este fato pode estar relacionado com o
aumento de integrantes das classes A e B, com maiores poderes aquisitivos de
consumo. Outro índice que obteve crescimento nos últimos anos é porcentagem de
valor gastos em alimentação fora de casa. Segundo dados divulgados pelo IBGE,
entre os anos de 2017 e 2018, os brasileiros gastaram 32,8% de sua renda destinada a
alimentação em refeições feitas em locais públicos.
Este amplo e rápido crescimento populacional alerta para os estudos realizados pelo
economista britânico Thomas Malthus, que publicou em seu livro “Ensaio sobre o
Princípio da População” no ano de 1798, estudos relacionando o crescimento
populacional mundial com a oferta de alimentos e recursos naturais. A problemática
da alimentação ainda não ocorreu graças a revolução industrial que permitiu ampliar
a quantidade de solo cultivável e a invenção de tecnologias que permitiram a
redução de interferências climáticas na produção.
Estes fatos reforçam a importância da alimentação não somente com prazer, mas de
necessidade básica para a existência, reforçando o pensamento sobre novas
maneiras de utilizar alimentos, buscando aplicações tanto na produção quando no
preparado dos produtos.
04. Conceito
Da mesma forma como os alimentos desde os primórdios possuem peculiaridades
que os definem, além de sua harmonia com o meio, suas principais características
refletem nesta arquitetura. O ordenamento das receitas, a dinâmica dos produtos e
suas variadas texturas intervém nas camadas articuladas entre a consistência da base
e a leveza final da forma.
05.Terreno
05.1 Escolha da cidade
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e que entre os municípios ao seu redor, esteja presente a característica da produção
agrícola.
A partir deste levantamento, iniciou uma nova pesquisa por cidades com potencial e
premissas similares as encontradas em Caxias do Sul, mas um local onde não
estivesse consolidada a pratica de ensinos sobre gastronomia. Mesmo com número
de habitantes (84.014 mil) inferior ao encontrado nas duas cidades anteriores citadas,
a microrregião de lajeado-estrela possui características econômicas e de produção
na agroindústria que permitem a implantação na cidade Lajeado, principal município
da microrregião e que apresenta densidade habitacional (793 hab/km²) superior a
Caxias do Sul e renda per capita bastante próxima, segundo os dados encontrados
no site do IBGE.
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Figura 1. Diagrama de vias importantes para o terreno • Fonte. Google Earth com edição do autor
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permanece sem equipamentos relevantes e insegura durante períodos de menor
movimento.
O terreno originalmente
conta com aproxima-
damente 15.600m², com
uma das frentes
voltadas para a Avenida
Alberto Müller, principal
via do entorno próximo,
que promove conexão
entre RSC-386 e
campus universitário.
Nas outras testadas
encontramos uma área
Figura 2. Diagrama terreno original • Fonte. Autor
de preservação,
residências e uma via sem continuidade. A Rua Ceará possibilita conexão fácil com a
Rua Aberto Pasqualini, acesso importante para a parte norte da cidade.
Tais fatores promovem a sensação de falta de segurança neste trajeto, já que nos
130m de frente não existe ocupação de pessoas, sentimento ampliado pelo
distanciamento, causado pela via, das residências na quadra em frente.
Em análise dos possíveis usos para o local, percebesse que pelas dimensões do lote,
as futuras instalações dificilmente seriam ocupadas por residências devido a situação
que se encontra atualmente, agravado ainda pela topografia considerável na frente
do lote, relacionada com a Avenida Alberto Müller. Este terreno também está inserido
em um ponto de conflitos de traçados viários, onde o parcelamento dos lotes
provavelmente aconteceu de forma separada e sem planejamento do todo. Por este
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motivo, o loteamento total do terreno, também pode não pode aproveitar o máximo
de seu potencial, devido a zonas com topografia considerável, implantação de uma
porcentagem maior de vias para corrigir o traçado viário e a segregação em relação
a área de preservação em uma de suas laterais.
Sua localização encontrasse em um ponto elevado, que permite visual para a cidade,
fator com potencial para valorização de imóveis no local.
Visualizando a necessidade
do terreno em acomodar
um equipamento
condizente com seu
entorno e a realização da
correção das vias
promovendo a
continuidade entre as
quadras, é proposta a
divisão do lote de 15.600m²
Figura 4. Diagrama proposta para terreno • Fonte. Autor pela extensão da rua
Rosana Mary Rocha.
Devido ao limite 150m para a testada da quadra, limite imposto pelo plano diretor, é
realizada a conexão da rua Jorge Ricardo Eick com a extensão citada anteriormente.
Assim é possível criar lotes em uma área de 3.612m², seguindo o padrão da quadra e
implantar até 7 lotes para residências, sendo que um ocupa um vazio urbano no final
da quadra. Esta solução permite criar uma nova testada do terreno voltada para a via
pública, ampliando os acessos e a possibilidade de visuais em relação ao espaço
público do projeto, ampliando a segurança. A venda dos lotes também levanta
recursos financeiros para a construção do centro gastronômico.
Esta nova via possibilita o acesso ao terreno no seu platô, ampliando sua conexão
com o espaço público, além de um trecho de menor movimento para realizar o
acesso a estacionamento, afastando esse ponto da avenida.
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público a área de preservação, em um espaço de uso em períodos controlados,
dificultando vandalismo e a intervenção na natureza.
Recuo de jardim – 4m
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moradores nesta área de preservação acontecer de modo inadequado. Outra
solução implicaria na desapropriação de residências construídas nas ruas já
consolidadas.
Como o terreno em
analise encontra-se
no entorno do cam-
pus universitário, o
qual já possui uma
estrutura de acessos e
transportes consoli-
dada para o seu
funcionamento, en-
tende-se que o
aproveitamento
Figura 6. Diagrama da possível configuração das vias no terreno • desses recursos é o
Fonte. Autor ideal para a cidade e a
instalação do centro de ensino gastronômico próximo a este campus torna-se um
condicionante.
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06. Referências
06.1 Basque Culinary Center
VAUMM Arkitektura
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As soluções adotadas separam o edifico em três grupos, uma destinada área
acadêmica, outra a prática e outro para pesquisa. Ele está dividido de forma vertical
suas funções, como vestiários, oficinas, cozinhas de pré-elaboração, depósitos,
permitindo ainda a conexão entre elas ou acesso direto.
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permite acesso pela parte inferior do terreno, direto a sala de estudos, sala de
esquivos e cozinhas para experimentos.
Sá Earp Arquitetura
Construído em um terreno de
1.120,85m², a escola de
gastronomia do Senac é
implantada no perímetro urbano Figura 13. Fachada esquina do SENAC • Fonte. Revista Projeto
de Campo Grande, região que
possui crescente desenvolvimento de restaurantes, bares e hotéis, público alvo deste
centro de ensino. O objetivo principal é se tornar referência na região no segmento
de educação de gastronomia e turismo.
O restante dos espaços remanescentes foi pensado para múltiplas funções. O terraço
é ocupado para horta e área de descanso para professores, enquanto no
estacionamento externo é utilizada uma cobertura móvel que permite proteção para
eventos ao ar livre. A caracterização do estacionamento é tratada de forma diferente,
delimitando vagas por paginação de piso, iluminação e jardins.
Os acessos ao edifico estão separados pelas ruas que delimitam o terreno. A entrada
principal para alunos, professores e público em geral acontece pela fachada norte. A
sul acontece a entrada de fornecedores, funcionários e coleta de resíduos, enquanto
a fachada oeste da acesso ao pessoal do administrativo, estacionamento e praça de
eventos.
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O uso da fachada têxtil vem como solução para as fachadas das cozinhas didáticas,
que necessitavam de janelas altas e obrigatoriamente tela conta insetos, desta forma
a fachada têxtil permite ventilação e iluminação no interior dos ambientes ao mesmo
tempo que cria proteção para a fachada e uma estética diferenciada.
Figura 16.Planta baixa do 1° Pavimento • Fonte. Figura 15. Planta baixa do 2° Pavimento • Fonte.
Acervo Sá Earp Arquitetura com edição do autor Acervo Sá Earp Arquitetura com edição do autor
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É possível perceber a semelhança entre
algumas soluções presentes nos dois
projetos. A primeira é a organização por
pavimentos, separando atividades
práticas das teóricas, ao mesmo tempo
que aproxima as atividades para o
público geral do acesso no térreo,
reservando os locais mais privados aos
alunos.
Gravataí, RS | 2015
Arquitetura Nacional
Figura 18. Fachada transparente no salão • Fonte. Site Arquitetura Nacional
O objetivo era unificar dois restaurantes em uma única e nova edificação, que fosse
acessível e permitisse maior conforto e qualidade para os colaboradores da empresa.
Os pontos mais fortes do restaurante industrial então nas premissas do uso racional
de recursos naturais e o cuidado com o desempenho energético.
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A organização da cozinha acontece de forma linear, com um fluxo continuo do início
ao fim. Os insumos chegam pela doca de recebimento e percorrem os
compartimentos passando pelas áreas de pré-higienização, estoque, preparo e
cocção. Os resíduos são retirados pela doca no lado oposto, no final do processo.
Fluxo pensado para criar ambiente de trabalho organizado e limpo, reduzindo riscos
de contaminação.
Figura 19. Esquema de alturas para as docas • Fonte. Site Arquitetura Nacional
A disposição dos volumes, adicionando um pátio interno central, possibilitou criar
planos envidraçados, que além de permitirem mais iluminação, possibilitam o
contato visual com as etapas de produção das refeições. O pátio central conta com
espaço para uma horta, onde os funcionários do restaurante possam plantar para seu
consumo, reforçando a ideia de pertencimento pelo local. O projeto conta com
1078,59m² e é capaz de servir diariamente até 2.440 entre almoço e janta.
Figura 20. Planta Baixa com setorização • Fonte. Site Arquitetura Nacional
Figura 21. Planta Baixa com fluxos e acessos • Fonte. Site Arquitetura Nacional
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07. Lançamento Arquitetônico
07.1 Diretrizes organizacionais
Hall externo e interno são responsáveis por receber o público no projeto. A parte
interna funciona como o local de aglomerações de onde as pessoas são distribuídas,
após orientações na recepção. Servindo de apoia a este espaço, estão dispostos
sanitários públicos em ambientes de estar, conectados com o café, caracterizando
assim o setor de acesso, o qual possui as circulações verticais que organizam o fluxo
público no projeto.
Conectado ao setor de acesso está o setor expositivo, contando com um amplo salão
destinado a receber conteúdos pertinentes ao tema trabalhando no projeto, assim
como apresentação do material em midiateca e do acervo próprio. Este espaço
também é passível de receber eventos provindos da cidade, para qual se busca
caráter mais intimista entre o público.
Este setor está articulado por uma circulação que estabelece conexão com os
diversos ambientes de serviço. Neste local acontece o recebimento de alimentos
para abastecer o centro gastronômico, passando antes por uma higienização onde
o material segue ou para o depósito de resíduos, destinado a embalagens e demais
recebidos dos demais setores, ou para a circulação vertical, que por meio de um
monta carga, estabelece conexão com os setores onde os produtos são solicitados.
Esta solução permite menores deslocamentos com produtos, mantendo uma
conexão próxima as circulações verticais os ambientes de estoque.
O setor técnico é responsável por agrupar o estacionamento, assim como área para
equipamentos de climatização e reservatórios de água e gás. É por ele que acontece
a chegada a doca, local responsável por descarregar os produtos, relacionando este
setor com o de serviços.
O setor de exposição e auditório não estão conectados entre si, mas sua proximidade
é desejada a fim de aproximas estes espaços do setor de acesso, o qual conta com
o café e estares de apoio necessários aos dois setores citados inicialmente.
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