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EQ. 10.1
(muscovita) (quartzo) (K-feldspato) (sillimanita)
EQ.10.2
EQ. 10.3
(hematita) (magnetita)
EQ. 10.6
onde os colchetes indicam a fração molar das respectivas espécies nas soluções
sólidas que contêm hematita e magnetita, e Po2 é a pressão parcial de oxigênio.
Relações desse tipo podem ser usadas para estimar a temperatura se o estado
de oxirredução do sistema for conhecido, ou vice-versa, para estimar a
10 REAÇÕES MINERAIS 1 237
EQ.10.7
(faialita) (quartzo) (rnagnetita)
•1
Diagênese inicial
[
cpvC - cpD dC]
dz
- [cpvC - cpD dC]
z dz z+l'i.z
= -P (z) ~ z EQ.10.8
100 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Água do mar
10 - - - - - ------ - - - - !
bO
=
o
E
E
o
""
e.,,,
Ecc 0,1
w
u
e=
o
<..)
-®-SOt --<rPOt
0,01 -0-NHt - -H 2S
(inferido)
--sio1
0,001 O
5 10 15 20 25 30
Profundidade aba ixo da interface água do mar - sedimento (cm)
,, Reações hidrotermais
[Na+]) tiH
ln ( --+- = - + constante EQ.10.9
[H ] solução RT
EQ.10.10
(solução) (feldspato) (feldspato) (solução)
d ln [Si02Jsolução tiH
EQ.10.12
d (1/T) R
242 1 GEOQUÍMI CA: UMA INTRODUÇÃO
EQ.10.13
800
700
Ee.. 600
e..
500
"'
"C
·;;:
ê5 400
"'
-~
"C
300
~"'
cr.i
200
100
Fig. 10.4 Solubilidade da sílica em água. O teor de sílica de águas termais pode ser
usado como um termômetro até uma temperatura de 220ºC e, dessa maneira, indicar
a profundidade de equilíbrio. Acima dessa temperatura ocorre a precipitação de sílica
amorfa durante o fluxo ascendente da solução
10 REAÇÕ ES MINERAIS 1 243
+ + + + + '
, +++++++ 1
das soluções de fumarolas negras indica J +++++++
++++++++ I
I
++++ ++++
sua origem pela infiltração de água do mar +++++++
I
++++++++
nas bordas das cadeias meso-oceânicas e ++++++T
+++++++
\ +++++++
reação em profundidade com o basalto 1
• • • • • • • 700ºC 350ºC
Intrusão granítica
ainda quente. As reações hidrotermais
nas cadeias meso-oceânicas têm um papel Fig. 10.5 Sistema geotermal controlado pela intru-
importante no ciclo do magnésio e no são de um granito: a água meteórica se infiltra, se
controle da alcalinidade do oceano. Obser- aquece nas proximidades da intrusão, torna-se me-
vou-se que a água das fumarolas negras das nos densa e percola a rocha em direção à superfície.
Os números indicados (em %o ) são os valores de
cadeias oceânicas é particularmente ácida,
<'i 18 0 da rocha (e da precipitação). A água da chuva
ou seja, seu pH (tipicamente em torno é fortemente depletada em 18 0 e altera os valores
de 3) é muito mais baixo que o da água das rochas, aqui inicialmente em +8 %0, para valores
do oceano profundo (7,6), e totalmente mais baixos de <"> 18 0, dependendo da temperatura
desprovida de magnésio. Isso pode ser e da razão água/rocha. A cristalização de magmas
explicado pelas reações da água do mar graníticos pode liberar fluídos magmáticos
com os minerais do basalto:
cujo efeito é a troca do íon Mg 2+, abundante na água do mar, por prótons, o
que reduz a alcalinidade. Nessas reações, a sílica em solução é proveniente da
dissolução de rochas ígneas (basalto, gabro).
O íon ferro férrico se precipita como hidróxido Fe(OHh e o íon 52-, como
sulfetos de ferro e cobre (calcopirita) e de zinco (esfalerita), para a formação
das chaminés submarinas mineralizadas de fumarolas negras. Os isótopos de
enxofre indicam que, nos sistemas hidrotermais das cadeias meso-oceânicas,,
o enxofre derivado da água do mar por meio da reação acima é dominado
pelo enxofre lixiviado das rochas basálticas. A reação de redução de sulfatos
também transforma parte do ferro ferros o da crosta oceânica em ferro
férrico, presente na forma de óxidos ou silicatos ( epídoto). A subducção
de crosta oceânica controla, portanto, não apenas a hidratação do manto,.
mas também as proporções relativas entre ferro ferroso e ferro férrico, e a
condutividade elétrica. O manto terrestre, no qual uma enorme quantidade
de crosta oxidada foi reciclada ao longo da história da Terra, é, por esse
motivo, mais oxidado que o manto da Lua.
10.3 Metamorfismo
0,8
0,7
0,6
~ 0,5
"'
o...
C!l
o 0,4
'"'"'
"'
e:
o...
0,3
0,2
0,1
0,0
400 450 500 550 600 650 700
Temperatura (ºC)
Fig. 10.6 Grade metamórfica mostrando a curva da reação de desidratação (que pode
ser descrita pela Eq. 10.2) e três reações sólido-sólido, cujas linhas têm inclinações
praticamente constantes
246 1 GEOQUÍMICA: UMA INTRODUÇÃO
A essa altura, podemos abordar com mais detalhe as relações entre pressão
de fluido - para simplificar, vamos considerar o fluido como sendo água
pura - e a pressão das rochas circundantes. Como a água é cerca de três
vezes menos densa que as rochas, o peso de uma coluna de água é três vezes
menor que o peso de uma coluna de rocha da mesma altura. Próximo à
superfície, os poros estão interconectados e a pressão de fluidos intersticiais
é, portanto, igual à pressão hidrostática. Como o peso da coluna de água
corresponde a cerca de um terço do peso da coluna de rocha, a pressão na
matriz da rocha (pressão litostática) é maior que a pressão da água intersticial.
Com a profundidade, a rocha é compactada e os poros tendem a se fechar,
isolando progressivamente a água neles contida, poucos quilômetros abaixo
da superfície. Nesse caso, a pressão de fluidos e a pressão da rocha estão
em equilíbrio. Quando a temperatura dessas rochas é elevada por eventos
metamórficos, a pressão hidrostática excede a pressão da rocha, porque a
água tem maior expansividade térmica que a rocha. Como a resistência da
rocha a esforços tensionais em geral é baixa, esse contraste de pressão causa
hidrofraturamento e escape da água.
Tempo
Fig. 10.7 Trajetórias térmicas usuais em rochas do manto (acima) e da crosta (abaixo).
A zona sombreada representa a temperatura de fechamento de uma reação mineral
usada para estimativas de pressão e temperatura ou de um cronômetro, como
por exemplo, idades 176 Lu- 176 Hf em granada. A temperatura em rochas do manto
tipicamente excedem 900ºC: seus minerais, portanto, permanecem continuamente
abertos para trocas de elementos e isótopos. Em contraposição, após seu resfriamento
inicial até temperaturas relativamente baixas, as estimativas de PT e as idades de
rochas da crosta podem ser afetadas por eventos geológicos episódicos
Existem várias razões para se estimar a quantidade de água que possa ter
interagido com uma dada rocha durante processos diagenéticos, hidrotermais
ou metamórficos: podemos estar interessados em avaliar a reserva de um
certo elemento de interesse econômico que ficou retida na rocha-fonte de u
depósito mineral em particular, ou avaliar até que ponto a circulação de água
afetou o regime térmico de uma certa região, ou avaliar a perturbação das
propriedades geoquímicas iniciais de uma rocha, um mineral ou um fóss· .
10 REAÇÕES MINERAIS 1 249
EQ. 10.17
A ô 18 0RF 18
- Õ 0 RH
EQ.10.18
R õl 8Q AH - õl 8Q AM
EQ.10.19
A 5 , S - (- 2) =1 875 EQ.10.20
R (-2)-4-(-10) '
!50 j GEOQUÍMICA: UMA INTRODUÇÃO
Exercícios
1. Demonstre que, se as mudanças de entalpia t:.H (T, P), entropia t:.S (T, P) e volume
t:. V (T, P) de uma reação são aproximadamente constantes, (C11) no Apêndice C
pode ser integrada como
o valor de fiH 0 (298,1) desta reação é 173,000 J mo1 - 1 e o valor de fi5 0 (298,1)
é 350,2 J mo1- 1 K- 1 • Considere que esses dois valores permaneçam constantes e
calcule Pco 2 para a faixa de temperatura de 350 a 550ºC.
7. Calcule Pco 2 como no exercício anterior considerando um carbonato com proporções
molares iguais de calcita (CaC0 3 ) e magnesita (MgC0 3 ) .
8. Use a Eq. (10.13) para obter os valores de fi H0 e ti50 da dissolução de quartzo
em água sob pressão atmosférica. A partir das tabelas de dados termodinâmicos,
sabemos que ti V O entre o volume molar da sílica dissolvida e do quartzo é de - 9,1
1o-6 m3 . Calcule a solubilidade da sílica a 300ºCem pressão de superfície e a O, 1 GPa.
Discuta as possíveis implicações para a interpretação da composição química das
soluções hidrotermais.
9. A olivina é uma solução sólida de forsterita (Mg 2 Si0 4 ) e faialita (Fe 2 Si0 4 ) . Escreva
as equações simultâneas de intemperismo por reação com água pura (hidrólise) de
faialita para magnetita (Fe 3 04 ) e de forsterita para serpentina (Mg 3 Sh 0 5 (0H) 4 ) e
explique por que a alteração de baixa temperatura de peridotitos é uma fonte de
hidrogênio. Quantos moles de olivina fo 90 (90% em moles de forsterita e 10% em
moles de fa ialita) do manto são necessários para a produção de um mol de H2 ?
Considerando que uma massa equivalente a 10% ("" 2 km 3 a- 1) da produção anual
de crosta oceânica é serpentinizada, qual é a produção anual de hidrogênio das
cadeias mesa-oceânicas para o oceano e para a atmosfera? Na sua opinião, qual
é o destino desse hidrogênio?
10. Basaltos frescos de cadeias mesa-oceânicas (MORBs) contêm cerca de 10% em
peso de FeO. Após a reação da crosta oceânica jovem com o sulfato da água do
mar, uma parte do Fe 2+ é oxidada para Fe 3+. Quantos gramas de água do mar com
concentração de sulfato [So~- J =28,9 mmol kg- 1 são necessários para oxidar todo o
Fe 2+ contido em 100 gramas de MORB?
11. As soluções hidrotermais expelidas pelas fumarolas negras nas cadeias mesa-oceâ-