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Profas.

Laélia Campos e Ana Maia

2022/1
Aula de Hoje:
Emissão de raios X
Emissão de raios X: Objetivos

• Importância da filtração
• Colimação do feixe de raios X
• Gerador de raios X
• Influência do gerador na produção dos raios X e
no espectro de saída
• Influência da carga térmica e do resfriamento do
tubo de raios X na duração e número de
exposições radiográficas
Atenuação do feixe

• A interação da radiação com a matéria gera


redução do número de fótons do feixe incidente:
atenuação.

• A redução do número de fótons é proporcional ao


número de fótons incidentes e a espessura do
material absorvedor.
Filtração
• O feixe é atenuado quando
passa por uma camada de
material.
• Intrínseca (vidro ou metal
inserido no tubo).
• Adicional (lâminas de
metal intencionalmente
colocadas, acrílico, etc)
• Por que filtrar?
– Fótons com energia
<20 KeV têm muito
baixa penetração (só
45% em 1 cm de
músculo). Portanto, não
contribuem com Curry, et al.,
informações sobre o Christensen’s Physics
of Diagnostic
paciente e só aumentam Radiology, 4th ed., p.
a dose do paciente. 89- 91.
Absorção do feixe de radiação eletromagnética

Toda vez que um feixe de raios


gama incide numa lâmina
delgada o feixe sofre uma
absorção, diminuindo
exponencialmente sua
intensidade em função da
espessura da lâmina.

Onde:
I = intensidade do feixe após
passar pelo absorvedor
I0 = intensidade do feixe antes de
passar pelo absorvedor
µ = coeficiente de absorção linear
do material absorvedor
X = espessura do absorvedor
Absorção do feixe de radiação eletromagnética
Camada semi-redutora (CSR)

• A espessura do material que absorve 50% do feixe


inicial é denominada de camada semi-redutora X½
(ou HVL, do inglês Half-Value Layer).
Da expressão
PENETRAÇÃO I = I0 . exp(-µX)
quando I=I0/2
resulta que
µ = ln(2) / X½
~ 0,693 / X½
Alternativamente,
X½ = ln(2) / µ
~ 0,693 / µ
Espessura (em CSRs)
Energia da Radiação Incidente (100%)

Camada Semi-Redutora
Camada semi-redutora (CSR)

Percentual de Energia Transmitido


Exercício de Fixação

Num experimento foi determinado que a CSR para uma


determinada energia é igual a 4 cm. Qual é o valor do
coeficiente de absorção µ?

Neste exercício é dada a X½ = 4 cm e pede-se o µ, portanto:

µ = ln(2) / X½
~ 0.693 / X½
~ 0,693 / 4 = 0,173 cm-1
Endurecimento do feixe

• O processo Bremsstrahlung
produz um amplo espectro de
energias, resultando num feixe
de raios X polienergético.
• Como fótons com menor
energia tem um maior
coeficiente de atenuação, eles
são removidos do feixe.
• A energia média do feixe
resultante é deslocada para
mais alta energia.

c.f. Bushberg, et al. The Essential Physics of Medical Imaging, 1st ed., p. 281.
Endurecimento do Feixe
Feixes Polienergéticos:
 Filtração   Energia Efetiva e CH → 1

Bushberg et al. The essential physics of medical imaging. LWW, 2002


Coeficiente de Homogeneidade

Coeficiente de Homogeneidade = 1ª CSR / 2ª CSR

Para feixes monoenergéticos:


Fótons Transmitidos

Feixe Monoenergético 1ªCSR = 2ªCSR = 3ªCSR = ...


(100keV)
 CH = 1

Feixe Polienergético
(100kVp)
Entretanto, os espectros de
radiação X não são
monoenergéticos...
1ª CSR
2ª CSR
1ª CSR

4ª CSR
2ª CSR

3ª CSR

4ª CSR

cm de água
1ªCSR < 2ªCSR < 3ªCSR < ...
 CH sempre < 1
Poder de Penetração
• É a capacidade de
atravessar um
determinado meio.
• A radiação X é muito
penetrante e por isso
consegue sensibilizar o
filme/detector após
atravessar o paciente.
• Daí a importância da
radiação X na obtenção
de imagens.
Filtros

• Absorvem raios de baixa


energia e reduzem a dose no
paciente (↑ qualidade ou
endurecimento do feixe).
Aumento da energia média.
• Feitos normalmente de
alumínio (Z=13) e/ou cobre
(Z=29) e colocados na saída
da janela da ampola.
Espessuras na faixa de mm.
• Filtros de compensação,
partes menos espessas –
“efeito anódico”.
Cuidado com a filtração!

- Pouca filtração resulta em uma dose de radiação


maior ao paciente devido a maior quantidade de
raios X de baixas energias que não conseguem
atravessar o corpo do paciente.

-Muita filtração resulta em uma imagem de pior


qualidade já que raios X de altas energias produzem
menos contraste.
Filtros: Influência da E e do Z
Baixa
energia

Alta
energia

Alta densidade

Mesma
energia

Baixa densidade
Filtros: Espessura mínima vs kVp

• IN Nº 90 de 27 de maio de 2021.
Outros filtros
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
Colimadores
• Ajustam o tamanho e a
forma do feixe de raios X.
• Diafragma de abertura
(retangular ou circular)
feito com folhas de
chumbo.
• Com dispositivos ópticos
para simular o campo de
radiação.
• Reduz a dose no
paciente; ALARA: as low
as reasonably achievable.
• Reduz a radiação Bushberg, et al., The Essential Physics of
Medical Imaging, 3rd ed., p. 188.
secundária (espalhada):
melhora o contraste.
Teste de Colimação
Temporizadores (fototimers)
Controle automático da exposição (AEC)

• Embora o tempo de exposição possa ser fixado


manualmente, os temporizadores ajudam a
manter uma exposição constante.
• São usadas câmaras de ionização/fotocélulas;
• É escolhido um kVp; a corrente no tubo cessa
quando a exposição acumulada se iguala a uma
de referência.
Necessidade de transformação de tensão
• Uma tensão (V) variável no tempo
( corrente variável I) no
enrolamento primário cria um campo
magnético variável B.
• Caso senoidal
– Vp(t) = Vp·sen(2pft) e
– B(t) = B·sen(2pft)

• Se as linhas deste campo magnético


variável B passam através de um
núcleo ferromagnético então uma
tensão variável V será induzida no
enrolamento secundário.
– Vs(t) = Vs·sen(2pft) Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical
Imaging, 3rd ed., p. 192.
• As magnitudes de Vp e Vs dependem
do número de voltas no primário (Np)
e no secundário (Ns).
Relações
• Lei dos transformadores:
– Vp / Vs = Np / Ns ou
– Ns = Np · (Vs / Vp)
• Transformador “Step-up”:
– Ns > Np
• Transformador de isolamento:
– Ns = Np
• Transformador de “Step-down”:
– Ns < Np
• Igualdade da potência de saída:
– Vp ∙ Ip = Vs ∙ Is
Autotransformadores

• Usado para o filamento


emitir elétrons.
• Uma parte principal em
ferro envolto por um
único fio, onde a tensão
de saída pode ser variada
a partir da posição onde
são colocadas as linhas de Bushberg, et al., The Essential Physics
of Medical Imaging, 2nd ed., p. 118.

entrada e saída.
Componentes do gerador de raios X
Circuito de potência: Circuito do filamento:
– Baixa tensão de entrada – “mA” fixa a corrente no tubo
– Alta tensão na saída – “Tempo” fixa a duração da
– Autotransformadores permitem exposição
a seleção de kVp – Exposição manual ou automática

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 3rd ed., p. 194.
Console do operador
• O operador seleciona: Tensão de pico (kVp), a
corrente no tubo (mA), o tempo de exposição (s) e o
tamanho do ponto focal.
• O kVp determina a qualidade (penetrabilidade) do
feixe o que influencia fortemente o contraste.
• O mA determina a taxa de fluência de raios X
(fótons/cm2.s) emitidos pelo tubo num dado kVp.
• mAs = mA · s (tempo de exposição)  fótons/cm2
(fluência).
• mA baixo permite menores pontos focais.
• mA alto requer grandes pontos focais para dissipar o
calor gerado.
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
Necessidade de retificação

• Garantir a correta polarização dos eletrodos;

• Como a corrente de alimentação é alternada, sem


retificação a polarização dos eletrodos ficaria
alternando com a mesma periodicidade da
corrente, o que alteraria constantemente o sentido
de propagação dos elétrons no interior do tubo, o
que impossibilitaria o processo de produção dos
raios X de funcionar corretamente.
Bushberg, et al., The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 125.
Geradores monofásicos
• Diodos – Válvula ou dispositivo de
estado sólido: nele a corrente é
unidirecional (elétrons do cátodo ao
ânodo somente).
Um pulso/ciclo Dois pulsos/ciclo
Retificação de meia onda (um pulso) e de
onda completa (dois pulsos)

c.f. Johns, et al. The Physics of Radiology, 4nd ed., p. 45.


Gerador monofásico com dois pulsos

high voltage,
low current

low voltage, high current

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 2nd ed., p. 126.
Geradores monofásicos e trifásicos
• Gerador monofásico
– Corrente abaixo de 40 keV
não é linear: ineficiente,
alta dose no paciente.
– Influência da capacitância
dos cabos.
• Gerador trifásico
– 3 fases simples
– Diferença de fase de 120°
– Alta tensão efetiva
– Melhor controle do tempo
de exposição
Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 2nd ed.,
p. 127-128.
Geradores trifásicos

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 2nd ed., p. 128.
Geradores de alta frequência

• Mais modernos

• Alta frequência > 50 kHz

• Mais eficiente, mais


compacto e menos caro
para construir.

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging,


3rd ed., p. 195.
Flutuação (Ripple) da tensão

• % flutuação da tensão (Ripple)


= (Vmax - Vmin)/ Vmax ∙ 100%

• Tensão efetiva: (Vrms)


• Tensão constante que liberaria a
mesma potência que no caso
alternado.

• Ripple ↓, a Vrms ↑

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging,


3rd ed., p. 197.
Questão (Raphex 2000): Geral

G41. Todos os item seguintes afetam a forma do


espectro de raios X, exceto:
A. Os filtros adicionados.
B. O tipo de retificação usada.
C. A velocidade de rotação do ânodo.
D. A energia dos elétrons que colidem no alvo.
E. A composição do alvo.
Questão (Raphex 2003): Geral

G41. A qualidade de um feixe de raios X não pode ser


caracterizada somente em termos do kVp, pois
feixes com o mesmo kVp podem ter diferentes
_________ .
A. Filtros.
B. Camada semi-redutora.
C. Comprimento de onda máximo.
D. Materiais alvo.
E. Todos os anteriores
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
6) Porque são necessários retificadores no equipamento de raios X? Explique os diferentes
tipos de retificadores usados no geradores.
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
6) Porque são necessários retificadores no equipamento de raios X? Explique os diferentes
tipos de retificadores usados no geradores.
7) O que é ripple da tensão? O que é tensão efetiva e qual a sua relação com a tensão de
pico?
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
6) Porque são necessários retificadores no equipamento de raios X? Explique os diferentes
tipos de retificadores usados no geradores.
7) O que é ripple da tensão? O que é tensão efetiva e qual a sua relação com a tensão de
pico?
8) Que fatores interferem na intensidade (quantidade) do espectro de raios X e como eles
interferem? E na qualidade?
Potência nominal e ponto focal
• Potência nominal descreve a energia
por unidade de tempo que pode ser
fornecida pelo gerador ou recebida
pelo ânodo durante a operação.
Potência nominal (kW)= 100 kV x Imax
(para 0.1 s de exposição)
• Imax limitada pelo ponto focal.
↑ Ponto focal → ↑ Potência nominal
• Faixa de potência: 10 kW a 150 kW.
• Pontos focais típicos Bushberg, et al., The Essential Physics of
Medical Imaging, 2nd ed., p. 139.
– Convencional: 0,6 e 1,2 mm
– Mamografia: 0,1 e 0,3 mm
Capacidade térmica dos alvos
• Heat Unit (HU) – Unidade de Calor: expressa a
energia depositada e dissipada pelo ânodo.
• HU = Vpico ∙ mA ∙ s ∙ fator
• HU = Vpico ∙ mAs ∙ fator
– fator = 1,00 gerador monofásico
– fator = 1,35 gerador trifásico e de alta frequência
– fator = 1,40 para potencial constante
• Energia (J) = Vrms ∙ mA ∙ s
– Vrms / Vpico = 0,71 (1-fase), 0,95-0,99 (3-fases e AF) e
1,0 (Potencial constante)
• Calor (HU) ≈ 1,4 · Energia (J)
Carga térmica do ânodo
• Tamanho do
ponto focal
(Dimensões do
feixe de
elétrons +
ângulo do
ânodo)
• Velocidade de
rotação do
ânodo.
• Tipo de
retificação
(meia ou onda
completa).
• Tipo de
gerador
(monofásico,
trifásico, HF).
Curvas de carga (Exposição única)

Com um tubo relativamente


frio (baixo valor de HU),
posso fazer um disparo com
100 kVp, 70 mA e 200 ms
com o tubo (a), (b) ou (c)?
Que acontece com (a) para
14 mAs e Dt=300 ms?

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 2nd ed., p. 141.
Curvas de carga térmica contínua e resfriamento
do ânodo

Bushberg, et
al., The
Essential
Physics of
Medical
Imaging, 3rd
ed., p. 213.
Para feixe contínuo: HU /s= kVp ∙ mA ∙ fator
Curvas de carga térmica contínua e
resfriamento do ânodo
Exemplo de uso desta curva:
Quanto tempo é necessário esperar
para iniciar uma série de 20
radiografias, com técnica de 85kV e 80
mAs, se 250.000 HU já tiverem sido
depositados no ânodo devido a uma
exposição anterior? (Considerando um
gerador monofásico)
Resposta:
Máximo: 300kHU
HU/filme=80x85/filme=6.800/filme
HU total=136kHU
250kHU+136kHU=386kHU> 300kHU

Bushberg, et al., The Essential Physics


Portanto, é preciso esperar dissipar of Medical Imaging, 2nd ed., p. 142.
86kHU antes dos disparos.
Curvas de carga térmica contínua e
resfriamento do ânodo
Exemplo de uso desta curva:
Quanto tempo é necessário esperar
para iniciar uma série de 20
radiografias, com técnica de 85kV e 80
mAs, se 250.000 HU já tiverem sido
depositados no ânodo devido a uma
exposição anterior? (Considerando um
gerador monofásico)
Resposta:
Tempo inicial: 0,6 min
Tempo final: 2,2 min
Intervalo de tempo: 1,6 min

Bushberg, et al., The Essential Physics


of Medical Imaging, 2nd ed., p. 142.
Curvas de carga térmica contínua e
resfriamento do ânodo
Outro exemplo:
Considerando a operação no modo de
fluoroscopia (contínuo), determine
quanto calor é acumulado no ânodo se
o equipamento é operado por 7
minutos utilizando uma técnica de 80
kVp e 5 mA, partindo da temperatura
ambiente.
Resposta:
HU/s=kVp X mA = 400 HU/s
HU=82kHU

Observação: Note que se o acúmulo


de HU não obedecesse a curva,
Bushberg, et al., The Essential Physics
HU total = 7 x 60 x 400 = 168kHU of Medical Imaging, 2nd ed., p. 142.
Curva de resfriamento da ampola
-75 kV +75 kV

Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging,


2nd ed., p. 144.
Questão (Raphex 2002): Geral

G39. Num tubo com um alvo de tungstênio, se o


kVp é aumentado de 100 a 150, todos os seguintes
itens incrementarão exceto:

A. O número total de raios X emitidos.


B. A energia máxima dos raios X.
C. A energia média do espectro.
D. A energia dos raios X característicos.
E. As unidades de calor gerado, HU (para o
mesmo mAs).
Questão (Raphex 2003): Geral
G35. Dois filamentos são encontrados em alguns
tubos. O propósito é:
A. Funcionar como reposição caso um deles
queime.
B. Produzir alta corrente no tubo usando os dois
filamentos ao mesmo tempo.
C. Duplicar o numero de unidades de calor que o
alvo pode aceitar.
D. Possibilitar o menor ponto focal possível,
consistente com os valores de kVp e mA.
Questões para estudo
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
6) Porque são necessários retificadores no equipamento de raios X? Explique os diferentes
tipos de retificadores usados no geradores.
7) O que é ripple da tensão? O que é tensão efetiva e qual a sua relação com a tensão de
pico?
8) Que fatores interferem na intensidade (quantidade) do espectro de raios X e como eles
interferem? E na qualidade?
9) Sobre a carga térmica no tubo de radiação X:
a. Explique o que é a potencia nominal do tubo de radiação X e o que ela representa.
b. Explique o que é a Unidade de Calor (HU) e como ela se relaciona com a energia.
c. Explique a finalidade das curvas de carga térmica do ânodo.
Fatores que afetam o espectro de emissão
• Quantidade =
Número de 2raios X no feixe 
Zalvo ∙ (kVp) ∙ mAs

• Qualidade =
Penetrabilidade do feixe e
depende de:
– kVp
– Forma de onda do gerador
(Ripple)
– Filtração (mm Al)

• Exposição depende da
quantidade e da qualidade
– (kVp1)5 ∙ mAs1 = (kVp2)5 ∙ mAs2
Bushberg, et al., The Essential Physics of Medical Imaging, 2nd ed., p. 136-7.
Questões para estudo (Lista completa)
1) Qual a importância de se filtrar o feixe de raios X? Quais os riscos de um feixe pouco
filtrado? E de um muito filtrado?
2) O que é Camada Semi-Redutora (CSR)? O que é coeficiente de homogeneidade?
3) A medida que o feixe é endurecido, o que ocorre com a energia do feixe? E com o seu
poder de penetração?
4) Porque é preciso usar transformadores nos circuitos do tudo de raios X?
5) Sobre circuitos elétricos no equipamento de radiação X:
a. Explique o papel do circuito da tensão no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
b. Explique o papel do circuito da corrente no tubo de radiação X e que tipo de
transformador ele possui.
6) Porque são necessários retificadores no equipamento de raios X? Explique os diferentes
tipos de retificadores usados no geradores.
7) O que é ripple da tensão? O que é tensão efetiva e qual a sua relação com a tensão de
pico?
8) Que fatores interferem na intensidade (quantidade) do espectro de raios X e como eles
interferem? E na qualidade?
9) Sobre a carga térmica no tubo de radiação X:
a. Explique o que é a potencia nominal do tubo de radiação X e o que ela representa.
b. Explique o que é a Unidade de Calor (HU) e como ela se relaciona com a energia.
c. Explique a finalidade das curvas de carga térmica do ânodo.
Referências
STEWART, B.K. Diagnostic Physics Imaging Physics
Course Topics, DABMP, 2005/2006
BUSHBERG, J.T. et al. The essential physics of medical
imaging. 2nd ed, Philadelphia, PA: Lippincott
Williams & Wilkins, 2002.
SPRAWLS P. Jr. Physical Principles of Medical Imaging, 2ª
ed., Medical Physics Publishing Corporation, 1995.
http://www.sprawls.org/ppmi2/
BUSHONG, S.C. Radiologic science for technologists:
Physics, biology, and Protection. 9a ed., Mosby
Elsevier, 2008.
Próximas Aulas:
- Cap. 10: Qualidade da Imagem
• Princípios geométricos básicos e aplicar eles numa imagem projetiva
• Relação dos parâmetros radiográficos com o espectro de raios X
• Tipos de contraste
• Fatores que influem no contraste
• Relação entre contraste e dose em radiografia
• Radiação espalhada em radiografia de projeção
• Entender como a Função de Transferência Modular (MTF) descreve a
resolução espacial
• Entender como o número de fótons usados para formar a imagem afeta o ruído
quântico e a resolução de baixo contraste
• Entender os métodos utilizados para descrever a performance de um sistema
de imagem: Curva de Contraste-Detalhe

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