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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

Universidade Federal de Ouro Preto


Departamento de Direito

Disciplina: Direito Financeiro e Tributário II


Prof. THIAGO Chaves Gaspar Bretas LAGE

Atividade avaliativa da semana de 8/11/2021. Valor: 10 pontos


Alunos(as), em ordem alfabética:

1 Carolina Izabela Pereira Goulart Grupo:


2 Laura Gomes Pires
3 Lígia Barbosa Gonçalves H
4 Maria Fernanda de Souza Moreira
5 Michelle de Fátima Estevão

Instruções:
1 O depósito/postagem da atividade deverá ser feito exclusivamente por meio da Plataforma Moodle, em
formato “PDF” (Adobe Acrobat), até às 23:55h do dia 15/11/2021. Perda de prazo acarretará nota “0”;
2 Poderá ser feito em grupo (conforme Grupos A, B, C... formados diretamente na Plataforma Moodle);
3 Ao usar “ideias de terceiros” (sejam trechos de sentenças, votos, artigos, livros, etc.), indiquem
expressamente as referências/fontes, de modo completo;
4 A entrega deve ser concentrada por grupo (um PDF por grupo, ao invés de postagens distintas por cada
aluno);
5 Postagens com textos integral ou parcialmente repetidos, plagiados etc. terão nota “0”. É responsabilidade
do aluno/grupo cuidar para que seu trabalho seja original;
6 Preencher todas as caixas de texto disponíveis com as informações respectivas e respeitar os espaços
delimitados.

ATIVIDADE
Selecionar dois acórdãos de Tribunais (TRF-2 e/ou TJRJ) que tratem diretamente do conteúdo
abordado nas Unidades 1 e 2. O primeiro acórdão deverá se referir ao tema da Unidade 1 e, o
segundo, ao da Unidade 2, nesta ordem.

A referência aos julgados deverá seguir a formatação padrão (“ementa sem formatação” ou
“resultado sem formatação”) disponibilizada pelo próprio Tribunal na página de consulta
jurisprudencial.

Nenhum aluno/grupo poderá utilizar um mesmo acórdão que tenha sido usado por outro
(aluno/grupo). A primeira postagem/utilização do acórdão será aferida pela data de envio da atividade
na Plataforma Moodle e pontuada. As subsequentes utilizações do mesmo acórdão serão
desconsideradas, atribuindo-se a nota “0”.

O aluno/grupo deverá indicar expressamente a correlação entre o acórdão selecionado e a Unidade


respectiva do programa da Disciplina.
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Referência do acórdão 1 (Unidade 1)

(TJRJ. 0011154-97.2013.8.19.0052 - APELACAO / REMESSA NECESSARIA. Des(a). MARIA


HELENA PINTO MACHADO - Julgamento: 27/07/2016 - QUARTA CÂMARA CÍVEL).

*O acórdão respectivo, em formato PDF, também deverá ser anexado quando da postagem da atividade na Plataforma
Moodle, com o seguinte título: “GrupoX_Unidade1.pdf” (o “X” deverá ser substituído pela letra específica referente ao
Grupo).

Fundamente a escolha do acórdão, detalhando sua conexão com a Unidade respectiva do Programa
No presente acórdão, o requerente pede a declaração de ilegalidade da cobrança de
Contribuição para Custeio de Iluminação Pública (COSIP) por parte do Município de Araruama,
demanda a sua suspensão, além da condenação do Município à reincidência de todos os
valores pagos indevidamente. Todavia, a Constituição da República em seu Art. 149-A assegura
que os Municípios poderão instituir contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública,
disposto no art. 150, I e III, o que torna a cobrança do tributo legal com base no texto
constitucional.
Contudo, a divergência entre a base de cálculo imposta pelo Decreto n° 191/2002 e o
disposto pela Lei Municipal nº 1213/2002 de Araruama, foi objeto de análise do TJRJ, visto que
tal disparidade violou o Princípio da Legalidade (art. 5°, II, 37 e 150, I, da CRFB/88), ao criar
alíquotas diferenciadas, de acordo com a quantidade de energia elétrica consumida pelo
contribuinte residencial/comercial. Relativamente a tributos estaduais e municipais, há também
a necessidade de equiparar a taxa de juros da mora incidente na repetição de indébito com a
mesma utilizada para cobrança do tributo em atraso em favor do contribuinte. É importante
salientar que também houve omissão da taxa de juros moratórios sobre os créditos da Fazenda
Municipal pela Lei Complementar nº 23/2001 de Araruama. Dito isso, esta deve estar de acordo
com o Art. 161, §1º do CTN, que impõe o valor de 1% na taxa de juros.
O citado acórdão relaciona-se com o conteúdo estudado no tocante ao Princípio da
Legalidade, garantido no art.5°, II da Constituição da República de 1988. Em se tratando
especificamente do Direito Tributário, o princípio ainda é reforçado no art.150, I, que enuncia a
vedação aos entes federados de exigir ou majorar tributos sem que uma lei estabeleça. Nesse
sentido, é imprescindível que esse princípio seja respeitado, pois assegura que um indivíduo
não será obrigado a cumprir uma obrigação, seja ela tributária ou não, sem que seja
previamente estabelecido, mediante lei específica. Dessa forma, o Princípio da Legalidade
oferece proteção contra possíveis arbitrariedades do Governo.
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Referência do acórdão 2 (Unidade 2)


(TJRJ. 0042327-96.2016.8.19.0000 - AGRAVO INTERNO CONTRA DECISÃO. Des.
FERDINALDO NASCIMENTO- Julgamento: 12/12/2017 - DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL).

*O acórdão respectivo, em formato PDF, também deverá ser anexado quando da postagem da atividade na Plataforma
Moodle, com o seguinte título: “GrupoX_Unidade2.pdf” (o “X” deverá ser substituído pela letra específica referente ao
Grupo).

Fundamente a escolha do acórdão, detalhando sua conexão com a Unidade respectiva do Programa
O segundo acórdão trata de Agravo Interno, tendo como agravante, o Município de Nilópolis e
agravado, a Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. A
parte agravante reinvidica a cobrança do IPTU, afirmando que a imunidade em relação à este
imposto demanda análise da legislação infraconstitucional. Outrossim, afirma que as isenções
não são automáticas e dependem do cumprimento de requisitos estabelecidos pelo município,
para que o agravado obtenha a isenção tributária. No entanto, conforme o art. 150 da
Constituição Federal, inciso VI, é vedada à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a
instituição de imposto sobre templo religioso, automaticamente pela legislação, sem que haja
necessidade de cumprir quaisquer requisitos legais para usufruir da imunidade, desde que,
observado que o patrimônio, renda e serviços sejam utilizados para o desenvolvimento das
atividade finalísticas da organização. Além disso, Sacha Calmon Navarro Coelho, professor e
jurista brasileiro, menciona que a imunidade abarca o templo, ou seja, o local utilizado para
cultos religiosos. Dessa forma, uma vez que incide sobre o templo religioso, deve o município
abster-se no que diz respeito a qualquer cobrança sobre o imóvel utilizado, incluindo o IPTU.
Entretanto, caso as organizações religiosas utilizem o local para fins econômicos, desconsidera-
se a imunidade, pois esse deixa de cumprir sua função essencial. O referido acórdão relaciona-
se com a disciplina estudada no que tange às imunidades tributárias genéricas, previstas no
art.150, inciso VI, conforme citado anteriormente. Ademais, ressalta-se que cada imposto tem
sua fonte arrecadatória, finalidade e fato gerador diversos. Em relação ao imposto, frisa-se a
imunidade tributária – em que a própria Constituição elenca os casos que o Estado tem o dever
de não tributar; e isenção tributária – em que a obrigação incide, mas o ente competente pela
tributação aplica a dispensa do pagamento. Portanto, dispensada a necessidade de fazer
cobranças, impor condições e ser auto aplicável, trata-se de imunidade incondicionada, também
classificada como imunidade genérica subjetiva, uma vez que protege diretamente o direito das
pessoas de cultuar sua fé, de modo que objetiva proteger valores éticos.

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