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ESCALAS WECHSLER DE INTELIGÊNCIA NO TDAH: uma revisão sistemática

WECHSLER INTELLIGENCE SCALES ON ADHD: a systematic review

Afonso Henrique Anjos de Melo


ESCALAS WESCHLER DE INTELIGÊNCIA NO TDAH: uma revisão sistemática

AFONSO HENRIQUE ANJOS DE MELO

Artigo apresentado ao Curso de Psicologia do Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ,


como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Psicologia obtendo
Conceito__________

Data: ________________

( ) Aprovada
( ) Reprovada

BANCA AVALIADORA

________________________________________________________________
Profa. Ms. Jayana Ramalho Ventura
(Orientadora - UNIPÊ)

________________________________________________________________
Profa. Ms. Silvana Queiroga da Costa Carvalho Ventura
(Membro – UNIPÊ)

________________________________________________________________
Prof. Esp. Guilherme Jorge Stanford Dantas
(Membro – UNIPÊ)
RESUMO

O Transtorno do Déficit da Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno que acomete o


neurodesenvolvimento humano em crianças e adultos, agindo em suas funções executivas
relacionadas a atenção, hiperatividade motora e impulsividade, que podem ser investigadas
através de testes neuropsicológicos, como as Escalas Wechsler de Inteligência, escalas de
grande renome no campo da psicometria e avaliação neuropsicológica criadas por David
Wechsler. Assim sendo, o presente estudo propôs, através de uma revisão sistemática de
literatura, investigar os estudos clínicos publicados em indivíduos diagnosticados com o TDAH
que utilizaram as Escalas Wechsler de Inteligência. As buscas foram realizadas nas bases de
dados PubMED, BVS, Scielo e LILACS e obteve amostra total de 27 artigos incluídos para
análise de quantidade, idioma, revista/periódico e base de dados; distinguir a parcela da amostra
que utilizou baterias completas das escalas , a que utilizou subtestes específicos e quais foram
mais utilizados. Observou-se que a maioria dos artigos incluídos estavam na língua inglesa
(n=24;p=96%); com amostra exclusiva de crianças (n=20; p=74,04%); utilizou as baterias
completas (n=15;p=55,55%); que dos 12 estudos que utilizaram apenas subtestes, o mais
utilizado foi o subteste Dígitos (n=9; p=75%); que o ano no qual ocorreu mais publicações foi
2011 (n=8;p=29,63%) e que a escala mais utilizada foi o WISC-IV (n=9; p=28,12%). Concluiu-
se que há pouco engajamento em estudos em português/espanhol e que a literatura se volta mais
para estudos experimentais com crianças utilizando em sua maior parte as escalas por completo.

Palavras-chave: Inteligência. Avaliação Neuropsicológica. TDAH. Escalas Wechsler de


Inteligência.
ABSTRACT

Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) is a disorder that affects human


neurodevelopment in children and adults, acting on its executive functions related to attention,
motor hyperactivity and impulsivity, which can be investigated through neuropsychological
tests such as the Scales. Wechsler's Intelligence, renowned scales in the field of psychometrics
and neuropsychological assessment created by David Wechsler. Therefore, the present study
proposed, through a systematic literature review, to investigate published clinical studies in
individuals diagnosed with ADHD who used the Wechsler Intelligence Scales. The searches
were performed in the PubMED, BVS, Scielo and LILACS databases and obtained a total
sample of 27 articles included for analysis of quantity, language, journal and database;
distinguish the portion of the sample that used complete batteries from the scales, which used
specific subtests and which ones were most used, and detect the most compromised
neuropsychological functions in ADHD according to the Wechsler Intelligence Scales. Most of
the articles included were in the English language (n=24; p=96%); with an exclusive sample of
children (n=20; p=74.04%); used the complete batteries (n=15; p=55.55%); that of the 12
studies using only subtests, the most used was the Digits subtest (n=9; p=75%); that the year in
which most publications occurred was 2011 (n=8; p=29.63%) and that the most used scale was
WISC-IV (n = 9; p = 28.12%). It was concluded that there is little engagement in studies in
Portuguese / Spanish and that the literature focuses more on experimental studies with children
using mostly scales entirely.

Keywords: Intelligence. Neuropsychological evaluation. ADHD. Wechsler Scales of


Intelligence.
4

1 INTRODUÇÃO

A inteligência humana é uma temática muito estudada, assim como também é


considerada muito controversa dentro da Psicologia. Perpassando pelo começo de seu estudo
até os dias atuais, percebe-se que é um campo de estudo complexo, pois assim como os seres
humanos, a inteligência possui diversas facetas e características abstratas, além de se manifestar
de inúmeras formas, levando em consideração a experiência humana e cultura de cada pessoa.
Sendo assim, a formulação de teorias e formas de avaliação da inteligência foram feitas de
forma que nem sempre entravam em acordo (OLIVEIRA-CASTRO; OLIVEIRA-CASTRO,
2001 apud HECK, 2009).
Os primeiros estudos da inteligência seguiam a ideia de que um indivíduo possui um
valor de inteligência geral, e a partir desta constatação vigente, os métodos de avaliação que
eram criados tinham como objetivo mensurar este valor e obter um índice que indicasse o nível
de potencial intelectual do indivíduo, chamado de Quociente de Inteligência (Q.I.). Com o
avançar do tempo, outros teóricos surgiram se opondo a ideia de inteligência geral/global, com
teorias que subdividiam a inteligência humana em tipos de habilidades específicos que seriam
relativamente independentes (ANTUNES,2014).
Tais teorias contemporâneas traziam diversas formas de se ver a inteligência, seja com
duas, três e até oito subdivisões de habilidades que, de acordo com os autores, deveriam ser
vistas e analisadas de forma separadas, assim, além de teorias, surgiram formas de avaliação
neuropsicológica da inteligência advindas delas, como as Escalas Wechsler de Inteligência, que
serão abordadas neste trabalho (ANTUNES 2014).
Wechsler considerava a inteligência a “capacidade conjunta ou global do indivíduo para
agir com finalidade, pensar racionalmente e lidar efetivamente com seu meio ambiente”
(WECHSLER, 2001, apud FIGUEIREDO; PINHEIRO; NASCIMENTO, 1998, p. 1). A partir
disto, começou a criação de suas escalas que revolucionaram a psicometria em sua época e são
amplamente utilizadas a nível mundial, sendo consideradas “padrão ouro” dentro da avaliação
neuropsicológica da inteligência.
Sendo assim, as Escalas Wechsler de Inteligência ganharam seu lugar de destaque e
também passaram a fazer parte de baterias de avaliação psicológica para transtornos
psiquiátricos, como os Transtornos do Humor, Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtornos
de Aprendizagem e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), pois tais
transtornos afetam áreas do funcionamento humano no córtex frontal que podem ser avaliados
através destas escalas.
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David Wechsler, em 1939, publicou a primeira das Escalas Wechsler de Inteligência,


chamada Escala Wechsler-Bellevue (Escala W-B) que tinha como objetivo a avaliação de
adultos e possuía 11 testes, seis não verbais e cinco de execução. Os verbais proporcionavam
noções sobre a compreensão geral, vocabulário, raciocínio aritmético, informações aprendidas
e habilidade de perceber relações de semelhança. Já na parte de execução, possuía testes de
desenho de cubos, símbolos e números, completar figuras, arranjo de figuras, e arranjo de
objetos (MATARAZZO, 1976 apud CHIODI, 2007).
Na Escala Wechsler-Bellevue e em suas posteriores, a avaliação da inteligência é
realizada a partir de dois itens, o Q.I. verbal e o Q.I. de execução, para que se obtenha o escore
do Q.I. total. Com a avaliação da inteligência a partir destes dois componentes e utilizando
resultados em uma curva normal e padronizados, Wechsler começou suas contribuições na
história da psicometria (WECHSLER, 2001; NASCIMENTO; FIGUEIREDO, 2002 apud
HECK, 2009).
Logo mais, no ano de 1946, foi publicada a próxima escala, a Escala de Inteligência
Wechsler-Bellevue II (W-B II), abarcando as idades da escala anterior. Então as escalas foram
passando por revisões até chegarem na mundialmente conhecida escala WISC, lançada em
1949, que tinha como foco o público infantil, com idades de cinco a 15 anos; a escala WAIS,
lançada em 1955, compreendendo idades entre 16 a 75 anos e sendo uma revisão da escala W-
B I; e a Escala de Inteligência Wechsler para Pré-Escola e Primário (WPPSI) publicada em
1967, abrangendo as idades entre quatro a seis anos (NASCIMENTO; FIGUEIREDO, 2002
apud LOPES; WENDT, 2012; AFONSO, 2004 apud PAZ, 2014).
O WISC foi criado a partir da W-B II, usando de seus itens considerados de mais fácil
de resolução, que se encontravam nos níveis inferiores da escala. Sendo composta na parte
Verbal pelos subtestes de Informação, Compreensão, Semelhança, Dígitos (Ordem Direta e
Inversa), Aritmética e Vocabulário; e sua parte de Execução era constituída pelos subtestes de
Completar Figuras, Cubos, Armar Objetos, Códigos e Labirintos. O subteste Labirinto foi
desenvolvido especialmente para o WISC e não entrava no cálculo do Q.I. devido à baixa
correlação os outros subtestes (SCHELINI, 2000; MATARAZZO, 1976 apud CHIODI, 2009;
KAUFMAN, 1993; WECHSLER, 2013 apud PAZ, 2014).
Sua segunda versão, o WISC-R (Escala Wechsler de Inteligência para Crianças
Revisada), foi publicada em 1974 e teve suas normas atualizadas, mantendo a estrutura geral
do instrumento. A faixa etária de aplicação foi alterada para de seis a 16 anos e os subtestes
Labirinto e Dígitos eram considerados suplementares e deveriam ser aplicados somente caso
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houvesse tempo suficiente ou um dos outros subtestes estivessem inválidos (WECHSLER,


1974 apud CHIODI, 2007; WECHSLER, 2013 apud PAZ, 2014).
A terceira versão do WISC, o WISC-III, foi lançada em 1991 e contou com atualização
de normas, alteração no conteúdo dos itens, adição de materiais coloridos e um novo subteste
complementar de execução, o Procurar Símbolos, que também deveria ser usado apenas em
necessidade. Também houve a adição de um nova configuração fatorial, dividida desta vez em
quatro fatores, para que houvesse maior representação das funções cognitivas de domínios
estreitos, sendo estes o Índice de Compreensão Verbal (ICV), o Índice de Organização
Perceptual (IOP), o Índice de Liberdade de Distratibilidade (ILD), e o Índice de Velocidade de
Processamento (IVP) (CHIODI, 2007; VIDAL; FIGUEIREIDO; NASCIMENTO, 2011;
KAUFMAN, 1993 apud PAZ, 2014).
Passando para sua quarta versão, o WISC-IV, foi publicado depois de um intervalo de
12 anos após o anterior e nele foram realizadas mudanças inovadoras, com o objetivo de
melhorar suas qualidades psicométricas. Sofreu alterações na rotulação de dois fatores, o fator
Resistencia à Distração foi alterado para Memória Operacional e o fator Organização Perceptual
foi renomeado para Raciocínio Perceptual. Também passou por simplificação de seu modelo
hierárquico fatorial, eliminando o QI Verbal e de Execução e se acrescento o índice de
Compreensão Verbal. Outras alterações se deram no tempo de aplicação, que foi reduzido,
criação dos Escores de Processo e nos subtestes, onde foram retirados de Arranjo de Figuras,
Armar Objetos e Labirintos enquanto foram adicionados os de Sequência de Números e Letras,
Raciocínio com Palavras, Conceitos em Imagens e Cancelamento (VIDAL; FIGUEIREDO;
NASCIMENTO, 2011).
O WAIS, assim como o WISC, passou por sua versão revisada e chegou na sua terceira
versão, o WAIS-III. Sendo a primeira publicada em 1955, a revisada em 1981 e a terceira em
1997 (PAZ, 2014). A terceira versão tem sua aplicação para a faixa etária de 16 a 89 anos e
conta com 14 subtestes e, quatro índices fatoriais: Compreensão Verbal, Organização
Perceptual, Memória de Trabalho e Velocidade de Processamento (YATES at al, 2006).
Já na sua quarta versão, lançada em 2008, o WAIS-IV contou com mudanças
semelhantes às que ocorreram no WISC-IV, focando na avaliação do QI total, como a
implementação de escores de processos e retirada do QI verbal e de Execução. Nos subtestes,
houve diminuição dos obrigatórios de 14 para 10, excluindo-se o de Arranjo de Figuras e o de
Armar Objetos e se adicionando os subtestes Quebras-Cabeças Visuais, Pesos de Figuras e
Cancelamento. Tais mudanças e aprimoramentos visam aumentar o aproveitamento nas
avaliações neuropsicológicas (FIGUEIREDO; VIDAL; NASCIMENTO, 2015).
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Por fim, há a chamada Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI),


desenvolvida em 1999 em decorrência de um contexto de insatisfação de um certo número de
pesquisadores coma a aplicação de formas reduzidas do WAIS-III E WISC-III. Sua faixa etária
é de 6 a 89 anos e tem sua composição feita por quatro subtestes, os de Vocabulário e
Semelhança para o fornecimento do Q.I. verbal e os subtestes Cubos e Raciocínio para o Q.I.
de execução. Com a soma dos escores dos dois tipos de Q.I. se obtém o Q.I. total (THE
PSYCHOLOGICAL CORPORATION, 1999 apud HECK, 2009).
De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Doenças Mentais – DSM 5
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2005, p. 59), o TDAH é um dos transtornos
do neurodesenvolvimento, que se caracteriza por “um padrão persistente de desatenção e/ou
hiperatividade-impulsividade que interfere no funcionamento ou no desenvolvimento”. Para se
chegar no diagnóstico total do transtorno, o DSM 5 explana que é necessário que na avaliação
do indivíduo sejam encontrados no mínimo seis dos sintomas catalogados em cada um dos dois
fatores nos últimos seis meses. Além disso, é necessário determinar qual o subtipo do
transtorno, ou seja, se ele possui apenas um dos fatores em predominância ou os dois; e
especificar a gravidade do transtorno na pessoa, sendo leve, moderada ou grave (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2005).
O processo de avaliação do TDAH é considerado complexo, possuindo caráter clínico,
levando em consideração os sintomas apresentados por meio de uma avaliação multifatorial
baseando em critérios diagnósticos estabelecidos específicos para o transtorno. A dificuldade
do processo se dá principalmente na diferenciação de sintomas, pois muitos pacientes que
iniciam a avaliação possuem um quadro “florido”, o que quer dizer que apresentam uma série
de sintomas que podem estar relacionados não somente ao TDAH como também outros
transtornos comórbidos, que complicam a identificação do transtorno, porém estes não devem
ser desconsiderados para se chegar a um diagnóstico final (LOPES; NASCIMENTO;
BANDEIRA, 2005).
Sendo assim, a utilização dos testes psicológicos possui grande valor para psicólogo no
processo de avaliação neuropsicológica do TDAH. Apesar se não serem definitivos para o
diagnóstico possuem caráter auxiliar na investigação de distúrbios na aprendizagem e
deterioração mental, possibilitando auxílio em três grandes questões: se é necessário o
diagnóstico do TDAH para o caso em especifico; se este diagnóstico se justifica e quais aos
fatores comórbidos que merecem atenção e tratamento; e se o diagnóstico não possui
procedência, permite a busca de esclarecimentos alternativos para os sintomas existentes
(LOPES; NASCIMENTO; BANDEIRA, 2005; GRAEFF; VAZ, 2008).
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A avaliação neuropsicológica do TDAH não se atém apenas a função de auxílio


diagnostico, pois mesmo com o diagnostico constatado, os dados obtidos de forma sistemática
pelos instrumentos possibilitam uma visão objetiva do quadro e seus sintomas permitem a
indicação de estratégias de intervenção terapêuticas eficazes e abrangentes para o paciente.
Contudo, apesar de sua utilidade, os testes psicológicos também possuem suas limitações que
precisam ser levados em consideração ao serem usados. Dependendo do teste utilizado, há a
possibilidade de que os comportamentos e indicadores do transtorno não serem detectados de
forma completa, não possibilitando a noção completa do quadro ou a detecção errônea de
comportamentos que não se mostram muito frequentes, mas podem ser tidos como
significativos para o quadro como um todo (GRAEFF; VAZ, 2008).
O TDAH é um transtorno que mostra uma disfunção executiva, ou seja, uma alteração
nas funções executivas e seus aspectos (ex: como planejamento, antecipação, controle
inibitório, memoria de trabalho, flexibilidade, organização e auto regulação). Aspectos estes
que possuem relação com o córtex frontal e tem sua avaliação possível por meio do teste
neuropsicológico WAIS, que em sua terceira edição delimita o IMO- Índice de Memória
Operacional. Este índice é obtido através dos subtestes Aritmética, Dígitos e SNL (Sequência
de Números e Letras) e tem como objetivo avaliar a capacidade do indivíduo de captar
informações, conseguir mantê-las, processá-las e preparar a resposta logo em sequência
(LOPES; NASCIMENTO; BANDEIRA, 2005; LOPES; WENDT, 2012).
Assim como o WAIS-III, o WISC-III, também tem mostrado sua capacidade de
identificar e auxiliar o diagnóstico do TDAH em crianças. Através dos subtestes Dígitos,
Aritmética, Códigos, o teste avalia a atenção de concentração da criança e pode ser usado no
diagnóstico diferencial, pois também pode identificar a presença de retardo mental (GRAEFF;
VAZ, 2008; FOLQUITTO, 2009).
Desta forma, o estudo presente propôs uma revisão sistemática de literatura sobre o uso
das Escalas Wechsler de Inteligência na avaliação neuropsicológica do TDAH, utilizando-se
desta metodologia pois ela abarca um “resumo das evidências relacionadas a uma estratégia de
intervenção específica, mediante a aplicação de métodos explícitos e sistematizados de busca,
apreciação crítica e síntese da informação selecionada” (SAMPAIO; MANCINI, 2007, p. 84).
Assim, tem como objetivo investigar os dados obtidos nestes estudos, como as revistas nas
quais foram publicados, a faixa etária mais investigada, tipos de estudos realizados, se utilizam
as escalas por completo e os subtestes das escalas mais utilizados para as avaliações
neuropsicológicas.
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2 METODOLOGIA

Para este estudo, foi utilizado a metodologia de revisão sistemática, que objetiva uma
busca potencializada e organizada, reunindo os estudos selecionados e avaliando-os de forma
crítica, sintetizando e analisando seus resultados de maneira reflexiva e compreensiva
(SAMPAIO; MANCINI, 2007; FERNÁNDEZ-RÍOS; BUELA-CASAL, 2009 apud KOLLER;
COUTO; VON HOHENDORRF, 2014).
A coleta de dados foi realizada em cinco etapas, sendo estas: 1) identificação dos
descritores e bases de dados a serem utilizadas, além dos critérios de inclusão e exclusão que
contemplaram o estudo e período de publicação; 2) leituras dos resumos dos artigos
identificados nas bases de dados para a seleção inicial; 3) leitura dos artigos selecionados com
aplicação dos critérios de inclusão e exclusão e remoção de artigos repetidos para delimitação
da amostra final do estudo; 4) extração e organização dos dados relevantes para o estudo dos
artigos incluídos; 5) análise e síntese dos dados contidos na amostra final.
As buscas foram realizadas nas bases de dados PubMed, BVS, Scielo e LILACS, com
os descritores “(Wechsler Scales) AND ADHD” com período de publicação dos últimos 10
anos (2009 a 2019) e idiomas português, inglês e espanhol. A amostra desejada era de estudos
clínicos realizados em indivíduos com TDAH no qual utilizassem alguma das Escalas Wechsler
de Inteligência. Os critérios de inclusão empregados se deram pelo uso do DSM-IV/V e/ou CID-
10 como base para o diagnóstico do TDAH, enquanto o de exclusão foi a identificação de
artigos revisionistas.
O período de busca ocorreu pelo período de duas semanas (15/09/2019 a 30/09/2019).
Na base PubMED foram utilizados os filtros referentes aos idiomas e período de publicação
citados acima, além do filtro “Article Type”, contendo os tipos de estudo “Case Reports”,
“Clinical Study”, “Clinical Trial” e “Comparative Study”. Na base BVS foram empregados os
filtros de intervalo de ano e tipo de estudo, este que continha os tipos “Estudo de caso e
controle” e “Relato de caso”. Já para as bases Scielo e LILACS, foi necessário apenas o uso
dos descritores para a busca.

3 RESULTADOS

Na primeira etapa realizada, foram identificados um total de 70 artigos (PubMED = 35;


BVS = 27; Scielo = 3 e LILACS = 5), já na etapa da leitura dos resumos, foram selecionados
41 dos 69 artigos iniciais (PubMed = 19; BVS = 18;Scielo = 0; LILACS = 4) e 29 não
10

selecionados. Na etapa seguinte, aplicando-se os critérios de inclusão e exclusão na leitura dos


artigos, um total de 14 artigos foram excluídos da amostra, 11 por não se adequarem aos
critérios empregados e 3 por serem repetidos, levando a uma amostra final de 27 artigos
incluídos no estudo (PubMed = 13; BVS = 10; LILACS= 4). A Figura 1 abaixo retrata o
processo de coleta de dados da 1ª a 3ª etapas:
Figura 1 - Procedimento de identificação e seleção de artigos para a amostra final
IDENTIFICADOS:
70 artigos (PUBMED:35, BVS:
27, SCIELO:3, LILACS:5)

NÃO
SELECIONADOS:
SELECIONADOS:
41 artigos
29 artigos
(PUBMED:19; BVS:18;
LILACS:4)

EXCLUÍDOS:
14 (3 repetidos)

INCLUÍDOS NA AMOSTRA
FINAL:
27 artigos

Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

A maioria dos artigos analisados neste estudo foi publicado no ano de 2011 (n=8;
p=29,63%), enquanto nos anos de 2009 e 2015 não houve nenhum artigo incluído. Os anos de
publicação dos artigos estão dispostos na tabela 1.

Tabela 1 - Distribuição da amostra final por ano de publicação.


Artigos
Ano
F %
2010 6 22,22
2011 8 29,63
2012 3 11,11
2013 2 7,40
2014 2 7,40
2016 3 11,11
2017 1 3,70
2018 1 3,70
2019 1 3,70
Fonte: Dados da pesquisa, 2019

Em relação as revistas/periódicos nos quais os estudos foram publicados, pôde-se


perceber que a maior quantidade de artigos em uma só revista/periódico se deu no Journal of
11

Attention Disorders (n=4) enquanto a maioria das outras revistas continha apenas um dos
artigos incluídos, como expostos na Tabela 2.

Tabela 2 - Distribuição da amostra final pela revista/periódico de publicação.


Artigos
Revista/periódico
F %
Aletheia 1 3.70
Applied Neuropsychology: Child 3 11,11
Arquivos de neuro-psiquiatria 2 7,40
Behavior Therapy 1 3.70
BMC Psychiatry
1 3.70
Child neuropsychology
Developmental & Behavioral
1 3.70
Pediatrics
Journal of Attention Disorders 4 14,81
Journal of autism and
1 3.70
developmental disorders
Journal of Child and Adolescent
1 3.70
Psychopharmacology
Journal of Clinical
1 3.70
Psychopharmacology
Journal of the American Academy
1 3.70
of Child & Adolescent Psychiatry
Journal of the International
1 3.70
Neuropsychological Society
Neurological Sciences 1 3.70
Psico-USF 1 3.70
Psychological Medicine 2 7,40
Psychological Reports 1 3.70
Research in Developmental
1 3.70
Disabilities
Rev Saúde Pública 1 3.70
Schizophrenia Bulletin 1 3.70
Fonte: Dados da pesquisa, 2019
12

No que diz respeito aos idiomas dos artigos incluídos, 25 dos estudos estavam na língua
inglesa e 2 na língua portuguesa. Tamanha disparidade também foi vista nos tipos de estudos,
pois enquanto apenas um (3,7%) era do tipo Estudo de caso, todos os outros 26 (96,3%) se
caracterizavam em estudos experimentais clínicos, sendo quatro destes longitudinais (OIE;
SUNDET; RUND, 2010; RINSKY; HINSHAW, 2011; PIRES; SILVA; ASSIS, 2012;
SIMONE et al, 2016).
A amostra clínica usada pelos estudos também se mostrou bastante homogênea, sendo
composta principalmente por crianças (n=20; p=74,04%), enquanto estudos com amostra
exclusivas de adultos tiveram n=4 (p=14,81%) e estudos com amostras mistas de crianças e
adultos apresentaram n=2 (7,4%) e apenas um estudo (3,70%) com amostra mista de crianças
e adolescentes.
Sobre a utilização das Escalas Wechsler de Inteligência, observou-se que a maior parte
da amostra (n=15; p= 55,55%) utilizou a bateria completa de suas respectivas escalas, e que a
escala mais encontrada nos estudos foi a escala WISC-IV (n=9; p=28,12%). Enquanto a parcela
da amostra que utilizou de subtestes específicos (n=12; p=44,44%), o que mais prevaleceu foi
o Dígitos (n=9; p=75%).
As tabelas 3 e 4 apresentam, respectivamente, a distribuição das Escalas Wechsler de
Inteligência encontradas na amostra final por sua frequência e porcentagem e quais os estudos
onde tais escalas foram utilizadas, além de expor quais subtestes de suas respectivas escalas
foram utilizados.

Tabela 3 - Distribuição das Escalas Wechsler de Inteligência utilizadas na amostra final


Escala Wechsler de Artigos
Inteligência F %
C-WISC 1 3,12
WAIS-III 5 15,62
WAIS-IV 2 6,25
WASI 5 15,62
WISC-III 7 21,75
WISC-IV 9 28,12
WISC-IV INTEGRATED 1 3,12
WISC-R 2 6,25
Fonte: Dados da pesquisa, 2019
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Tabela 4 - Distribuição da amostra final

AUTOR ANO E.W. SUBTESTES


RAGGIO; SCATTONE; MAY 2010 WASI Todos
WISC-R; WAIS- Matriz; Dígitos; Símbolos; Semelhanças, Cubos
OIE; SUNDET; RUND 2010
III; WASI e Vocabulário
HAGBERG; MINISCALCO;
2010 WISC-III Todos
GILLBERG
SEMRUD-CLIKEMAN et al 2010 WASI Todos
ROY et al 2010 WISC-III Labirinto
ANTSHEL et al 2010 WAIS-III Cubos; Vocabulário
WAIS-III; WISC- Vocabulário; Semelhanças; Cubos; Figura;
MÜLLER et al 2011
IV Dígitos
ZHANG; JIN; ZHANG 2011 WISC-R Todos menos Vocabulário e Labirinto
WISC-IV;
EVANS et al 2011 Todos
WIAT-II
FROEHLICH et al 2011 WASI Todos
HELLWIG-BRIDA et al 2011 WISC-IV Todos
SOUZA et al 2011 WISC-III Todos
YANG et al 2011 C-WISC Dígitos
RINSKY; HINSHAW 2011 WISC-III Dígitos
PIRES; SILVA; ASSIS 2012 WISC-III Todos
WAIS-IV;
MACALLISTER et al 2012 Todos
WISC-IV; WASI
SEMRUD-CLIKEMAN 2012 WASI Todos
ZAMBRANO-SÁNCHEZ et al 2013 WISC-IV Todos
SURMAN et al 2013 WAIS-III Aritmética; Dígitos
THEILLING; PETERMANN 2014 WAIS-IV Todos
Vocabulário; Cubos; Procurar Símbolos;
ANTSHEL et al 2014 WAIS-III
Aritmética; Dígitos
BANIHANI et al 2016 WISC-IV Todos
PASTURA et al 2016 WISC-III Dígitos
WISC-IV
SIMONE et al 2016 Dígitos
INTEGRATED
BRINKER et al 2017 WISC-IV Todos
PAKDAMAN et al 2018 WISC-IV Todos
WISC-III; WISC- Vocabulário; Cubos; Dígitos; Aritmética;
BÜTTOW; FIGUEIREDO 2019
IV Sequência de números; Letras
Fonte: Dados da pesquisa, 2019.

4 DISCUSSÃO

Os resultados encontrados no estudo apontaram para uma maior publicação de artigos


relacionados às Escalas Wechsler de Inteligência no TDAH entre 2010 e 2012, o que mostra
um declínio no engajamento de estudos da área. Assim como foi notado na amostra final, na
qual apenas dois dos 27 artigos se encontravam na língua portuguesa, pode-se afirmar que ainda
há um baixo interesse científico no Brasil para a realização de estudos relacionados à temática,
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apesar do TDAH ser aclamado como um dos diagnósticos psiquiátricos mais estudados no
campo neuropsiquiátrico (CALIMAN, 2008).
Em relação às revistas/periódicos nos quais os artigos foram publicados, foi encontrada
uma grande variedade, sendo de maioria internacional e focadas em diversas áreas de estudos,
como a Psiquiatria, Psicofarmacologia, Pediatria, Neurologia e Neuropsicologia, revelando um
interesse multidisciplinar na realização de trabalhos científicos que envolvam o tema abordado
neste estudo.
Pôde-se perceber uma atenção maior por grande parte da amostra no tipo de estudo
experimental, enquanto os demais se dividiram entre um estudo de caso e quatro estudos
observacionais de delineamento longitudinal, o que indica uma tendência na investigação
científica da temática por meio deste tipo de estudo, seja pela vantagens que dispõe ou por se
adequar mais aos objetivos das respectivas pesquisas.
Já no que diz respeito à idade dos indivíduos investigados pelos estudos, a
predominância de amostras compostas apenas por crianças sobre adolescentes, adultos e até
amostras mistas, aponta para um engajamento maior em pesquisas realizadas com o público
infantil, o que pode ser justificado pela prevalência do TDAH ser o dobro em crianças do que
em adultos (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION et al, 2014).
Concordando com a faixa etária mais investigada pelos artigos da amostra, a Escala
Wechsler de Inteligência que se mostrou mais presente no estudo, o WISC-IV, tem como foco
o público infantil, e apesar de não ser a versão da escala mais recente, aparentemente ainda é a
mais utilizada pela literatura científica como ilustrado no recorte realizado neste estudo, já que
não foram incluídos na amostra final nenhum artigo com a utilização do WISC-V, lançado em
2014 (WECHSLER, 2014).
Este dado pode ter sua justificativa em alguns fatores, como o recorte de período de
publicação usado neste estudo, no qual o lançamento do WISC-V se encontra seis anos após o
ano mínimo, dando uma margem de apenas 4 anos para realização de estudos para que fossem
incluídos nesta seleção; adaptação da literatura científica mundial para a utilização do
instrumento, pois dado o quanto é recente a nível mundial, necessita de tempo hábil para que
passe a ser utilizado com mais frequência pela comunidade científica, assim como para que
sejam criadas sua versões padronizadas para países específicos.
Tomando como exemplo suas versões anteriores, o WISC-III e o WISC-IV, foram
publicados respectivamente nos anos de 1991 e 2003, porém suas versões padronizadas para
amostras brasileiras ocorreram respectivamente nos anos de 2002 e 2013.No caso, nota-se que
as versões brasileiras das escalas foram lançadas um ano antes da criação de uma versão mais
15

nova, ilustrando a quantidade de tempo necessária para uma adaptação localizada de uma Escala
Wechsler de Inteligência. (WECHSLER, 2002/2013).
No que concerne a utilização completa ou de subtestes específicos das escalas, os
resultados apontarem para maior utilização das escalas por completo pode indicar uma
preocupação maior na realização de avaliações neuropsicológicas mais profundas para
produção de estudos científicos com indivíduos com TDAH. Além disso somando os dados que
a maioria dos estudos utilizaram as escalas por completo e tiveram criança como sujeitos
investigados, aponta-se para um possível compromisso da comunidade científica com a questão
da avaliação neuropsicológica infantil no TDAH.,
Por fim, dentro da parcela dos estudos que utilizaram subtestes específicos em vez da
escalas completas, o destaque do subteste Dígitos se mostra interessante pois ele se encontra
entre os subtestes que auxiliam na medição do Índice de Memória Operacional, funcionando
através de uma tarefa simples (ordem direta) e outra complexa (ordem reversa), que testam a
amplitude de atenção do indivíduo, tendo assim sua importância dentro da avaliação
neuropsicológica do TDAH (WECHSLER, 2004).

5 CONCLUSÃO

O presente estudo foi realizado com intenção de investigar a utilização das Escalas
Wechsler de Inteligência no TDAH nos últimos 10 anos a partir de uma revisão sistemática de
literatura, utilizando de seu rigor científico e suas etapas para selecionar os estudos, extrair os
dados necessários, agrupá-los e discuti-los.
Desta forma, foi possível obter os resultados desejados pela pesquisa de forma
satisfatória, que apresentou um perfil dos estudos envolvendo Escalas Wechsler de Inteligência
em indivíduos com TDAH através da exposição de diversos dados coletados. Pôde-se descobrir
que dentre as escalas, o WISC-IV foi a mais utilizada; que a maioria dos estudos possuem
crianças como amostra, utilizam as escalas por completo, são do tipo de estudo experimental e
estão na língua inglesa, assim como dentre os estudos que utilizam de subtestes específicos, que
o subteste Dígitos foi o mais utilizado.
Dentre as limitações do estudo, pode-se apontar a quantidade de bases de dados
escolhidas para serem abordadas, pesquisas em idiomas que não se encontravam nos critérios
de inclusão e possíveis estudos que se encaixariam na amostra, porém não foram identificados
pelos descritores nas buscas iniciais.
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A pesquisa se limitou a mostrar um panorama geral dos estudos e não se aprofundou a


ponto de analisar os resultados das avaliações neuropsicológicas feitas com as Escalas Wechsler
de Inteligência nos indivíduos com TDAH, o qual exibiria um perfil mais aprofundado das
pesquisas, que pode ser realizado em estudos futuros, assim como trabalhos que investiguem a
utilização destas escalas ou de outros instrumentos de avaliação neuropsicológica em outros
transtornos psiquiátricos, pois é necessário que cada vez mais sejam realizados estudos
científicos abordando a temática da avaliação neuropsicológica e seus diversos instrumentos
nestes transtornos para que se obtenha mais conhecimento e compreensão sobre eles.

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