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Universidade Estadual do Norte do Paraná- UENP

Campus Jacarezinho

Centro de Ciências Humanas e da Educação

Curso de História

Disciplina: História da Antiguidade I

Miguel Zioli

Luciana dos Santos Claudio

Biografia relacionada a vida escolar

Jacarezinho/ PR

2022
Para começar a falar sobre a minha trajetória escolar, primeiramente
acho necessário falar quem sou eu, mesmo que seja de uma maneira
superficial. Eu sou Luciana, Santos por parte de mãe e Claudio por parte de
pai, nascida no ano de 2004, ano em que a Avril Lavigne lançava o hit “My
Happy Ending”, que talvez, foi um marco histórico na carreira dela, mas na
minha vida não teve muito significado, pois tudo depende de diferentes
perspectivas.

Sendo filha de uma diarista e um metalúrgico, o tempo de interação com


os meus pais era limitado ao café da manhã e ao jantar, pois sempre estavam
trabalhando muito para prover o sustento de uma família de seis pessoas. Por
conta dessa talvez “falta” de atenção, durante toda minha vida sempre busquei
me dedicar ao máximo em atividades escolares, em todas as áreas do
conhecimento, de todas as formas que me eram ofertadas.

Apesar dos primeiros anos escolares serem importantes na formação do


ser humano, e ali serem apresentados os primeiros conceitos da vida em
sociedade, não tenho lembranças desse período, então relatarei a partir do
momento em que tenho mais consciência dos fatos, especificamente do quinto
ano do ensino fundamental.

Do primeiro ao quinto ano do ensino fundamental eu estudei na Escola


Municipal de Ensino Fundamental "Professora Nilse de Freitas", lá eu participei
da olimpíada de matemática, olimpíada de robótica, olimpíada de astronomia,
ia nas oficinas atarde, fui oradora do grêmio em um ano e no outro fui
presidente. Isso não significava que eu era a melhor em tudo, mas eu amava
participar, tirar boas notas e de alguma forma obter destaque perante os
demais. Acredito que esse período, teve grande influência na formação da
responsabilidade, independência e ética moral que tenho hoje.

Após terminar o ensino fundamental 1, eu fui para a Escola Municipal de


Ensino Fundamental "Professora Amélia Abujamra Maron", lá, no sétimo ano,
eu tive minha primeira paixão pela história. Na primeira aula de história, o
professor Erick citou o livro “O Mundo de Sofia - Romance da História da
Filosofia”, fui até a biblioteca da escola e eles tinham um exemplar desse livro,
emprestei, a leitura era um pouco complexa pois tratava de temas filosóficos e
um pouco de história também, mas era um livro maravilhoso, e eu fiquei
encantada com tudo aquilo. A partir daí foi surgindo mais e mais interesse
sobre esses assuntos em minha vida, e história se tornou minha matéria
favorita na escola, e ao longo do tempo, ver como meus professores de história
eram ainda mais apaixonados por aquilo e só me causava estímulo e vontade
de aprender.

Eu não sou aquela aluna que lembra de todos os marcos históricos de


cabeça, ou que sabe tudo sobre a revolução francesa, me julgo leiga em
muitos aspectos da história, mas eu sou apaixonada por história e pela maneira
que você pode conhecer inúmeros povos através dela, e o mais importante,
conhecer o mundo em que vive, e intender que nem sempre foi assim e para
ter o que eu tenho hoje como por exemplo acesso a educação, muitas pessoas
lutaram e milhares morreram.

No nono ano do ensino fundamental fiz uma prova para entrar na Etec
“Jacinto Ferreira de Sá”, e consegui, e lá fiz meus três anos de ensino médio,
infelizmente 2 desses anos foram online por conta da pandemia de corona
vírus. Eu amava aquela escola, os professores e tudo que tinham a oferecer,
como semana das ciências humanas, sarau, festival de dança e o mais
esperado por todos, a interclasse.

Lembro que no primeiro ano no sarau, era determinado que as turmas


elaborassem uma peça teatral, os temas foram marcos históricos do Brasil, e a
minha turma ficou com 1822, auxiliada pelo livro “1822” de Laurentino Gomes
elaborei o roteiro teatral e foi uma experiência incrível, e vejo como isso foi uma
maneira de aprender muito mais dinâmica do que apenas copiar textos sobre a
independência do Brasil, lembro de coisas que minha turma encenou na peça
como a dor de barriga que Dom Pedro I teve no dia em que proclamou a
independência do Brasil, a triste vida e morte de Leopoldina, e o importante
papel que o padre Belchior de Oliveira teve na história do Brasil quando disse
“Se vossa alteza não se faz rei do Brasil, será deserdado por elas. Não há
outro caminho senão a independência e a separação”
Todos esses acontecimentos na minha vida escolar sempre remetiam a
história, então, por que não fazer uma faculdade de história? Fui perceber isso
aos 45 do segundo tempo no último ano do ensino médio meses antes do
Enem, e não estava com muitas perspectivas de passar afinal tinha passado
dois anos em ensino remoto e apesar de todos os esforços contínuos dos
professores em ensinar, ainda me sentia desfalcada por esse tempo, mas eu
consegui e em uma universidade pública, algo que eu não esperava tão rápido.
Foi muito prazerosa a sensação de alcançar uma meta, sinto orgulho de mim
mesma, mas sei que isso é só o começo, lembrar que eu estou estudando para
um dia ser professora de história me enche de felicidade, e de esperança de
que talvez eu mude para melhor a vida de alguém através do conhecimento.

Até agora essa é minha trajetória até aqui, daqui alguns anos posso ter
outra perspectiva sobre esses fatos, mas essa é uma história que eu estou
escrevendo.

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