Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Introdução
A Infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia frequente que acomete o sistema
urinário como os rins, a bexiga, os ureteres e a uretra e podem ocorrer em todas as faixas
etárias. A ITU pode ser classificada em baixa (cistite) e alta (pielonefrite), sendo que na
ITU baixa atinge a bexiga e a alta os rins. (OLIVEIRA et al., 2014)
Nas ITUs, a princípio têm-se uma inflamação da uretrite, e quando não tratada,
inicialmente, o processo inflamatório pode evoluir para cistite e até mesmo uretrite. A
ITU é provocada pela multiplicação de microrganismos nas vias urinárias que são
estéreis, com exceção do meato uretral e a uretra distal. Esses microrganismos podem
entrar na corrente sanguínea e evoluir para um quadro urosepse, levando muitas vezes o
paciente a óbito (OLIVEIRA et al., 2014).
A E. Coli é responsável por 90% dos casos de ITUs, seguida das demais bactérias
Gram-negativas. Esse patógeno está presente principalmente na microbiota gastrointestinal
do ser humano, e que em condições saudáveis não causam danos aos tecidos (FREITAS et
al., 2016; Souza et al., 2016).
Essa infecção acomete tanto os homens quanto as mulheres, mas torna-se mais
frequente no sexo feminino devido a sua característica anatômica e fisiológica.
Anatomicamente, há a proximidade da uretra com o ânus, mau hábito de higiene, o
tamanho da uretra, relações sexuais e falta de saneamento básico são alguns fatores que
podem contribuir com o aparecimento da ITU que pode ser causada por bactérias
resistentes aos antimicrobianos (FREITAS et al., 2016).
A resistência bacteriana em relação aos fármacos tornou-se um assunto de saúde
pública, pois o mau uso desses antibióticos favorece a aceleração do processo natural de
resistência das bactérias e assim afetam a qualidade de vida da população e também gera
mais gastos para a saúde tanto no âmbito público como no privado (LOUREIRO et al.,
2016).
A E. Coli faz parte do grupo das cepas de bactérias que desenvolveram resistência
antimicrobiana à classe das Fluoroquinolonas, antimicrobianos de segunda escolha para o
tratamento da ITU (VOLCÃO et al., 2016).
Objetivo Geral
Analisar as características microbiológicas das ITUs comunitárias causadas por
E. coli resistentes às fluoroquinolonas (Ciprofloxacino e Norfloxacino) e
quinolona.
Objetivos Específicos
- Descrevera resistência em E. coli resistentes a quinolona e fluoroquinolonas aos
antimicrobianos de largo espectro usados no tratamento das ITUs;
Os registros das uroculturas positivas utilizados neste estudo serão emitidos por
quatro laboratórios que realizam exames nos sistemas de saúde público e privado da
região metropolitana de Goiânia, Brasil.
Para cada urocultura, também serão registrados a idade e o sexo dos indivíduos. As
informações clínicas do paciente não estão disponíveis porque essas informações não são
um parâmetro registrado em laboratórios ambulatoriais.
Resultados Esperados
- Demonstrar que as resistências aos antimicrobianos de largo
espectro e os de uso oral possuem boa sensibilidade e que seu
uso empírico possa ser estabelecido;
- Participar de seminários;
Resultados
Análises estatísticas
CLSI. CLINICAL LABORATORY AND STANDARDS INSTITUTE. Performance Standards for Antimicrobial. M100-
S15 2018;25.
FIHN S. D. (2003) Clinical practice. Acute uncomplicated urinary tract infection in women. New England Journal of
Medicine, 349:259–66. PMID: 12867610 10.1056/NEJMmcp030027.
LEOPOLD, STIJE et al. Antimicrobial drug resistance among clinically relevant bacterial isolates in sub-Saharan
Africa: a systematic review. The Journal of antimicrobial chemotherapy, vol. 69, n. 9, p. 2337–2353. 2014.
LEWIS, D. et al. Antimicrobial susceptibility of organisms causing community-acquired urinary tract infections in
Gauteng Province, South Africa. South African Medical Journal, vol. 103, n. 6, p.377-381. 2013.
LOUREIRO, RUI et al. O uso de antibióticos e as resistências bacterianas: breves notas sobre a sua
evolução. Revista Portuguesa de Saúde Pública, Portugal, vol.34, n. 1, p. 77-84. 2016.
NDZIME, YANN et al. Epidemiology of Community Origin Escherichia coli and Klebsiella pneumoniae
Uropathogenic Strains Resistant to Antibiotics in Franceville, Gabon. Infection and Drug Resistance, vol. 14, p.
585-594. 2021.
OLIVEIRA, ANNA et al. Mecanismos de resistência bacteriana a antibióticos na infecção urinária. Revista Uningá
Review, Belo Horizonte- MG, vol. 20, n. 3, p. 65-71. 2014.
SOUZA, CINTYA et al. Escherichia Coli enteropatogênica: uma categoria diarreiogênica versátil. Revista Pan-
Amazônica de Saúde, Ananindeua, vol. 7, n. 2, p. 79-91. 2016.
VOLCÃO, LISIANE et al. Fatores associados com a resistência de Ciprofloxacina e Levofloxacina em bacilos
Gram-negativos isolados de infecção do trato urinário. Revista de Epidemiologia e Controle de Infecção, Santa
Cruz do Sul-RS, vol. 6, n. 1, p. 18-23. 2016.
Cronograma
Atividade Início Fim
Participação em reuniões do grupo, Revisão da literatura, Coleta de 09/2021 08/2022
dados, Tabulação de dados, Análise de dados, Redação dos
resultados(artigo, trabalhos para congressos e outras reuniões
científicas)