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Planos de aula / História / 8º ano / O Brasil no século XIX

Cotas raciais: reparação histórica ou privilégio?


Por: Julia Bittencourt Barbosa Correa / 15 de Abril de 2019

Código: HIS8_20UND03

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores de Nova Escola

Professor: Júlia Corrêa

Mentor: Aleteia Silva

Especialista: Sherol dos Santos

Assessor pedagógico: Oldimar Cardoso

Ano: 8º ano do Ensino Fundamental.

Unidade temática: O Brasil no século XIX.

Objeto(s) de conhecimento: O escravismo no Brasil do século XIX: plantations e revoltas de escravizados, abolicionismo e políticas migratórias no
Brasil Imperial.

Habilidade(s) da BNCC: EF08HI20 Identificar e relacionar aspectos das estruturas sociais da atualidade com os legados da escravidão no Brasil e
discutir a importância de ações afirmativas.

Palavras-chave: Cotas, reparação histórica, legados da escravidão, racismo, acesso, educação.

Materiais complementares

Documento
Textos para impressão - Contexto
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/sjZ7kyppq8sWyFffF9KeWUdynt4AaS8MSMRPNbxWuazU2tM4p4acJFWUSUQH/his8-20und03-
textos-para-impressao-contexto.pdf

Documento
Textos para impressão - Problematização
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/2VzbkeDGsbvjBAHKpWUhz4wBnppQSqka5VBgntwUJakPf5sEr8C9Se5Vkjuz/his8-20und03-
textos-para-impressao-problematizacao.pdf

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Plano de aula

Cotas raciais: reparação histórica ou privilégio?

Slide 1 Sobre este plano


Este slide em específico não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você possa se planejar.
Este plano está previsto para ser realizado em uma aula de 50 minutos. Serão abordados aspectos que fazem parte do trabalho com a habilidade
EF08HI20, de História, que consta na BNCC. Como a habilidade deve ser desenvolvida ao longo de todo o ano, você observará que ela não será
contemplada em sua totalidade aqui e que as propostas podem ter continuidade em aulas subsequentes.
Materiais necessários: Para realizar essa aula os alunos irão utilizar:
Textos impressos para Problematização.
Caderno.
Lápis/caneta.
Borracha.
Material complementar: Os links para impressão dos textos a ser utilizados nessa aula estão disponíveis aqui:
Contexto: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/sjZ7kyppq8sWyFffF9KeWUdynt4AaS8MSMRPNbxWuazU2tM4p4acJFWUSUQH/his8-
20und03-textos-para-impressao-contexto.pdf
Problematização: https://nova-escola-
producao.s3.amazonaws.com/2VzbkeDGsbvjBAHKpWUhz4wBnppQSqka5VBgntwUJakPf5sEr8C9Se5Vkjuz/his8-20und03-textos-para-impressao-
problematizacao.pdf
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.

Slide 2 Objetivo

Tempo sugerido: 2 minutos.


Orientações : Realize a leitura coletiva do objetivo para a sala. Se for possível, projete o slide para os alunos, se não, escreva no quadro e peça para
que copiem em seus cadernos. Certifique-se de que todos entendam o objetivo da aula e esclareça as eventuais dúvidas.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, Maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.

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Plano de aula

Cotas raciais: reparação histórica ou privilégio?

Slide 3 Contexto
Tempo sugerido: 10 minutos.
Orientações : Nesta etapa você irá introduzir a discussão sobre a política de cotas para acesso às universidades no Brasil. Para isso, os alunos devem
primeiro entender o que é a Lei de Cotas e como ela funciona.
Projete os dois textos explicativos retirados o Portal do MEC ( http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html) para realizar a leitura
coletiva com os alunos. Se não for possível projetar, leia o conteúdo do texto para a sala.
Garanta que todos os alunos entenderam como funciona a Política de Cotas, sendo 50% das vagas destinadas para escola pública e, dentro desta
porcentagem, há um número reservado de vagas para pretos, pardos e indígenas proporcional à porcentagem destas populações em cada estado,
segundo o último censo do IBGE.
Explique que os alunos que concorrem pela política de cotas concorrem entre si e não disputam os 50% das vagas de ampla concorrência, sendo
assim, não é possível que “tirem” a vaga de alunos que não são cotistas.
Esclareça todas as possíveis dúvidas e certifique-se de que todos os alunos entenderam como funciona a política de cotas.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, Maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
XAVIER, Lucas. Cotas Raciais e a Hipocrisia branca. Géledes Instituto da Mulher Negra, Ago., 2014. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/cotas-raciais-e-hipocrisia-branca/. Acesso em: 14/2/2019.
MENEZES, Cynara. Guia prático das cotas. Géledes Instituto da Mulher Negra, Set., 2015. Disponível em: https://www.geledes.org.br/guia-pratico-
das-cotas/. Acesso em: 14/2/2019.
Conheça 7 mitos sobre as cotas. Instituto Géledes da Mulher Negra. Out., 2016. Disponível em: https://www.geledes.org.br/conheca-7-mitos-
sobre-as-cotas-raciais/. Acesso em: 14/2/2019.

Slide 4 Contexto
Orientações : Nesta etapa você irá introduzir a discussão sobre a política de cotas para acesso às universidades no Brasil. Para isso, os alunos devem
primeiro entender o que é a Lei de Cotas e como ela funciona.
Projete os dois textos explicativos retirados o Portal do MEC ( http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html) para realizar a leitura
coletiva com os alunos. Se não for possível projetar, leia o conteúdo do texto para a sala.
Garanta que todos os alunos entenderam como funciona a Política de Cotas, sendo 50% das vagas destinadas para escola pública e, dentro desta
porcentagem, há um número reservado de vagas para pretos, pardos e indígenas proporcional à porcentagem destas populações em cada Estado,
segundo o último censo do IBGE.
Explique para os alunos que os alunos que concorrem pela política de cotas concorrem entre si e não disputam os 50% das vagas de ampla
concorrência, sendo assim, não é possível que “tirem” a vaga de alunos que não são cotistas.
Esclareça todas as possíveis dúvidas e certifique-se de que todos os alunos entenderam como funciona a política de cotas.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.

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Plano de aula

Cotas raciais: reparação histórica ou privilégio?

Slide 5 Problematização

Tempo sugerido: 20 minutos.


Orientações : Nesta etapa você irá aprofundar com os alunos o assunto a ser discutido na aula.
Com a sala dividida em grupos de até quatro alunos, entregue para os alunos os textos a ser utilizados na Problematização impressos. Disponíveis no
link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/2VzbkeDGsbvjBAHKpWUhz4wBnppQSqka5VBgntwUJakPf5sEr8C9Se5Vkjuz/his8-
20und03-textos-para-impressao-problematizacao.pdf
Peça que os grupos realizem a análise das fontes, mas antes leia de forma coletiva as informações para a sala, atentando para a desigualdade
percentual no acesso à educação que acomete à população de pretos e pardos em comparação com a população branca.
Oriente os alunos a perceber que a desigualdade do acesso não é somente no nível universitário, mas desde a Educação Básica, e como isso afeta todo
o desenvolvimento escolar da população negra.
Auxilie os alunos na leitura, indicando as partes importantes a ser prestadas atenção, como: ”Constituição Imperial de 1824 previu a educação
primária gratuita a todos os cidadãos. Esta determinação excluía os escravizados”, “As dificuldades para a frequência e sucesso das crianças negras
na instituição escolar eram de dois tipos: a pobreza e a discriminação social e racial”.
O objetivo é que os alunos consigam relacionar a dificuldade e o atraso no acesso à educação da população negra até os dias de hoje como um
processo que teve início muitos séculos atrás com o escravismo no Brasil. Os alunos devem compreender que uma das marcas que o escravismo
deixa para a população negra é a negação histórica de vários espaços, entre eles o escolar. Quando escravizados, não podiam frequentar a escola, e,
quando forros, mesmo tendo o direito constitucional de frequentar a escola, não dispunham de nenhuma política pública de inclusão e
permanência, fazendo com que, na prática, o espaço escolar continuasse restrito à população branca.
É importante que se enfatize com os alunos que, no Brasil, o escravismo durou 388 anos e que a abolição completa agora em 2019 apenas 131 anos. Ou
seja, tivemos muito mais anos sob o sistema escravista do que sem ele, sendo assim, a liberdade jurídica da população negra é extremamente
recente, equivalente a aproximadamente três gerações, o que significa que os negros e negras desta geração tiveram, provavelmente, seus bisavós
escravizados. Neste sentido, é necessário reforçar com os alunos como o fenômeno do escravismo é muito recente na nossa História e as
consequências que advém disso, como a dificuldade de acesso à educação.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.

Slide 6 Problematização
Orientações : Nesta etapa você irá aprofundar com os alunos o assunto a ser discutido na aula.
Com a sala dividida em grupos de até quatro alunos, entregue para os alunos os textos a serem utilizados na Problematização impressos. Disponíveis
no link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/2VzbkeDGsbvjBAHKpWUhz4wBnppQSqka5VBgntwUJakPf5sEr8C9Se5Vkjuz/his8-
20und03-textos-para-impressao-problematizacao.pdf
Peça que os grupos realizem a análise das fontes, mas antes leia de forma coletiva as informações para a sala, atentando para a desigualdade
percentual no acesso à educação que acomete à população de pretos e pardos em comparação com a população branca.
Oriente os alunos a perceber que a desigualdade do acesso não é somente no nível universitário, mas desde a Educação Básica, e como isso afeta todo
o desenvolvimento escolar da população negra.
Auxilie os alunos na leitura, indicando as partes importantes a serem prestadas atenção, como: ”Constituição Imperial de 1824 previu a educação
primária gratuita a todos os cidadãos. Esta determinação excluía os escravizados”, “As dificuldades para a frequência e sucesso das crianças negras
na instituição escolar eram de dois tipos: a pobreza e a discriminação social e racial”.
O objetivo é que os alunos consigam relacionar a dificuldade e o atraso no acesso à educação da população negra até os dias de hoje como um
processo que tem início muitos séculos atrás com o escravismo no Brasil. Os alunos devem compreender que uma das marcas que o escravismo
deixa para a população negra é a negação histórica de vários espaços, entre eles o escolar. Quando escravizados, não podiam frequentar a escola, e,
quando forros, mesmo tendo o direito constitucional de frequentar a escola, não dispunham de nenhuma política pública de inclusão e
permanência, fazendo com que, na prática, o espaço escolar continuasse restrito à população branca.
É importante que se enfatize com os alunos que, no Brasil, o escravismo durou 388 anos e que a abolição completa agora em 2019 apenas 131 anos. Ou
seja, tivemos muito mais anos sob o sistema escravista do que sem ele, sendo assim, a liberdade jurídica da população negra é extremamente
recente, equivalente a aproximadamente três gerações, o que significa que negros e negras desta geração tiveram, provavelmente, seus bisavós
escravizados. Neste sentido, é necessário reforçar com os alunos como o fenômeno do escravismo é muito recente na nossa História e as
consequências que advém disso, como a dificuldade de acesso à educação.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.

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Plano de aula

Cotas raciais: reparação histórica ou privilégio?

Slide 7 Problematização
Orientações : Nesta etapa você irá aprofundar com os alunos o assunto a ser discutido na aula.
Com a sala dividida em grupos de até quatro alunos, entregue para os alunos os textos a ser utilizados na Problematização impressos. Disponíveis no
link: https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/sjZ7kyppq8sWyFffF9KeWUdynt4AaS8MSMRPNbxWuazU2tM4p4acJFWUSUQH/his8-
20und03-textos-para-impressao-contexto.pdf
Peça que os grupos realizem a análise das fontes, mas antes leia de forma coletiva as informações para a sala, atentando para a desigualdade
percentual no acesso à educação que acomete à população de pretos e pardos em comparação com a população branca.
Oriente os alunos a perceber que a desigualdade do acesso não é somente no nível universitário, mas desde a Educação Básica, e como isso afeta todo
o desenvolvimento escolar da população negra.
Auxilie os alunos na leitura, indicando as partes importantes como: ”Constituição Imperial de 1824 previu a educação primária gratuita a todos os
cidadãos. Esta determinação excluía os escravizados”, “As dificuldades para a frequência e sucesso das crianças negras na instituição escolar eram
de dois tipos: a pobreza e a discriminação social e racial”.
O objetivo é que os alunos consigam relacionar a dificuldade e o atraso no acesso à educação da população negra até os dias de hoje como um
processo que tem início muitos séculos atrás com o escravismo no Brasil. Os alunos devem compreender que uma das marcas que o escravismo
deixa para a população negra é a negação histórica de vários espaços, entre eles o escolar. Quando escravizados, não podiam frequentar a escola,
e, quando forros, mesmo tendo o direito constitucional de frequentar a escola, não dispunham de nenhuma política pública de inclusão e
permanência, fazendo com que, na prática, o espaço escolar continuasse restrito à população branca.
É importante que se enfatize com os alunos que, no Brasil, o escravismo durou 388 anos e que a abolição completa agora em 2019 apenas 131 anos. Ou
seja, tivemos muito mais anos sob o sistema escravista do que sem ele, sendo assim, a liberdade jurídica da população negra é extremamente
recente, equivalente à aproximadamente três gerações, o que significa que negros e negras desta geração tiveram, provavelmente, seus bisavós
escravizados. Neste sentido, é necessário reforçar com os alunos como o fenômeno do escravismo é muito recente na nossa História e as
consequências que advém disso, como a dificuldade de acesso à educação.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, Maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.

Slide 8 Sistematização

Tempo sugerido: 18 minutos.


Orientações: Nesta etapa os alunos irão realizar uma atividade que sintetize as reflexões que foram feitas durante a aula. Para isso deverão debater e
chegar a um consenso do grupo sobre a importância da política de cotas para a educação brasileira. O grupo deverá escrever este consenso nos
cadernos em até no máximo cinco linhas. Após o término, todos os grupos podem ler o resultado do debate para o restante da sala para que todos
compartilhem das ideias.
Para você saber mais: Se achar necessário aprofundar seus conhecimentos sobre o assunto, acesse os links para leitura:
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-
246, 2016. Disponível em: http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/viewFile/1459/500. Acesso em: 14/2/2019.
VIEIRA, Isabela. Percentual de negros em universidades dobra, mas é inferior ao de brancos. Agência Brasil, Rio de Janeiro, dezembro de 2016.
Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2016-12/percentual-de-negros-em-universidades-dobra-mas-e-inferior-ao-
de-brancos. Acesso em: 14/2/2019.
BRITO, Débora. Cotas foram revolução silenciosa no Brasil, afirma especialista. Agência Brasil, maio de 2018. Disponível em:
https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.
Portal MEC: Perguntas frequentes, sistema de cotas. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html.
Acesso em: 14/2/2019.
Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-
silenciosa-no-brasil-afirma-especialista. Acesso em: 14/2/2019.

Apoiador Técnico

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Contexto 

O que é a Lei de Cotas? 


A Lei nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a 
reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 
universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e 
tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio 
público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos.  
Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência. 

Como é feita a distribuição das cotas? 

As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) 


serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas 
com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e 
meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com 
renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os 
casos, também será levado em conta percentual mínimo 
correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no 
estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Fonte: Portal MEC. Disponível em:  


http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html​.  
Acesso em: 14/2/2019. 

 
Problematização 

Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: 


https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-bra
sil-afirma-especialista​. Acesso em: 14/2/2019. 
“A Constituição Imperial de 1824 previu a educação primária gratuita 
a todos os cidadãos. Essa determinação excluía os escravizados, já 
de partida, do acesso aos estabelecimentos oficiais de ensino, mas 
possibilitava que a população negra liberta frequentasse essas 
instituições. (...); sem promover, todavia, ações visando à criação de 
condições materiais objetivas de permanência dessa população na 
instituição. As dificuldades para a frequência e sucesso das crianças 
negras na instituição escolar eram de dois tipos: a pobreza e a 
discriminação social e racial.” 
 
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação 
formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-246, 2016. 
Problematização 

Fonte: IBGE (PNAD Educação 2017 e Censo 200). Disponível em: 


https://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2018/05/cotas-foram-revolucao-silenciosa-no-bra
sil-afirma-especialista​. Acesso em: 14/2/2019. 
“A Constituição Imperial de 1824 previu a educação primária gratuita 
a todos os cidadãos. Essa determinação excluía os escravizados, já 
de partida, do acesso aos estabelecimentos oficiais de ensino, mas 
possibilitava que a população negra liberta frequentasse essas 
instituições. (...); sem promover, todavia, ações visando à criação de 
condições materiais objetivas de permanência dessa população na 
instituição. As dificuldades para a frequência e sucesso das crianças 
negras na instituição escolar eram de dois tipos: a pobreza e a 
discriminação social e racial” 
 
ALMEIDA, MAB. SANCHEZ, Livia. Os negros na legislação educacional e educação 
formal no Brasil. Revista Eletrônica de Educação, v. 10, n. 2, p. 234-246, 2016. 

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