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PEDAGOGIA

CAMPUS DUQUE DE CAXIAS

AMANDA BARBOSA DA CRUZ – 3111549


DANIELE GONÇALVES DOS SANTOS CAETANO – 3111427
GABRIELA DE OLIVEIRA TRANCOSO – 3111444
JENIFFER HALLER CABRAL OLIVEIRA – 3111555
SARAH CRISTINA SOUZA DA SILVA – 3111447

PROJETO CURRICULAR ARTICULADOR: PROJETOS PARA INCLUSÃO –


EED253-60_20221_01
ROBERTA ANDREA DOS SANTOS COLOMBO

Duque de Caxias, RJ, 2022.


Sumário

1. Introdução 2

2. Desenvolvimento 3

2.1. – Como ocorre a educação especial inclusiva na prática em escolas


de ensino fundamental? 3

2.2. – Quais são as principais leis, decretos e declarações que regem a


educação inclusiva na gestão escolar? 3

2.3. – Quais habilidades que nós devemos ter para desenvolver materiais
didáticos de nossos alunos para uma efetiva educação Inclusiva? 5

2.4. – Sala de Recursos 5

3. Projeto de Inclusão 7

4. Conclusão 8

5. Referências Bibliográficas 9

4. Adendo do trabalho 10

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1. Introdução

É sabido o quanto a educação avançou e mudou ao longo de tantos anos.


Houve tempos em que era extremamente seletiva, por exemplo, apenas para
homens, apenas para família com posses, voltada para o ensino técnico pensando
em futuros trabalhadores, entre outras situações, e em quase todas, claramente, as
pessoas com deficiência eram excluídas, independente de sexo ou classe social.

Após tantas evoluções, nada mais justo que incluir todos nessa jornada, pois
não só auxilia na formação acadêmica, mas a educação ajuda a formar bons
cidadãos, e para tanto se faz necessário a inclusão de qualquer um, pois a realidade
é que somos indivíduos, individuais, cada um é um ser único. Todos nós, em algum
momento, precisaremos de ajuda ou nos destacaremos em alguma atividade, então
por quê separar uns dos outros?

Esse trabalho tem como objetivo inicial elucidar parte dessa evolução da
educação, principalmente no que tange a inclusão de Pessoas Portadoras de
Deficiência (PPD).

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2. Desenvolvimento

2.1 – Como ocorre a educação especial inclusiva na prática em escolas


de ensino fundamental?

As escolas devem disponibilizar locais para trabalhar atividades coletivas,


deve haver espaço para locomoção permitindo assim a participação e integração de
todos os alunos, respeitando as habilidades de cada um. Além de oferecer
Atendimento Educacional Especializado (AEE) e serviço de apoio à sala de aula
comum, que disponha de meios e recursos necessários para a aprendizagem.

Trabalhar a inclusão em sala de aula é entender que não se trata apenas de


utilizar práticas de ensino específicas para necessidades distintas. Para essa
inserção ocorrer, é preciso ir além, com o uso de ferramentas, recursos, tecnologias
e linguagens que diminuam ou eliminem as barreiras de ensino e aprendizagem.
Atualmente a maioria dos alunos tem acesso a ferramentas tecnológicas e devemos
utilizar essas ferramentas como nossas aliadas nesse processo de ensino-
aprendizagem, oferecendo novidades, permitindo que esses alunos coloquem em
prática suas habilidades, despertando assim suas potencialidades.

Uma educação inclusiva deve promover estímulo, autonomia, convivência e


experiências práticas, pois a teoria muitos de nós já sabemos.

2.2 – Quais são as principais leis, decretos e declarações que regem a


educação inclusiva na gestão escolar?

Entre todas essas leis, diretrizes e programas sobre a educação algumas se


destacam como principais como a Constituição Federal de 1988, que define a
educação como direito de todos, a lei nº 9.394/1996, que assegura o atendimento
aos educandos com necessidades especiais, a lei 10.436/2002, que dispõe sobre a
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), a lei nº 2.678/2002, que aprovou o projeto da
grafia Braile para a Língua Portuguesa, a lei nº 13.146/2015, Lei Brasileira de
Inclusão da pessoa com deficiência (LBI): o capítulo IV aborda o direito à educação,
com base na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que deve
ser inclusiva e de qualidade em todos os níveis de ensino, a lei nº 13.409/2016, que
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dispõe sobre a reserva de vagas para pessoas com deficiência nos cursos técnico
de nível médio e superior das instituições federais de ensino e a portaria nº
3.284/2003, que dispõe sobre os requisitos de acessibilidade de Pessoas Portadoras
de Deficiência (PPD).
Também podemos destacar o decreto nº 3.298/1999, que dispõe sobre a
Política Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, o decreto nº
5.626/2005, que dispõe sobre a inclusão de Libras como disciplina curricular, o
decreto nº 6.949 /2009, que promulga a Convenção sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, o decreto nº 7.750/2012, que
estabelece que o objetivo seja promover a inclusão digital nas escolas das redes
públicas de ensino federal, estadual, distrital, municipal e nas escolas sem fins
lucrativos de atendimento a Pessoas com Deficiência, mediante a aquisição e a
utilização de soluções de informática.
Dentre as resoluções, temos a nº 2 de 2001 CNE/CEB que institui as
Diretrizes Nacionais para a Educação Especial Básica, a nº 9 de 2011, que
estabelece que a Educação Básica deva ser inclusiva e a nº 17 de 2001, que se
destaca por sua abrangência, indo além da Educação Básica, baseando-se em
vários documentos sobre Educação Especial.
O Programa Universidade para Todos (PROUNI) de 2004 do Ministério da
Educação, que concebe bolsas de estudo em instituições privadas de Educação
Superior e o Programa de Acessibilidade no Ensino Superior (Programa Incluir) de
2005, que propõe ações que garantem o acesso pleno de pessoas com deficiência
as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). O Plano de Desenvolvimento da
Educação (PDE) de 2007, que recomenda a acessibilidade arquitetônica dos prédios
escolares, a implantação de salas de recursos multifuncionais e a formação docente
para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), o Plano Nacional dos Direitos
da Pessoa com Deficiência (Plano viver sem limites) de 2011 no art. 3º, estabelece a
garantia de um sistema educacional inclusivo como uma das diretrizes, o Plano
Nacional de Educação (PNE) de 2014 define as bases da política educacional
brasileira para os próximos 10 anos.
Considerando as políticas, podemos citar a Política Nacional de Educação
Especial na perspectiva da Educação Inclusiva de 2008, documento de grande

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importância, fundamental à Política Nacional de Educação e enfatiza o caráter de
Processo da Inclusão Educacional.

2.3 – Quais habilidades que nós devemos ter para desenvolver materiais
didáticos de nossos alunos para uma efetiva educação Inclusiva?

Para que um professor desenvolva estratégias para a criação de materiais


didáticos para alunos de educação inclusiva devem-se levar em conta as
particularidades de cada aluno, levando em consideração interesses, habilidades e
necessidades de cada um. Todo aluno é capaz de aprender, porém muitas
instituições educacionais e seus educadores não oferecem as estratégias que
facilitem o processo de ensino- aprendizagem.

As atividades elaboradas devem depender do diagnóstico de cada aluno, pois


mesmo que sejam iguais podem reagir de maneiras distintas. A confecção de
materiais é um facilitador no processo de ensino-aprendizagem, contribuindo de
forma significativa e tornando-os mais espontâneo e prazeroso para o aluno. Não
deve haver limites na criatividade no que diz respeito a essa criação que acarreta
em promover igualdade de condições para o aprendizado.

O professor regente tem um papel significativo no processo de ensino


aprendizagem, porém ele não deve ser o único a planejar as atividades. O processo
deve envolver profissionais especializados (AEE), outros agentes da escola e a
família.

2.4 – Sala de Recursos

A Sala de Recursos é um ambiente preparado dentro das Instituições de


Ensino Regular que auxiliam na captação de conteúdos comuns os alunos que
apresentam alguma deficiência, sendo mais bem incluídos no contexto da sala de
aula. Se faz necessário um aprimoramento de conhecimentos dos professores, onde
só professores especializados tem indicação para trabalhar nessa sala.

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Como conteúdos dessa sala, podemos citar LIBRAS, LIBRAS tátil, alfabeto
digital, Sistema Braille, Sorobã (ábaco), Comunicação Alternativa e Aumentativa
(CAA), orientação e mobilidade. Como recursos, Tecnologias de Informação e
Comunicação (TICS) acessíveis, pranchas de CAA, engrossadores de lápis,
materiais didáticos e pedagógicos acessíveis como livros, desenhos, gráficos e
jogos táteis, tanto em LIBRAS como em Braille.

O financiamento, segundo o Decreto nº 6.571/2008, advém do Fundo


Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB). Essas salas não têm
caráter substitutivo do Ensino Regular, e sim complemento e suplemento de
acessibilidade dos alunos, quebrando possíveis barreiras objetivas.

3. Projeto de Inclusão

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O projeto será posto em prática no Colégio Cristão Baluarte, localizada no
endereço Rua Vera, nº 29, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro. Sendo uma escola
inclusiva, atualmente tem alunos com Síndrome de Down, TDAH (Transtorno de
Deficit de Atenção e Hiperatividade), TEA (Transtorno do Espectro Autista), TOD
(Transtorno Opositor Desafiador), entre outros. Iremos trabalhar com a turma de 2º
ano, nela está incluído um aluno com TDAH e TOD. Com o intuito de auxiliar na
disciplina de Língua Portuguesa e o conteúdo abordado será Formação de Palavras.

Será confeccionada uma roleta, chamada Bingo da Roleta Silábica. O círculo


será formado por tampinhas de garrafa e dentro delas haverá sílabas soltas. No
centro terá um spinner ou outro mecanismo giratório, com uma seta que indicará
qual a sílaba selecionada quando parar de girar. Com uma ideia bem lúdica, bem
colorida, com movimento e que permita a independência das crianças.

A dinâmica poderá ser com a turma dividida em grupos ou individual. Cada


grupo ou aluno receberá uma cartilha, nela haverá palavras com sílaba faltando.
Conforme a roleta for girando, as crianças vão tentando completar as suas palavras
com as sílabas que forem saindo. Ganha quem completar primeiro a cartela inteira
ou quem chegar mais perto de completar. Caso seja necessário, podemos mudar
algumas sílabas durante o jogo para proporcionar a conclusão de alguma cartela.

Após isso, podemos usar como ditado as palavras, ou mesmo pedir que as
crianças reescrevam as palavras em seus cadernos ou representem as palavras
com desenhos. Trabalhando a escrita das palavras formas e pedindo que os alunos
numerem elas, ainda estaremos também trabalhando a matemática e a ordem
numérica.

4. Conclusão

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As pessoas com necessidades especiais sempre foram tratadas com muito
descaso e preconceito. Em certas épocas eles eram maltratados e tinham seus
direitos negados. Não tinham lugar na sociedade, com isso, também não tinham
lugar na escola. Mas, com o passar do tempo isso foi mudando, hoje eles têm seus
direitos assegurados e são vistos como participantes da sociedade em que vivem.
Na escola, a inclusão foi possibilitada através de decretos e leis que asseguraram o
direito da criança com necessidades especiais de ser um aluno, de receber a
educação que precisa e o apoio dos docentes.

Em nossa constituição, consta que a educação é um direito de todos os


cidadãos, estabelece igualdade de acesso e de permanência nas redes escolares,
garante que é dever do estado disponibilizar um atendimento educacional
especializado a todas essas crianças.

Muitas leis foram lançadas e graças a elas ocorreram diversas mudanças


para a educação especial. Leis que possibilitaram a inclusão, que reconheceram a
educação especial verdadeiramente, que possibilitaram o ingresso da pessoa com
necessidades especiais nas universidades, leis que reconheceram a LIBRAS e o
BRAILLE, entre outras. Cada uma dessas leis aprovadas foram um passo para um
futuro brilhante na vida de todas as pessoas com necessidades especiais, um passo
para a esperança, para um mundo mais inclusivo e mais solidário.

5. Referências Bibliográficas

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AEE e Sala de Recursos Multifuncionais. Disponível em:
<https://sites.google.com/site/aeeescolaanitagaribaldi/aee-e-sala-de-recursos-
multifunc>. Acesso em: 20 mar. 2022.

AEE: Atendimento Educacional Especializado nas escolas. Disponível em:


<https://www.cpt.com.br/cursos-metodologia-de-ensino/artigos/aee-atendimento-
educacional-especializado-nas-escolas>. Acesso em: 20 mar. 2022.

Diretrizes Operacionais da Educação Especial para o Aprendizado Educacional


Especializado na Educação Básica. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=428-diretrizes-
publicacao&Itemid=30192>. Acesso em: 15 mar. 2022.

Como trabalhar a inclusão em sala de aula de forma inovadora? Disponível em:


<https://travessaeducacional.com.br/como-trabalhar-a-inclusao-em-sala-de-aula-de-
forma-inovadora/>. Acesso em: 22 mar. 2022.

Educação Inclusiva nas escolas – O que é? Disponível em:


<https://sae.digital/educacao-inclusiva-nas-escolas/>. Acesso em: 03 mar. 2022.

A Legislação Federal Brasileira e a educação de alunos com deficiência. Disponível


em: <https://diversa.org.br/artigos/a-legislacao-federal-brasileira-e-a-educacao-de-
alunos-com-deficiencia/>. Acesso em: 03 mar. 2022.

Roleta Silábica com Spinner. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?


v=vlg3yguKYpY>. Acesso em: 10 abr. 2022.

6. Adendo do trabalho: fotos da ideia e confecção do projeto

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7. Adendo do Trabalho: Fotos do resultado do projeto.

Figura 1 A integrante do grupo, Jennifer Figura 2 Os alunos utilizando o jogo e


Haller, foi aplicar o nosso projeto na escola preenchendo as fichas com as sílabas
em que faz estágio. Na foto, podemos ver para formar as palavras
as crianças conhecendo o material.

Figura 3 Nossos alunos observando


e identificando as sílabas.

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