LIBRAS MÓDULO 3

ITINERÁRIOS INTELIGÊNCIA JOVEM

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INTRODUÇÃO AO MÓ DULO
Neste módulo, para o estudo sobre Libras – Língua Brasileira de Sinais, você
precisará:

• fazer a leitura do texto;

• assistir à videoaula;
• desenvolver a atividade pedida;
• concluir a avaliação.

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ESTRUTURA DA LIBRAS
Seja bem-vindo ao Módulo 3, no
qual você estudará a estrutura da
Língua Brasileira de Sinais, a Libras.
De acordo com Stumpf,
Quadros e Leite (2004), no livro
Estudos da Língua Brasileira de Sinais
II, em 1960, William Stokoe provou
que a Língua de Sinais é uma língua
para comunicação, pois possui
uma estrutura gramatical própria,
como as línguas orais, ou seja,
as línguas de sinais usadas pelas
comunidades surdas são baseadas
em especificidades linguísticas e
elementos próprios, assim como as
línguas orais.
Entretanto existem algumas
diferenças entre as línguas de sinais
e as orais. Uma delas é o canal de
comunicação: nas línguas de sinais,
se utiliza o canal visual-espacial,
e na língua oral se utiliza o oral-
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auditivo. Além disso, as línguas de
sinais são estruturadas em unidades
mínimas (os parâmetros que você
verá a seguir) que formam unidades
mais complexas (os sinais), utilizadas
em contextos diversos. Desse
modo, para sinalizar, é necessário
que a pessoa tenha/desenvolva
atenção visual, memória visual,
agilidade manual, descrição visual
e expressão facial e corporal.
Com certeza, ao longo da
disciplina, você vai desenvolver e/
ou aprimorar essas características!
Como toda língua de sinais,
a Libras possui uma estrutura
linguística própria, constituída
de verbos, pronomes, advérbios,
elementos de flexão em números,
plural e singular, intensificadores,
quantificadores e estruturação
de frases. Vale lembrar que tais
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mecanismos não seguem as regras Conforme Felipe (2008) descreveu, os estudos linguísticos identificaram os
gramaticais da língua portuguesa, componentes ou parâmetros das línguas de sinais como: configuração das mãos
por exemplo, no que se refere ao (CM), movimento (M), ponto de articulação (PA) ou locação, orientação (O) e
uso de artigos e preposições, os expressão facial e corporal.
quais não são observados na Libras.
Agora, você vai conhecer esses 5 parâmetros, pois é com base neles que os
Para os autores citados, é sinais são formados na Libras.
importante ressaltar dois pontos: a)
considerando o exposto até aqui, é
possível afirmar que a Libras é uma
língua, e não um apanhado de
gestos ou mímicas; b) a Libras não
é universal, ou seja, existem línguas Configuração de mão
de sinais e/ou gestuais diferentes em
outros países (por exemplo, língua
de sinais angolana, americana, Ponto de articulação
francesa, japonesa etc.) e em um
mesmo país (por exemplo, a língua de
sinais indígena), além do regionalismo Movimento
(variação dos sinais por estado ou
em um mesmo estado/uma mesma Orientação
cidade, tal como acontece com
as palavras “mandioca”, “aipim” e
Expressão facial/corporal
“macaxeira” – termos usados para o
mesmo alimento).

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1. Configuração de mão 2. Ponto de articulação

Os sinais são formados por Mas, atenção, Refere-se à localização no

determinado formato, que chamamos
configuração de mão, em determinado
lugar. Este, por sua vez, pode ser em
uma parte do corpo ou em algum
espaço em frente ao corpo.
Essa configuração pode ser
realizada apenas com uma ou com
as duas mãos simultaneamente, bem
como pode ser utilizada também para
a datilologia – “soletração manual”.
Exemplos:
corpo do sujeito ou na área definida
alguns sinais onde será realizado o sinal. Esse
possuem local/espaço vai desde o topo da
cabeça e, geralmente, até a cintura
a mesma no corpo do sinalizante (incluindo
aqui os braços e as mãos), como
configuração também pode ser à frente do
de mão, e o corpo, sem contato com as partes
(no chamado espaço neutro).
que os difere Entretanto é importante ressaltar que
são os demais alguns pontos de articulação são
mais precisos.
parâmetros.
Exemplos:

avião perfume sábado

óleo desculpa aprender

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3. Movimento
O movimento representa o
deslocamento de uma ou de ambas as
mãos no espaço durante a realização
do sinal, abrangendo também o pulso
e o antebraço. Pode ser: simples ou
repetido; unidirecional, bidirecional ou
multidirecional; lento ou rápido.
Aliado aos demais parâmetros,
dará significado ao sinal. Entretanto
é importante informar que nem todos
os sinais possuem movimento.
Exemplos:
água
pênis
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4. Orientação/Direcionamento
A orientação, ou direcionamento,
refere-se à direção que a palma
da mão aponta quando produz o
sinal: para cima, para baixo, para a
esquerda ou para a direita, para o
corpo, para fora ou na diagonal.
A inversão da direção pode
significar ideia de oposição e de
contrariedade, como ocorre com
os sinais avisar (para fora) e me
avisar (para o corpo), gostar (palma
da mão em círculo no tórax) e não
gostar (do tórax para fora). Contudo,
não são todos os sinais que possuem
direcionalidade.
Exemplo:
tarde
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5. Expressão facial e corporal
É importante destacar que,
durante a conversação, alguns
surdos podem não trazer o sinal
de triste ou cansado, por exemplo,
porém essas características serão
expressas facialmente e/ou
corporalmente.
Assim como os ouvintes usam
a voz com tonalidades (quando
estão muito bravos, pouco
bravos, alegres ou tranquilos,
por exemplo), os surdos usam a
expressão facial/corporal para
expressar intensidade, sentimentos
etc. As expressões darão, portanto,
diferentes significados ao sinal/
sinalização realizado.
Exemplos:
alegre bravo
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Concluindo,
a Libras possui
estrutura
gramatical própria,
e é necessário que
se tenha ordem nos
sinais para que a
compreensão se
faça clara entre os
sinalizantes. Referências
STUMPF, M. R.; Quadros, R.M.; Leite,
T.A. Estudos da Língua Brasileira de Sinais II,
Florianópolis-SC. 2014.

FELIPE, T.A. Os processos de formação de

palavras na Libras. Campinas: Unicamp/ETD,
2008.

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Ei, vamos voltar pros

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para assistir à videoaula,
desenvolver a atividade e a
avaliação desse módulo?

Bons estudos :)

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